PECOL Automotive presente na 8.ª edição dos Automotive Meetings Tangier-Med, Marrocos

A PECOL Automotive estará presente na 8.ª edição dos Automotive Meetings Tangier-Med, (AMT2025), que se realiza entre os dias 16 a 18 de abril, em Tânger, Marrocos.

in PECOL Automotive, 16-04-2025


Um evento profissional idealizado para desenvolver futuras parcerias na indústria automóvel euro-mediterrânica.

A AMT 2025 reunirá os principais “players” do setor automóvel: Fabricantes como Renault, Stellantis e Ford; Fornecedores Tier 1 e Tier2 e organismos governamentais marroquinos relacionados com o setor automóvel.

Visite-nos no nosso stand 38 onde a nossa equipa estará disponível para apresentar as últimas inovações e soluções tecnológicas que estão a moldar o futuro da mobilidade.

 

 

 

 


 

 

 

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Modelo da Stellantis em Mangualde “ainda tem uma longa vida à frente”

“Mangualde sempre foi uma grande referência no grupo Stellantis”, diz Múcio Brasileiro, novo diretor da fábrica de automóveis. Em 2025, a produção subirá para um recorde de 92 mil carros.

in ECO, entrevista por: Alexandre Batista e Hugo Amaral, 15-05-2025


Com recorde de produção e no volume de investimentos em 2024 na ordem dos 5%, acima dos 86 mil carros e próximo dos mil milhões de euros, a Stellantis Mangualde, primeira fábrica em Portugal a produzir automóveis ligeiros de passageiros com motor elétrico, tem um novo diretor.

Ao ECO/Local Online, Múcio Brasileiro, no cargo há mês e meio, assinala como objetivo segurar o pódio da eficiência no gigante mundial com 13 marcas, entre as quais se encontram as produzidas na localidade do distrito de Viseu: Citroën, Fiat, Opel e Peugeot. Somadas, valem mais de metade das vendas de veículos comerciais ligeiros em Portugal.

Natural de Recife, no estado de Pernambuco, com 35 anos de idade e formação em engenharia automóvel, o gestor formado no grupo Fiat Chrysler antes da fusão com a PSA – Peugeot/Citroën esteve entre um convite para Itália e outro para Portugal.

“Foi uma grande surpresa, porque Mangualde sempre foi uma grande referência para todos nós no grupo, quando se tornou Stellantis, pela alta performance da fábrica e pela competitividade que tem. O meu receio inicial foi do grande desafio, porque é uma fábrica que está sempre no top três de todos os indicadores do grupo. A grande responsabilidade é mantê-la no topo, um grande desafio”, diz, em entrevista.

A chegada a Mangualde marca a sua primeira experiência com a cultura francesa da ex-PSA, na qual, assume, há uma coerência independentemente do país onde está instalada, ao contrário do modelo Fiat, em que cada unidade tinha o seu próprio método de organização.

Ao Estado, o diretor da Stellantis Mangualde deixa, nesta sua primeira entrevista, um desafio: “Precisamos que o mercado seja estimulado, que haja incentivo para que o consumidor final veja vantagem de optar pelo veículo elétrico e que se sinta seguro do ponto de vista de infraestrutura”.

Veio da cultura latina da Fiat para a indústria francófona, numa fábrica que de 1964 a 2019 sempre produziu Citroën e depois também Peugeot, e desde então juntou Opel e Fiat. Como foi a adaptação a Mangualde?

Desde os primeiros contatos até se concretizar a fusão, vínhamos fazendo uma adaptação da cultura da empresa. Não é uma adaptação da Fiat/Chrysler à cultura francófona, nem da antiga PSA à cultura da FCA. Foi, realmente, do que seria melhor para o grupo Stellantis.

Acho que essa fusão nos fez muito bem do ponto de vista da organização, do planeamento, e temos hoje um plano a longo prazo muito bem desenhado. Isso deu uma orientação melhor para as nossas equipas. Para mim, foi um ponto muito positivo, uma visão mais clara do futuro.

O que muda é o produto, o processo muda, mas a rotina é a mesma. Estar aqui, ou numa fábrica na França, você vai ver a mesma coisa, e se for ao Brasil, vai ver a mesma coisa. Quando eu vim para cá, isso encurtou a minha adaptação, porque já era a mesma rotina que estava habituado a fazer.

Existem os horários definidos para cada coisa, para que consigamos ter a cobertura dos KPI [indicadores de performance], que temos de seguir diariamente, e o ritual é o mesmo.

Na Fiat/Chrysler não era?

Era diferente. [A uniformização] existia em cada planta, mas entre as [diferentes] plantas não era da mesma forma.

Um trabalhador que saísse da Fiat em Turim para trabalhar na Fiat no Brasil, iria encontrar…

Uma forma de gestão diferente.

Já um trabalhador que saia de Sochaux para Porto Real ou aqui para Mangualde, encontra o mesmo processo?

Exato.

O que é que assegura o sucesso de Mangualde, que é das melhores fábricas do grupo em matéria de eficiência? De onde vem o sucesso? O que há aqui de específico?

Essa era a minha principal curiosidade quando cheguei. O que é que essa fábrica tem de especial? Isso foi motivo de alguns debates com o meu gestor. Sem dúvida, o sucesso aqui está nas pessoas. Estamos numa fábrica com mais de 60 anos. As pessoas que a compõem são apaixonadas pelo negócio, defendem isso aqui com unhas e dentes.

orgulho dessas pessoas de pertencer a essa fábrica, não tenho dúvida de que é o principal combustível dela. Isso aqui faz Mangualde diferente das demais. Estamos numa região de interior, região menor, onde as pessoas se orgulham de ter essa fábrica. Já vem de gerações, muitos dos que estão aqui, os seus pais já trabalhavam aqui, seus avós já estiveram aqui, seus filhos vão trabalhar aqui, e isso faz com que essa fábrica se mantenha num alto nível de competitividade. Não existe nada aqui nesta fábrica que seja impossível.

