Stellantis atribui produção de Furgões elétricos a Mangualde para apoiar a liderança nos Veículos Comerciais Ligeiros na Europa

  • Centro de Produção de Mangualde torna-se na primeira fábrica em Portugal a produzir furgões compactos totalmente elétricos a bateria em grande série, das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot, a partir de 2025.
  • O anúncio foi feito por Carlos Tavares, CEO da Stellantis, por ocasião da visita às instalações de Suas Excelências, o Presidente da República, o Primeiro-Ministro e o Ministro da Economia e do Mar.
  • A Stellantis detém uma liderança incomparável na área dos veículos comerciais ligeiros, nos furgões elétricos, com aproximadamente 43% de quota de mercado na Europa.
  • A eletrificação em todo o portefólio de produtos Stellantis sustenta as ambições do plano estratégico “Dare Forward 2030”.

in Stellantis, 31-03-2023


Carlos Tavares, CEO da Stellantis, anunciou hoje a entrada do Centro de Produção Stellantis de Mangualde numa nova era com a produção de veículos comerciais ligeiros elétricos a bateria (BEV), no início de 2025, produzindo os modelos Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò, nas versões de comerciais ligeiros e de passageiros. Mangualde será, assim, a primeira unidade industrial portuguesa a produzir carros totalmente elétricos a bateria em grande série, para os mercados doméstico e de exportação, desde o lançamento.

O anúncio foi feito durante a visita de Sua Excelência, o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, de Sua Exª, o Primeiro-Ministro, António Costa, e de Sua Exª, o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, à Fábrica Stellantis de Mangualde, no âmbito da iniciativa do Governo “PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) em Movimento”.

A Stellantis Mangualde lidera uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial com o projeto “GreenAuto”, que reúne um consórcio de 37 entidades parceiras, também presentes no evento, e que representa um investimento conjunto de 119 milhões de euros.

“Temos o orgulho de anunciar que Mangualde entrará numa nova era com a produção em grande série de furgões elétricos a bateria em Portugal para fornecer as soluções indispensáveis aos nossos clientes empresariais”, afirmou Carlos Tavares, CEO da Stellantis. “Impulsionar a experiência de fabrico de Mangualde para construir veículos elétricos a bateria é fundamental para a descarbonização contínua das nossas frotas e mais um passo numa altura em que trabalhamos para alcançar um ‘mix’ de 40% de zero emissões até ao final da década”.

Em 2022, a Stellantis foi líder do mercado de veículos comerciais ligeiros BEV na Europa, com uma quota de mercado na ordem dos 43%. Em 2022, a Empresa foi, também, líder de vendas BEV no mercado português com uma quota de 22%; na venda de veículos comerciais ligeiros com 43%; e na venda de comerciais ligeiros BEV com uma quota de 54%.

A evolução do Centro de Produção de Mangualde

A fábrica da Stellantis em Mangualde, que no ano passado celebrou o seu 60º aniversário, e que foi a primeira fábrica de montagem de automóveis em Portugal, produziu mais de 1,5 milhões de veículos até à data. Atualmente, quase um em cada quatro veículos produzidos em Portugal provêm da linha de produção de Mangualde. O arranque da produção da atual geração de veículos teve lugar em 2018.

Este anúncio assegura o futuro da Fábrica e confirma a importância deste centro de produção para a economia, o Produto Interno Bruto e as Exportações portuguesas, bem como para o emprego e o desenvolvimento do tecido empresarial e industrial da região.

Esta nova era de produção verá uma transformação da fábrica de Mangualde “preparada para o futuro”, com novas instalações, tanto na área de montagem como na de ferragem, a otimização da área industrial, e a criação de uma nova linha de montagem de baterias.

A Empresa tem investido sucessivamente na modernização e atualização das suas instalações e processos produtivos, ao mesmo tempo que tem reforçado, cada vez mais, o seu compromisso para com o ambiente e para com a redução das emissões, para além de fazer uma forte aposta na inovação.

Em apoio ao objetivo da Stellantis de alcançar a neutralidade carbónica até 2038, a fábrica de Mangualde completou a segunda fase do seu parque de energia solar. Uma vez concluído, cobrirá até 31% das necessidades anuais de energia elétrica da Fábrica, permitindo evitar 2.500 toneladas de emissões anuais de CO2, o equivalente à captura de CO2 por cerca de 16.000 árvores. A fábrica ambiciona mais projetos na área da energia verde e do armazenamento de energia, entre os quais um em colaboração com a Câmara Municipal de Mangualde e com empresas de proximidade que podem beneficiar da captação desta energia renovável.

