COPEFI / INEGI | Case study: Guia de vidro automóvel mais leve, barata e sustentável

Desafio

Os desafios ambientais e a nova geração de veículos obrigam a uma transformação no setor automóvel. As mudanças exigem alterações significativas nos componentes em termos de design, funcionalidade, resistência, leveza, durabilidade, qualidade e custo.

As peças do futuro devem, por isso, adotar princípios de economia circular, incluindo a recuperação em fim-de-vida, a reutilização, a reciclagem e o uso otimizado de materiais reciclados e/ ou de origem natural, assim como um processo produtivo altamente eficiente. A inovação é a palavra-chave.

A equipa do INEGI aplicou estes princípios para inovar no design e na produção de uma guia de vidro.

Resultados-chave

  • Redução de 47,5% no tempo de produção
  • Produção cerca de 1,2% mais barata face ao que existe atualmente e tecnologicamente diferenciadora por ser desenvolvida “one-shot”
  • Peças mais leves, com uma redução de 18,5% no peso face ao atual
  • Capacitação da indústria automóvel nacional para integração de metodologias de desenvolvimento de produto mais eficientes e sustentáveis

A nossa abordagem

Desenvolver peças automóvel com materiais sustentáveis e economicamente viáveis, que permitam reduzir a pegada ambiental da produção e promover uma maior eficiência energética ao longo do ciclo de vida do produto. Desde o design até à reciclagem. Este foi o desafio colocado pela Copefi ao INEGI. A equipa do Instituto colocou mãos a obra e criou uma guia de vidro mais leve, mais barata e produzida em menos tempo.

O redesign da peça exigiu múltiplas análises estruturais e de processo para cumprir requisitos impostos pelos stakeholders, bem como uma extensa campanha de ensaios para garantir o sucesso da implementação e a fiabilidade dos resultados obtidos a partir da simulação estrutural da peça redesenhada.

A solução encontrada implicou não só o redesign do componente e desenvolvimento de um novo processo de fabrico, mas também a colaboração com produtores de matéria-prima para o desenvolvimento de um elastómero de baixo atrito personalizado.

Os especialistas do Instituto concluíram que seria mais eficiente e sustentável fabricar a peça através de um processo de bi-injeção, utilizando termoplástico e fibras biodegradáveis e substituindo-se o perfil de borracha EPDM com flocagem por elastómero termoplástico de baixo atrito. Adicionalmente foram incluídos insertos metálicos pela técnica de in-mold assembly, de forma a permitir a produção de componentes one-shot.


Cliente

 

in INEGI, 10-09-2025

 


 

Merz junta-se à indústria automóvel e defende maior flexibilidade na transição elétrica

Concorrência chinesa, custos elevados e metas de emissões estão a acentuar a pressão sobre os fabricantes.

in Jornal de Negócios, por João Silva Jesus, 09-09-2025


O chanceler alemão, Friedrich Merz, reforçou esta terça-feira, em Munique, o apelo da indústria automóvel para que a União Europeia adote uma maior flexibilidade regulatória na transição energética. Sem colocar em causa a meta europeia de eliminar a venda de novos carros a combustão em 2035, Merz defendeu que Bruxelas deve manter “abertura tecnológica” e não se limitar exclusivamente à eletrificação. “Estamos, obviamente, comprometidos com a transição para a mobilidade elétrica. Mas precisamos de mais flexibilidade na regulação”, afirmou, citado pela Bloomberg.

O líder alemão sublinhou que “compromissos políticos unilaterais com tecnologias específicas são o caminho errado” e insistiu que “queremos combinar competitividade com proteção climática eficaz através da abertura tecnológica”. O conceito de “abertura tecnológica” traduz a defesa da indústria de que a transição energética não deve limitar-se ao carro elétrico a bateria, mas incluir também híbridos, combustíveis sintéticos e outras soluções de baixas emissões.

A posição do chanceler surge após o alerta lançado em agosto por associações que representam fabricantes e fornecedores, como a ACEA e a CLEPA, que consideraram “impossíveis de cumprir nas condições atuais” os prazos da União Europeia para a neutralidade carbónica. Nessa carta enviada a Ursula von der Leyen, os líderes da Mercedes-Benz e da Schaeffler sublinharam que o plano europeu “tem de ir além do idealismo e reconhecer as realidades industriais e geopolíticas”.

Do lado da indústria, a pressão tem vindo a intensificar-se. Ola Källenius, presidente da ACEA e executivo da Mercedes-Benz, alertou recentemente que aplicar as metas da forma rígida como estão definidas colocaria em risco empregos e afastaria consumidores, defendendo que a Europa deve adotar um modelo semelhante ao da China, sem datas rígidas e com margem para tecnologias intermédias, avançou o Financial Times. A Mercedes é, aliás, o único construtor europeu que deverá falhar os objetivos de emissões entre 2025 e 2027, de acordo com um relatório citado pela Bloomberg.

