UE investe 7,3 mil milhões de EUR do Horizonte Europa para reforçar a sua competitividade e o crescimento de talentos

A Comissão Europeia está a investir mais de 7,3 mil milhões de euros através do seu recém-adotado programa de trabalho Horizonte Europa para 2025, a fim de reforçar o motor de investigação e inovação da Europa e a sua dimensão mundial. Tal impulsionará a ciência de ponta, acelerará as transições ecológica e digital da UE e reforçará a competitividade da Europa.

O programa contribuirá para atrair e reter investigadores de topo na Europa e prestará apoio específico às pessoas afetadas pela guerra e pela deslocação. No âmbito destes esforços, a Comissão está a atualizar a parte do programa de trabalho das Ações Marie Sk?odowska-Curie (MSCA) 2023-25, a fim de oferecer mais apoio aos cientistas ucranianos e lançar um novo projeto-piloto MSCA «Escolha a Europa para a Ciência», que oferecerá mais apoio e oportunidades aos investigadores em início de carreira, incluindo subsídios concorrenciais e contratos mais longos.

Este projeto-piloto faz parte de um pacote de 500 milhões de euros para 2025-2027 e da iniciativa mais ampla «Selecionara Europa»para tornar a Europa um íman para os investigadores, apresentada pela presidente Ursula von der Leyen na semana passada. A iniciativa centra-se em três objetivos: manter a ciência livre e aberta, investir no talento e acelerar a inovação na Europa.

Através do Conselho Europeu de Investigação (CEI), os investigadores que se deslocalizam para a Europa já recebem um complemento para além da sua subvenção, que foi recentemente duplicado. Além disso, uma nova «supersubvenção» de sete anos no âmbito do CEI oferecerá apoio a longo prazo aos melhores talentos.

Aspetos fundamentais do programa de trabalho do Horizonte Europa para 2025:

Concretizar as prioridades da UE: A investigação e a inovação (I&I) são fundamentais para as prioridades da UE, desde o reforço da competitividade, da defesa e da segurança até à melhoria da vida dos cidadãos. O programa de trabalho para 2025 financiará as tecnologias digitais e espaciais, apoiará projetos ecológicos e o desenvolvimento sustentável. Visa igualmente a criminalidade organizada e a ameaça terrorista, ajudando simultaneamente a reduzir as emissões de carbono e os custos da energia. Serão investidos mais de 663 milhões de euros nas cinco missões da UE.

Acelerar os objetivos climáticos e digitais: Para ajudar a tornar a Europa o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050, a UE está a canalizar 35 % do financiamento do Horizonte Europa para os objetivos climáticos. No programa de trabalho para 2025, 35 % do orçamento é atribuído à ação climática e 8,8 % à biodiversidade. Tal inclui 1,14 mil milhões de EUR para projetos nos domínios do clima, da energia e dos transportes e 833 milhões de EUR para a alimentação, a bioeconomia, os recursos naturais, a agricultura e o ambiente. Ao mesmo tempo, 36 % do seu financiamento do Horizonte Europa apoia a transição digital, com 1,6 mil milhões de EUR reservados para o desenvolvimento da inteligência artificial.

Investigação e inovação no setor automóvel: O programa de trabalho para 2025 visa apoiar a transformação da indústria automóvel europeia através da investigação e da inovação, centrando-se em benefícios como soluções de transporte mais limpas e competitivas. Apoia o desenvolvimento de veículos elétricos a bateria da próxima geração, técnicas avançadas de fabrico de componentes automóveis, digitalização de veículos, cibersegurança e práticas de economia circular. Além disso, promove a criação de sistemas de mobilidade inteligentes e resilientes.

Simplificar a aplicação: A Comissão iniciou um esforço de simplificação com o programa de trabalho para 2025, a fim de o tornar mais acessível e convivial. Descrições de tópicos mais curtas e a utilização de tópicos mais abertos darão aos candidatos maior liberdade para propor diferentes vias para resultados inovadores. Se for caso disso, a utilização mais generalizada de opções de custos simplificados, tais como subvenções de montante fixo que representam 35 % do orçamento total, elimina os requisitos desnecessários de comunicação de informações financeiras para os beneficiários. 29 temas em duas fases permitirão que os candidatos apresentem primeiro propostas mais curtas e apenas preparem propostas completas se forem selecionados para a segunda fase. Tal reduzirá os encargos administrativos para os requerentes.

