TMG Automotive mais sustentável em 2024

Menos emissões de gases com efeito de estufa de âmbitos 1 e 2 e maior percentagem de eletricidade de fontes renováveis são alguns dos desenvolvimentos apontados pela empresa no seu mais recente relatório de sustentabilidade.

in Portugal Têxtil, 28-07-2025


Desde 2019 que a TMG Automotive publica anualmente o seu relatório de sustentabilidade, onde apresenta os principais desenvolvimentos no âmbito ambiental, social e de governação (ESG).

Nesta última edição, com dados relativos a 2024, a empresa revela ter tido um volume de negócios superior a 134 milhões de euros, o que representou uma descida face aos 141 milhões de euros de 2023, e destaca, com um dos principais acontecimentos do ano, o anúncio da criação de uma joint-venture nos EUA com o parceiro Haartz, que permitirá à TMG produzir localmente e reforçar a sua capacidade de resposta no mercado norte-americano.

«Ao fortalecermos a nossa presença e aproximarmos a produção dos nossos parceiros, reforçamos o nosso compromisso em entregar valor, qualidade e soluções sustentáveis onde quer que os nossos clientes estejam», refere Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, na introdução do documento.

No ano passado, a empresa registou uma redução de 8% nas emissões combinadas dos âmbitos 1 e 2. O consumo de gás natural diminuiu 3% face ao ano anterior e 65% da eletricidade consumida teve origem em fontes renováveis. A produção de eletricidade própria representou 10,8% do consumo total.

A empresa tem como objetivo atingir a neutralidade carbónica até 2050, compromisso assumido junto da iniciativa Science-Based Targets (SBTi). As metas intermédias incluem a diminuição de 42% das emissões de gases com efeito de estufa nos âmbitos 1 e 2, tendo como referência o ano de 2021, e uma redução de 25% nas emissões do âmbito 3 até 2030.

A TMG Automotive continua ainda a investir na reformulação do seu portefólio, com enfoque na utilização de matérias-primas com menor impacto ambiental. Em 2024, 4,5% das vendas corresponderam a produtos com mais de 25% de carbono renovável, superando a meta anual. Foram ainda validadas novas opções sustentáveis e realizados 260 estudos de análise de ciclo de vida (LCA), todos desenvolvidos internamente.

No capítulo da gestão de resíduos, a empresa teve um aumento no custo de tratamento de resíduos não perigosos e assumiu como prioridade a redução da geração de desperdício. Foi destacada a participação no projeto europeu Eupolycep, que visa a reciclagem de materiais compósitos em fim de vida, com os primeiros testes realizados em 2024 numa unidade-piloto na Bélgica.

No final do ano passado, a TMG Automotive empregava 881 colaboradores, dos quais 24% mulheres, com uma média de idades de 38 anos. A empresa sublinha que 29% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres e que foram promovidas medidas de formação, conciliação trabalho-família e reconhecimento da antiguidade, bem como ações de melhoria das condições de trabalho e auditorias internas.

A empresa reforçou igualmente o alinhamento entre desempenho financeiro e desempenho ambiental. O seu enquadramento de financiamento vinculado à sustentabilidade – Sustainability-Linked Loan Framework – inclui metas específicas, como a redução da intensidade carbónica (emissões/receita) em 25% até 2027, e o aumento da proporção de vendas com mais de 25% de carbono renovável para 15% até 2027.

A avaliação externa inclui uma pontuação de 81/100 na Ecovadis (medalha Gold) e uma classificação de B91 na plataforma Supplier Assurance, com 43% dos fornecedores de matérias-primas a ultrapassarem a nota de 60 pontos, salienta.

O relatório inclui ainda uma análise de dupla materialidade e marca os primeiros passos da empresa rumo à conformidade com a diretiva europeia CSRD. A TMG planeia implementar integralmente os European Sustainability Reporting Standards (ESRS) até 2028.

«A transformação sustentável leva tempo, especialmente quando se parte de uma base já eficiente. Mas estamos confiantes: estamos no caminho certo e mantemos o compromisso de atingir as nossas metas para 2027», resumiu Nuno Lima, diretor de sustentabilidade da TMG Automotive.

 

 

 

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CLEPA sustainability event stresses need for coherent EU regulation

CLEPA, the European association representing the automotive supply industry, successfully hosted the 17th edition of its Materials Regulations and Sustainability Event (MRSE) on 25 – 26 June in Frankfurt. Bringing together more than 250 participants from across the globe, the event served as a platform to explore the latest developments in material compliance and sustainability shaping the future of the automotive sector.

in CLEPA, 27-06-2025


The two-day event featured insights from leading companies, such as BMW, JLR, Marelli, Adient and Forvia, and representatives from key associations, including ACEA, Eurobat and Plastics Europe, as well as the Responsible Supply Chain Initiative, Drive Sustainability and Drive Plus.

Benjamin Krieger, Secretary General of CLEPA, highlighted the critical role of automotive suppliers in driving Europe’s sustainability and innovation efforts, noting their substantial investments in clean technologies. He acknowledged the recent adoption of the Council’s position on End-of-Life Vehicles (ELV) regulation, and called for regulatory clarity as well as support for automotive remanufacturing and inclusive recycling targets.

“Automotive suppliers are key contributors to advancing the circular economy through remanufacturing and material reuse. To sustain this progress, we need pragmatic and coherent regulations that foster innovation while ensuring safety. Inconsistent rules jeopardise our path forward”.

During the first day of the event, international experts shared legislative insights from Japan, North America, India and China, and showed how regional regulations influence markets worldwide. Further discussions focused on strengthening international cooperation on sustainability, including PFAS restrictions, other chemical compliance challenges, and updates to the International Materials Data System (IMDS).

On Day Two, CLEPA’s Sustainability Manifesto was presented alongside discussions on how regulation and sectoral collaboration can help advance the industry’s goals on circularity, climate action, and responsible supply chains. Olga Marin, Chair of the CSR Harmonisation Expert Group, moderated two panel discussions. The first explored how industry cooperation and artificial intelligence can enhance supply chain transparency and resilience. The second focused on how circular design and collaboration across the value chain can drive progress towards a more circular automotive industry.