As dificuldades não se limitam àprocura abaixo do esperado pelos veículos elétricos, que representam apenas cerca de 15% das vendas na União Europeia. A dependência da Ásia no fornecimento de baterias, os custos de financiamento elevados e a concorrência crescente de fabricantes chineses, como aBYD, têm aumentado a pressão sobre grupos como a Volkswagen, a BMW e a própria Mercedes. A estas tensões somam-se os efeitos da política comercial norte-americana, que agravaram o ambiente externo do setor, lembrou a Reuters.

Ainda assim, a Comissão Europeia tem reiterado que o calendário de 2035 é fundamental para alcançar a neutralidade carbónica em 2050. A legislação aprovada em 2023 já inclui, no entanto, uma revisão intermédia em 2026. “O futuro da indústria automóvel é elétrico em quase todas as aplicações”, defendeu esta semana Armand Zorn, líder parlamentar adjunto dos sociais-democratas alemães, acusando os conservadores de alimentar incerteza e travar o investimento.

Merz, por seu lado, procura equilibrar as posições divergentes dentro da sua coligação. Os sociais-democratas, parceiros de governo, apoiam em grande medida o plano europeu, enquanto parte da sua bancada defende o adiamento ou mesmo o abandono da meta de 2035. Nesse sentido, o chanceler anunciou que irá reunir, nas próximas semanas, com executivos de fabricantes e fornecedores para discutir as perspetivas do setor, adiantou a Reuters.

Com a indústria a somar avisos de lucros em queda e a Comissão a preparar encontros com os principais líderes do setor, o debate promete intensificar-se nos próximos meses. Para já, a intervenção de Merz confere novo peso político ao coro de vozes que pede que a transição energética seja menos rígida e mais ajustada à realidade económica e industrial da Europa.


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in WeldNDT, 10-09-2025

Bosch molda indústria automóvel com soluções inteligentes de hardware e software

Crescimento do negócio de mobilidade da Bosch será impulsionado pela mobilidade definida por software

  • Stefan Hartung: “A Bosch quer continuar a desempenhar um papel fundamental na definição da indústria na era da mobilidade orientada pelo software.”
  • Rumo ao sucesso: o negócio dos computadores para veículos deverá crescer mais de 5 por cento ao ano.
  • Markus Heyn: “Os veículos definidos por software são centrados no utilizador e estão constantemente a aprender através de atualizações de software.”
  • Viabilidade futura: até 2028, a Bosch terá investido na ordem das centenas de milhões de euros no seu software de Vehicle Motion Management.

in Bosch, 08-09-2025


Na indústria automóvel, o nome Bosch é sinónimo de software. A empresa de tecnologia está a demonstrar isso de forma impressionante na IAA Mobility deste ano, em Munique. E há mais: a partir de uma única fonte, a Bosch também fornece hardware adaptado às possibilidades do software – um ponto de venda único e convincente para a empresa a nível mundial. “A Bosch domina o software e o hardware. Sem hardware sofisticado, nem o carro mais inteligente se moverá um único milímetro”, afirmou o Dr. Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Bosch, na feira. “O nosso objetivo é continuar a desempenhar um papel fundamental na definição da indústria na era da mobilidade impulsionada por software, oferecendo soluções inteligentes e personalizadas.”

As perspetivas iniciais apontam para o sucesso: a Bosch estabeleceu-se no mundo impulsionado por software. O seu negócio de computadores de alto desempenho, por si só, está atualmente a crescer mais de 5% anualmente, contando com fabricantes automóveis como o Grupo BMW entre os seus clientes. Estes computadores para veículos vão impulsionar o crescimento do negócio geral de mobilidade da Bosch: apesar da estagnação da produção global de veículos, da fraca procura e dos atrasos na eletromobilidade e na condução autónoma, a Bosch Mobility crescerá ligeiramente no corrente ano. O aumento das receitas de vendas deverá ascender a um pouco menos de 2%.

Bosch quer transformar os carros em assistentes pessoais

No âmbito da mobilidade definida por software, o negócio da Bosch Mobility continua a desenvolver-se – desde o hardware com software integrado, aos serviços, até ao software completamente independente que os fabricantes e parceiros integram posteriormente nos seus ecossistemas. “Seja autónomo ou interligado, padronizado, integrado ou desacoplado – podemos oferecer tudo exatamente como o cliente deseja”, afirmou Hartung.

