Pneu mais “verde” da alemã Continental é produzido em Famalicão

Trata-se do UltraContact NXT, o mais sustentável pneu do gigante grupo germânico, que opera sete empresas em Portugal, onde emprega mais de 3.700 pessoas.

in Jornal de Negócios, por Rui Neves, 31-08-2023


O primeiro pneu da Mabor saiu da fábrica de Lousado, Vila Nova de Famalicão, a 6 de abril de 1946.

Porquê Mabor? A empresa adotou as iniciais do nome de Maria Borges – esposa de Francisco Borges, o sócio do banco português que financiou grande parte da construção da Mabor, sendo que a filha deste casal, Maria Emília Fernandes Borges, casou com o Júlio Anahori de Quental Calheiros, mais conhecido por Conde da Covilhã e o principal rosto do investimento.

A primeira unidade produtora de pneus em Portugal viria a ser adquirida, nos anos 80, pelo já falecido Américo Amorim, que, em 1990, fez uma parceria estratégica com a gigante alemã Continental, que começou por controlar 60% da empresa, tendo tomado os 100% da sua subsidiária de Lousado em 1993.

O grupo alemão decidiu manter a histórica marca Mabor na denominação da sua fábrica portuguesa, que, ainda hoje, se chama Continental Mabor.

Foi a 2 de julho de 1990 que se produziram na nova empresa os primeiros pneus para automóveis. Até ao final desse ano, cerca de seis mil pneus saíram diariamente desta unidade industrial, tendo em quatro anos triplicado a produção para 18 mil por dia.

Quando comemorou 30 anos de existência, em julho de 2020, a Continental Mabor comunicou que das suas linhas de produção tinha saído quase 350 milhões de pneus.

Em rigor, desde 2 de julho de 1990 tinham sido vulcanizados nesta fábrica cerca de 345,9 milhões de pneus para automóveis, 52 mil pneus para uso agrícola e cerca de quatro mil para portos e minas.

Trata-se de uma fábrica que foi já ampliada em cerca de sete vezes em relação à sua área inicial, com o grupo alemão a investir quase 1.000 milhões de euros, ao longo destes anos, em Portugal, onde detém um conglomerado de sete empresas e emprega 3.700 pessoas.

“O mais tardar até 2050, todos os pneus novos da Continental deverão ser fabricados com materiais 100% sustentáveis”

31 de agosto de 2023: “Em Lousado, a Continental produz o UltraContact NXT, atualmente o pneu da série mais sustentável do mercado”, revela a empresa, em comunicado, a propósito de a fábrica de pneus do grupo em Famalicão ter recebido recentemente a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC PLUS).

“Esta certificação, reconhecida internacionalmente, confirma a conformidade da Continental com os padrões especiais de sustentabilidade na sua fábrica de Lousado. Confirma também a transparência relativamente à rastreabilidade da matérias-primas utilizadas nos processos de produção de pneus. Ao certificar as matérias-primas, a Continental pode garantir a completa rastreabilidade dos materiais provenientes de origens sustentável”, explica a empresa.

De acordo com a Continental, o UltraContact NXT “tem uma quota de até 65% de materiais renováveis, reciclados e com certificação de balanço de massa”, sendo que “até 28% deste valor corresponde a materiais certificados pelo ISCC PLUS, como a borracha sintética feita de biobutadieno ou o negro de fumo industrial, uma parte dos quais são produzidos a partir de óleo circular”.

“O UltraContact NXT, o nosso pneu mais sustentável até à data, é produzido em Lousado, Vila Nova de Famalicão. Estou muito orgulhoso do desempenho da nossa equipa e da grande evolução que estamos a fazer na área da sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor, e não apenas na nossa fábrica. O sucesso na nossa certificação ISCC PLUS é outro grande exemplo”, enfatiza Pedro Carreira, CEO da fábrica de pneus da Continental em Lousado.