This event was sponsored by iPoint.

TMG Automotive assina Global Digital Compact

A TMG Automotive assinou o Global Digital Compact, reforçando o seu compromisso com a visão da empresa de um futuro digital inclusivo, seguro e sustentável, alinhado com a Agenda 2030.

in Jornal T, por Bebiana Rocha, 05-05-2025


“Ao aderirmos a esta plataforma, reafirmamos o nosso papel ativo na construção de um mundo digital mais justo e acessível a todos”, partilhou a empresa nas redes sociais esta segunda-feira, acompanhando a publicação com uma imagem do grupo.

Esta iniciativa surge no âmbito das celebrações dos 25 anos do United Nations Global Compact Network Portugal e tem como objetivo criar um espaço de diálogo e colaboração em torno dos desafios e oportunidades do mundo digital.

Pensado como um fórum de partilha de conhecimento, estabelecimento de parcerias e mobilização de recursos, representa também uma oportunidade para as empresas anteciparem alterações nas regras do mercado, reforçarem a sua reputação e melhorarem a sua eficiência.

No âmbito do Global Digital Compact, serão abordados temas críticos como a redução do gap digital, a proteção de dados, a privacidade, a cibersegurança e a regulamentação da inteligência artificial. Neste momento, a TMG Automotive é a única empresa do setor representada.

No Global Compact Portugal estão já listadas algumas empresas da fileira têxtil e vestuário, entre elas a Etfor, Forteams Lab, Mundifios, Pedrosa & Rodrigues e Tintex.

 

 

Transição ESG | Norma de reporte voluntário para PME tem guias em português

As PME que estejam a preparar a sua transição para a sustentabilidade, têm agora acesso facilitado a explicações em português sobre a versão final da norma europeia para relato voluntário de indicadores ESG (ambientais, sociais e de governance).
in IAPMEI, 17-03-2025

Trata-se de uma versão simplificada, destinada ao grupo das PME não cotadas, que foi ajustada pelo EFRAG, após contributos recolhidos em consulta pública junto dos vários stakeholders.

Em causa está a preocupação da União Europeia com a criação de uma estrutura simplificada para relatórios de sustentabilidade, que vá ao encontro das necessidades das empresas de menor dimensão, e lhes facilite a resposta às solicitações que vão tendo no contexto das suas relações de mercado e no acesso a financiamento, face ao quadro regulamentar em vigor.

Guias EFRAG sobre a nova norma disponíveis em várias línguas

Para facilitar a compreensão da nova norma de relato voluntário para PME, o EFRAG, a estrutura de peritos que tem vindo a trabalhar com a Comissão Europeia nos standards europeus para reporte de sustentabilidade, no contexto da diretiva CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), desenvolveu uma série de guias em formato vídeo, que estão agora disponíveis em várias línguas, incluindo o português.

São três vídeos, que pretendem descrever de forma prática e acessível as principais alterações introduzidas na ferramenta, que passou a integrar apenas dois módulos, em vez dos três anteriores.

O ‘Módulo Básico’ é baseado num conjunto de requisitos mínimos de divulgação e está especialmente vocacionado para microempresas.

O ‘Módulo Alargado’ inclui uma série de dados mais abrangente, pretendendo responder às exigências legislativas impostas ao sistema financeiro e a parceiros comerciais de maior dimensão

Saiba mais sobre o quadro regulamentar em vigor associado à transição ESG e Finanças Sustentáveis.

 

Links


Pacto Industrial Limpo | Um plano para a competitividade e a descarbonização da UE

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Perante os elevados custos da energia e a concorrência feroz a nível mundial, as indústrias europeias necessitam de apoio urgente. O Pacto Industrial Limpo define ações concretas para transformar a descarbonização num motor de crescimento para as indústrias europeias. Tal inclui a redução dos preços da energia, a criação de empregos de qualidade e as condições adequadas para que as empresas prosperem.

in Comissão Europeia, 26-02-2025


O Pacto apresenta medidas para impulsionar todas as fases da produção, com destaque para:

  • indústrias com utilização intensiva de energia, como a siderurgia, os metais e os produtos químicos, que necessitam urgentemente de apoio para descarbonizar, mudar para energias limpas e fazer face aos elevados custos, à concorrência mundial desleal e à complexidade da regulamentação
  • o setor das tecnologias limpas, que está no cerne da competitividade futura e é necessário para a transformação industrial, a circularidade e a descarbonização.

Outro elemento do acordo é circularidade, que visa reduzir os resíduos e prolongar a vida útil dos materiais, promovendo a reciclagem, a reutilização e a produção sustentável. Maximizar os recursos limitados da UE e reduzir a dependência excessiva dos fornecedores de matérias-primas de países terceiros é crucial para um mercado competitivo e resiliente.

Principais elementos do Pacto Industrial Limpo

Energia a preços acessíveis

A energia acessível é a base da competitividade. Para reduzir as faturas de energia das indústrias, das empresas e dos agregados familiares, promovendo simultaneamente a transição para uma economia hipocarbónica, a Comissão adotou o Plano de Ação para a Energia a Preços Acessíveis, a fim de:

  • acelerar a implantação de energias limpas, acelerando a eletrificação
  • completar o mercado interno da energia com interligações físicas
  • utilizar a energia de forma mais eficiente e reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.

Impulsionar a procura de produtos limpos

O Regulamento Acelerador da Descarbonização Industrial aumentará a procura de produtos limpos fabricados na UE, introduzindo critérios de sustentabilidade, resiliência e «fabricado na Europa» nos contratos públicos e privados.

A Comissão procederá igualmente à revisão doQuadro de contratação pública em 2026 para introduzir critérios de sustentabilidade, resiliência e preferência europeia na contratação pública para setores estratégicos.