Até hoje, um veículo nunca foi tão novo como no momento da sua entrega. “No futuro, no entanto, o seu software será continuamente atualizado e estará constantemente a aprender por meio de inteligência artificial”, disse o Dr. Markus Heyn, membro do conselho de administração da Bosch e presidente do setor de negócios Mobility, também na IAA Mobility em Munique. “Mais do que tudo, a nova mobilidade é centrada no utilizador”, acrescentou Heyn. O que isto significa na prática: o software Vehicle Motion Management da Bosch coordena todos os movimentos do veículo, controlando centralmente os travões, a direção, o sistema de propulsão e o chassis. Isso melhora a coordenação entre os sistemas individuais – e também significa que podem ser ajustados às preferências do condutor. Uma viagem particularmente suave hoje? Um pouco mais de agilidade amanhã? E uma travagem sem solavancos no dia seguinte? Sem problema – ao toque de um botão, o carro tem uma sensação completamente diferente. A propósito, o Vehicle Motion Management da Bosch está desacoplado do hardware, o que facilita a sua utilização em diferentes arquiteturas de veículos. Isso não é apenas teoria, está a acontecer: o software da Bosch está amplamente disseminado, com mais de duas dezenas de fabricantes na Europa, China e Japão já o tendo adotado. Nos próximos três anos, a Bosch investirá na ordem das centenas de milhões de euros no Vehicle Motion Management e expandirá o seu software modular e portefólio de funções em todas as áreas.

O software inteligente da Bosch faz a diferença

A família de produtos ADAS da Bosch também é impulsionada por software. Para sistemas inteligentes de assistência ao condutor, os fabricantes de veículos podem escolher entre três variantes pré-configuradas que podem, então, ser rapidamente produzidas e adaptadas à marca. Aqui, também, o hardware e o software podem ser integrados ou adquiridos separadamente, dependendo dos requisitos do cliente. Ambas as opções beneficiam de uma abordagem holística: uma vez que a Bosch compreende a interação entre hardware e software, pode oferecer soluções otimizadas individualmente que se integram perfeitamente em ambientes existentes. Entre estas soluções estão os sistemas by-wire da Bosch para travagem e direção, que já não necessitam de uma ligação mecânica. Em vez disso, o software assume o controlo, o que significa que o comportamento de travagem e direção pode ser ajustado e atualizado a qualquer momento. A tecnologia by-wire é um vislumbre do que está por vir na construção de veículos. “No futuro, o hardware será projetado para se ajustar aos requisitos do software”, afirmou Heyn.

Os veículos modernos, que são projetados e desenvolvidos do ponto de vista do software, utilizam cada vez menos computadores para veículos, mas mais potentes. Várias funções, como as de assistência ao condutor e infotainment, podem ser combinadas numa única unidade de controlo e num único sistema num chip (SoC). Isto poupa espaço, custos e energia. Estes sistemas também possuem uma estrutura modular e podem integrar software de diferentes fabricantes de forma flexível. Na China, a Bosch está a fornecer um computador de alto desempenho à SAIC-GM para criar um cockpit que integra inteligência artificial. Isso, também, envolve um SoC da Bosch. Graças a este cockpit com IA, os condutores podem falar com o seu carro de uma forma completamente natural e interagir com ele como se fosse um ser humano.

Conhecimento e experiência: Bosch um parceiro procurado

O futuro impulsionado por software está a mudar fundamentalmente a indústria automóvel. A Bosch quer aproveitar as oportunidades que este novo mundo apresenta – e está numa boa posição para o fazer. Quase nenhuma outra empresa combina a experiência em hardware e software e a presença global tão perfeitamente como a Bosch. Isso torna a empresa um parceiro flexível e fiável para o desenvolvimento de veículos inteligentes e conectados. Afinal, as parcerias estratégicas são cruciais, particularmente no que diz respeito a novos modelos de negócio e sistemas de software escaláveis. Na China, a Bosch já está a trabalhar com a WeRide e a Horizon Robotics no desenvolvimento de sistemas para condução assistida e automatizada. Na Europa, a Bosch e a Cariad, subsidiária da VW, são parceiras estratégicas nesta área. A Bosch assume que tais alianças vão tornar-se cada vez mais importantes no futuro, e que a proporção de software nos veículos continuará a aumentar – e com isso, os benefícios para os condutores sob a forma de uma mobilidade ainda mais segura e conveniente.

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CLEPA | Europe must navigate its automotive transition – September’s Strategic Dialogue is last chance to correct course

CLEPA urges the Commission to embrace current realities of Europe’s automotive sector and move from discussion to implementation. We can retain a competitive, sustainable industry – and secure jobs for thousands of Europeans – through coordinated policy and industry action. CEOs and key representatives are soon traveling to Brussels for a key conversation: September 12th’s Strategic Dialogue will be our chance to act. 

in CLEPA, 08-09-2025


The threats to European car making are not abstract. As we’ve shown in our recent figures, automotive suppliers face tens of thousands of job losses: over 54,000 in 2024, and another 22,000 already this year, as factories close and investments stall. Europe’s automotive competitiveness is under heavy pressure, squeezed between escalating global trade disruptions, from tariff battles to resource restrictions, and internal market constraints such as high energy prices, rising labour costs, and a regulatory framework that often adds complexity without providing investment certainty.