As pessoas dessa fábrica topam qualquer desafio e fazem acontecer, com soluções internas. Não tenho dúvida de que esse é o segredo e, claramente, a minha missão é muito clara: continuar estimulando a competitividade, a eficiência, para que essa fábrica seja cada vez mais atrativa para o nosso grupo. Ver o volume de negócios aumentar aqui é o que faz as pessoas darem ainda mais de si e defenderem-na. O que elas querem ver é isso, a expansão contínua, a inovação, porque elas veem que a fábrica está viva e vai continuar gerando negócios para as gerações futuras.

O produto que nós temos ainda tem uma longa vida à frente. Até já se pensou que fosse mais curto, mas ganhou uma sobrevida pela frente. [Até] ao limite que posso comentar isso, tem uma longa vida ainda pela frente.

Por falar em gerações, o atual modelo, produzido para quatro marcas, já é de 2018. Como garante que vai haver fábrica para os filhos destas pessoas?

O produto que nós temos ainda tem uma longa vida à frente. Até já se pensou que fosse mais curto, mas ganhou uma sobrevida pela frente. [Até] ao limite que posso comentar isso, tem uma longa vida ainda pela frente.

Quantos anos de vida tem este modelo?

Não posso falar nisso, mas tenho os números.

O furgão teve um restyling no ano passado, aos seis anos de vida. Se considerarmos outro tanto, em 2030 terá de estar aqui já um novo modelo.

Digo que mais. É perto disso, mas mais. Vocês estão vendo os anúncios, de novas plataformas, novos investimentos, e para o grupo é muito importante ter Mangualde. Uma fábrica que, por causa da performance, por causa da competitividade, precisamos de manter sempre com volumes, para manter esse nível de competitividade e ser atrativa para futuros investimentos. Nessa plataforma e na próxima.

O nosso principal cliente são empresas, essas empresas precisam de adaptar os veículos para os seus fins, e vemos como a grande vantagem já entregar isso com qualidade de fábrica, e o cliente receber com a qualidade que temos aqui dentro e com o prazo reduzido.

Poderão conquistar outros modelos da divisão Pro One, como os comerciais de maior capacidade?

Hoje em dia fazemos só os L1, que são os mais curtos. A visão mais fácil seria partir também para o L2, que Vigo já fabrica. A divisão entre Vigo, Mangualde e Ellesmere Port é muito clara: Vigo, pela capacidade, faz todo o portefólio, L1, L2, elétrico, passageiros, tudo.

Nós, um pouco mais restrito, vamos no que vale a pena, no que dá mais volume. A diversidade por si só não é só benefício, tem que compensar, ter um alto valor de vendas para justificar. Temos outros estudos em curso para ampliar essa diversidade. Estamos falando em outras tipologias de acabamento que hoje não fabricamos, outros opcionais, temos a área de atividade de transformação.

Viaturas para os correios, por exemplo?

Exatamente. Esse é um grande negócio para nós. O nosso principal cliente são empresas, essas empresas precisam de adaptar os veículos para os seus fins, e vemos como a grande vantagem já entregar isso com qualidade de fábrica, e o cliente receber com a qualidade que temos aqui dentro e com o prazo reduzido.

O veículo tem que estar rodando para poder gerar renda. Temos também limitações hoje na fábrica de algumas cores, estamos estudando quais vale a pena abrir, que Vigo fornece.

Do ponto de vista dos elétricos, temos capacidade muito competitiva, capacidade instalada para 12 veículos por hora, isso representa 70% da nossa capacidade horária. Da capacidade de linha instalada, podemos fabricar até 70% de veículos elétricos.

Do ponto de vista dos elétricos, temos capacidade muito competitiva, capacidade instalada para 12 veículos por hora, isso representa 70% da nossa capacidade horária. Da capacidade de linha instalada, podemos fabricar até 70% de veículos elétricos.

Quantos fabricam hoje?

Oscila muito. Varia bastante de mês para mês, trabalha-se de acordo com a procura do mercado. Além disso, existe a alocação desses veículos às fábricas, para qual mercado se destina, qual o menor custo no final para distribuir. Ellesmere Port fabrica apenas veículos elétricos. Essa alocação varia muito com a procura do mercado.

Estamos muito aquém do que podemos fabricar, mas puramente por encomendas. Precisamos que o mercado seja estimulado, que haja incentivo para que o consumidor final veja vantagem de optar pelo veículo elétrico e que se sinta seguro do ponto de vista de infraestrutura.

E que apoios tiveram do Estado para conquistarem o modelo elétrico que começaram a produzir em outubro?

Temos a agenda mobilizadora Greenauto, de fundos europeus, que nos ajudou a ter o carro elétrico. Houve um investimento de 30 milhões de euros para termos o carro elétrico. Mas na neutralidade carbónica, nós, que investimos tantos na neutralidade carbónica, podíamos ter mais algum… nós estamos a ir no caminho certo, a querer chegar lá, mas todos os nossos stakeholders têm que vir connosco.

Estamos a trabalhar para passar do transporte rodoviário para a ferrovia, porque a nossa preocupação também é da sustentabilidade, sabemos que vai diminuir bastante o nosso CO2, mas aqui estamos a fazer o caminho sozinhos. Se houvesse apoio do Governo seria muito mais fácil.

Como pode o Estado ajudar a fábrica a ter mais força negocial?