Financiamento da transição para uma economia limpa

O Pacto Industrial para uma Indústria Limpa mobilizará mais de 100 mil milhões de EUR para apoiar a produção limpa produzida na UE. A Comissão irá:

  • adotar um novo Quadro de auxílios estatais do Pacto Industrial Limpo para acelerar a aprovação de auxílios estatais à implantação de energias renováveis, descarbonizar a indústria e assegurar uma capacidade de fabrico suficiente de tecnologias limpas
  • reforçar o Fundo de Inovação e propor um Banco de Descarbonização Industrial, que visa um financiamento de 100 mil milhões de EUR, com base nos fundos disponíveis no Fundo de Inovação, receitas adicionais resultantes de partes do CELE, bem como da revisão do InvestEU
  • lançar um convite específico no âmbito do Horizonte Europa para estimular a investigação e a inovação nestes domínios
  • alterar oRegulamento InvestEU, a fim de aumentar o montante das garantias financeiras que o InvestEU pode prestar para apoiar investimentos. Tal mobilizará, por sua vez, até 50 mil milhões de EUR para a implantação de tecnologias limpas, a mobilidade limpa e a redução dos resíduos.

Circularidade e acesso aos materiais

As matérias-primas críticas são fundamentais para a nossa indústria. A UE tem de garantir o acesso a esses materiais e reduzir a dependência de fornecedores não fiáveis. A integração da circularidade na nossa estratégia de descarbonização é crucial para tirar o máximo partido dos recursos limitados da UE. A Comissão irá:

  • criar um mecanismo que permita às empresas europeias reunirem-se e agregarem a sua procura de matérias-primas críticas
  • criar um O Centro de Matérias-Primas Críticas da UE adquirirá conjuntamente matérias-primas em nome das empresas interessadas, o que criará economias de escala e proporcionará um maior efeito de alavanca para negociar melhores preços e condições
  • adotar uma Lei da Economia Circular em 2026 para acelerar a transição circular e assegurar que os materiais escassos são utilizados e reutilizados de forma eficiente, reduzir as nossas dependências mundiais e criar empregos de elevada qualidade. O objetivo é que 24 % dos materiais sejam circulares até 2030.

Agir à escala mundial

Mais do que nunca, a UE precisa de parceiros mundiais fiáveis. Para além dos acordos comerciais novos e em curso, a Comissão irá:

  • Lançar a primeira Parceria de Comércio e Investimento Limpos para diversificar as cadeias de abastecimento e forjar acordos mutuamente benéficos
  • assegurar que a indústria da UE é economicamente segura e resiliente, face à concorrência mundial e às incertezas geopolíticas, através de uma série de instrumentos de defesa comercial e outros instrumentos
  • simplificar e reforçar o Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço, o instrumento da UE para atribuir um preço justo ao carbono emitido durante a produção de bens com utilização intensiva de carbono.

Competências e empregos de qualidade

A mão de obra da UE deve possuir as competências necessárias para apoiar a transição para uma economia hipocarbónica, incluindo competências em tecnologias limpas, digitalização e empreendedorismo.

A Comissão estabelecerá uma União de Competências que investe nos trabalhadores, desenvolve competências e cria empregos de qualidade.

O Erasmus+ reforçará os programas de educação e formação para desenvolver uma mão de obra qualificada e adaptável e colmatar a escassez de competências em setores-chave, com um financiamento máximo de 90 milhões de EUR.

O Pacto Industrial Limpo centrar-se-á também nos facilitadores horizontais necessários para uma economia competitiva:

  • reduzir a burocracia,
  • explorar plenamente a dimensão do mercado único,
  • promoção de empregos de qualidade,
  • uma melhor coordenação das políticas a nível da UE e a nível nacional.

Dados fundamentais

Antecedentes

Nas suas orientações políticas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se a concretizar o Pacto Industrial Limpo nos primeiros 100 dias da Comissão, dando prioridade à competitividade e à prosperidade da UE.

Esta iniciativa baseia-se nos contributos dos líderes da indústria, dos parceiros sociais e da sociedade civil, na sequência da Declaração de Antuérpia para um Pacto Industrial Europeu e dos diálogos sobre a transição ecológica.

Comissão simplifica as regras em matéria de sustentabilidade e de investimento na UE, disponibilizando mais de 6 mil milhões de EUR em apoio administrativo

A Comissão Europeia adotou um novo pacote de propostas para simplificar as regras da UE e impulsionar a competitividade, assegurando uma capacidade adicional de investimento. Trata-se de um importante passo em frente na criação de um ambiente empresarial mais favorável para ajudar as empresas da UE a crescer, inovar e criar emprego.

in Comissão Europeia, 26-02-2025


Ao conciliar os nossos objetivos em matéria de competitividade e clima, criaremos condições para que as empresas da UE prosperem, atraiam investimento e contribuam para os nossos objetivos comuns – incluindo os objetivos do Pacto Ecológico Europeu – e para concretizar todo o nosso potencial económico.

A Comissão tem um objetivo claro de realizar um esforço de simplificação sem precedentes, alcançando uma redução em pelo menos 25 % dos encargos administrativos, e em pelo menos 35 % para as PME, até ao final do presente mandato. Estes primeiros pacotes abrangentes de medidas («Omnibus») cobrem diversos domínios legislativos, uma simplificação de grande alcance nos domínios da comunicação de informações sobre o financiamento sustentável, do dever de diligência em matéria de sustentabilidade, da taxonomia da UE, do mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço e dos programas de investimento da Europa.

Estas propostas reduzirão a complexidade dos requisitos da UE para todas as empresas e, nomeadamente, para as PME e as empresas de média capitalização, e centrarão o nosso quadro regulamentar nas empresas de maior dimensão e com maior impacto no clima e no ambiente, ainda assim permitindo que as empresas acedam a financiamento sustentável para a sua transição ecológica.