Our challenge is not technological, it is strategic

Battery-electric vehicles will lead the future of mobility, but the transition must also embrace plug-in hybrids, internal combustion engines made more efficient, range extenders, hydrogen solutions, and low-carbon fuels. Multiple technological pathways ensure innovation, investment, and feasibility. And make no mistake, the automotive industry is charging ahead with BEVs – this will be shown this week at IAA in Munich, where innovations to propel Europe forward and meet challenges of modern mobility will be showcased.

The CO? regulation for light-duty vehicles, which will ban sales of new ICE cars from 2035, was ambitious from the start, but it must now also be seen in a fast-changing context, leveraging the great potential and European know-how of our industry.

Choosing action over argument

The Strategic Dialogue with the European Commission so far signals intent, but eight months on, concrete measures are still missing. If ambition outpaces action, our region will not just miss decarbonisation targets, it will forfeit its industrial backbone. And this is now clear with Member states sounding the alarm. Even Germany, a country that used to firmly back an EV-only strategy, has now acknowledged the reality of one of its key industries and is starting to discuss a revision of the phase-out. 

The upcoming CO? revision for cars and vans should therefore embed flexibility, industrial perspective, and a market-driven approach. Ideally, this should be embedded in a broader reform agenda that strengthens the EU’s competitiveness as a location for manufacturing, R&D, and investment, while also considering smart local-content policies to safeguard production and know-how in Europe. Penalties and rigid mandates alone will not deliver the desired results; realistic frameworks are essential to attract investment and create growth.

Going forward, collaboration with EU institutions to align ambition with action is key to secure a competitive and sustainable automotive future. September’s Strategic Dialogue, however, may be the last chance to act – failure means paying the price in lost jobs and lost industrial autonomy.

 


 

 

Travagem a fundo ou estrada livre: que futuro para a indústria automóvel europeia?

A atual crise que afeta a indústria automóvel europeia constitui uma ameaça grave para o futuro económico da Europa. Será que a cimeira entre o setor automóvel e Ursula von der Leyen, na sexta-feira, vai ser uma tábua de salvação?

in Euronews, por Stefan Grobe, 08-09-2025


A indústria automóvel europeia está “em perigo de vida”, afirmou há alguns meses, sem meias palavras, Stéphane Séjourné, responsável pela indústria na UE.

As vendas fracas, os elevados preços da energia, a crescente concorrência global e um ambiente regulamentar e comercial incerto mergulharam o sector numa crise em espiral.

“Existe o risco de o futuro mapa da indústria automóvel mundial ser desenhado sem a Europa”, afirmou Séjourné em abril.

Para enfrentar os desafios mais prementes do sector, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, receberá os principais executivos do setor automóvel em Bruxelas, na sexta-feira.

Trata-se da terceira e última reunião de crise do género este ano, no âmbito do que a Comissão designou por “Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Indústria Automóvel”.

A reunião tem uma duração de três horas, mas será que vai criar uma nova dinâmica para o setor?

Na primavera passada, a UE lançou um Plano de Ação Industrial que inclui fundos para os produtores de baterias, nomeadamente através do programa Battery Booster, no valor de 1,8 mil milhões de euros, e de mil milhões de euros adicionais destinados à investigação e desenvolvimento de baterias no âmbito do programa Horizonte Europa.

Mas estas iniciativas não conseguiram alterar as perspetivas gerais sombrias.

“O sentido de urgência não desapareceu”, disse à Euronews Sigrid de Vries, diretora-geral da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). “Precisamos de mais ação”.

Os fabricantes de automóveis estão particularmente frustrados com a falta de um plano político pragmático para a transformação da indústria, tal como expresso numa recente carta aberta a Ursula von der Leyen pelos presidentes da ACEA e da Associação Europeia de Fornecedores do Setor Automóvel (CLEPA), Ola Källenius e Matthias Zink.

O plano de transformação da Europa “deve ir além do idealismo e reconhecer as atuais realidades industriais e geopolíticas”, escreveram.

De acordo com os representantes da indústria, são necessários custos de energia mais baixos para o carregamento, mais subsídios à compra e reduções fiscais e, sobretudo, uma distribuição mais equilibrada das infraestruturas de carregamento para tornar a mudança para veículos eléctricos uma escolha óbvia para uma massa crítica de consumidores e empresas europeias.

