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MAHLE eleita a melhor empresa da Indústria Automóvel

Na base de Cantanhede da Mahle – Componentes de Motores, um dos seis centros mundiais de segmentos do gigante alemão, a evolução tecnológica é tão natural como o ar que se respira.

in Revista Exame 500M&M Empresas, 26-11-2015

Num sector que trabalha no presente com um horizonte de cinco anos, “a adaptação às mudanças e os desenvolvimentos tecnológicos fazem parte da rotina diária”, verifica o plant manager (director de fábrica), Filipe Gomes.

A Mahle abastece os principais construtores europeus, fornece os carros de competição da Ferrari ou da Audi que aceleram na Fórmula 1, Nascar ou em Le Mans e lida com uma gama diversificada de mais de 10 categorias de segmentos que recorrem a máquinas, processos, materiais e tecnologia diferentes e se destinam a pistões com diâmetros que podem variar entre os 70mm (ligeiros) e os 150mm (camiões). A “competência tecnológica transversal” de quem fabrica segmentos de pistões para todo o tipo de motores é um dos seus maiores trunfos, levando a empresa a exportar para fora do seu mercado natural, o europeu.

Cada pistão incorpora três segmentos com funções específicas e que se articulam para reduzir o atrito, melhorando a performance do motor. O segredo está no revestimento do anel através da deposição de elementos como o crómio ou o carbono, conferindo elevada aderência e maior durabilidade. O carbono tornou-se um elemento cada vez mais solicitado nas ligas que utiliza, por funcionar como um lubrificante sólido que reduz o consumo de combustível e as emissões de CO2.

Após uma invulgar série de cinco distinções consecutivas, a liderança do ranking da EXAME tornou-se para a Mahle uma rotina anual. Em 2014, a empresa cometeu a proeza de subir o resultado operacional em 10% (14,8 milhões de euros), apesar da ligeira redução nas vendas (73 milhões). O desempenho beneficia “da evolução tecnológica com o fabrico de segmentos de maior valor acrescentado e do investimento contínuo na eficiência da operação”, justifica o director.

Em 2015, a produção em Cantanhede segue a retoma verificada na indústria automóvel, que induzirá um crescimento nas vendas da ordem de 6%. Um dos efeitos virtuosos traduz-se no estímulo ao emprego. O universo laboral está em 650 assalariados, mais 30 do que há um ano. Mas este é um número que sofre ligeiras flutuações ligadas à variação de encomendas e períodos de férias.

O mérito da empresa ganha maior relevo tendo em conta que o campeonato da indústria automóvel é disputado por empresas exemplares, na sua maioria extensões de multinacionais com um currículo invejável. Filipe Gomes explica este desempenho “pela conjugação de um rigor permanente no controlo na gestão, aliado a uma elevada cultura de responsabilidade e empenho de todas as equipas”. O gestor acha que Portugal permanece um país com “um nível de competitividade adequado”, reconhecendo, todavia, que a Mahle opera num “mercado sujeito a uma pressão constante de preços”. Na base fabril, a produção encontra-se organizada em minifábricas, cada uma delas responsável pela produção de um tipo de anel. A organização por células permite uma maior flexibilidade fabril, garantindo elevados padrões de qualidade, eficiência e competitividade. A unidade beneficia da integração numa multinacional que lidera o fornecimento de sistemas de motores e periféricos.

 


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