Atualmente, a Fábrica de Mangualde produz veículos comerciais ligeiros e versões de passageiros dos modelos Citroën Berlingo/Berlingo Van, Fiat Doblò, Opel Combo/Combo Cargo e Peugeot Partner/Rifter.

A Stellantis está a investir mais de 30 mil milhões de euros até 2025 em eletrificação e software para oferecer veículos BEV que vão ao encontro das necessidades dos clientes.

Esta decisão é um componente chave do plano estratégico “Dare Forward 2030”, que prevê a redução drástica em metade das emissões de CO2 até 2030, em comparação com as métricas de 2021, e uma neutralidade carbónica até 2038, com uma compensação percentual de apenas um dígito para as restantes emissões. Outros objetivos estratégicos do plano “Dare Forward 2030” visam também que 100% das vendas Stellantis de automóveis de passageiros na Europa e 50% das vendas de automóveis de passageiros e camiões ligeiros nos EUA sejam BEV até ao final da década; a ambição de duplicar as Receitas Líquidas até 2030 (versus 2021) e sustentar margens de Lucro Operacional Ajustado de dois dígitos ao longo da década; e o objetivo de se tornar líder na satisfação do cliente para produtos e serviços em todos os mercados, até 2030.

 

 

ZF da Gemieira é a primeira fábrica a produzir módulos, sacos e geradores para airbags

O Grupo ZF, multinacional que tem unidades de produção nas freguesias da Gemieira e de Fornelos, em Ponte de Lima, inaugurou o seu mais recente serviço e projeto, que consiste no fabrico e desenvolvimento de geradores para airbags. A fábrica localizada na Gemieira passa a ser a única do grupo que constrói airbags e geradores.

in AltoMinho, 30-03-2023


Julio Gonzalez, o responsável pela equipa que produz os geradores na ZF Ponte de Lima, explicou o funcionamento deste novo projeto da fábrica localizada na Gemieira. “O airbag tem muitos componentes. Fazemos os sacos e agora temos o gerador que produz o gás para este equipamento. Com mais componentes o produto fica mais valorizado até porque o saco e o gerador são essenciais para o airbag. Assim, prestamos um serviço mais completo aos nossos clientes”, afirmou, garantindo que desenvolver esta nova componente fabril e tecnológica foi “desafiante”. “Isto é algo completamente novo e temos que garantir transferência de conhecimento para que tudo corra bem no dia-a-dia”, frisou, salientado que o pólo de Ponte de Lima foi pioneiro dentro do grupo dedicado ao setor automóvel. “Esta é a primeira fábrica que vai fazer o conjunto de todos os produtos, ou seja, o módulos, o saco e o gerador. É a primeira fábrica que tem essa competência dentro do grupo a nível mundial”, reiterou, explicando que o investimento contempla também uma segunda linha de montagem e que o uso desta tecnologia implicou para a contratação de mais funcionários qualificados.

José Castro, diretor-geral na ZF de Ponte de Lima, ressalvou que a mais recente aposta pretende dotar a fábrica de mais potencialidades. “É uma forma de consolidar o negócio em Ponte de Lima. É um projeto estratégico e sustentável para a empresa e é uma forma de assegurar postos de trabalho. O futuro está por vir e, por isso, temos que trabalhar para apresentar ainda mais projetos”, vincou, falando também sobre outro equipamento que foi inaugurado. “Além da linha de montagem, temos o centro de engenharia, onde se fazem os testes e os ensaios. No fundo, temos dois espaços complementaresdestinados ao fabrico e ao desenvolvimento”, salientou.

A apresentação do projeto de produção de geradores da ZF Group contou com a presença de Bernardo Ivo da Cruz, secretário de Estado da Internacionalização. “Isto é um projeto extraordinário e este quadro laboral é muito competente. As peças que estão a ser feitas aqui vão para o mundo inteiro e vão ajudar a salvar inúmeras vidas”, considerou o governante, afirmando que Ponte de Lima é uma “terra inovadora”. “Neste caso concreto, temos aqui concentradas a indústria e a inteligência. Quem conhece o setor automóvel admira Ponte de Lima e era bom que o resto do país também conhecesse o que se faz neste concelho”, notou Bernardo Ivo da Cruz.