O mercado dos veículos eléctricos na Europa está a estagnar

Atualmente, a quota de mercado dos veículos eléctricos a bateria na Europa estagna em cerca de 15% – o que não é suficiente para o avanço de uma tecnologia considerada decisiva para o futuro.

Muitos consumidores europeus hesitam consideravelmente em comprar um veículo elétrico porque ainda não existem estações de carregamento suficientes na Europa, 75% das quais estão localizadas em apenas três países: Países Baixos, França e Alemanha.

Em toda a UE, estão atualmente disponíveis apenas cerca de 880.000 pontos de carregamento públicos.

De acordo com as estimativas da ACEA, até 2030, daqui a apenas cinco anos, serão necessários 8,8 milhões de pontos de carregamento, ou seja, dez vezes mais.

Para tal, teriam de ser instalados 1,5 milhões de pontos de carregamento por ano, quase dez vezes mais do que a taxa de crescimento atual.

Prevendo mais problemas económicos e jurídicos no horizonte, a indústria automóvel quer uma revisão dos atuais regulamentos sobre CO2.

“Cumprir os objectivos rígidos de CO2 dos automóveis e das carrinhas para 2030 e 2035 já não é viável no mundo de hoje”, escreveram os presidentes da ACEA e da CLEPA a Ursula von der Leyen.

Em vez disso, exigem flexibilidade e pragmatismo em relação às tecnologias de transmissão (ou seja, pedem que seja revista a intenção de proibir os motores de combustão) como uma corda de salvamento crucial para a indústria em apuros. Afinal de contas, “não se pode forçar as pessoas a optarem por um determinado tipo de automóvel”, segundo Sigrid de Vries.

Durante anos, a eletrificação foi a principal estratégia utilizada a nível mundial pela indústria para produzir veículos com emissões zero, respondendo a uma exigência fundamental dos decisores políticos.

Estes veículos estão também a tornar-se cada vez mais conectados e capazes de trocar informações com outros automóveis e infraestruturas rodoviárias, tendendo a tornar-se “computadores sobre rodas” de alto desempenho, cada vez mais dependentes de chips e software.

Consequentemente, novas empresas dos setores das baterias e da tecnologia entraram no mercado automóvel e ultrapassaram os fabricantes de automóveis tradicionais.

E é aqui que a maioria das empresas europeias ainda está atrasada em relação aos seus rivais asiáticos na inovação dos automóveis eléctricos. Em 2024, apenas um automóvel elétrico fabricado na UE se encontrava entre os dez melhores do mundo, o Volkswagen ID.3.


Empresas Portuguesas de Componentes Automóveis apresentam as suas mais recentes inovações na IAA Mobility

A AFIA em parceria com a AEP promove a indústria portuguesa de componentes automóvel na IAA Mobility em Munique

in AFIA, 06-09-2025


A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, no âmbito do acordo de colaboração para a promoção internacional da indústria portuguesa de componentes para automóvel celebrado com a AEP – Associação Empresarial de Portugal, promove a participação coletiva de empresas na IAA Mobility 2025, que terá lugar em Munique – Alemanha, entre os dias 8 e 12 de setembro.

A IAA MOBILITY é a plataforma líder mundial em mobilidade, sustentabilidade e tecnologia.

O lema da edição de 2025 é “It’s all about the mobility”, com foco na mobilidade inteligente, conectada, sustentável e nas tecnologias que moldarão a mobilidade no futuro.

O objetivo é mostrar o que vai mover as pessoas amanhã, dos automóveis aos microveículos, das bicicletas às novas soluções para o transporte público.

O IAA Summit é a área B2B (para profissionais) que decorre no recinto de feiras de Munique. À semelhança da edição de 2023, o certame não acontecerá apenas no recinto, mas em vários lugares no centro de Munique. Toda a cidade será um espaço aberto dedicado ao evento (Open Space – B2C).

Esta será a quarta vez que a AFIA/AEP levam empresas portuguesas exporem na IAA. Em 2017 e 2019 na altura ainda em Frankfurt e em 2023 já em Munique.

A participação coletiva promovida pela AFIA e AEP, integra o IAA Summit no pavilhão A2, stand D20 e marcarão presença 7 empresas: Allied Motion, Epalfer, Incompol, Maxiplás, Plastifa, Sopais e Trim NW. A empresa Soplast expõe num stand individual, pavilhão B2, stand C41.

O principal objetivo desta participação é mais uma vez dar a conhecer as capacidades e competências da indústria portuguesa de componentes automóvel para responder aos desafios da mobilidade do futuro.