Apoiar os talentos: Ao investir em talentos, o programa aborda a fuga de cérebros e promove um panorama de investigação dinâmico. O projeto-piloto «Escolha a Europa para a Ciência», que faz parte das MSCA, investirá 22,5 milhões de euros para atrair e reter jovens talentos promissores na Europa. O projeto-piloto proporcionará mais apoio e oportunidades aos investigadores em início de carreira, incluindo subsídios concorrenciais e contratos mais longos. Cofinanciará bolsas de pós-doutoramento que proporcionem aos investigadores excelentes oportunidades de investigação, ensino ou gestão.

Revitalizar os bairros europeus: De 2025 a 2027, o Mecanismo Novo Bauhaus Europeu (NEB) é o primeiro instrumento de financiamento plurianual para projetos inovadores destinados a tornar os espaços de vida da Europa mais sustentáveis, inclusivos e belos para todos. Para 2025, o convite à apresentação de propostas do Mecanismo NEB, que abrirá amanhã, dispõe de um orçamento específico de 118,4 milhões de EUR do programa Horizonte Europa. Metade do financiamento – cerca de 63 milhões de EUR – financiará projetos de demonstração que mostrem como aplicar o NEB no ambiente local, por exemplo, com conceção regenerativa. A outra metade centrar-se-á na investigação fundamental, bem como noutras ações de apoio.

Apoiar os investigadores ucranianos: O programa incentiva todos os candidatos a criar oportunidades para cientistas e organizações afetadas pela guerra de agressão da Rússia. Continuará a ser prestado apoio ao Gabinete do Horizonte Europa na Ucrânia, que cria redes de investigação mais fortes entre a UE e a Ucrânia e apoia o acesso dos investigadores ucranianos ao financiamento da UE. Através da iniciativa MSCA4Ukraine, 10 milhões de EUR das MSCA serão atribuídos a investigadores ucranianos. Quando as condições o permitirem, o programa ajudará também os cientistas a regressar e a reconstruir a investigação e a inovação na Ucrânia.

Apoio aos investigadores de Gaza: O programa de trabalho para 2025 oferece apoio imediato aos investigadores de Gaza através de um Centro Virtual de Colaboração em Investigação, que proporcionará mentoria, oportunidades de colaboração e acesso a recursos académicos aos investigadores de Gaza. Identificará e ligará os investigadores de Gaza às iniciativas regionais e locais existentes, aos potenciais beneficiários e às partes interessadas que possam prestar apoio.

Próximas etapas

Os primeiros convites à apresentação de propostas serão abertos em 15 de maio no portal Financiamento e Concursos da Comissão.

Está prevista uma maior simplificação do programa de trabalho do Horizonte Europa para 2026-27.

Antecedentes

O Horizonte Europa é o programa de investigação e inovação da UE no valor de 93,5 mil milhões de euros, que decorre de 2021 a 2027. A maior parte do financiamento do programa é atribuída com base em convites à apresentação de propostas concorrenciais, estabelecidos em programas de trabalho que definem os objetivos e os domínios temáticos específicos. O programa de trabalho inclui igualmente as regras aplicáveis, como as condições normais de admissibilidade e os critérios de elegibilidade, bem como os critérios de seleção e de adjudicação.

O programa de trabalho do Horizonte Europa para 2025 baseia-se no plano estratégico 2025-2027 do Horizonte Europa, adotado em março de 2024, que foi cocriado pelos serviços da Comissão e concebido em conjunto com os Estados-Membros e os países associados ao Horizonte Europa, o Parlamento Europeu e mais de 2 000 partes interessadas e cidadãos. Os contributos das partes interessadas para o programa de trabalho para 2025 foram também recolhidos através de uma oportunidade de recolha de observações aberta em abril e maio de 2024.