De benefícios para que se torne mais rentável, a questão do transporte ferroviário, incentivos para a transição energética e subsídio também para os nossos stakeholders, para que se possam adequar. E incentivos para o consumidor final, para que torne os veículos elétricos ainda mais atrativos. E aumento da confiança através do investimento em infraestruturas.

Em 2024 já houve novo recorde? Quanto pode a fábrica crescer mais?

Para este ano, está acertado um pouco acima de 90.000 carros. O nosso potencial máximo é 100 mil carros por ano. Estamos em 369 por dia e o nosso potencial é 400 carros por dia.

Qual o volume de negócios da fábrica e a produção esperada para este ano?

Em 2023, 930 milhões de euros. No ano passado batemos recorde, mas ainda não foi publicado em assembleia. O nosso peso no PIB é 0,54%. No ano passado atingimos 86.012 carros produzidos, este ano esperamos superar 92 mil carros.

Além dos comerciais, têm a versão de passageiros, a primeira em Portugal com motor elétrico. Qual a repartição destas variantes na produção?

30% de passageiros, 70% comercial, mas já chegámos a fazer, no mês passado, perto de 40% de passageiros. O pedido de veículos de passageiros tem aumentado de mês a mês, e isso vem-nos impactando, o processo muda, o veículo de passageiros tem mais operações.

As vendas em Portugal não são exclusivamente de veículos de Mangualde. Porquê recorrer a Vigo?

Depende da especificidade. O tal L2, que é a plataforma longa. A mais óbvia é ter L2, que tem um volume altíssimo, mas devido à nossa compactação, teria que fazer grandes mudanças na fábrica. Que por ora não se justifica. Tem restrições como cor. Se vir verde ou azul, foi feito em Vigo. Nós pegamos no que dá mais volume e vale mais a pena para a fábrica.

Mangualde entrou na era moderna da produção automóvel com o Citroën Berlingo e o Peugeot Partner, em 1998, como satélite da fábrica de Vigo, e assim se mantém. Considerando a competição entre fábricas por novos modelos, como vemos por exemplo na Autoeuropa face ao resto do grupo Volkswagen, esta fábrica não tem capacidade para ser autónoma?

Relativamente ao termo concorrente, eu prefiro usar parceiros, porque estamos em prol do mesmo objetivo. A forma de trabalhar hoje em Mangualde é a mais eficiente devido às suas limitações físicas. Temos uma fábrica altamente compacta. Dependemos de Vigo do ponto de vista da estampagem, que vem de lá. A dependência de Vigo vai até aí. Mangualde é uma fábrica muito autónoma.

Os investimentos de estamparia são altíssimos, e do ponto de vista de se manter competitiva, não sei se seria o melhor negócio. Há vários estudos, mas acho que é uma grande vantagem ter essa proximidade com Vigo e trabalhar dessa forma parceira. Graças a Deus, trabalhamos com o melhor produto do grupo, o mais bem aceite, tem 55% de market share de LCV aqui em Portugal, é o veículo mais vendido da Europa.

Há volume para todos, então não precisamos de ser concorrentes. Quando Vigo tiver os seus próximos lançamentos, quem sabe aumentando a capacidade, ter mais volumes que hoje são feitos em Vigo. É essa a nossa ambição.

Há volume para todos, então não precisamos de ser concorrentes. Quando Vigo tiver os seus próximos lançamentos, quem sabe aumentando a capacidade, ter mais volumes que hoje são feitos em Vigo. É essa a nossa ambição.

Qual é a incorporação nacional na produção?

Dos componentes montados no nosso veículo, um terço são fabricados em Portugal, o outro terço da Galiza e o outro terço dos demais fornecedores da Europa. No total, temos 400 fornecedores.

O que precisam de fazer os fornecedores em Portugal para estarem aptos a fazer parte deste modelo e do próximo que venha para esta fábrica?

No atual modelo passámos de 6% para 33%. Percorremos várias fábricas no país para ver se as empresas tinham capacidade de se adequar aos nossos padrões, e seguiam as normativas da empresa. As que se adequavam, ou tinham potencial, foram selecionadas. Só para entrar no jogo e concorrer. São as compras centrais que definem quem vai ser fornecedor.

Nós olhamos o custo total da produção, e como o produto não é fabricado apenas aqui, não vamos ter um fornecedor para Mangualde, um para Vigo, um para Elsmere, ele acaba distribuindo para as outras fábricas também. A decisão é central.

Fruto da aquisição da Opel e da concentração de marcas no grupo Stellantis, o Opel Combo, que em tempos foi levado pela General Motors para a fábrica de Saragoça por uma diferença inferior a 500 euros por carro produzido, voltou a Portugal. Qual é a diferença de custo de produção face a outra fábrica da Stellantis?

Não posso dar esses dados, mas digo-lhe que somos a fábrica mais competitiva do grupo em termos de custo por automóvel. Nós não queremos reduzir custos no que vai impactar o cliente. Queremos dar mais ao cliente e gastar menos para fabricar. Esse equilíbrio, essa conta que parece não fechar, é a nossa rotina. Cada fábrica trabalha dessa forma.

Os chineses fazem muito barato e precisamos de estar na briga. Redução de 30%, esse é o nosso objetivo. Como? Esse é o ponto. Não está em jogo reduzir qualidade, tornar o nosso mercado, que é líder de mercado, menos atrativo.

No indicador euro por veículo, a fábrica de Mangualde é a mais competitiva do grupo. Pode variar, mas no top 3 estamos sempre, e isso é o que nos dá esperança de que essa fábrica vai continuar a receber negócio. Quem não quer produzir mais por menos? Esse é o segredo.