Vasco Ferraz, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, enalteceu a ZF Group pelos postos de trabalho que tem criado em Ponte de Lima. “Visitamos o maior empregador do nosso concelho. Esta empresa já empregou duas mil pessoas em Ponte de Lima e este novo investimento significa que este grupo pretende ficar durante muitos anos no concelho”, frisou o edil limiano, que aproveitou para falar de novos investimentos para o setor industrial em Ponte de Lima. “Neste último quadro comunitário temos dois financiamentos para o novo pólo industrial do granito e para o pólo industrial de Calvelo. Os dois, no total, são um investimento de oito milhões de euros por parte do Município de Ponte de Lima e com encaixe financeiro por parte dos fundos comunitários. Acredito que no próximo ano teremos novas indústrias a instalarem-se em Ponte de Lima”, confidenciou, declarando que as políticas de apoio aos investidores por parte da autarquia têm sido condição essencial para captar novos investimentos. “As empresas apostam em Ponte de Lima por causa das condições que o Município vai conseguindo oferecer às empresas no que diz respeito ao valor da aquisição das propriedades para a criação das novas áreas de acolhimento empresarial e também por causa dos benefícios fiscais”, salientou Vasco Ferraz.

 

Stellantis Allocates Electric Van to Mangualde to Support Light Commercial Vehicle Leadership in Europe

  • Mangualde Production Center becoming the first assembly plant in Portugal to produce large series fully battery electric compact vans for Citroën, Fiat, Opel and Peugeot by 2025
  • Announcement made during visit by His Excellencies: the President of the Portuguese Republic, the Prime Minister, and the Minister of Economy and Maritime Affairs to the plant facilities
  • Stellantis holds unrivalled light commercial vehicle leadership in Europe for electric vans with nearly 43% of market share
  • Electrification across the Stellantis portfolio supports Dare Forward 2030 strategic plan ambitions

in Stellantis, 31-03-2023


Stellantis CEO Carlos Tavares announced today that the Mangualde Production Center in Portugal will enter a new era with the production of battery electric light commercial vehicles (LCV) starting in early 2025, producing the Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e and Fiat e-Doblò models, both in light commercial and passenger versions. Mangualde will become the first Portuguese plant to produce large series fully battery electric cars for the domestic and export markets at launch.

The announcement was made during a visit by His Excellency, the President of the Portuguese Republic, Marcelo Rebelo de Sousa, His Excellency, the Prime Minister, António Costa, and His Excellency, the Minister for the Economy and Maritime Affairs, António Costa Silva, as part of the Government’s “PRR (Recovery and Resilience Plan) on the Move” initiative.

Stellantis Mangualde leads one of the mobilizing agendas for business innovation with the “GreenAuto” project, which brings together a consortium of 37 partner entities, who attended the event, and represents a joint investment of €119 million.

“We are proud to announce that Mangualde will enter a new era with the production of large series of battery electric vans in Portugal to provide indispensable solutions for our business customers,” said Stellantis CEO Carlos Tavares. “Leveraging Mangualde’s manufacturing expertise to build battery electric vehicles is critical to the continued decarbonization of our fleets and a further step as we work to achieve a 40% zero emissions mix by the end of the decade.”

In 2022, Stellantis was the light commercial vehicle BEV market leader in Europe with nearly 43% market share. In Portugal, the Company was the leader in 2022 in BEV sales, with 22% share, and in the sale of electric commercial vehicles with a 54% market share.

 

Evolution of Mangualde Production Center

The Stellantis plant in Mangualde, which last year celebrated its 60th anniversary and was the first auto assembly plant in Portugal, has produced more than 1.5 million vehicles to date. Nearly one in every four vehicles produced in Portugal comes from the Mangualde production line. It launched production of the current generation of vehicles in 2018.

This announcement ensures the future of the plant and confirms the importance of this manufacturing site for the Portuguese economy, Gross Domestic Product and Exports, as well as for employment and the development of the business and industrial fabric of this region.

This new era of production will see a transformation of the Mangualde plant “fit for the future” with new facilities, both in general assembly as well as in the body shop, the optimization of the industrial area, and the creation of a new battery assembly line. The Company has invested in modernizing and updating its facilities and production processes, while also increasingly stressing its commitment to the environment and to reducing emissions, in addition to a strong commitment to innovation.

In support of the Stellantis goal of being carbon net zero by 2038, the Mangualde plant completed the second phase of its solar energy park. When concluded, the solar park will provide up to 31% of the plant’s annual electricity needs, displacing 2,500 tons of CO2 emissions a year, equivalent to the CO2 capturing performance of about 16,000 trees. The facility is aiming for more projects in green energy and energy storage, including one in collaboration with the Municipality of Mangualde and nearby companies that can also benefit from capturing this renewable energy.

The plant currently produces light commercial vehicles and passenger versions of the Citroën Berlingo/Berlingo Van, Fiat Doblò, Opel Combo/Combo Cargo, and Peugeot Partner/Rifter.