Para mais informações

Horizonte Europa

Plano Estratégico do Horizonte Europa

Funding & Tenders portal – oportunidades de financiamento

Volkswagen Group wins Swedish Steel Prize 2025

The winner of the international Swedish Steel Prize 2025 is Volkswagen Group from Germany. The prize is awarded for SIBORA®, a groundbreaking manufacturing method that opens up for new possibilities when optimizing safety components for improved crash performance.

in SSAB, 09-05-2025


An entirely new way of thinking steel

”With their holistic approach the Volkswagen Group and their partners have developed a press hardening process to obtain different high strength and high ductility properties out of one single steel alloy. Their patented method will provide unique advantages when optimizing future car body structures, in terms of weight and performance and with an unshakable focus on safety,” says Eva Petursson, chair of the Swedish Steel Prize jury and head of SSAB’s research and innovation.

Shaping the future of mobility

Volkswagen Group, the largest car manufacturer in Europe, aims to become carbon neutral by 2050. Using less material for construction and putting a lighter car on the road is central to reaching this goal.

Today, to combine different properties in one car component – in particular zones of optimized strength and zones of optimized crash energy absorption – multiple materials must be welded together. But with the groundbreaking method developed by Dr Ansgar Hatscher and his team, these specific properties can be achieved using one single sheet of press hardening steel. The SIBORA® alloy concept simultaneously results in high strength and improved ductility and the 3-step process can be adjusted to achieve different properties in different areas of the component.

SIBORA® will allow stronger, lighter and better car components to be developed faster and in a more targeted manner – with a leaner production process, easier assembly, reduced costs and improved sustainability. And the automotive industry is only the beginning…

The runners-up

The runners-up – The Greenbrier Companies from the U.S., InfiniSpring from Finland, and Loglogic from the UK – were also celebrated at the award ceremony in Stockholm, Sweden on May 8.

The Swedish Steel Prize

The Swedish Steel Prize celebrates engineering, cooperation and steel innovations that lead to a better and more sustainable world. The winner receives a diploma, a statuette by the sculptor Jörg Jeschke and intense media exposure. In conjunction with the Swedish Steel Prize 2025, SSAB will make a SEK 100,000 donation to UNICEF in support of their efforts to provide quality education and learning opportunities to children and adolescents worldwide.


FEHST Componentes 30 anos de crescimento

No dia 11 de maio de 2025, a FEHST Componentes completou 30 anos de história.

in FEHST Componentes, 11-05-2025


Deve o seu nome ao fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo, o Sr. Hatto Fehst, a quem se reconhece a visão, o impulso a perseverança na transformação da missão da empresa ao longo deste trajeto, sempre pautado pelo compromisso com o investimento em inovação e vanguarda tecnológica.

Ser “parceiro de soluções completas em módulos plásticos decorativos”, é a sólida proposta de valor da FEHST, que operando primordialmente na área de negócio dos componentes de indústria automóvel, completa com relevantes sinergias com as outras empresas que compõe o Grupo FEHST: Enancer Eletrónica, Lda (ONLY SMART BUILDINGS); SIROCO – Sociedade Industrial de Robótica e Controlo, S.A. e Fehst Consulting & Innovation, S.A.

A FEHST Componentes, desenvolve e produz componentes plásticos decorativos para os cockpits e portas, entre outros, para quase todas as OEM’s europeias. É uma empresa eminentemente exportadora, mas que nos últimos anos tem também dado relevância ao mercado nacional, como fornecedor para o modelo T-Roc da Volkswagen Autoeuropa.

Os pilares que têm definido a trajetória de crescimento sustentável:

  • Competitividade – Integração vertical de processos de tratamento de superfície sobre as peças plásticas moldadas por injeção: Pintura cura térmica, UV e cromagem galvânica para uma maior competitividade.
  • Eficiência produtiva – Automação, sensorização e digitalização de processos.
    Ascensão na cadeia de valor – Competência no desenvolvimento do produto, que permitiu alcançar uma parcela significativa do negócio como 1st Tier.
  • Segurança da Informação – 1ª Empresa industrial Portuguesa com certificação pelo referencial TISAX.
  • Inovação – Equipa dedicada à realização de projetos I&DT, com enfoque nos produtos mais sustentáveis e processos mais eficientes.

O próximo Passo:

No período estimado de 1 ano será lançada uma nova instalação industrial com cerca de 17.000m2, o que lhe permitirá ampliar a capacidade produtiva e trazer um grande impulso à melhoria de eficiência de processos.