Se forem adotadas e aplicadas como hoje estabelecido, estima-se que as propostas proporcionem poupanças totais nos custos administrativos anuais de cerca de 6,3 mil milhões de EUR e mobilizem uma capacidade adicional de investimento público e privado de 50 mil milhões de EUR para apoiar as prioridades estratégicas.

Tornar a comunicação de informações sobre a sustentabilidade mais acessível e eficiente

Especificamente, as principais alterações no domínio da comunicação de informações sobre sustentabilidade (CISE e taxonomia da UE) irão:

  • Retirar cerca de 80 % das empresas do âmbito de aplicação da Diretiva CISE, centrando as obrigações de comunicação de informações sobre a sustentabilidade nas empresas de maior dimensão e com maior impacto nas pessoas e no ambiente;
  • Assegurar que os requisitos de comunicação de informações sobre a sustentabilidade aplicáveis às grandes empresas não sobrecarregam as empresas de menor dimensão nas suas cadeias de valor;
    Adiar por dois anos (até 2028) os requisitos de comunicação de informações para as empresas atualmente abrangidas pelo âmbito de aplicação da Diretiva CISE e que estavam obrigadas a comunicar informações a partir de 2026 ou 2027.
  • Reduzir os encargos decorrentes das obrigações de comunicação de informações no âmbito da taxonomia da UE e limitá-los às maiores empresas (correspondentes ao âmbito de aplicação da Diretiva CISE), mantendo simultaneamente a possibilidade de comunicar voluntariamente informações para as outras grandes empresas abrangidas pelo futuro âmbito de aplicação dessa diretiva. Este processo deverá proporcionar poupanças significativas de custos para as empresas de menor dimensão, permitindo simultaneamente que as empresas que pretendam aceder a financiamento sustentável continuem a comunicar informações.
  • Introduzir a opção voluntária de comunicação de informações sobre as atividades parcialmente alinhadas com a taxonomia da UE, promovendo uma transição ambiental gradual das atividades ao longo do tempo, em consonância com o objetivo de aumentar o financiamento da transição para ajudar as empresas na sua trajetória rumo à sustentabilidade.
  • Introduzir um limiar de materialidade financeira para a comunicação de informações no âmbito da taxonomia e reduzir os modelos de comunicação de informações em cerca de 70 %.
  • Introduzir simplificações dos critérios «não prejudicar significativamente» mais complexos para a prevenção e o controlo da poluição relacionados com a utilização e a presença de produtos químicos que se aplicam horizontalmente a todos os setores económicos abrangidos pela taxonomia da UE – como primeiro passo na revisão e simplificação de todos esses critérios.
  • Ajustar, entre outros, o principal indicador-chave de desempenho baseado na taxonomia para os bancos, o rácio dos ativos ecológicos (RAE). Os bancos poderão excluir do denominador do RAE as exposições relacionadas com empresas fora do âmbito de aplicação futuro da Diretiva CISE (ou seja, empresas com menos de 1000 trabalhadores e um volume de negócios inferior a 50 milhões de EUR).

Simplificar o dever de diligência por forma a apoiar uma conduta empresarial responsável

  • As principais alterações no domínio do dever de diligência em matéria de sustentabilidade irão:
  • Simplificar os requisitos em matéria de dever de diligência no domínio da sustentabilidade, de modo a que as empresas abrangidas evitem complexidades e custos desnecessários, p. ex.: centrando a ação nos requisitos de devida diligência em relação aos contratantes diretos; e reduzindo a frequência das avaliações periódicas e do acompanhamento dos seus parceiros de um para cinco anos, com avaliações ad hoc sempre que necessário.
  • Reduzir os encargos e os efeitos de cascata para as PME e as EMC, limitando a quantidade de informações que podem ser solicitadas no âmbito do mapeamento da cadeia de valor pelas grandes empresas;
  • Continuar a aumentar a harmonização dos requisitos em matéria de dever de diligência, a fim de assegurar condições de concorrência equitativas em toda a UE;
  • Eliminar as condições ligadas à responsabilidade civil na UE, preservando simultaneamente o direito das vítimas à indemnização integral pelos prejuízos devidos a situações de incumprimento e protegendo as empresas contra a sobrecompensação, ao abrigo dos regimes de responsabilidade civil dos Estados-Membros; e
  • Dar às empresas mais tempo para se prepararem para cumprir os novos requisitos, adiando o prazo para a aplicação dos requisitos em matéria de dever de diligência no domínio da sustentabilidade às empresas da primeira vaga por um ano (até 26 de julho de 2028) e, ao mesmo tempo, antecipando a adoção das orientações num ano (até julho de 2026).

Simplificar o mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço (MACF) para um comércio mais justo

As principais alterações ao MACF serão:

Isentar os pequenos importadores, na sua maioria PME e particulares, das obrigações CBAM. Em causa estão os importadores de pequenas quantidades de mercadorias CBAM, que representam quantidades muito pequenas de emissões incorporadas que entram na União a partir de países terceiros. A intenção será introduzir um novo limiar anual cumulativo CBAM, de 50 toneladas por importador, eliminando assim as obrigações do CBAM para cerca de 182 000, ou 90 %, dos importadores, na sua maioria PME, continuando concomitantemente a abranger mais de 99 % das emissões.

  • Simplificar as regras para as empresas que continuem a ser abrangidas pelo CBAM: Simplificar a autorização dos operadores CBAM, bem como as regras relacionadas com as obrigações do CBAM, incluindo o cálculo das emissões incorporadas e os requisitos de comunicação de informações.
    Aumentar a eficácia do CBAM a longo prazo, reforçando as regras para evitar a evasão e os abusos.
  • Esta simplificação precede um futuro alargamento do CBAM a outros setores do CELE e mercadorias a jusante, que será seguido de uma nova proposta legislativa sobre o alargamento do âmbito do CBAM no início de 2026.

Desbloquear oportunidades de investimento

A Comissão propõe igualmente uma série de alterações para simplificar e otimizar vários programas de investimento, incluindo o InvestEU, o FEIE e outros instrumentos financeiros herdados.