A AFIA vai também divulgar a 12th Automotive Industry Week, que terá lugar entre os dias 4 e 6 de novembro de 2025 no Hotel Solverde, em São Félix da Marinha (Vila Nova de Gaia).
Para este evento, sob o mote “Thinking Beyond the Transition” serão convidados um grupo de empresas multinacionais – fornecedores de primeira linha e construtores – TIER1 e OEM, para verem in loco as potencialidades da nossa indústria.

Venha visitar as empresas portuguesas presentes na IAA Mobility no pavilhão A2 e fique a par das tendências que moldarão a mobilidade nos próximos anos!


Volvo Cars starts production of the new fully electric Volvo ES90

Volvo Cars has started production of its new, fully electric Volvo ES90 for European markets, marking a significant milestone in Volvo Cars’ journey towards a fully electric future.

in Volvo Cars, 04-09-2025


Designed for a life in balance, the ES90 offers safety, technology and versatility in the sleek shape of a modern, electric sedan. It is the first Volvo car to feature 800-volt technology, enabling longer range and faster charging than any electric Volvo before.

And naturally, it’s designed with our pioneering safety tech at its core, in a package that is set to be another Scandinavian design classic from Volvo Cars. Powered by next-generation core computing and developed using the company’s Superset tech stack, the ES90 is designed to evolve over time through continuous software updates.

Volvo Cars has opened the ES90 order book across several European markets and customer deliveries will start later this year. The ES90 will also become available soon to some of our key markets in Asia Pacific.

“The fully electric ES90 marks a major milestone as Volvo Cars steps into a new era of safety, sustainability and human-centric technology,” says Francesca Gamboni, chief industrial operations officer at Volvo Cars. “With production now underway, we’re reaffirming our commitment to a fully electrified future and proving our ability to innovate and meet customer demands.”

When the ES90 was unveiled in March, it was clear that this car carves out a new space for itself. It combines the refined elegance of a sedan with the adaptability of a fastback, while offering the spacious interior and higher ground clearance typically associated with SUVs.

By blending the best of these three segments, the ES90 stands in a class of its own – a versatile car that does not compromise on comfort or space.

As a fully electric car with zero tailpipe emissions, the ES90 reflects Volvo Cars’ broader commitment to sustainability, from climate-neutral manufacturing to circular economy principles and responsible business practices. It is produced using climate-neutral energy in Volvo Cars’ Chengdu plant, and according to the company’s Life Cycle Assessment report* from July, the ES90 has one of the lowest carbon footprints of any Volvo car to date.


More Space, More Freedom: ZF LIFETEC Unveils a Transformable Steering Wheel

  • In-Vehicle User Experience: forward-looking features such as folding and interaction with the driver are pioneering future mobility
  • ZF LIFETEC’s steering wheel system folds the rim electromechanically downward in around two seconds, allowing car manufacturers to integrate a smooth retraction into the dashboard
  • Interior of the future: The transformable steering wheel concept enables the vehicle to become a space for work or relaxation – for automated driving or when the vehicle is parked
  • “Our transformable steering wheel is a visionary concept that connects manual and automated driving in a seamless way.” – Harald Lutz, Head of Research & Development, ZF LIFETEC

in ZF LIFETEC, 03-09-2025


ZF LIFETEC will present a pioneering steering wheel concept at IAA Mobility from September 9 to 12, 2025 (Hall A1, Stand D30). The concept responds to the transformation that vehicle interiors will undergo in the future in the age of automated driving. The steering wheel system from ZF LIFETEC features an internal electric drive unit that folds the rim downward in approximately two seconds – giving car manufacturers the option to integrate a smooth, silent retraction into the dashboard. This creates space for flexible, individual interior concepts (“Interior of the Future”). The transformable steering wheel offers greater comfort and space in the parking position, as well as in future automated driving modes.

The steering wheel is much more than a control element, it is the central interface between the driver and the vehicle. It represents quality, control, and the emotional connection between the driver, the vehicle, and the road. As a haptic experience, it appeals to the senses and inspires confidence. However, the shift toward automated driving is changing the requirements for the steering wheel fundamentally. “With the Transformable Steering Wheel, we have developed a forward-looking concept that establishes a context-dependent connection between manual and automated driving,” explained Harald Lutz, ZF LIFETEC. “It combines classic functionality with new freedom in interior design.”

Switch quickly and quietly between driving modes.

The concept is based on a traditional steering wheel, complete with all familiar controls. The driver’s airbag is integrated into the center hub of the new transformable steering wheel from ZF LIFETEC. In automated driving situations or in the parking position, the steering wheel rim can be folded downwards. Depending on the vehicle manufacturer’s interior concept, car manufacturers can use this to retract the steering wheel rim into the dashboard.

With a folding time of just two seconds, the steering wheel enables quick transitions between driving modes. A light element in the center uses color differentiation to clearly indicate the current mode, ensuring easy recognition even in low-visibility conditions such as nighttime driving.