Se o protecionismo que os EUA estão a promover culminar numa recessão, os modelos aqui produzidos poderão ser levados para outras fábricas? Em Itália tem havido muita contestação à deslocalização de fábricas Fiat, ainda que no vosso caso seja apenas uma adaptação do carro que já produziam, com nova grelha e faróis, volante Fiat e pouco mais.

Eu não vejo como essa crise atual nos pode impactar diretamente em Mangualde. Para o grupo, os impactos são grandes, as fábricas do Canadá e México, mas para nós, especificamente, nesse ponto nós nos salvamos.

O grupo Stellantis professa o carbono zero para 2038. Como se estão a adaptar em Mangualde?

Atualmente, temos em torno de 6.300 painéis fotovoltaicos, isso gera 32% da nossa necessidade de consumo de energia elétrica e temos estudos para ampliar. Estamos finalizando os estudos de energia eólica e também de armazenamento de energia, e isso vai-nos permitir chegar a 50% da neutralidade. A nossa ambição é 2025, neste ano. Os estudos estão bem avançados para chegar a 50% da energia elétrica até final do ano.

Existem, obviamente, atrasos em estudos e imprevistos que vão acontecendo, como as nossas medições que estavam já para terminar, mas aquela tempestade de vento derrubou a nossa torre. Mas isso não impediu que os nossos estudos fossem validados. Existe um dilema, porque tem que ser rentável e hoje não temos nenhuma subvenção do Governo. Usamos recursos próprios para essa descarbonização.

Aí sim, poderia ser o agente catalisador, se tivéssemos esses incentivos. Hoje, não, são recursos próprios. Dentro dos parâmetros da empresa, de atingir neutralidade e ser rentável economicamente, estamos a acelerar todos os estudos para que a gente realmente consiga atingir isso ainda esse ano. O desafio é grande, não está sendo fácil, mas isso está nos hot topics desse ano, para que consigamos esse ano.

Como conseguem paz social? Raramente se ouve falar de uma greve aqui.

Temos bom relacionamento com a comissão. A minha forma de trabalho é próximo, escutando, trabalhamos muito próximo. Temos pontos mensais, quando exigem necessidades esporádicas, a gente também trata. Mas eu acho que é trabalhando com muita transparência, com muita verdade, sempre mostrando os lados das coisas e tomando decisões em conjunto. Acho que é o segredo da paz social que temos hoje.


Stellantis de Mangualde espera abertura da linha da Beira Alta para testar comboio no transporte de automóveis

Em articulação com a câmara de Mangualde, que já tem um terreno para ceder junto à estação da linha da Beira Alta, a segunda maior fábrica de automóveis do país procura reduzir emissões até 92%.

in ECO, Entrevista por: Alexandre Batista, 15-04-2025


A Stellantis está a desenvolver um projeto-piloto para levar automóveis da fábrica beirã até um porto do norte de Portugal por via férrea, algo que, para já, está impossibilitado pelo encerramento da linha da Beira Alta, cuja abertura está adiada há três anos. Múcio Brasileiro, diretor da unidade de Mangualde, explica ao ECO/Local Online que numa primeira fase haverá um comboio semanal com 730 metros e 33 vagões, e capacidade para 128 veículos, capacidade equivalente à transportada por 16 camiões com oito veículos cada.

“Estamos a trabalhar em conjunto com a Câmara Municipal de Mangualde para distribuição dos nossos veículos por meio ferroviário. Há ainda muito a trabalhar para que se torne rentável. Estamos com projeto para iniciar ao menos uma rota mais curta como prova de conceito. Estamos a trabalhar isso em parceria com o presidente da câmara”, avança.

Para dotar a operação de maior capacidade, a fábrica necessita que sejam disponibilizadas carruagens de comboio com capacidade para transportar os furgões em dois pisos, algo que para já não está disponível no país. Assim sendo, terá de limitar o teste a comboios de um piso, o que reduz significativamente a poupança ambiental face aos 92% previstos.

A data para início da operação ainda está em aberto, mas o gestor já conta com a cedência por parte da autarquia de um terreno para estacionamento dos veículos, na deslocação entre a fábrica e a estação de Mangualde, a cerca de cinco quilómetros. Apesar de ainda não haver papéis assinados, já existe o compromisso do autarca, explica Múcio Brasileiro.

A fábrica de onde começaram a sair veículos Citroën há seis décadas, e que desde 1998, aquando do início de produção dos furgões Berlingo e Partner, juntou também a Peugeot, viu chegar no ano passado uma versão elétrica. Esta é produzida e comercializada também com as marcas Fiat e Opel, fruto do crescimento do antigo grupo PSA-Peugeot/Citroën por via da fusão com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA), no que se tornaria a Stellantis.

“A ferrovia ainda está em obra, estamos a visitar praticamente todas as semanas, para ver como está evoluindo. Precisamos de otimizar a forma como os veículos são distribuídos, porque queremos distribuir em dois níveis [pisos], e hoje só é possível num, porque os comboios não estão adaptados para isso”.

“Hoje, como estamos, economicamente é muito mais rentável o transporte rodoviário. A questão é que estamos apostando na ferrovia a pensar no futuro, e na questão de sustentabilidade. Queremos sair na frente para pegar todas as boas práticas, para quando for realmente necessário fazer a ligação, termos o know-how. Claro que [a obra na linha] atrasou os estudos” de transição para a ferrovia, admite o gestor.


Powering Europe’s green freight future: ACEA and Eurelectric call for urgent grid reform and investment

As Europe accelerates its shift to climate-neutral road transport, the European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA) and Eurelectric jointly urge policymakers to prioritise grid readiness for heavy-duty vehicle (HDV) charging infrastructure.

in ACEA, 15-04-205


The CO2 reduction targets for HDVs require a major ramp-up of zero-emission trucks and buses by 2030, with up to one-third of new registrations to be zero-emission vehicles (ZEVs). Yet the deployment of charging infrastructure suitable for heavy-duty vehicles, particularly along TEN-T corridors and in key urban and depot locations, is being held back by grid constraints, lengthy permitting procedures and regulatory bottlenecks.