O InvestEU, o maior instrumento da UE para a partilha de riscos em apoio de investimentos prioritários na União, desempenha um papel fundamental na eliminação dos obstáculos financeiros e na promoção dos investimentos necessários para a competitividade, a investigação e a inovação, a descarbonização, a sustentabilidade ambiental e as competências. Atualmente, cerca de 45 % das suas operações apoiam objetivos climáticos.

As alterações propostas:

  • Aumentam a capacidade de investimento da UE por via da utilização do retorno de investimentos anteriores, bem como de uma utilização otimizada dos fundos ainda disponíveis ao abrigo de instrumentos herdados, permitindo que seja disponibilizado mais financiamento às empresas. O objetivo será mobilizar cerca de 50 mil milhões de EUR em investimento público e privado adicional. O aumento da capacidade do InvestEU será utilizado principalmente para financiar atividades mais inovadoras de apoio a políticas prioritárias, como as Orientações para a Competitividade e o Pacto da Indústria Limpa.
  • Facilitam a contribuição dos Estados-Membros para o programa e o apoio às suas próprias empresas e mobilizar investimentos privados.
  • Simplificar os requisitos administrativos para os nossos parceiros de execução, para os intermediários financeiros e para os beneficiários finais, nomeadamente PME. As medidas de simplificação propostas deverão gerar economias de custos de 350 milhões de EUR.

Próximas etapas

As propostas legislativas serão agora transmitidas ao Parlamento Europeu e ao Conselho, tendo em vista a sua apreciação e adoção. As alterações à Diretiva CSR, à Diretiva CISE e ao CBAM entrarão em vigor assim que os colegisladores cheguem a acordo sobre a proposta e após a sua publicação no Jornal Oficial da UE. Em consonância com a comunicação sobre a simplificação e a aplicação publicada em 11 de janeiro de 2024, a Comissão convida os colegisladores a darem prioridade ao tratamento deste pacote global e, em especial, da proposta de adiamento dos requisitos de divulgação ao abrigo da Diretiva CISE e do prazo de transposição da Diretiva CSR, de modo a poder dar resposta às principais preocupações identificadas pelas partes interessadas.

O projeto de ato delegado que altera os atuais atos delegados ao abrigo do Regulamento Taxonomia será adotado na sequência da receção e consideração das reações do público interessado e será aplicável a partir do final do período de controlo pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.

 


Simplificação prometida é simplificação devida! Apresentamos a nossa primeira proposta de simplificação de grande alcance. As empresas da UE beneficiarão de regras simplificadas em matéria de comunicação de informações sobre o financiamento sustentável, do dever de diligência e da taxonomia, o que lhes facilitará a vida, assegurando simultaneamente que continuamos firmemente no bom caminho para alcançar os nossos objetivos de descarbonização. Teremos de estar preparados para mais ações de simplificação.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

 


Estamos a tomar medidas concretas para reduzir a burocracia e tornar as regras da UE mais acessíveis e eficazes para os cidadãos e as empresas. O pacote hoje apresentado constitui um primeiro passo nos nossos esforços de grande alcance para a simplificação em todos os setores da legislação. Podemos mostrar que a Europa não só é um mercado incrível para investir, produzir, vender e consumir como também um mercado onde é simples desenvolver atividade. A presente proposta proporciona verdadeiras simplificações – menos encargos administrativos, um acesso mais fácil ao financiamento e regras mais claras e previsíveis. Mantivemos os nossos objetivos, mas alterámos a forma de melhor os alcançar.

Stéphane Séjourné, vice-presidente executivo da Comissão responsável pela Prosperidade e Estratégia Industrial

 



Simplificação e Execução: O mundo está a mudar perante os nossos olhos. A União Europeia precisa de uma economia forte para defender os seus valores e alcançar os seus objetivos a nível interno e em todo o mundo. A redução das regras da UE desnecessariamente complexas constitui uma parte vital do nosso plano para tornar a Europa mais competitiva. Este programa de simplificação não é equivalente a uma desregulamentação. Trata-se de alcançar os nossos objetivos de uma forma mais inteligente e menos onerosa, para que as nossas empresas e, em especial, as nossas PME, se possam concentrar no crescimento, no emprego e na inovação e nos ajudem a garantir as transições ecológica e digital. Demos hoje um primeiro passo importante nesse sentido.

Valdis Dombrovskis, comissário da Economia e Produtividade, Simplificação e Execução

 

 


Estamos a definir um novo rumo para estabelecer regras da UE em matéria de financiamento sustentável que sejam mais favoráveis ao crescimento, mais facilmente utilizáveis e mais proporcionadas. Ao facilitar um ambiente empresarial mais propício, poderemos impulsionar o crescimento e a competitividade da UE, atrair investimentos e continuar a cumprir os objetivos consignados no nosso Pacto Ecológico. Trata-se de encontrar o justo equilíbrio entre a redução dos encargos administrativos excessivos e a concentração nos nossos objetivos a mais longo prazo, uma vez que estou firmemente convencida de que a sustentabilidade representa uma vantagem competitiva fundamental.

Maria Luís Albuquerque, comissária dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos

 


Estamos a simplificar significativamente o cumprimento das regras pelas grandes empresas, respeitando simultaneamente o objetivo fundamental da Diretiva CISE que consiste em evitar que as empresas contribuam indiretamente para práticas empresariais exploratórias ou que prejudiquem os direitos humanos, o clima ou o ambiente por via das respetivas cadeias de valor. Garantiremos igualmente que as entidades comerciais de menor dimensão não sejam sobrecarregadas por exigências excessivas de informação. Assegurando esse equilíbrio, responsabilizaremos as empresas pelas suas ações e, ao mesmo tempo, promoveremos uma atividade empresarial mais transparente e responsável a nível mundial.