De resto, realça o grupo alemão, “a certificação da fábrica da Continental em Lousado é mais um passo importante no caminho da Continental para utilizar mais de 40% de materiais renováveis e reciclados nos seus pneus até 2030 e para se tornar completamente neutra para o clima até 2050. O mais tardar até 2050, todos os pneus novos da Continental deverão ser fabricados com materiais 100% sustentáveis”, sinaliza.

A Continental fechou 2022 com vendas de 39,4 mil milhões de euros e emprega atualmente cerca de 200 mil pessoas em 57 países.

No negócio dos pneus, o grupo alemão tem 24 locais de produção e desenvolvimento em todo o mundo, tem 57 mil trabalhadores e fechou o último exercício com uma faturação de 14 mil milhões de euros.

 

Vendas de automóveis novos na União Europeia, julho 2023

New car registrations: +15.2% in July, battery electric 13.6% market share

in ACEA, 30-08-2023


In July 2023, the EU car market continued its growth trajectory, expanding by 15.2% – the twelfth consecutive month of growth. New car registrations reached 851,156 units as the bloc recovers from last year’s component shortages. Most markets posted solid growth, including the four largest: France (+19.9%), Germany (+18.1%), Spain (+10.7%) and Italy (+8.7%).

From January to July 2023, new EU car registrations grew significantly (+17.6%), totalling 6.3 million units. Despite indications of the European automotive industry’s recovery from pandemic-related supply disruptions, year-to-date volumes are still 22% lower than in 2019. There were double-digit percentage gains in most markets during this seven-month period, including the four largest: Spain (+21.9%), Italy (+20.9%), France (+15.8%), and Germany (+13.6%).

Fuel types of new cars

In July, the market share of battery-electric cars rose to 13.6% (up from 9.8% the same month last year). Hybrid-electric cars maintained their position as the second choice among new car buyers, capturing over a quarter of the market. However, internal combustion engine (ICE) cars, including petrol and diesel models, retained a combined market share of half of new car sales.

 

Electric cars

In July, new EU battery-electric car registrations substantially increased by 60.6%, reaching 115,971 units while accounting for 13.6% of the market. Most EU markets grew significantly by double- and triple-digit percentage gains, including the two largest, Germany (+68.9%) and France (+32.4%). Notably, Belgium recorded the highest sales with an impressive 235.9% growth. Cumulatively, battery-electric car sales recorded a significant 54.7% increase from January to July, with 819,725 units registered.

New hybrid-electric car registrations surged by 31.6% in July, primarily fuelled by solid growth in the region’s largest markets: Germany (+46.6%), France (+32.8%), Spain (+30.8%), and Italy (+16.7%). This led to a cumulative 28.5% increase, with almost 1.6 million units sold between January and July, equivalent to one-quarter of the market share.

Last month, new EU plug-in hybrid car registrations increased by 14.5%, reaching 67,060 units. Strong performance in major markets like the Netherlands (+107.6%), France (+80%), and Spain (+42.7%) was offset by a decline in Germany (-39.5%), the largest market for this fuel type. Despite this growth, the market share of plug-in hybrid cars remained stable at 7.9% in July.

Petrol and diesel cars

In July, the EU petrol car market grew by 5%, reaching 304,903 units. However, market share decreased from 39.3% to 35.8% compared to last July. This growth was primarily driven by a solid performance in major markets, notably France (+16.4%) and Germany (+12.5%). Over 2.3 million petrol cars were sold in the first seven months of this year, a substantial 14.3% increase compared to 2022.

On the other hand, the EU’s market for diesel cars continued to decline (-9.1% in July) despite growth in Germany (+2.7%) and Central and Eastern European markets, particularly Slovakia (+36.1%) and Romania (+19.8%). Diesel cars now account for a market share of 14.1%, down from 17.9% in July last year.

 

In July 2023, the EU car market continued its growth trajectory, expanding by 15.2% – the twelfth consecutive month of growth. New car registrations reached 851,156 units as the bloc recovers from last year’s component shortages.