Stellantis is investing more than €30 billion through 2025 in electrification and software to deliver BEVs that meet customer demands.

The decision is a key component of the Dare Forward 2030 strategic plan, which is led by deep emission cuts to slash CO2 in half by 2030, benchmarking 2021 metrics, and achieve carbon net zero by 2038 with single digit percentage compensation of the remaining emissions. Core targets for Dare Forward 2030 also include 100% of passenger car sales in Europe and 50% of passenger car and light-duty truck sales in the United States to be BEVs by the end of the decade; the ambition of doubling Net Revenues by 2030 (versus 2021) and sustaining double-digit Adjusted Operating Income margins throughout the decade; and the aim to become number one in customer satisfaction for products and services in every market by 2030.

 

 

CLEPA | Immediate action needed to unleash Europe’s connected car potential

Consumer and industry groups urge Commissioner Breton to bring forward market-enabling legislation on access to in-vehicle data, functions & resources

in CLEPA, 31-03-2023


A unique and broad alliance of consumer groups, automotive suppliers, leasing and rental industries, aftermarket operators, vehicle dealers, authorised and independent workshops, data publishers, and insurers have joined forces to call on Commissioner Thierry Breton to urgently bring forward long-planned legislation on access to in-vehicle data, functions & resources.

Pro-consumer and pro-competitive legislation is essential to kick-start the development of a vibrant, innovative and competitive European market for Connected Car services, said the alliance. The Commission itself estimates this market could be worth €400bn globally by 2030.

Representing some 80% of the jobs and economic value of the European automotive and mobility eco-system, consumer and business leaders are calling on Commissioner Breton to act on the conclusive evidence gathered over the last seven years by his own officials.

This comprehensive analysis has revealed a significant hurdle to achieving fair and equal access to vehicle-generated data, which gives vehicle manufacturers an almost insurmountable advantage due to the design of the vehicle. In addition to this systemic barrier, the body of work has identified the presence of additional structural and behavioural obstacles, which only serve to compound the issue. It also warns that this problem is likely to be further intensified by the increasing involvement of Hyperscalers, who are partnering with manufacturers to embed themselves more deeply in the vehicle.

The Commission originally scheduled this legislation for adoption in 2021 and the Commission’s proposal for the Data Act itself re-stated the need for sector-specific legislation to address these issues 1 2. The alliance urges Commissioner Breton to come forward with legally-binding sector-specific legislation by the Autumn of this year, at the very latest.

[1] Actions 52 and 53 in Communication from the Commission to the European Parliament, the Council, the European Economic and Social Committee and the Committee of the Regions on a Sustainable and Smart Mobility Strategy – putting European transport on track for the future, COM (2020) 789 final, Annex, page 3.

[2] “…new rules are needed to ensure that existing vehicle type-approval legislation is fit for the digital age and promotes the development of clean, connected and automated vehicles. Building on the Data Act as a framework for the access and use of data, these rules will address sector-specific challenges, including access to vehicle functions and resources.” Proposal for a Regulation of the European Parliament and of the Council on harmonised rules on fair access to and use of data (Data Act), COM (2022) 68 final, page 6.

Tim Albertsen, Group CEO of the global leasing company, ALD Automotive, stated:

“As we move to a world where the on-board computing power of the vehicle will grow exponentially, our duty, as a leading global mobility provider, is to deliver greener and more efficient mobility solutions by investing in new connected car services. This requires having equitable access to the data generated by the vehicles we own.

We can only do this with clear rules to ensure fair competition amongst all market players. Failure to establish sector-specific legislation for access to in-vehicle data act would be a huge, missed opportunity and highly detrimental for European investment, innovation, jobs and competitiveness.”

Representing the voice of European consumers, BEUC, Agustin Reyna added:

“With data being the new gold mine for car makers, making them the gatekeepers of drivers’ and their cars’ data is highly problematic. It is not for car manufacturers to decide who has access to this data but for consumers. The car industry has long opposed any measures that would undermine their monopoly over car data, and this must stop in the interest of competition in after-sales and related mobility services and, ultimately, consumers.”

Lorraine Frega, Executive Vice President Michelin, underscored that:

“A sectoral and legally-binding regulation on access to in-vehicle data is urgent to guarantee users’ freedom of choice, fair competition but also to enable both the deployment of zero-emission mobility and the development of a genuine European business ecosystem that is independent, efficient and competitive. As a major player in connected mobility, Michelin is asking for a level playing field to be able to continue investing and offering European consumers innovative and sustainable digital mobility services.”