Michael McGrath, comissário da Democracia, Justiça, Estado de Direito e Proteção dos Consumidores

 


Estamos num processo de simplificação da atividade empresarial na Europa. Ao simplificar o Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço (MACF), capacitaremos as empresas para reduzirem a sua pegada de carbono sem comprometerem as suas vantagens concorrenciais. Ao mesmo tempo que isentamos cerca de 90 % das empresas da comunicação de informações CBAM, continuaremos a assegurar a tomada em consideração de mais de 99 % das emissões. Esta será a primeira etapa de uma revisão mais ampla do MACF.

Wopke Hoekstra, comissário do Clima, Neutralidade Carbónica e Crescimento Limpo

Commission simplifies rules on sustainability and EU investments, delivering over €6 billion in administrative relief

The European Commission has adopted a new package of proposals to simplify EU rules, boost competitiveness, and unlock additional investment capacity. This is a major step forward in creating a more favourable business environment to help EU companies grow, innovate, and create quality jobs.

in European Commission, 26-02-2025


By bringing our competitiveness and climate goals together, we are creating the conditions for EU businesses to thrive, attract investment, achieve our shared goals – such as the European Green Deal objectives – and unlock our full economic potential.

The Commission has a clear target to deliver an unprecedented simplification effort, by achieving at least 25% reduction in administrative burdens, and at least 35% for SMEs until the end of this mandate. These first ‘Omnibus’ packages, bringing together proposals in a number of related legislative fields, cover a far-reaching simplification in the fields of sustainable finance reporting, sustainability due diligence, EU Taxonomy, carbon border adjustment mechanism, and European investment programmes.

These proposals will reduce complexity of EU requirements for all businesses, notably SMEs and small mid-caps, focus our regulatory framework on the largest companies which are likely to have a bigger impact on the climate and the environment, while still enabling companies to access sustainable finance for their clean transition.

If adopted and implemented as set out today, the proposals are conservatively estimated to bring total savings in annual administrative costs of around €6.3 billion and to mobilise additional public and private investment capacity of €50 billion to support policy priorities.

Making sustainability reporting more accessible and efficient

Specifically, the main changes in the area of sustainability reporting (CSRD and EU Taxonomy) will:

  • Remove around 80% of companies from the scope of CSRD, focusing the sustainability reporting obligations on the largest companies which are more likely to have the biggest impacts on people and the environment;
  • Ensure that sustainability reporting requirements on large companies do not burden smaller companies in their value chains;
  • Postpone by two years (until 2028) the reporting requirements for companies currently in the scope of CSRD and which are required to report as of 2026 or 2027.
  • Reduce the burden of the EU Taxonomy reporting obligations and limit it to the largest companies (corresponding to the scope of the CSDDD),  while keeping the possibility to report voluntarily for the other large companies within the future scope of the CSRD. This is expected to deliver significant cost savings for smaller companies, while allowing businesses that wish to access sustainable finance to continue that reporting.
  • Introduce the option of reporting on activities that are partially aligned with the EU Taxonomy, fostering a gradual environmental transition of activities over time, in line with the aim to scale up transition finance to help companies on their path towards sustainability.
  • Introduce a financial materiality threshold for the Taxonomy reporting and reduce the reporting templates by around 70%.
  • Introduce simplifications to the most complex “Do no Significant harm” (DNSH) criteria for pollution prevention and control related to the use and presence of chemicals that apply horizontally to all economic sectors under the EU Taxonomy – as a first step in revising and simplifying all such DNSH criteria.
  • Adjust, among others, the main Taxonomy-based key performance indicator for banks, the Green Asset Ratio (GAR). Banks will be able to exclude from the denominator of the GAR exposures that relate to undertakings which are outside the future scope of the CSRD (i.e. companies with less than 1000 employees and €50m turnover).

Simplifying due diligence to support responsible business practices

The main changes in the area of sustainability due diligence will:

  • Simplify sustainability due diligence requirements so that companies in scope avoid unnecessary complexities and costs, e.g. by focusing systematic due diligence requirements on direct business partners; and by reducing the frequency of periodic assessments and monitoring of their partners from annual to 5 years, with ad hoc assessments where necessary.
  • Reduce burdens and trickle-down effects for SMEs and  and small mid-caps by limiting the amount of information that may be requested as part of the value chain mapping by large companies;
  • Further increase the harmonisation of due diligence requirements to ensure a level playing field across the EU;
  • Remove the EU civil liability conditions while preserving victims’ right to full compensation for damage caused by non-compliance, and protecting companies against over-compensation, under the civil liability regimes of Member States; and
  • Give companies more time to prepare to comply with the new requirements by postponing the application of the sustainability due diligence requirements for the largest companies by one year (to 26 July 2028), while advancing the adoption of the guidelines by one year (to July 2026).

Simplifying the carbon border adjustment mechanism (CBAM) for a fairer trade

The main changes on CBAM will:

  • Exempt small importers from CBAM obligations, mostly SMEs and individuals. These are importers who import small quantities of CBAM goods, representing very small quantities of embedded emissions entering the Union from third countries. This works by introducing a new CBAM cumulative annual threshold of 50 tonnes per importer, thus eliminating CBAM obligations for approximately 182,000 or 90% of importers, mostly SMEs, while still covering over 99% emissions in scope.
  • Simplify the rules for companies that remain in CBAM scope: on authorisation of CBAM declarants, as well as the rules related to CBAM obligations, including the calculation of embedded emissions and reporting requirements.
  • Make CBAM more effective in the long term, by strengthening the rules to avoid circumvention and abuse.
  • This simplification precedes a future extension of CBAM to other ETS sectors, downstream goods, followed by new legislative proposal on the scope extension of CBAM in early 2026.

Unlocking investment opportunities

The Commission is also proposing a series of amendments to simplify and optimise the use of several investment programs including InvestEU, EFSI, and legacy financial instruments.

InvestEU, the EU’s largest risk-sharing instrument to support priority investments within the Union, plays a key role in addressing financial barriers and driving the investments needed for competitiveness, research and innovation, decarbonisation, environmental sustainability and skills. Currently, close to 45 % of its operations are supporting climate objectives.