In a new joint paper, ACEA and Eurelectric underline the critical role of Distribution System Operators (DSOs) and call for an anticipatory, demand-oriented approach to grid investments. “A fit-for-purpose charging network for heavy-duty vehicles is essential to decarbonise road transport.

But without a future-ready grid, this transition simply will not happen,” said ACEA Chief Commercial Vehicles Officer, Thomas Fabian. “We need the enabling conditions to be put in place to ensure an effective, efficient transition to zero-emission road transport across our continent.”

The paper outlines several key policy recommendations, including enhanced transparency through harmonised grid capacity maps, streamlined permitting processes, anticipatory investments, and flexible connection models. It also emphasizes the need to enable megawatt charging (MCS) and to ensure electricity pricing supports the competitiveness of zero-emission trucks and buses.

ACEA and Eurelectric urge EU institutions and Member States to deliver the necessary backbone for Europe’s decarbonised road transport future.

As Europe accelerates its shift to climate-neutral road transport, the European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA) and Eurelectric jointly urge policymakers to prioritise grid readiness for heavy-duty vehicle (HDV) charging infrastructure.

ACEA Eurelecric recommendations Decarbonising heavy duty road transport The role of grids


AFIA apresenta os dados das exportações de fevereiro, dando destaque a Marrocos

As exportações de componentes para automóveis acumularam, nos dois primeiros meses do ano, uma descida de 2,9% em termos homólogos. Apesar da conjuntura extremamente complexa realça-se a subida exponencial das exportações para Marrocos, atualmente o 8.º país-cliente dos componentes automóveis fabricados em Portugal

in AFIA, 14-04-2025


De acordo com os dados divulgados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, as exportações de componentes automóveis registaram uma descida de 3,7%, tendo-se situado nos 1.000 milhões de euros em fevereiro de 2025.

A indústria automóvel tem sido afetada negativamente, pelo ritmo do crescimento das vendas dos veículos elétricos, menor do que o esperado; e pelo acentuar das tensões geopolíticas, que muito têm contribuído pelo agudizar da instabilidade e incerteza no mercado.

No acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, as exportações de componentes automóveis atingiram os 2.000 milhões de euros, uma queda de 2,9% relativamente aos dois primeiros meses de 2024.

Europa continua a ser o principal destino, representando 88,5% das exportações

A Europa continua a ser o principal destino dos componentes fabricados em Portugal, absorvendo 88,5% das exportações. No entanto, as vendas para o continente europeu caíram 3,5% face ao ano anterior.

Em termos de países, as exportações para o TOP 4, Espanha, Alemanha, França e EUA, diminuíram: 4,5%; 9,1%, 0,4% e 4,4%, respetivamente. As vendas para Itália caíram 28,3% (passou a ser o 9.º país cliente).

Pela positiva realça-se, as exportações para o Reino Unido (5.º país cliente) que aumentaram 2,1%, as vendas para a Eslováquia cresceram 10,1% (6.º país cliente) e para a Roménia aumentaram 14,6% (7.º país cliente).

As exportações para Marrocos aumentaram quase 50%

O destaque vai para Marrocos, com um crescimento exponencial, +49,1%, sendo atualmente o 8.º país-cliente. Uma subida de três posições face ao ano de 2024, 11.º país-cliente.

Marrocos está no radar da AFIA já há alguns anos, desde de 2008 que tem mantido contatos regulares com as entidades oficiais.

Na sequência desses contatos a AFIA, em dezembro de 2017, assinou um protocolo de colaboração com a sua congénere, AMICA – Associação Marroquina da Indústria e Construção Automóvel, que visa o reforço da cooperação técnica e comercial; e a coordenação de ações entre as duas entidades.

Nesse âmbito, durante esta semana a AFIA deslocar-se-á a Tânger para participar na 8.ª edição dos Automotive Meetings Tangier-Med, numa parceria com a Delegação de Marrocos da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Este evento organizado pela AMICA, sob o mote “Indústria Automóvel – Oportunidades e Riscos”, assenta em duas vertentes:

  • Reuniões B2B, reuniões bilaterais entre empresas,
  • Conferências temáticas e mesas redondas, nas quais especialistas do sector vão debater o desenvolvimento da indústria automóvel.

José Couto, Presidente da AFIA comenta: «A promoção da oferta nacional e a identificação de novas oportunidades assume maior relevo quanto mais se atenta no significativo desenvolvimento da indústria automóvel neste país.  Um crescimento acelerado do número de viaturas montadas, segundo os dados da OICA – organização internacional dos construtores automóveis, passou de 40 mil em 2010 para quase de 600 mil automóveis produzidos no ano de 2024. Alavancado no plano de aceleração industrial, Marrocos tem atualmente uma capacidade de produção anual de 750 mil veículos, para tanto contribuindo os planos de crescimento industrial da Renault (2 fábricas, Casablanca e Tânger) e da Stellantis (Kenitra).».

Além de um stand institucional com a AICEP, a agenda da AFIA neste evento estará preenchida com encontros com entidades governamentais, associativas e empresariais.

CONSULTE AQUI AS ESTATÍSTICAS DE FEVEREIRO DE 2025

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Sobre a AFIA

  • A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.
  • A indústria de componentes para automóveis em Portugal agrega cerca de 360 empresas e emprega diretamente 64.000 pessoas. Fatura 14 mil milhões de Euros (ano 2024), com uma quota de exportação direta na ordem dos 85%.
  • Em termos de importância na economia nacional, representa 4,9% do PIB, 8,9% do emprego da indústria transformadora, 11,7% do valor acrescentado bruto da indústria transformadora, 14,8% das exportações nacionais de bens transacionáveis e 15,0% do investimento total da indústria transformadora.