Benjamin Krieger, Secretary General of CLEPA, and representing Europe’s automotive suppliers, concluded:

“The access to in-vehicle data and resources is not only crucial but absolutely imperative for automotive suppliers in Europe to survive and thrive in an ever-evolving industry. Without fair access, the entire automotive ecosystem, including suppliers and the aftermarket sector, cannot remain competitive versus tech giants that are already dominating the infotainment systems of vehicles, nor can we continue to innovate the components and services that meet new digital demands.”

 

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A «Irmã» da Autoeuropa já tem o Futuro Garantido. E a Fábrica de Palmela?

No futuro de Martorell parecem existir apenas certezas. Mas na Autoeuropa, há dúvidas por esclarecer.

in Razão Automóvel, por Guilherme Costa, 29-03-2023


A Autoeuropa e a fábrica de Martorell, são duas das três fábricas do Grupo Volkswagen na Península Ibérica. E brevemente haverá uma quarta fábrica de baterias, cujas obras já arrancaram, e que poderia ter vindo para o nosso país.

Nasceram quase na mesma altura, receberam a mesma educação e são ambas filhas de um momento de expansão da União Europeia. Podiam ser irmãs gémeas separadas à nascença, mas nasceram a 1200 km quilómetros de distância e em anos diferentes.

Duas fábricas, duas realidades

A Autoeuropa nasceu em 1995, em Portugal, e tem singrado numa zona onde, se olharmos com atenção, ainda conseguimos ver as cicatrizes do desemprego e da desindustrialização dos anos 80 — cicatrizes que a Autoeuropa ajudou a sarar.

Martorell nasceu em Espanha, em 1993, precisamente no ano em que a Comunidade Económica Europeia (CEE) passou a chamar-se União Europeia (UE). Tem sotaque catalão e está no epicentro do «pujante» motor económico espanhol.

A bem das relações familiares, estas duas irmãs até já tentaram com sucesso encurtar distâncias com uma ligação ferroviária.

Mas ligações ferroviárias à parte, nos últimos meses o destino destas fábricas parece não convergir.

Enquanto Martorell celebra a entrada nos «trinta» cheia de planos para o futuro, o futuro da Autoeuropa a longo prazo ainda não é tão claro.

Importa recordar que volvidos quase 30 anos desde o momento em que saiu o primeiro automóvel da linha de produção da fábrica de Palmela, a Autoeuropa continua a ser o maior investimento estrangeiro alguma vez concretizado em Portugal: 450 milhões de contos na «moeda antiga» — cerca de 2250 milhões de euros.

Por isso vale a pena debruçar-nos sobre o que já sabemos sobre o futuro destas duas «irmãs».

Martorell rima com eletrificação

É em Martorell que vai arrancar, já em 2025, a produção dos 100% elétricos do Grupo Volkswagen com base na plataforma mais compacta do grupo, a MEB Entry. É a segunda vaga da produtos totalmente eletrificados do gigante alemão.

Estima-se que este projeto terá um impacto na economia espanhola de mais de 21 mil milhões de euros. O futuro de Martorell está garantido.

Vão sair de Martorell modelos para a Cupra, Skoda, Volkswagen e Audi. São estes modelos que vão ser responsáveis por mais um avanço na democratização da mobilidade elétrica no Grupo VW.

O objetivo desta segunda fase é oferecer elétricos com preços que se iniciam abaixo dos 25.000 euros, valores que numa terceira fase podem permitir modelos abaixo dos 20 mil euros.

Este plano de eletrificação não se esgota em Martorell. Inclui a eletrificação da fábrica de Pamplona, a construção de uma nova fábrica de baterias em Sagunto (Valência) e a criação de um ecossistema completo de fornecedores.

Como já vimos anteriormente, neste «mega projeto» de eletrificação, a Autoeuropa parece estar à margem dos acontecimentos. Mas poderá não ser bem assim.

Autoeuropa rima com presente

Se o futuro é elétrico, o presente ainda é a combustão. Basta olharmos para os dados das vendas de automóveis na Europa.

Nos primeiros meses deste ano, os 100% elétricos representaram apenas 12% do total de vendas.

É verdade que as vendas continuam a aumentar, mas ainda estamos a uma grande distância de ter um mercado automóvel totalmente elétrico na Europa. Recordamos que os planos europeus passam pela eletrificação total até 2035.

Por isso, neste presente que ainda é a combustão, a Volkswagen deu à Autoeuropa a melhor prenda possível: o Volkswagen T-Roc, o modelo mais vendido da marca alemã no «velho continente».