 

Downloads

NEW PASSENGER CAR REGISTRATIONS, EUROPEAN UNION

 

 

Empresas Portuguesas de Componentes Automóveis apresentam as suas inovações na IAA Mobility

A AFIA em parceria com a AEP promove a indústria portuguesa de componentes automóveis na IAA Mobility em Munique

in AFIA, 29-08-2023


A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, no âmbito do acordo de colaboração para a promoção internacional da indústria portuguesa de componentes para automóveis celebrado com a AEP – Associação Empresarial de Portugal, promove a participação coletiva de empresas na IAA Mobility 2023, que terá lugar em Munique – Alemanha, entre os dias 4 e 8 de setembro de 2023.

A IAA MOBILITY é a plataforma líder mundial em mobilidade, sustentabilidade e tecnologia.

O lema da edição de 2023 é “Experience Connected Mobility”, com foco na mobilidade inteligente, conectada, sustentável e nas tecnologias que moldarão a mobilidade no futuro.

O objetivo é mostrar o que vai mover as pessoas amanhã, dos automóveis aos microveículos, das bicicletas às novas soluções para o transporte público.

O IAA Summit & Conference é a área B2B (para profissionais) que decorre no recinto de feiras de Munique. À semelhança da edição de 2021, o certame não acontecerá apenas no recinto, mas em vários lugares no centro de Munique. Toda a cidade será um espaço aberto dedicado ao evento (Open Space – B2C) e terá novamente 12km de um corredor dedicado a novas experiências em mobilidade sustentável (Blue Lane – B2C).

Esta será a terceira vez que a AFIA/AEP levam empresas portuguesas exporem na IAA. Em 2017 e 2019 na altura ainda em Frankfurt.

A participação coletiva promovida pela AFIA e AEP, integra o IAA Summit no pavilhão A3 na “Boulverd of Nations” e marcarão presença 5 empresas portuguesas: CS Plastic, Fehst Componentes, Incompol, Maxiplás e Tecniforja. A empresa Soplast expõe num stand individual, pavilhão B3, a start up UNIC2 – Streachable electronics.

O principal objetivo desta participação é mais uma vez dar a conhecer as capacidades e competências da indústria portuguesa de componentes automóveis para responder aos desafios da mobilidade do futuro.

A AFIA vai também divulgar a Automotive Industry Week, que terá lugar entre os dias 21 e 23 de novembro de 2023 no Hotel Solverde, em São Félix da Marinha (Vila Nova de Gaia). Para este evento, sob o mote “Mobility: The future is already past” serão convidados um grupo de empresas multinacionais – fornecedores de primeira linha e construtores – TIER1 e OEM, para verem in loco as potencialidades da nossa indústria.

Venha visitar as empresas portuguesas presentes na IAA Mobility no pavilhão A3 e fique a par das tendências que moldarão a mobilidade nos próximos anos!

 

Cheias na Eslovénia forçam paragem em setembro na Autoeuropa

A maior fábrica de produção de automóveis em Portugal vai suspender a produção durante a primeira quinzena de setembro e por “algumas semanas”.

in Jornal de Negócios, por Pedro Curvelo, 28-08-2023


A Autoeuropa vai suspender a produção a partir da primeira quinzena de setembro e por “algumas semanas”, indicou a fábrica do grupo Volkswagen em Palmela num comunicado aos seus colaboradores a que o Negócios teve acesso.

Em causa está a falta de peças de um fornecedor esloveno que foi “severamente afetado pelas cheias que aconteceram no início de agosto”.

As peças em questão “são essenciais à construção dos motores”.

Na nota aos colaboradores, a empresa indica ainda que o grupo Volkswagen está a tentar encontrar alternativas junto de outros fornecedores para poder normalizar a produção nas fábricas afetadas, bem como está a “providenciar suporte técnico ao fornecedor para o reinício da produção”.