Tarifas: Governo leva plano de apoio a Conselho de Ministros com empresários a pedirem rapidez

O plano para mitigar os efeitos das tarifas de Trump será debatido no Conselho de Ministros desta quinta-feira, onde será tema central. Associações empresariais que reuniram com o Governo pedem rapidez na execução dos apoios, sobretudo dado o contexto atual de crise política e a necessidade de enfrentar as taxas já impostas pelos EUA.

in O Jornal Económico, por João Barros, Lígia Simões e António Freitas de Sousa, 10-04-2025


O Governo irá levar ao Conselho de Ministros desta quinta-feira as medidas desenhadas para mitigar os efeitos das tarifas norte-americanas, isto depois de uma ronda negocial com diversas associações empresariais dos setores mais vulneráveis a aquele mercado. Ao JE, estes líderes empresariais sublinharam a necessidade de executar estes apoios com rapidez face às taxas já impostas pelos EUA, sobretudo dado o atual contexto de crise política interna, bem como a necessidade de diversificarem o destino das suas exportações.

Após dois dias de reuniões com diversas associações empresariais, o Governo irá submeter ao Conselho de Ministros o plano para limitar os impactos negativos das tarifas anunciadas na passada semana por Trump e que começaram a vigorar esta quarta-feira. O plano poderá ascender a mais de 2.000 milhões de euros no reforço de linhas de crédito à exportação e de seguros de crédito, bem como apoios à diversificação de mercados, competitividade e inovação, envolvendo ainda apoios do Compete e do Banco de Fomento.

Segundo o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, o montante do envelope de apoios deve ascender a 2,5 mil milhões – mas, ainda mais importante do que desenhar um “plano de financiamento, é colocá-lo em prática”.

Isso mesmo foi sublinhado por José Couto, presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), uma das presentes nas reuniões de quarta-feira. Mostrando-se sensível ao problema adicional constituído pelo facto de o país estar em período de pré-campanha para eleições parlamentares antecipadas, o representante dos fornecedores automóveis é da opinião que o setor que representa – tal como todos os outros, aliás – “tem a expectativa de uma intervenção rápida”, sem a qual as medidas, quaisquer que elas sejam, correm o risco de chegar tarde demais. “Não podemos adiar as medidas”, concluiu.

Ainda na terça-feira, primeiro dia de reuniões, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) avançou ao JE que pediu “um plano ambicioso, rápido e exequível para termos conforto no apoio às empresas e esperança em melhores dias. A sua implementação tem de ser imediata, ainda este mês, pois as empresas não vão a eleições e não podem esperar”.

Por sua vez, Vítor Poças, presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), classificou o encontro como “oportuno”, com uma equipa ministerial “muito ciente” dos problemas que a política comercial norte-americana poderá criar, mostrando otimismo com a reunião. Como ponto positivo, o responsável pelo setor madeireiro lembrou que as tarifas dos EUA foram aplicadas “numa lógica global”, pelo que Portugal não fica mais prejudicado comparativamente a outras economias.

Mário Jorge Machado, da ATP – Associação de Vestuário e Têxtil de Portugal, fala também num “pacote muito robusto com vários eixos de apoio” face às dificuldades esperadas, considerando que “é bem-vindo tudo o que sejam soluções que possam ir contra o fecho das economias, que têm consequências imprevisíveis, mas todas negativas”. Já José Robalo, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), destaca o carácter sobretudo consultivo das reuniões, mas também a coincidência entre o anúncio de Trump e a crise política nacional, que significam um período “sempre mais sensível”.

O ministro da Economia já tinha anunciado a criação de um grupo de acompanhamento da guerra tarifária e que estava a desenhar medidas de apoio ao nível do programa temático Compete do Portugal 2030 e do Banco de Fomento – através de novos avisos, garantias e financiamento para o apetrechamento industrial e reforço da internacionalização – para ajudar as empresas a resistir à escalada de tensão nas trocas comerciais.

O objetivo é, segundo Pedro Reis, “abrir um canal de diálogo com os setores que serão mais afetados pelo modelo das ‘tarifas recíprocas’”, designadamente a indústria automóvel, combustíveis, borracha, setor elétrico e eletrónico, metalurgia e metalomecânica, madeira e mobiliário, cortiça, calçado, curtumes, têxtil e vestuário, têxtil-lar e lanifícios, além das associações patronais AIP, CIP e AEP.

Inflação irá regressar

Também presente na ronda desta quarta-feira esteve João Vieira Lopes, presidente da CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, que destacou os efeitos que a política comercial dos EUA terá na economia nacional – não só na atividade das empresas, mas também na vida diária dos portugueses.

“Os EUA, em termos de serviços, são um grande exportador para Portugal, muito superior à nossa balança de pagamentos, e isso é difícil de determinar em termos de números, mas isso pode afetar todo o tecido empresarial”, disse o presidente da CCP à agência Lusa.

Esta dependência significa que um regresso da inflação é uma possibilidade bastante real, com Vieira Lopes a admitir que esta é “uma grande preocupação” para a Confederação. Esta dinâmica é particularmente evidente nos produtos agroalimentares, para os quais o presidente da CCP abriu a porta a “alterações até de política fiscal” para acomodar os efeitos negativos para Portugal.

Recorde-se que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, sugeriu um regresso ao IVA zero para um cabaz de produtos essenciais, à semelhança do que o seu antecessor, António Costa, fez enquanto primeiro-ministro, aquando da primeira crise inflacionista em Portugal.