The proposed changes:

  • Increase the EU’s investment capacity through the use of returns from past investments, as well as optimised use of funds still available under the legacy instruments, thus allowing for more funding to be made available to businesses. This is expected to mobilise around €50 billion in additional public and private investments. The increased InvestEU capacity will be mainly used to finance more innovative activities in support of priority policies, such as the Competitiveness Compass and the Clean Industrial Deal.
  • Make it easier for Member States to contribute to the programme and support their own businesses and mobilise private  investments.
  • Simplify administrative requirements for our implementing partners, financial intermediaries and final recipients, notably SMEs. The simplification measures proposed are expected to generate €350 million in cost savings.

Next steps

The legislative proposals will now be submitted to the European Parliament and the Council for their consideration and adoption. The changes on the CSRD, CSDDD, and CBAM will enter into force once the co-legislators have reached an agreement on the proposals and after publication in the EU Official Journal. In line with the Communication on simplification and implementation published on 11 January 2024, the Commission invites the co-legislators to treat this omnibus package with priority, in particular the proposal postponing certain disclosure requirements under the CSRD and the transposition deadline under CSDDD, as they aim to address key concerns identified by stakeholders.

The draft Delegated Act amending the current delegated acts under the Taxonomy Regulation will be adopted after public feedback and will apply at the end of the scrutiny period by the European Parliament and the Council.

For More Information

  • Get a detailed breakdown of the key simplifications and their impact on the Commission’s Q&A.
  • Read the full Commission proposals (Omnibus 1 | Omnibus 2) to understand the legal changes introduced.
  • Explore the Commission Staff Working Documents (1 and 2) for a detailed analysis of the rationale and expected impact of the simplification measures.
  • Call for Evidence has been open on the Taxonomy Delegated Acts 

 

 

 


 

 

COMUNICADO DE IMPRENSA | #TheRoadAhead: A ambição de sustentabilidade dos fornecedores da indústria automóvel requer uma regulação favorável à inovação

CLEPA, a associação europeia de fornecedores da indústria automóvel, desvendou o seu Manifesto para a Sustentabilidade, um roteiro geral que descreve como a indústria e os reguladores poderão, em conjunto, permitir a transição da indústria para a neutralidade climática, para a circularidade, para o abastecimento responsável e resiliente, e ainda para garantir uma transição justa para trabalhadores e comunidades em geral. A AFIA, como Associada da CLEPA, participou no grupo de trabalho para a elaboração do Manifesto para a Sustentabilidade.

in CLEPA / AFIA, 25-02-2025

Como pilar do setor automóvel, os fornecedores são essenciais na busca de uma inovação sustentável que permita reduzir emissões de carbono e garantir cadeias de abastecimento responsáveis. O Manifesto para a Sustentabilidade da CLEPA delineia quatro pilares fundamentais que irão moldar o futuro da indústria europeia: Ação Climática, Economia Circular, Cadeia de Abastecimento Responsável e Transição Justa. O Manifesto também estabelece alguns objetivos importantes, incluindo:

  • Ação Climática: Tentar atingir a neutralidade climática na produção europeia até 2040 (Emissões de âmbito 1 e 2)
  • Economia Circular: Partindo do sucesso do setor na remanufactura, procurar aumentar a quantidade de componentes provenientes de economia circular, procurando atingir os objetivos da UE de fornecer 25% da matéria-prima crítica através da reciclagem e de alcançar os zero resíduos para aterro.  
  • Cadeia de Abastecimento Responsável: Tentar reduzir dependências nos fornecimentos e colaborar para minimizar impactos adversos ao nível dos direitos humanos e do ambiente nas nossas cadeias de abastecimento. 
  • Transição Justa: Conseguir ter 5% dos trabalhadores a participar anualmente em processos de requalificação ou de desenvolvimento de competências até 2030.

Os fornecedores europeus da indústria automóvel já têm feito progressos. Os 29 maiores fornecedores reduziram, em conjunto, as emissões de CO? em 8,4% (âmbito 1 e 2) entre 2022 e 2023, e aumentaram a reciclagem e a recuperação de resíduos da produção em 85,8% em 2022. Estes dados são demonstrativos do compromisso inabalável do setor com a sustentabilidade. Contudo, o setor precisará de ações urgentes por parte dos reguladores no sentido de reforçar a competitividade e recalibrar as políticas de sustentabilidade. Os reguladores terão de estimular a inovação por meio de um enquadramento normativo neutro no que respeita à tecnologia, procurando um equilíbrio entre a responsabilidade ambiental, a equidade social e o crescimento económico. Além disso, o regulamento europeu de ESG (Ambiente, Social e Governação) deve ser ajustado de modo a incentivar a inovação e permitir o progresso das empresas no sentido de cumprirem objetivos de sustentabilidade, ao invés de serem afogadas em requisitos de reporte.

Benjamin Krieger, Secretário-Geral da CLEPA, sublinha a importância desta visão: “Numa era definida por desafios sem precedentes, os fornecedores europeus da indústria automóvel continuam a liderar o caminho para a transformação sustentável. A nossa indústria opera numa cadeia de valor global e altamente interconectada. Para assegurar a sua continuidade, precisamos de condições competitivas para investir e de neutralidade tecnológica. O Manifesto para a Sustentabilidade aponta um caminho claro e atingível para a neutralidade climática, para a eficiência dos recursos e para a transformação da força de trabalho — assegurando que a Europa continuará a ser líder global na inovação verde.”

José Couto, Presidente da AFIA, refere o papel da AFIA é, e será, acompanhar os fabricantes de componentes para automóveis, representá-los, defendê-los e ajudá-los a antecipar e gerir os desafios do dia-a-dia e preparar as empresas para o futuro. Nomeadamente na necessária transição dos modelos de negócio tradicionais para um novo modelo que atenda a preocupações ambientais, sociais e de boa governação – ESG, Environment, Social & Governance, na sigla inglesa.