De momento, a Autoeuropa ainda não determinou a data exata da paragem nem a duração da mesma, considerando que “o cenário poderá alterar-se consoante o fluxo da cadeia de abastecimento”.

 

AFIA | Exportações de componentes automóveis ultrapassam os 1000 milhões de euros pelo segundo mês consecutivo

Com um crescimento de 20,1% face ao mesmo mês de 2022, as exportações de componentes automóveis estão a subir dois dígitos há catorze meses consecutivos, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal.

in AFIA, 10-08-2023 (atualizado a 14 -08-2023)


As exportações de componentes para automóveis ultrapassaram os 1.000 milhões de euros, pelo segundo mês consecutivo, em junho deste ano, registando uma subida de 20,1% face ao mesmo mês de 2022. De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo quarto mês consecutivo, continuando a mostrar também um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens, que neste mesmo período diminuíram 3,4%, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal.

Comparando os valores das exportações de componentes automóveis no segundo trimestre de 2023 com os do período homólogo de 2022 podemos também observar um aumento de 21,9%, rondando os 3150 milhões de euros. Assim, no que se refere ao acumulado até junho as exportações de componentes automóveis rondaram os 6400 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 21,2% face ao primeiro semestre de 2022.

Importante realçar que, em 2023, 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer a 5 países principais – Espanha, Alemanha, França e Eslováquia e, agora também o Reino Unido, substituindo os Estados Unidos da América neste top 5.

Espanha, lidera a listagem de países, continuando a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 1814 milhões de euros. Segue-se a Alemanha com 1410 milhões de euros, na terceira posição encontramos a França, com 701 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 278 milhões, fechando-se o top 5 com Reino Unido com 250 milhões de euros.

Destaque-se que as exportações de todos estes países aumentaram relativamente ao ano anterior. As exportações para Espanha aumentaram 21,3% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 28,2% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 22,1% e, por último a Eslováquia registou um aumento de 21,3% em relação a 2022.

Por outro lado, as exportações para os Estados Unidos da América registaram novamente uma queda, 18,9%, tendo perdido o seu lugar no top 5 e caindo para 6.º país cliente. O Reino Unido ocupa novamente a 5.º posição.

Vale a pena destacar ainda que as exportações dos componentes automóveis para os nossos principais países clientes estão a crescer mais do que a produção de automóveis nesses países, ganhando assim quota de mercados. Durante o período de janeiro a junho deste ano, a produção em Espanha viu um crescimento de 16,1%, enquanto as exportações cresceram 21,3%, já na Alemanha, os números mostram que a produção atingiu 26,7%, enquanto as exportações superaram isso com 28,2%.

É importante destacar que a indústria de componentes automóveis tem mantido a sua resiliência e encontrado formas de se manter competitiva e enfrentar os desafios que se mantém ativos no panorama nacional e internacional, como o aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que afetam este e outros setores de atividade.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de agosto pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

 

Para mais informações consultar o ficheiro pdf neste link

 


 

Sobre a AFIA

  • A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.
  • A indústria de componentes para automóveis em Portugal agrega cerca de 350 empresas e emprega diretamente 63.000 pessoas. Fatura 13 mil milhões de Euros (ano 2022), com uma quota de exportação superior a 83%.
  • Em termos de importância na economia nacional, representa 5,4% do PIB, 9,1% do emprego da indústria transformadora, 12,0% do valor acrescentado bruto da indústria transformadora, 14,0% das exportações nacionais de bens transacionáveis e 16,6% do investimento total da indústria transformadora.

 

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Fábricas de produção automóvel na Europa (mapa interativo)

Interactive map – Automobile assembly and production plants in Europe

in ACEA, 10-08-2023


322 automobile plants operated in Europe in 2022, up from 301 the previous year.