As propostas da CIP

Nas propostas apresentadas pela CIP, destacam-se o reforço do apoio às estratégias de diversificação de mercados das empresas, “acionando, desde já, de forma mais rápida, mais intensa e mais focada”, os instrumentos que já existem no quadro do Portugal 2030. Em causa está o Sistema de Incentivos à Competitividade Empresarial (SICE) – Internacionalização das PME – Operações em conjunto e operações individuais, bem como o aumento das dotações, reclamando esta confederação empresarial o relançamento imediato dos avisos, em contínuo e com introdução de «cut-offs» regulares para avaliação (de acordo com a medida 24 do Programa Acelerar a Economia), com aumento das taxas de financiamento. E ainda o lançamento pelo BPF (Banco Português de Fomento) de uma linha de crédito com garantia pública dirigida a empresas exportadoras da indústria.

A Confederação pede ainda que o Governo equacione “reforçar a monitorização dos produtos acabados que entram no mercado nacional, que não cumprem as rigorosas normas e regulamentos da UE e que, por conseguinte, concorrem de forma desleal com as nossas empresas”.

Esta confederação empresarial pretende também a introdução de um regime de reporte dos prejuízos fiscais de 2025 para anos anteriores (tax losses carry back), possibilitando às empresas deduzir os prejuízos fiscais gerados neste ano aos lucros apurados nos últimos exercícios financeiros. “Permitiria um encaixe financeiro imediato para as empresas via reembolso de imposto”, defende a CIP, dando conta de que “é uma medida com provas dadas no ordenamento fiscal de diversos países, como a França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, República Checa, Suécia, introduzida, nalguns deles, como resposta à crise de 2008 (foi recomendada pela Comissão Europeia como resposta à crise pandémica)”.

Com a UE a preparar a resposta, a CIP pede que Bruxelas privilegie os interesses europeus, rejeitando contramedidas “como um fim em si mesmas”. As palavras de ordem são, portanto, pragmatismo e negociação.

“A reação deve ser juridicamente sólida, proporcionada e orientada, evitando consequências indesejadas para o comércio e a comunidade empresarial da UE”, afirma Armindo Monteiro, lembrando, “por um lado, a concorrência com a produção industrial europeia; por outro lado, os potenciais efeitos disruptivos nas cadeias de valor e o aumento dos custos para os consumidores e para a restante indústria”.

Para tal, o bloco europeu deve manter-se coeso e coordenado, ganhando assim também poder negocial.

Além disso, a diversificação será prioritária, “de forma a reduzir dependências e construir a sua segurança económica”. Neste âmbito, acordos de comércio livre como o atingido no final do ano passado com o Mercosul são “cruciais”.


INDASA regressa à Motortec Madrid 2025

A INDASA anuncia a sua participação na Motortec Madrid 2025, que terá lugar na IFEMA de 23 a 26 de abril. Esta feira é o palco perfeito para a INDASA lançar o seu mais recente produto, o Rhynogrip HT Line Ceramic, a mais inovadora solução de lixagem desenvolvida para melhorar a eficiência e o rendimento nas fases iniciais do processo de reparação.

in INDASA, 10-04-2025


No stand 4C08, os visitantes terão a oportunidade de ver o novo Rhynogrip HT Line Ceramic em ação. Desenvolvido com a mais recente tecnologia de abrasivo que resulta numa performance de corte contínua e sustentada. Graças a uma nova fórmula exclusiva e a matérias-primas de alta qualidade, este novo produto foi concebido para oferecer um desempenho superior com alta resistência ao desgaste e ao rasgo.

Este produto, já disponível para venda, permite otimizar os níveis de produtividade nos estágios iniciais da reparação.

Para além deste novo lançamento, a INDASA preparou uma experiência interativa incluindo:

  • Demonstrações ao vivo do novo Rhynogrip HT Line Ceramic
  • Demonstrações ao vivo dos produtos recentemente lançados, nomeadamente o Rhynogrip Mesh Line e as ferramentas E-Series PRO X
  • Demonstrações ao vido dos novos produtos EVERCOAT
  • Encontros e sessões exclusivas com a equipa técnica altamente qualificada da INDASA
  • Surpresas a serem reveladas durante o evento

De acordo com Rafael Dias, responsável pelo mercado ibérico, “Este evento será um ponto de encontro para, junto dos nossos clientes e parceiros, celebrarmos as conquistas e seguirmos juntos na construção do futuro da INDASA.”


El proyecto del VW ID.1, liderado por Seat, para septiembre de 2027 y con 100.000 unidades anuales

La fabricación del eléctrico de 20.000 euros de VW, el ID.1, cuyo proyecto está liderado por Seat SA, bajo la responsabilidad del actual CEO interino, Markus Haupt, como vicepresidente ejecutivo de Producción y Logística, comenzará en serie «en septiembre de 2027» en la planta portuguesa de Palmela, según han informado a La Tribuna de Automoción fuentes del sector. Estas mismas detallan que el consorcio germano estima, en estos momentos, un volumen de «100.000 unidades anuales», una cifra similar a la que tendrán los cuatro cero emisiones de Martorell y Landaben a finales de década.

in La Tribuna de Automoción, por Ignacio Anasagasti, 09-04-2025


El proyecto de industrialización del VW ID.1, que el consorcio germano ha adjudicado finalmente a la planta portuguesa de Palmela, será comandado por Seat SA, concretamente por el nuevo CEO interino del grupo, Markus Haupt, desde su función de vicepresidente de Producción y Logística, según han asegurado a La Tribuna de Automoción fuentes del sector.