Nas palavras de Hatto Fehst:

“Celebrar 30 anos é, acima de tudo reconhecer o esforço e dedicação de cada trabalhador, cliente e parceiro que caminhou connosco. Temos orgulho no que construímos juntos! Ao olharmos para trás, vemos uma história de trabalho árduo e dedicação de uma equipa extraordinária. E ao olharmos para a frente, vemos um futuro promissor, cheio de novas oportunidades e desafios”.

A Fehst está preparada para continuar a escrever uma história de sucesso nos próximos 30 anos!


AFIA | Exportações de componentes automóveis crescem 2,1% em março

As exportações de componentes para automóveis registaram em março um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. É um crescimento relevante, tendo em conta os números do ano anterior e dos dois primeiros meses de 2025

in AFIA, 12-05-2025


De acordo com os dados apurados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel no mês de março o sector de componentes para automóveis exportou mais de 1.000 milhões de euros, crescendo 2,1% relativamente ao período homólogo de 2024. Esta taxa de crescimento, é superior ao crescimento do volume de fabricação de veículos na União Europeia e Reino Unido, o que significa que para além da Indústria estar a entregar componentes nos veículos mais fabricados também se verifica a entrada em novos projetos. Contudo, as vendas ao exterior no acumulado até março, estão abaixo, -1,4%, ao verificado no ano de 2024.

No primeiro trimestre de 2025, a indústria de componentes automóveis foi responsável por 3.000 milhões de euros de exportações e o principal destino é a Europa, representando 88,5% das exportações. No entanto, as vendas para o continente europeu decresceram 1,5% face ao ano anterior.

Entre janeiro e março de 2025, e tendo em conta aos principais países parceiros, destacam-se pela positiva, as vendas para Espanha e França, que aumentaram 2,3% e 1,2%, respetivamente. Em sentido contrário, as exportações para a Alemanha e os EUA diminuíram 8,8% e 7,6%, respetivamente.

José Couto, Presidente da AFIA, realça «o comportamento do sector de componentes automóveis no esforço exportador do país, já que as indústrias que o compõem são sujeitas a uma competição global num mercado de grande exigência e dinamismo, e lembra que é necessário estar a par dos esforços de investimento que os países concorrentes estão a fazer, para poderem ganhar vantagem competitiva e inserirem esta indústria no processo de reindustrialização».

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de maio pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

 

Comissão organiza diálogo estratégico com a indústria europeia de defesa

Today, President von der Leyen opened the first-ever Strategic Dialogue with representatives of the European Defence Industry. The Dialogue underscored the crucial role of the European defence industry in safeguarding European security in a rapidly evolving geopolitical landscape.

The President stressed that Europe’s defence industry must be capable of responding at scale and at speed. She commended the industry’s efforts since the start of Russia’s war of aggression against Ukraine, including significantly ramping up production and opening new factory lines. She also pointed to persistent structural challenges faced by this industry, and in particular: 1) Fragmentation of the demand and supply side, 2) Regulatory barriers, 3) Access to raw materials, 4) The need to keep pace with fast innovation cycles and shorter feedback loops, 5) Access to finance, 6) Access to skilled labour (especially STEM).

To address these issues, the Commission reaffirmed its commitment to working closely with industry stakeholders. The President invited the industry to share their views in order to inform upcoming initiatives, including the Defence Omnibus package, to be presented in June 2025. This package will streamline rules and regulations—covering certification, permits, and joint procurement frameworks and other issues.

Participants engaged in constructive discussions on key areas, including securing investments, enhancing defence industrial cooperation, fostering innovation and technological advancement, securing supply chains, and investing in skills and workforce development.

President von der Leyen, Commissioner Kubilius and the sector agreed to remain in close contact to further strengthen the European defence industrial base.

 

Background

A strong European defence industry is vital to our continent’s security, especially as our Union takes on greater responsibility for its own defence. It is also key to Europe’s competitiveness, supporting 800,000 direct and indirect jobs, boosting exports, and driving innovation with wide-reaching civilian benefits.

The Commission’s Readiness 2030 plan aims to strengthen the European defence industrial base by unlocking €800 billion in investment. It incentivises joint procurement and ensures that greater share of defence spending remains within Europe.