 

 

Key figures

  • There are 322 automobile assembly, engine, and battery production plants in Europe*, up from 301 in 2021.
    • 213 are in the EU, an increase from 194 in 2021.
    • 127 produce cars, 71 make buses, 56 build trucks (heavy-duty vehicles), 46 make vans (light commercial vehicles), 71 build engines, and 42 make batteries.
  • ACEA members build cars, vans, trucks, buses, and engines in 17 EU member states.

 

 


 

322 automobile factories operate across the European continent today, producing passenger cars, light commercial vehicles, heavy-duty vehicles, buses, engines and batteries.

 

Notes

  • *Europe includes the 27 EU member states, Belarus, Kazakhstan, North Macedonia, Russia, Serbia, Turkey, Ukraine, the United Kingdom, and Uzbekistan.
  • Automotive suppliers, many smaller-sized vehicle and engine manufacturers, and custom bodybuilders are not included in this overview.
  • This map includes the engine production sites of most ACEA members, but omits transmission, body shell, and any other vehicle part plants.
  • ACEA strives to be as accurate as possible, but does not accept any responsibility or liability for any potential errors or inaccuracies. However, ACEA does welcome input to update this overview.

 

 

Fábrica de ‘chips’ vai ser construída na Alemanha num investimento de €10 mil milhões

Alemanha pretende reduzir sua dependência de ‘chips’ da Ásia, o que é vital para fabricantes da indústria automóvel como a Volkswagen e a Porsche

in Expresso / Lusa, 08-08-2023


A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. concordou esta terça-feira em construir uma fábrica de ‘chips’, em Dresden, na Alemanha, em parceria com a Infineon Technologies, NXP Semiconductors e a Robert Bosch GmbH, num investimento de 10.000 milhões de euros.Nesse sentido, será criada uma ‘joint-venture’ detida em 70% pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), com a Infineon, a NXP e a Bosch a deterem, respetivamente, 10% do capital da sociedade, referem as empresas num comunicado conjunto.

A unidade fabril, cuja operação ainda está sujeita à aprovação dos diferentes reguladores do mercado alemão, deverá iniciar a sua construção no segundo semestre de 2024, começar a produção no final de 2027 e criar cerca de aproximadamente 2.000 postos de trabalho diretos, segundo a agência financeira Bloomberg, que cita o comunicado.

A fábrica, a primeira da TSMC na Europa, vai fornecer ‘chips’ aos setores automóvel e industrial, sendo que constitui um importante passo para contrariar os riscos do aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China.

Com a construção da nova fábrica, a Alemanha pretende reduzir sua dependência de ‘chips’ da Ásia, o que é visto com grande interesse pelos fabricantes da indústria automóvel, caso da Volkswagen e Porsche.

Segundo a Bloomberg, a coligação governamental liderada pelo chanceler Olaf Scholz vai conceder um subsídio no valor de 5.000 milhões de euros para a construção da fábrica que se localizará em Dresden.

Atualmente, os governos em todo mundo estão a competir pela localização de novas fábricas de ‘chips’ para garantirem um maior controlo sobre os semicondutores que são fundamentais para o fabrico dos produtos eletrónicos e tecnologias de próxima geração, incluindo Inteligência Artificial (IA).

 

 

BMW, Porsche e Fisker reportam problemas na cadeia de produção

O sector automobilístico continua a sofrer, sem recuperar totalmente dos cortes ligados à oferta que marcaram o período de pandemia.

in O Jornal Económico, por Tomás Gonçalves Pereira, 07-08-2023


A cadeia de produção do sector automóvel continua a atravessar dificuldades e, apesar das melhorias, continua longe dos níveis registados em 2019. Grupos como BMW, Porsche e Fisker continuam a não recuperar tanto quanto desejariam dos cortes efetuados nas cadeias de produção durante a pandemia, e alertam para a problemática que se gera.

Entre 2020 e 2021, a queda ao nível da procura por veículos gerou uma redução da produção e, por consequência, da oferta disponível. Ultrapassada essa fase, a quantidade de carros colocados para venda está novamente a aumentar, mas num ritmo muito reduzido.