La asunción de la responsabilidad sobre la fabricación del futuro urbano eléctrico de 20.000 euros recae en la compañía española por el rol que le atribuyó la matriz en Wolfsburgo de liderar el despliegue del hub de electromovilidad en la Península Ibérica, comenzando por el montaje a partir de 2026 en Martorell (Barcelona) y en Landaben (Navarra) de los cero emisiones Cupra Raval y VW ID.2 en el primer centro y del Skoda Epiq y VW ID.2 X en el segundo. Unos modelos que tendrán un precio de salida desde los 25.000 euros dependiendo de la silueta.

Cuando el Grupo VW confirmó el 11 de marzo que el ID.1 se producirá en la factoría lusa de Autoeuropa en 2027, la empresa apenas facilitó más detalles del proyecto, más allá de las características principales del prototipo sobre el que se basará el coche, denominado ID. EVERY1 y que se desveló cinco días antes. No obstante, este periódico ha podido saber de fuentes del sector conocedoras de los planes industriales del constructor, que la producción en serie «arrancará en septiembre de 2027» y que se estima, en estos momentos, un volumen potencial de alrededor de «100.000 unidades anuales».

VW ID.1: volumen similar al de los eléctricos de Seat Martorell y VW Landaben

Esta cifra sería equivalente a la que los analistas del sector, como avanzó este medio en su edición de la primera quincena de febrero de 2025, proyectan para cada uno de los cuatro small BEV de Martorell y Landaben para 2030. Entonces, el único que se quedaría por debajo de la barrera de las 100.000 unidades sería el Raval, con cerca de 91.000 para superarla ya en 2031, de acuerdo con los informes a los que ha tenido acceso La Tribuna de Automoción.

Estas estimaciones para finales de década de los VE españoles son sensiblemente más bajas que las que el consorcio alemán barajaba inicialmente en 2021, cuando aspiraba a que alcanzasen una cadencia de en torno a 800.000 —fuente del sector detallan que se hablaba realmente de 720.000—.

Las sinergias en la Península Ibérica, claves

En la elección de Portugal para fabricar el VW ID.1, aparte de que ha sido determinante que las instalaciones de Palmela son unas de las más eficientes en costes del grupo en Europa, tanto desde el apartado laboral como energético, cómo reconoció el propio CEO de la marca, Thomas Schäfer; también ha sido crucial la buena infraestructura de aprovisionamiento que existe en la Península Ibérica, incluyendo la gigafactoría de baterías de Powerco en Sagunto (Valencia), tal y como destacó el CEO, Oliver Blume, en una conferencia con analistas financieros.

En este sentido, cobró mucho protagonismo el potencial que se puede alcanzar de sinergias entre España y Portugal, en el que el consorcio germano ha trabajado de manera intensa, especialmente a partir de 2020, cuando se empezó a perfilar el proyecto de electrificación de las plantas españolas.

Bajo la denominada estrategia One Production se han impulsado diversas iniciativas, como la conexión por tren desde noviembre de 2021 entre los centros catalán y portugués, lo que se tradujo en un importante avance logístico para mejorar el proceso de entregas de los coches y en una reducción de la huella ambiental, al sustituir transportes en camión por ferroviarios.

Inversión para el VW ID.1 de «varios centenares de millones»

Ante la confirmación del montaje del VW ID.1 en la factoría de Autoeuropa, el Gobierno luso reaccionó con un comunicado, en el que el ministro de Economía, Pedro Reis, consideró la noticia como «un día verdaderamente histórico […], porque de una tacada, la economía portuguesa conquista la garantía de fabricación de un nuevo vehículo eléctrico, que asegura el futuro por muchos años de la planta de Setúbal como una de nueva generación del grupo y de una enorme cadena de valor de proveedores nacionales».

Según consta en la nota, el programa de inversiones es de «varios centenares de millones», el cual ha sido apoyado por el Ejecutivo, como apuntó el CEO de la planta, Thomas Hegel Gunther.

Aparte del ensamblaje del eléctrico, la decisión incluye «una nueva factoría electrificada de nueva generación y la adopción de nuevos procesos de producción y logísticos, así como el ensamblaje robotizado de los sistemas de baterías». Es decir, el montaje del paquete de las pilas se haría en las instalaciones de Palmela con, probablemente, las celdas provenientes de Sagunto, unos términos estos últimos que tienen que confirmarse.


Bosch Electronic Service marca presença na Motortec Madrid 2025

Reparação e substituição de dispositivos com foco na sustentabilidade

in Bosch, 09-04-2025


O Bosch Electronic Service, o serviço da Bosch para reparação de dispositivos e peças eletrónicas, vai marcar presença na Motortec Madrid, que decorre de 23 a 26 de abril na IFEMA (Madrid). Nesta edição, a marca vai estar com dois stands de exposição, um no pavilhão 7 (7C43) e o outro no pavilhão 30 (D6), com o objetivo de mostrar de que forma os seus produtos e serviços reforçam o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação no setor automóvel.

Reconhecida pelas soluções especializadas para o aftermarket, o Bosch Electronic Service vai apresentar ao público o seu portfólio de produtos para reparação e substituição de dispositivos defeituosos, uma alternativa eficiente e responsável que contribui para a sustentabilidade dos negócios e do setor em geral. Num momento em que a preservação do planeta é uma prioridade coletiva, o Bosch Electronic Service pretende nestes quatro dias de exposição dar a conhecer aos profissionais do setor os seus serviços éticos e responsáveis, pensados para prolongar a vida útil dos equipamentos e reduzir o impacto ambiental.

Para além disso, a presença na Motortec é também uma oportunidade para a equipa do Bosch Electronic Service contactar diretamente com os clientes e atrair novos parceiros, apresentando as suas soluções inovadoras e sustentáveis desenvolvidas para apoiar oficinas, profissionais e empresas do setor automóvel.