CLEPA | CO2 standards require rigorous feasibility check and tech-neutral approach

CLEPA, the European Association of Automotive Suppliers, welcomes the European Parliament’s support of the Commission’s targeted amendment to the CO2 standards for cars and vans, aimed at providing vehicle manufacturers with greater flexibility to meet 2025 emission targets.

in CLEPA, 08-05-2025


The introduction of an averaging mechanism for emissions reduction is an urgent and necessary step. However, this measure must not overshadow the broader structural shortcomings of the CO2 Regulation, which affect the entire automotive sector. The current framework remains misaligned with market realities and is overly prescriptive in its technological approach, hindering innovation and progress toward effective decarbonisation.

“Short-term measures must align with a broader, technology-neutral ambition. A critical discussion on the feasibility of current CO2 Regulation is needed, aligned with real-world conditions. Competitiveness depends on a feasible transition. Diverse technological solutions —hybrid, battery-electric, and CO2-neutral fuels must all have a place at the table,” said Benjamin Krieger, CLEPA Secretary General.

As high-level discussions continue in Brussels, Europe’s automotive suppliers are confronting growing challenges on the ground. According to the latest CLEPA-McKinsey Pulse Check, 62% of the industry cite overcapacity and high fixed costs, factors that significantly increase the risk of further downsizing and job losses. Without urgent support, the EU may undermine the very industry needed to implement its Green Deal goals.

“While the ambitions were politically bold, we must now reassess the technical and economic feasibility of the CO2 Regulations to ensure they are both realistic and centred on people.

Europe must move decisively with smart, targeted measures to remain globally competitive in an uncertain world. A key priority is maintaining the Utility Factor for plug-in hybrids (PHEVs) to protect high-value European jobs and provide urgent relief.

At the same time, CO2 rules must be updated to reflect current market realities and support all low-carbon technologies. Cutting red tape through the Simplification Omnibus can also enhance resilience – promoting competitiveness, not protectionism, while safeguarding Europe’s strategic industrial base,” stated Benjamin Krieger.

As the EU’s Strategic Dialogue on the future of the European Automotive Industry moves forward, CLEPA urges the European Commission not to lose momentum or delay action.

“The Commission pledged to deliver on technology neutrality, yet we see little progress and time is running out. Thousands of jobs are at risk in a time of deep uncertainty. We urgently need a clear and credible signal that Europe is serious about supporting its industry and leading a realistic green transition,” concluded Benjamin Krieger.

Immediate and long-term actions needed

To ensure a balanced, consumer-oriented, and effective transition to clean mobility, CLEPA urges policymakers to take decisive action:

  1. Short-term measure: Maintain the 2024 Utility Factor for plug-in hybrid electric vehicles (PHEVs) in the Type-Approval regulation to safeguard their role in reducing emissions.
  2. Long-term vision: Conduct a substantial revision of the CO2 regulations by the end of the year, ensuring a strong, technology-neutral framework to support the clean transition towards 2035. Introduce clear legal requirements and explicitly recognise “vehicles running exclusively on CO2-neutral fuels” in the regulatory framework.

Transição energética da UE pode levar a vaga de despedimentos, alertam fornecedores

A CLEPA aplaude a flexibilidade nas metas de CO? da UE, mas alerta: as regras atuais estão fora da realidade e travam a inovação no setor.

in Razão Automóvel, por Guilherme Costa, 08-05-2025


A CLEPA, associação que representa os fornecedores automóveis europeus, veio hoje a público pedir uma reavaliação profunda das atuais metas de CO2 impostas pela União Europeia (UE). O comunicado é claro: sem uma abordagem mais realista e tecnologicamente neutra, o setor pode enfrentar uma nova vaga de despedimentos e desindustrialização.

O pedido surge no seguimento da aprovação, pelo Parlamento Europeu, de uma alteração cirúrgica à atual legislação, que introduz um novo mecanismo de média de emissões para ajudar os construtores a cumprir os objetivos que estavam estabelecidos para 2025.

Uma medida de curto prazo que, segundo a CLEPA, não resolve o verdadeiro problema: um regulamento “desalinhado com a realidade do mercado” e que “bloqueia a inovação ao impor soluções tecnológicas específicas”.

Transição energética sim, mas com alternativas

Para Benjamin Krieger, secretário-geral da CLEPA, a transição energética não pode assentar apenas numa única via tecnológica. “Híbridos, elétricos e combustíveis neutros em carbono devem todos ter lugar à mesa”, afirmou, pedindo urgência à Comissão Europeia para enviar um sinal claro de que está comprometida com a neutralidade tecnológica.