De recordar que a produção de ‘chips’ representou um problema para o sector logo após o término do período pandémico, resultando em morosos atrasos nas entrega de veículos, face à data em que os mesmo eram encomendados.

A BMW fez saber que “espera maiores gastos para os fornecedores devido à inflação e que a cadeia de produção continue a ser um óbstáculo na segunda metade do ano”, de acordo com um comunicado. O grupo alemão, que detém não apenas a marca BMW, como também a Mini e Rolls-Royce, espera um “sólido crescimento face ao ano anterior”.

A Porsche também apontou para os mesmos problemas, dando a conhecer os dados do primeiro semestre, em que “as entras de fundo de maneio automóvel recuaram 411 milhões de euros, para 346 milhões”. Face ao exercício de 2022, o fabricante alemão fez crescer os seus inventários até aos 6,5 mil milhões de euros no final de junho (5,5 mil milhões um ano antes).

A norte-americana Fisker reporta uma situação semelhante, depois da interrupção na produção do seu modelo Ocean, de tal forma que prevê agora fabricar um total de 20 a 23 mil unidades em 2023 (estimativas de maio apontavam para 32 a 36 mil). Trata-se, por isso, de uma redução acentuada ao nível das estimativas ligadas a oferta, num curto período de tempo.

 

 

PTC GROUP | Como o Outsourcing pode ajudar a reduzir custos

Nos ambientes empresariais altamente competitivos e dinâmicos de hoje, encontrar maneiras de otimizar os recursos e reduzir custos é essencial para o sucesso a longo prazo. Uma estratégia que se tem destacado como uma solução eficaz é o outsourcing, uma abordagem pela qual as empresas transferem a responsabilidade por determinadas atividades para parceiros externos especializados. Ao fazer isso, as empresas podem concentrar-se nas suas competências principais, enquanto colhem os benefícios tangíveis de uma redução significativa de custos operacionais.

in PTC Group, 07-08-2023


Ao entender como o outsourcing pode ter um impacto positivos nos custos e na eficiência das empresas, torna-se evidente por que esta é uma abordagem que tem ganho popularidade em organizações de todos os tamanhos e setores.

Ao mergulharmos nas nuances do outsourcing e de que forma ele pode ser adaptado às necessidades específicas de uma organização, ficará claro como esta abordagem não apenas contribui para a redução de custos, mas também para a criação de um ambiente empresarial mais ágil, eficiente e competitivo.

Vantagens do Outsourcing na Redução de Custos

  • REDUÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS Uma das principais razões pelas quais as empresas adotam o outsourcing é a redução significativa de custos operacionais. A opção por este tipo de serviço pode eliminar a necessidade de investimentos pesados em infraestrutura, equipamentos e pessoal. Além disso, as empresas podem beneficiar do facto de fornecedores especializados conseguirem fornecer serviços a um custo mais baixo devido ao foco exclusivo em determinadas áreas.
  • ECONOMIA DE RECURSOS HUMANOS A contratação e formação de funcionários podem ser processos demorados e dispendiosos. Com o outsourcing, as empresas podem reduzir os custos associados à contratação, formação, salários e benefícios dos funcionários. Isto também proporciona uma maior flexibilidade na gestão da força de trabalho, permitindo ajustes conforme as necessidades do mercado.
  • ACESSO A ESPECIALISTAS Ao subcontratar determinadas atividades, as empresas têm acesso imediato a especialistas altamente qualificados em áreas específicas. Isto elimina a necessidade de desenvolver internamente expertise numa ampla gama de competências e reduz os custos associados à formação e desenvolvimento profissional.
  • CONCENTRAÇÃO NO CORE BUSINESS Ao liberar recursos e energia de atividades secundárias, as empresas podem concentrar-se nas suas atividades principais e estratégicas. Isso frequentemente resulta numa maior eficiência e inovação, levando a um aumento da competitividade no mercado.
  • REDUÇÃO DE RISCOS FINANCEIROS Outra vantagem do outsourcing é a transferência de certos riscos financeiros para quem presta o serviço. Por exemplo, num cenário de desenvolvimento de software, a empresa terceirizada assume a responsabilidade por eventuais atrasos ou problemas técnicos, reduzindo os riscos e custos associados a essas eventualidades.

