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AFIA mostra-se preocupada com Logística e Competitividade do Setor

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel está preocupada com os mais recentes desenvolvimentos no porto de Lisboa, que colocam em causa os interesses não apenas do setor automóvel mas também da economia em geral.

in AFIA, 17-12-2015

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – está preocupada com os mais recentes acontecimentos ligados ao funcionamento do porto de Lisboa, uma vez que estão a ser dados sinais que vão no sentido oposto ao do interesse da economia geral e muito em particular do interesse das empresas representadas por esta Associação.

Sendo o setor automóvel identificado como um dos mais competitivos e com uma fortíssima concorrência a nível global, a capacidade instalada é consideravelmente superior à procura, o que provoca um ambiente de negócio de grande competição, naturalmente extensivo ao sector de fabricação de componentes.

Com esta caracterização como pano de fundo, torna-se imperioso que todos os fatores de custo com reflexo direto na competitividade das empresas sejam mantidos debaixo de controlo rigoroso.

Um desses fatores é o custo logístico, particularmente sensível no caso de Portugal devido à sua localização periférica em relação à União Europeia, seu principal mercado.

Considerando que o setor importa cerca de 66% dos materiais que incorpora e que exporta cerca de 83% da sua produção, a relevância dos custos logísticos na sua competitividade é evidente.

Neste âmbito a AFIA tem já realizado diversas iniciativas com os seus Associados que confirmaram o nível de preocupações que assistem a nossa indústria e que poderão ser sintetizadas nos seguintes pontos:

  • Os custos de transporte de mercadorias acentuam o efeito de Portugal como país limítrofe e por isso afetam a sua competitividade e atratividade das nossas empresas.
  • Os custos de logística (combustíveis, portagens, fretes portuários) em Portugal são maioritariamente mais elevados do que noutros países nossos concorrentes.
  • Os elevados custos logísticos oneram de forma desigual a indústria nacional tanto na importação de matérias-primas, quanto na subcontratação dentro do país e sobretudo na exportação de produtos acabados.
  • 96% dos transportes realizam-se por via rodoviária, porque infelizmente as vias marítima e ferroviária não constituem reais alternativas, devido ao seu elevado custo e sobretudo falta de fiabilidade.
  • Numa perspetiva da necessária otimização de emissões, resultante da Cimeira de Paris dedicada às alterações climáticas, é urgente arranjar alternativas ao transporte por camião.
  • São necessárias soluções sofisticadas e inovadoras para maior competitividade, como seja o desenvolvimento de Plataformas Logísticas Multimodal (Navio, Caminho de Ferro, Avião).
  • A criação de alternativas eficazes e a diminuição de todos os custos logísticos tornariam mais competitivas as nossas empresas e promoveriam o crescimento das suas exportações.

De acordo com a AFIA, o desenvolvimento da situação no porto de Lisboa vem “servir como alerta para a falta de sensibilidade ainda existente nalguns meios quanto ao impacto negativo sobre o tecido económico, resultante de situações de instabilidade e de incertezas sobre o normal funcionamento das instituições”.

 


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