É graças ao T-Roc que hoje a Autoeuropa está a trabalhar na máxima força.

Em 2018 a Volkswagen Autoeuropa passou a trabalhar em regime de laboração contínua, utilizando pela primeira vez na sua história a totalidade da capacidade instalada.

A fábrica opera nos quatro níveis do processo de produção automóvel (Prensas, Carroçarias, Pintura e Montagem) e da sua linha de montagem saem diariamente 890 carros com destino ao mercado europeu e asiático.

Atualmente, estes são os números que traduzem a importância da Autoeuropa para o nosso país:

2022 2021 2020
Volume de produção (unidades) 231 100 210 754 192 000
Volume de vendas (mil milhões €) 3,674 3,112 2,833
Impacto nas exportações nacionais (%)1 4 5 4,7
Impacto no PIB (%) 1,5 1,5 1,4
Colaboradores 4890 5124 5282

Mas enquanto em Martorell já se fala do futuro no longo prazo, em Palmela o futuro ainda tem um «sabor» muito forte a presente.

Exceptuando o anúncio do investimento de 500 milhões de euros até 2025, pouco mais sabemos sobre o futuro da Autoeuropa.

Um futuro que passará, muito provavelmente, pela produção da segunda geração do Volkswagen T-Roc até 2030. Um modelo que continuará a surgir associado a motores de combustão, ainda que venha a permitir versões híbridas plug-in. A acontecer, será a primeira vez que a Autoeuropa produzirá um modelo eletrificado.

O futuro é elétrico. Até para a Autoeuropa

Para o gigante alemão o futuro é 100% elétrico. A Volkswagen já o anunciou e a Autoeuropa está ciente deste cenário:

As fontes de receita mudarão gradualmente até 2030: de modelos convencionais de motores de combustão para carros elétricos com emissão zero(…).

WEBSITE DA AUTOEUROPA

Se no futuro todos os modelos do Grupo Volkswagen vão ser elétricos, então não resta outra hipótese à Autoeuropa: a eletrificação total é obrigatória. Caso contrário a Autoeuropa não tem futuro. E ninguém é capaz de imaginar Portugal sem a Autoeuropa, nem a própria Volkswagen.

Hoje estamos aqui a assinalar os 30 anos da Autoeuropa e queremos que hajam outros trinta.

THOMAS HEGEL GÜNTHER, DIRETOR-GERAL DA AUTOEUROPA

Estas palavras foram proferidas há pouco mais de um ano, durante a cerimónia que assinalou os 30 anos desde o lançamento da primeira pedra da Autoeuropa. Um momento onde a marca alemã fez questão de reforçar a importância da unidade de produção portuguesa.

Um evento que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Primeiro-Ministro, António Costa e de membros da administração da Volkswagen.

Por tudo isto, não resta outra hipótese que não um reforço no compromisso com a Autoeuropa, e da Autoeuropa com o país. O anúncio não é urgente, mas nos «corredores do poder» é importante que este caminho já esteja a ser trilhado.

A forma como Espanha utilizou o programa PRTR (Plan de Recuperación, Transformación y Resiliencia) — o equivalente ao programa PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) português — para relançar a eletrificação no país e reforçar a sua posição no setor automóvel é um indício.

Podemos e devemos aprender com o exemplo espanhol e com Martorell. Afinal de contas, é também para isso que servem os irmãos mais velhos.

 

PTC Group | Indústria 4.0: O momento é agora | 17 de maio, 9h-13h, Aveiro Business Center

Este evento traz a experiência da indústria e da formação para mostrar a importância de tomar o controlo da sua estratégia de Indústria 4.0, esteja ela no estágio que estiver.

in PTC Group, 30-03-2023


Venha ouvir dos especialistas o que realmente importa sobre o tema e por que as gestões de topo deveriam levar este assunto em consideração.

Tenha acesso a líderes do sistema científico e tecnológico português e brasileiro e saiba o que ganhou quem já adotou a estratégia. Existem casos de sucesso onde podemos aprender lições?

Envolva-se na discussão com clientes e especialistas num ambiente que promoverá a interação entre os principais players nacionais.

E o mais importante: como isso se aplica à sua empresa e como pode começar a sua estratégia hoje, porque, afinal, O MOMENTO É AGORA!