A proposta da CLEPA passa por duas frentes: manter aos níveis de 2024 o “Utility Factor” dos híbridos plug-in — um parâmetro técnico usado para calcular as emissões oficiais destes modelos — e lançar, até ao final do ano, uma revisão estrutural dos regulamentos de CO2. Esta revisão deve, segundo a organização, incluir o reconhecimento explícito de veículos movidos exclusivamente com combustíveis neutros em carbono.

62% do setor sob pressão e Green Deal em risco

Segundo os dados mais recentes do CLEPA-McKinsey Pulse Check, 62% dos fornecedores europeus enfrentam problemas de sobrecapacidade e custos fixos elevados. Um cenário que aumenta o risco de encerramentos e perda de empregos num setor que continua a ser fundamental para concretizar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

“A ambição política foi audaz, mas agora é preciso garantir que a execução técnica e económica está alinhada com a realidade. Não se trata apenas de metas, trata-se de pessoas”, sublinhou Krieger.

Bruxelas continua a negociar, mas o tempo esgota-se

A CLEPA recorda que a Comissão Europeia prometeu entregar uma estratégia baseada na neutralidade tecnológica, mas até agora pouco avançou. E o tempo, avisa Krieger, “está a esgotar-se”.

Com milhares de postos de trabalho em risco, o setor pede uma resposta clara, que promova a competitividade sem cair no protecionismo, mas que não abandone a base industrial estratégica da Europa.


ACEA welcomes CO2 relief, long-term strategy now essential

The European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA) welcomes both the European Parliament’s and Council’s support for a three-year averaging mechanism for emissions compliance for cars and vans.

in ACEA, 08-05-2025


The proposed three-year averaging framework offers car and van manufacturers much-needed flexibility in meeting CO2 targets at this important moment in our transition toward zero-emission mobility, accommodating fluctuations in market demand and production cycles. This approach is particularly important given the ongoing lack of enabling conditions and the impact this is having by causing slower-than-needed consumer uptake of electric models.

“The introduction of a three-year averaging mechanism is a step in the right direction that acknowledges the complexities and the ongoing difficulties of the automotive market, with slow market uptake and a lack of domestic value chain for batteries,” stated Sigrid de Vries, ACEA Director General. “While this provides some necessary flexibility for manufacturers in the short term, we need a long-term decarbonisation strategy including more charging stations, purchase and tax incentives, fairer energy prices while keeping the industry a competitive powerhouse and securing the EU’s strategic autonomy on critical technologies. We look forward to discussing this during the next Strategic Dialogue with the European Commission.”

The upcoming review of the CO2 regulation for cars and vans envisaged under the EU’s Automotive Action Plan must be robust and comprehensive. Immediate flexibilities alone are not sufficient to get the transition back on track, and the review will be an essential element of framing a long-term decarbonisation strategy.

The European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA) welcomes both the European Parliament’s and Council’s support for a three-year averaging mechanism for emissions compliance for cars and vans.


Parlamento Europeu flexibiliza metas para restrições às emissões de CO2 pela indústria automóvel

Com esta decisão as construtoras automóveis livram-se de pagar multas que, segundo a indústria, poderiam ascender aos 15 mil milhões de euros

in Expresso, por Vitor Andrade, 08-07-2025


O Parlamento Europeu aprovou esta quinta-feira a flexibilização de medidas para os fabricantes de automóveis, no que respeita à emissão de dióxido de carbono (CO2), dando assim mais tempo às construtoras de carros e carrinhas para se adaptarem e reduzirem a possibilidade de pagarem multas pesadas por incumprimento.

Segundo contas feitas recentemente pelo sector, esta medida poderá evitar o pagamento de multas na ordem dos 15 mil milhões de euros, por parte das construtoras automóveis europeias.

Com 458 votos a favor, 101 contra e 14 abstenções, os eurodeputados apoiaram a proposta da Comissão para apoiar o sector automóvel europeu, “que está a sofrer o impacto das rápidas mudanças tecnológicas e da crescente concorrência”, vinda do exterior, pode ler-se numa curta nota de imprensa divulgada pelo Parlamento Europeu (PE).