Compact technology for greater interior freedom

Vehicles are being used by consumers for various purposes. They are spending more time inside them, whether for work, relaxation, or consuming multimedia content. This is particularly evident in Asian markets, where there is a clear demand for spaces that seamlessly blend comfort and functionality. The idea behind ZF LIFETEC’s transformable steering wheel is to support the evolution of future vehicle interiors. It creates additional space during parking phases or automated driving and enables the development of flexible, customizable interior concepts.

Thanks to its integrated anti-pinch protection, the steering wheel also ensures maximum safety in everyday use. This system protects limbs – such as fingers or hands – from being trapped during movement. ZF LIFETEC’s transformable steering wheel concept can be adapted to meet customer-specific requirements, providing flexible solutions for various application scenarios. Depending on the use case, integration requirements can be addressed through a tailored development approach.

Portefólio abrangente da Bosch para a mobilidade definida por software em destaque na IAA Mobility 2025

Inovações da Bosch na IAA Mobility 2025

in Bosch, 02-09-2025


  • O software da Bosch e a Inteligência Artificial tornam a experiência de condução mais segura, conveniente, eficiente e personalizada.
  • Com hardware inovador, como computadores de alto desempenho, sistemas “act-by-wire” e sensores, a
  • Bosch fornece a estrutura base para os veículos definidos por software.
  • A ampla gama de sistemas de propulsão da Bosch inclui soluções elétricas, híbridas e de combustão avançada.

A indústria automóvel está a mudar. O Software e a Inteligência Artificial estão a tornar os automóveis ainda mais digitais, enquanto os códigos e os algoritmos estão a transformar a condução numa experiência personalizada. Para desenvolver todo o seu potencial, o software precisa do hardware adequado. Afinal, mesmo o automóvel mais moderno não se moverá sem componentes físicos. A Bosch opera em todas as áreas relevantes da mobilidade orientada por software, e é parceira de fabricantes de automóveis a nível mundial – independentemente do progresso que tenham feito na transformação para o veículo definido por software. Com o seu profundo conhecimento no sector automóvel, a Bosch interliga os vários domínios dos veículos. Desde travões, sistemas de direção e transmissões elétricas a sensores, computadores de bordo e software, o fornecedor de tecnologia e serviços desenvolve e fabrica os componentes essenciais dos veículos modernos sob o mesmo teto. No stand D01 do pavilhão B3, a Bosch apresenta as suas mais recentes soluções para sistemas de transporte conectados e inteligentes na IAA Mobility 2025, em Munique.

Assistência à condução da Bosch para maior segurança e comodidade

A condução automatizada é uma característica essencial dos veículos definidos por software. A Bosch está a avançar ativamente com o seu desenvolvimento e a levar sistematicamente os sistemas de assistência ao condutor a novos níveis – para maior segurança e conveniência. A empresa utiliza uma arquitetura de IA de ponta a ponta: o uso de IA ao longo de toda a cadeia tecnológica acelera os ciclos de desenvolvimento e aumenta o desempenho da pilha de software. Para condução e estacionamento assistidos até ao nível 2 da SAE, a Bosch oferece a sua família de produtos ADAS (sistema avançado de assistência ao condutor) em três variantes: nível básico, médio e premium. Estas variantes diferem no âmbito da função do software, no número e combinação de sensores e na potência de computação necessária. Os fabricantes de automóveis podem adquirir o hardware e o software como pacotes integrados ou autónomos. O número de fabricantes de automóveis que optaram por várias configurações da família de produtos ADAS da Bosch já chega a dois dígitos. Ambas as variantes de gama média e de luxo já estão em produção em série na China. Além disso, já estão disponíveis para os clientes finais serviços de mapas conectados que ampliam o campo de visão do veículo como um sensor adicional. Esta solução colaborativa fornece informações sobre condições climáticas e rodoviárias adversas, acidentes ou motoristas em contramão, entre outros.

Sensores para deteção precisa do ambiente envolvente: Cada vez mais veículos, incluindo os menos dispendiosos, estão a ser equipados com sistemas completos de assistência ao condutor. Isso explica a razão pela qual as soluções de câmaras de alto desempenho e baixo custo estão a tornar-se cada vez mais importantes. A câmara multifuncional da Bosch está disponível como uma solução apenas com câmara ou, em alternativa, como uma nova variante de sistema de duas partes que inclui uma cabeça de câmara e uma unidade de controlo. Na solução apenas com câmara, toda a função ADAS é instalada diretamente na própria câmara, onde também é realizado o processamento. Isto é particularmente adequado para veículos com arquiteturas descentralizadas. A variante do sistema de duas partes, por outro lado, é um passo no caminho para arquiteturas centralizadas. É particularmente atrativo para fabricantes de automóveis que desejam aproveitar as vantagens das funções avançadas de assistência ao condutor nas suas arquiteturas existentes. Em veículos definidos por software com arquiteturas centralizadas, o processamento relevante para a segurança da câmara é realizado em computadores de elevado desempenho.