 

 

Armindo Monteiro eleito Presidente da CIP com 87% dos votos

Foi a maior participação de sempre para a eleição dos órgãos sociais da CIP — Confederação Empresarial de Portugal. O escrutínio registou o maior número de votos. O número de associados que votou também foi o maior.

in CIP, 30-03-2023


A participação massiva na eleição de hoje que escolheu os órgãos sociais da CIP para os próximos quatro anos confirma a força e a dinâmica do movimento associativo empresarial. A eleição de Armindo Monteiro com base no programa eleitoral “A Força da Economia é a Força de Portugal” transmite uma mensagem clara ao Governo: depois da assinatura de um acordo de concertação social, em setembro do ano passado, classificado como histórico pelo primeiro-ministro, as políticas públicas que estão a ser concretizadas não só ficam aquém das necessidades do país, como provocam um atrito contraproducente, expondo as empresas e os trabalhadores a um risco económico desnecessário.

Não há coesão social sem crescimento económico. Não há melhor emprego sem o desenvolvimento sustentável do país. Não há economia sem o envolvimento sério de empresários e sem trabalhadores. Para que isto aconteça da forma mais eficaz e profícua é fundamental que todos os partidos políticos — e em especial o Governo que hoje exerce o poder executivo — reconheçam o papel central das empresas e compreendam que é preciso ter uma ação estrutural sobre a economia, não apenas gerir o imediato, como tem acontecido demasiadas vezes.

Não é possível negociar com as empresas os aumentos salariais para o setor privado e, à margem, alterar a legislação laboral sem avaliar os custos e os impactos reais de competitividade que terão na economia nacional. Não é assim que se valoriza a concertação social, não é assim que o país conseguirá recuperar o atraso face aos países mais desenvolvidos. Pelo contrário, Portugal ficará sujeito ao trabalho que está a ser feito pelos mais recentes membros da União Europeia.

Portugal deu um salto quantitativo muito relevante nas últimas décadas, mas tem perdido terreno ou, quando não é esse o caso, não o recupera com a velocidade e a solidez necessárias. O presidente da CIP e todos os órgãos sociais têm como ponto principal da agenda para este mandato participar ativamente no debate nacional sobre estes assuntos e defender as políticas que ajudem Portugal a ser mais competitivo, menos burocrático e socialmente mais coeso.

A eleição para os órgãos sociais da CIP foi amplamente participada, tendo registado o maior número de votos em atos semelhantes. A força do movimento associativo liderado pela CIP fortalece a legitimidade do novo presidente, Armindo Monteiro, e de toda direção e demais órgãos sociais.

Armindo Monteiro: “Quero agradecer a participação massiva das associações que compõem a CIP e nos dão mais força. Tenho perfeita noção da enorme responsabilidade que nos é confiada pelo movimento associativo que, como se vê, deu nova prova de vitalidade e capacidade mobilizadora. Vamos estar à altura das circunstâncias exigentes que enfrentamos. O nosso compromisso para este mandato é muito claro: defender o progresso de Portugal através da plena participação das empresas no esforço coletivo de transformação económica, desenvolvimento social e reforma do Estado, como instrumento de promoção do bem estar e da coesão social. O nosso país tem de estar focado nos desafios. Não pode perder mais tempo em discussões ideológicas estéreis afastadas dos problemas reais das pessoas e das empresas. Não há tempo a perder. As empresas farão a sua parte, compete ao poder político eleito fazer a sua. A CIP contribuirá com sugestões, abertura negocial e vigilância democrática.”

 

 

CIP | Conferência “Cumprir Portugal – Dimensão, Inovação, Internacionalização”

CIP – Confederação Empresarial de Portugal realiza no próximo dia 12 de abril, no Centro de Congressos de Lisboa, a Conferência “Cumprir Portugal – Dimensão, Inovação, Internacionalização”.

Vamos debater a atualidade económica e política, a importância do diálogo social, a tecnologia e inovação, e a internacionalização.

A cerimónia da Tomada de Posse dos Novos Órgãos Socias da CIP 2023-2026 terá lugar durante o encerramento da Conferência.

O evento é gratuito, mas requer inscrição prévia.

MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES AQUI 

 

https://cip.org.pt/cumprir-portugal/

 

 

 

Capgemini de Gaia quer ter ‘software’ português a controlar carros autónomos

A Capgemini Engineering de Gaia, que lidera a agenda Route25 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), quer demonstrar que “é possível ter ‘software’ português” a colocar um carro autónomo a funcionar, disseram à Lusa os responsáveis do projeto.

in Porto Canal / Agências, 29-03-2023


“Nós queremos demonstrar que é possível ter ‘software’ português que permita ter um carro autónomo a funcionar”, disse à Lusa Bruno Coelho, responsável pela Tecnologia e Inovação da Capgemini Engineering, ladeado por Maria da Luz Penedos, responsável da empresa em Portugal.