No mesmo documento é referido que a alteração proposta dá aos fabricantes a possibilidade de cumprirem com as suas obrigações para os anos de 2025, 2026 e 2027, calculando a média do seu desempenho ao longo do período de três anos, em vez de cada ano individualmente. “Esta abordagem permitir-lhes-ia equilibrar quaisquer emissões anuais excedentárias superando a meta nos anos subsequentes”, reforça ainda o comunicado do PE.

Note-se que de acordo com as regras atuais são estabelecidas metas anuais, que abrangem períodos de cinco anos, para reduzir as emissões médias de CO2 dos automóveis e carrinhas novos em toda a frota da UE.

PE alegou ‘procedimento de urgência’ para acelerar votação

Para acelerar a sua adoção, o PE concordou, na passada terça-feira, em tratar o caso ao abrigo do seu procedimento de urgência. No entanto, para entrar em vigor, o projeto de lei agora anunciado necessita ainda da aprovação formal do Conselho Europeu, onde há alguma divergência de opiniões sobre o assunto.

A proposta faz parte do plano de ação industrial da Comissão para o sector automóvel europeu, anunciado a 5 de Março, o qual surge na sequência do diálogo estratégico sobre o futuro da indústria automóvel, lançado pela Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, a 30 de Janeiro, que envolveu uma consulta pública aberta e discussões com a indústria e as partes interessadas para abordar os desafios mais urgentes enfrentados pelo sector.

Indústria aplaude decisão

Entretanto, a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) já manifestou o seu apreço pelas medidas aprovadas esta quinta-feira pelo PE e congratula-se com o alívio das restrições às emissões de CO2 e da adoção do mecanismo de média de três anos para o cumprimento das emissões para automóveis e carrinhas.

“A estrutura de média de três anos agora proposta oferece aos fabricantes de automóveis e carrinhas a flexibilidade necessária para atingir as metas de CO2 neste momento importante da nossa transição para a mobilidade de emissões zero, acomodando as flutuações na procura do mercado e nos ciclos de produção”, notam os responsáveis da ACEA.

Em comunicado aquela associação refere também que “esta abordagem é particularmente importante dada a atual falta de condições favoráveis ??e o impacto que isso está a ter ao provocar uma adoção mais lenta do que o necessário por parte dos consumidores de modelos elétricos”.

Sigrid de Vries, diretora geral da ACEA sublinha que “a introdução de um mecanismo de média de três anos é um passo na direção certa que reconhece as complexidades e as dificuldades contínuas do mercado automóvel, com uma lenta absorção do mercado e uma falta de cadeia de valor doméstica para as baterias”.

Embora isto proporcione alguma flexibilidade aos fabricantes a curto prazo, “precisamos de uma estratégia de descarbonização a longo prazo, incluindo mais postos de carregamento para carros elétricos, incentivos fiscais e de compra, preços de energia mais justos, mantendo a indústria como uma potência competitiva e garantindo a autonomia estratégica da UE em tecnologias críticas. Aguardamos com expectativa discutir isto durante o próximo Diálogo Estratégico com a Comissão Europeia”, refere ainda a diretora geral da ACEA.


The Future of the European Automotive Industry is being decided now

In a joint interview for Le Figaro, our leaders, John Elkann, Executive Chairman of Stellantis, and Luca de Meo, Chief Executive Officer of Renault Group, issue a warning: the European automotive industry is at a critical turning point. Faced with a constantly declining market (-18% since 2019) and regulations that make vehicles more complex and more expensive, we are calling for a radical and urgent revision of the European industrial decarbonization strategy. “2025 is a pivotal moment. The Chinese market will overtake those of Europe and the United States combined. Europe must choose whether it wants to remain a land of automotive industry or just a market.” warns John Elkann.

in Renault Group / Stellantis, 07-05-2025


Luca de Meo points out: “European rules mean our cars are becoming increasingly complex, increasingly heavy, increasingly expensive, and most people simply can no longer afford them. What we are asking for is differentiated regulation for small cars.”

Beyond regulatory simplification, we stress the need for a strong European industrial policy, in the face of the rise of other world regions. These other regions are equipping themselves with powerful strategies to defend their automotive industries. We are calling for technological neutrality, taking into account the existing vehicle fleet and the specific features of small vehicles, and to think in terms of the complete life cycle of vehicles for truly effective decarbonization.

Does Europe want to remain a land of automotive industry? Or does it want to become just a market?