 

 

ACEDA AQUI AO MANIFESTO PARA A SUSTENTABILIDADE 

 

Sobre a CLEPA

CLEPA, a Associação Europeia de Fornecedores da Indústria Automóvel, sediada em Bruxelas, representa mais de 3000 empresas, desde multinacionais a PME, que fornecem componentes topo de gama e tecnologia inovadora para uma mobilidade mais segura, inteligente e sustentável, investindo mais de 30 mil milhões de euros anuais em investigação e desenvolvimento. Os fornecedores automóveis europeus são responsáveis por 1,7 milhões de empregos diretos na União Europeia. 

Contacto: communications@clepa.be

 

Sobre a AFIA

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.

A indústria de componentes para automóveis em Portugal agrega cerca de 350 empresas e emprega diretamente 64.000 pessoas. Fatura 14,3 mil milhões de Euros (ano 2023), com uma quota de exportação superior a 85%.

Em termos de importância na economia nacional, representa 5,4% do PIB, 8,9% do emprego da indústria transformadora, 11,1% do valor acrescentado bruto da indústria transformadora, 15,6% das exportações nacionais de bens transacionáveis e 15,8% do investimento total da indústria transformadora.

Contacto: info@afia.pt


Transição ESG | Incentivos regionais à economia circular nas PME

Encontram-se abertos vários avisos para candidaturas aos programas regionais do Portugal 2030, dirigidos a PME que procurem financiamento para acelerar os seus projetos de transição para a economia circular e a utilização mais eficiente de recursos.
in IAPMEI, 17-02-2025

Os apoios são direcionados para investimentos de PME localizadas nas Regiões NUT II, Norte, Centro, Alentejo, e Algarve, e abrangem de uma forma geral operações de natureza produtiva e projetos de I&D empresarial ligados a modelos de negócio, que valorizem a sustentabilidade do produto, numa lógica de circularidade, reutilização de materiais, e economia de partilha.

Em causa estão apoios à introdução de processos e sistemas relacionados com a adoção do ecodesign e melhor gestão do ciclo de vida dos produtos, redução do consumo de matérias-primas, reaproveitamento de recursos, gestão de resíduos, soluções de abastecimento e logística mais sustentáveis, circularidade da água, entre outras.

Tipologia de apoios

Os incentivos envolvidos assumem a forma de subvenção financeira, variando as taxas de apoio, bem como as especificidades dos destinatários e investimentos elegíveis, em função da região, e de acordo com cada um dos avisos publicados.

O prazo para apresentação de candidaturas é também variável, e segue o seguinte calendário:

PME NUT II Norte

  • Aviso: Sistema de Incentivos no âmbito da Economia Circular – NORTE2030-2024-88
  • Candidaturas: até 31-03-2025

PME NUT II Centro

  • Aviso: Economia Circular (SI)  – Centro2030-2025-3
  • Candidaturas: até 30-04-2025

PME NUT II Alentejo

Aviso: Economia Circular (SI) – ALT2030-2024-61

Candidaturas: Fase 1: – até 31-03-2025  ;  Fase 2: – até 30-06-2025

PME NUT II Algarve

  • Aviso: SITCE – Economia Circular – ALGARVE-2024-61
  • Candidaturas: até 15-04-2025

A apresentação das candidaturas é feita como habitualmente através de formulário eletrónico, disponível no Balcão dos Fundos associado ao programa Portugal 2030.

O princípio ‘DNSH’ como condição de acesso

As regras de acesso a fundos comunitários exigem que o princípio de ‘não prejudicar significativamente’ o ambiente, conhecido na sua sigla inglesa por DNSH, seja cumprido, devendo as empresas beneficiárias assegurar que os seus investimentos estão alinhados com este princípio, em conformidade com o quadro regulamentar associado à Taxonomia Ambiental europeia.

Para ficar a saber mais sobre novas regras de cofinanciamento público e a sua ligação aos princípios da sustentabilidade, consulte o espaço de conhecimento ‘ESG e Finanças Sustentáveis’ do IAPMEI.
 

 

 
 

 

 

 


 

 

 

Transição ESG | ISO oferece maior transparência de dados na circularidade de produtos

As empresas que pretendam ver valorizados os seus resultados de sustentabilidade em matéria de economia circular, vão poder contar com uma nova ferramenta para lhes facilitar a partilha e consolidação de informação neste domínio, ao longo de todas as suas cadeias de abastecimento.

in IAPMEI, 10-02-2025


Trata-se da nova norma ISO 59040:2025, em desenvolvimento, que se vem juntar à família dos standards internacionais ISO 59000, na promoção da economia circular e da medição dos seus impactos no desenvolvimento sustentável dos negócios.

Vantagens do novo normativo

O objetivo é facilitar a transparência e a partilha fiável de informação, através da criação de um sistema de dados de circularidade dos produtos, que permita rastrear, documentar, e comunicar de que forma as cadeias de abastecimento contribuem para este fator de sustentabilidade, aproximando produtores, fornecedores e consumidores em matéria de proteção ambiental.

Outra das vantagens do sistema é permitir às empresas identificarem oportunidades para reduzir a emissão de resíduos, aumentar a recuperação de materiais, e estender o ciclo de vida útil dos produtos, como forma de acelerar metas de desenvolvimento sustentável.

A nova ferramenta assegura o processamento automatizado de dados, numa lógica de interoperabilidade, de forma a facilitar o cumprimento das obrigações de reporte ESG (indicadores ambientais, sociais e de ética governativa) das empresas, à luz do quadro regulamentar em vigor.

Em termos do regulamento da taxonomia europeia, a economia circular é um dos objetivos definidos para efeitos de reconhecimento de uma atividade económica como ambientalmente sustentável.

Consulte aqui o espaço de conhecimento ‘ESG e Finanças Sustentáveis’ do IAPMEI, e fique a saber mais sobre o alinhamento dos negócios aos princípios da sustentabilidade.
Ou
experimente a nossa ferramenta de Autodiagnóstico ESG para PME, para identificar os pontos fortes e fracos do alinhamento do seu negócio aos referenciais ESG.

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