Embora o outsourcing ofereça várias vantagens na redução de custos, é importante destacar que a decisão de terceirizar atividades deve ser tomada com base em uma análise cuidadosa. Nem todas as funções são adequadas para serem terceirizadas, e é essencial escolher parceiros confiáveis e estabelecer contratos claros para garantir a qualidade e o cumprimento dos prazos. Nesse sentido, poderá contar com a PTC Group para o aconselhar sobre a solução mais adequada para a sua empresa.

Quando implementado de maneira estratégica e bem planeada, o outsourcing pode ser uma ferramenta poderosa para reduzir custos operacionais, aumentar a eficiência e permitir que as empresas alcancem melhores resultados financeiros e competitivos.

 

https://ptcgroup.global/pt/

 

 

 

Inscrições abertas – Conferência Estratégia ESG para PME Exportadoras

Sensibilizar e apoiar as PME Exportadoras na adoção de práticas ambientais, sociais e de governação (ESG) é o mote e o objetivo da Conferência Internacional que irá realizar-se no dia 25 de setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Organizada pela AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal numa iniciativa da Secretaria de Estado da Internacionalização, a Conferência visa promover uma estratégia para adaptação das PME Exportadoras às mudanças resultantes da transposição da Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) aprovada pela Comissão Europeia em dezembro de 2022, e de um conjunto de novos standards e regras sobre o relato de sustentabilidade das empresas, que serão anunciados em 2024.

in AICEP, 04-08-2023


Um vasto painel de oradores nacionais e internacionais abordará temas como o quadro geral ESG e recentes desenvolvimentos na Europa e no mundo ao nível das implicações que trará às empresas, a correlação positiva com o seu bom desempenho global, a obrigatoriedade na lei e também no acesso a financiamento para se cumprirem métricas ESG e, finalmente, as ferramentas já disponíveis para assessorar as empresas no processo de transição para modelos de negócios que incluam políticas orientadas para o impacto ambiental e social.

A estratégia de ESG decorre no âmbito do Regulamento Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR) e das Diretivas Corporate Sustainability Due Diligence (CSDD) e Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da União Europeia, cujo calendário de implementação se inicia em janeiro de 2024 para o setor financeiro e as grandes empresas. Para as PME cotadas em bolsa, o reporte será feito a partir de 2027 com base em informação de 2026 (as PME que constam na cadeia de valor de grandes empresas deverão preparar-se igualmente a partir de 2026).

Nos últimos anos, o crescimento do mercado de investimento alinhado com a integração de práticas de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governação cresceu 33 por cento e a tendência é para que continue a aumentar, com as novas Diretivas europeias e o reforço no cumprimento da Agenda 2030 das Nações Unidas. A obrigatoriedade de demonstração de alinhamento com as exigências de ESG é já uma realidade em vários países, e também em Portugal a adoção destes critérios será uma condição de acesso ao mercado internacional e cadeias de valor mundiais. Progressivamente, esta orientação implicará uma nova abordagem à gestão das empresas, sendo uma oportunidade para estas se tornarem mais resilientes (pela identificação de riscos e estratégias para os mitigar), mais competitivas e, ao mesmo tempo, mais impactantes e responsáveis enquanto criam valor, não apenas para os seus acionistas, mas também para os seus colaboradores e fornecedores, para a comunidade, e para o planeta.

Esta é a primeira de um conjunto de iniciativas que a AICEP, em colaboração e parceria com outras entidades, centrais e regionais, associações empresariais e câmaras de comércio, irá desenvolver com o objetivo de capacitar as PME Exportadoras na sua transição para a sustentabilidade.

 

 

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