A empresa, submarca da Capgemini, está instalada em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto) desde julho de 2022, tendo montado no concelho o Mobility Lab, que atualmente emprega cerca de 400 pessoas.

Maria da Luz Penedos referiu que a escolha de Gaia por parte da Capgemini Engineering “prendeu-se precisamente com o contexto económico do Norte de Portugal”, apontando também à dinâmica da indústria automóvel e à ligação “com as universidades e politécnicos da região”.

Assim, a empresa decidiu que “a área de condução autónoma, com a componente de conectividade e cibersegurança, deveria ser um projeto” no qual a empresa investisse, surgindo assim o consórcio Route25, que engloba 28 co-promotores e conta com um investimento de cerca de 50 milhões de euros no âmbito das agendas mobilizadoras do PRR.

Segundo a responsável, o objetivo é “colocar Portugal no centro da Europa como sendo um país onde se faz inovação e muito associado à condução autónoma”.

A agenda Route25 propõe-se a desenvolver “funções do carro a conduzir com ‘platooning’, por exemplo, ao saber a distância a que está do carro da frente e do carro de trás”, bem como “o carro conseguir, se houver algum problema nos sensores, ir para uma manobra de segurança”, explica Bruno Coelho.

“Neste consórcio vai haver equipamento urbano [como postes de eletricidade] que vai estar com capacidades para se ligar ao carro” e vice-versa, acrescenta, que disse também à Lusa que haverá testes piloto com carros reais nos concelhos de Aveiro, Ílhavo (distrito de Aveiro), Porto e Fundão (distrito de Castelo Branco).

Outro dos objetivos é disponibilizar às cidades um serviço para se “conseguir saber onde é que estão os carros”, bem como articular com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) questões legislativas.

Nas instalações da Capgemini Engineering no Cais de Gaia, a empresa conta já com um veículo ligeiro com sensores capazes de fazer uma leitura 3D do espaço em volta e também com um pequeno protótipo denominado ‘Shorty’, usado para experimentar as soluções ali engenhadas.

“Nós temos um carro em miniatura que vai ter uma emulação tanto do ‘hardware’ como vai ter o ‘software’, mas permite fazer esses testes antes de irmos para a estrada, e assim poupa-se tempo e dinheiro”, estimando Bruno Coelho que esta solução permita “acelerar o ciclo de desenvolvimento brutalmente”, em cerca de 75%.

Há também um espaço para testes de internet 5G, de soluções que envolvam todo o ‘software’ interno dos automóveis, e uma sala para pequenos drones que simulam uma assistência na estrada em caso de acidentes ou imprevistos na condução autónoma.

Segundo Maria da Luz Penedos, o objetivo da empresa é contratar 700 pessoas até 2025 para servir clientes como a Renault, BMW, Volkswagen, Stellantis ou Panasonic, em geografias como França, Alemanha, Suécia ou Estados Unidos.

 

 

Universidade do Minho cria centro de investigação para a mobilidade

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho cria centro de investigação para a mobilidade, associando competências de sete centros desta área.

in ECO, 29-03-2023


A Universidade do Minho está a lançar um centro de investigação para a mobilidade. A plataforma Tmob-Hub é apresentada esta quinta-feira, no campus de Azurém, em Guimarães, e reúne as competências de sete centros dedicados a esta área.

A plataforma vai abranger os principais modos de transporte: ferrovia, metropolitano, marítimo, fluvial e aeroportuário. E pretende cooperar com os principais intervenientes na área e ainda ligar-se a entidades internacionais. O projeto envolve perto de uma centena de investigadores da área da mobilidade.

Os principais tópicos a tratar são a sustentabilidade nos transportes e sistemas de mobilidade, gestão e manutenção inteligente de infraestruturas. Além de plataformas digitais e sistema de segurança de infraestruturas, comunicações inteligentes e cibersegurança em sistemas de transportes.

Entre os centros de investigação da Universidade do Minho envolvidos no projeto estão o Algoritmi, o Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC), e o Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC). Assim como o Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE), o Centro de Sistemas Microeletromecânicos (CMEMS), o Centro de Engenharia Mecânica e Sustentabilidade de Recursos (MEtRICs) e o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T).

“Esta plataforma é transversal a tantos domínios e pode ser decisiva no futuro, porque o mundo está cada vez mais interligado e porque importa responder ativamente a desafios urgentes, como as smart cities [cidades inteligentes], a transição energética, a gestão das infraestruturas e os materiais inteligentes”, refere o coordenador do centro para a mobilidade, José Campos e Matos.