Para o seu novo sensor de radar, a Bosch desenvolveu e fabricou todos os elementos-chave, incluindo o sistema num chip (SoC). Graças à tecnologia avançada de semicondutores, o alcance dos sensores de radar SX600 e SX601 é cerca de 30% maior do que o de modelos comparáveis. Esta tecnologia também permite que as funções de condução sejam totalmente integradas no sensor de radar de forma económica. Ambos os tipos de sensores suportam o processamento de sinais assistido por IA. O SX601 oferece um poder de computação significativamente maior do que o habitual no mercado, bem como propriedades de deteção significativamente melhores. Para um desempenho melhorado do sistema e máxima precisão, dois SX601 podem ser ligados em série para utilizar oito antenas de transmissão e oito antenas de receção.

Na mobilidade definida por software, as arquiteturas centralizadas de semicondutores estão a assumir uma importância cada vez maior, uma vez que que regulam muitas funções baseadas em sensores, incluindo ESP®, navegação e sistemas de assistência ao condutor. Para reduzir a complexidade, a Bosch desenvolveu a última geração de sensores inerciais MEMS especialmente potentes. Estes sensores podem fornecer em simultâneo a vários sistemas os dados de que necessitam. Esta abordagem de “um sensor para tudo” está presente nos sensores da Bosch, como o SMU300 e o SMI980, que já estão a ser utilizados em unidades de medição inercial e em unidades de controlo de airbags. Na IAA, a Bosch vai também apresentar os seus novos chips TB293 e TB193 para sensores ultrassónicos, que oferecem a mais alta taxa de transmissão de dados no mercado ultrassónico. Para um desempenho ainda melhor dos sensores, a Bosch está também a recorrer a dados brutos, com o sinal a ser gravado diretamente no sensor ultrassónico (no transdutor), o que significa que toda a extensão dos dados é retida. Esta é uma grande vantagem, especialmente para funções baseadas em IA. Como resultado, os sensores permitem uma deteção de objetos muito melhor. Agora, pela primeira vez, estes chips estão disponíveis no mercado de forma independente de quaisquer sensores. Com este passo, a Bosch disponibiliza também a sua nova interface de barramento VASI (Versatile Automotive Sensor Interface), estabelecendo assim um novo padrão no mercado. Isso significa que os fabricantes de automóveis passam a ter uma escolha mais ampla de fornecedores de sensores, beneficiam da tecnologia ultrassónica de última geração e podem evitar efeitos de dependência exclusiva (lock-in).

Novos padrões para sensores de pressão dos pneus baseados em Bluetooth: No Bosch SMP290,

segurança e eficiência energética andam de mãos dadas. Com o seu design compacto, baixo consumo de energia, longa duração e integração única de sensor de aceleração e pressão, bem como ASIC com Bluetooth num único chip, destaca-se claramente. Além disso, ajuda a simplificar a arquitetura do veículo. Graças à interface Bluetooth padronizada, o SMP290 também permite novas aplicações, como a interação direta com um smartphone.

Solução da Bosch para deteção de danos: Com a sua solução de deteção de pequenos danos, a Bosch demonstra como combinar software e hardware de forma inteligente. Esta solução utiliza componentes existentes no veículo, como a ECU do airbag e sensores, dispensando a necessidade de hardware adicional. Em veículos definidos por software, a deteção de pequenos danos pode até ser atualizada remotamente, após a compra do veículo. Deteta com precisão até mesmo pequenos danos no veículo, tanto durante a condução como quando estacionado. A deteção de pequenos danos regista choques que estão abaixo do limite para o acionamento do airbag, armazenando os dados relevantes. O sistema permite, assim, uma deteção de danos rápida, automatizada e objetiva.

Tecnologia “Act-by-wire”: o futuro do controlo de veículos

Os sistemas “Act-by-wire” transmitem os comandos de direção e travagem do condutor de forma puramente eletrónica. São altamente relevantes para a mobilidade orientada por software, especialmente para a personalização da dinâmica e manobrabilidade do veículo, e para modos de condução automatizada de nível superior.

Novos travões e direção para maior flexibilidade: A travagem e a direção por meio de cabos elétricos (act-by-wire) abrem a possibilidade de novos conceitos para o volante e o pedal do travão, design otimizado para colisões e posicionamento mais flexível dos componentes e do design do interior. A Bosch é uma das pioneiras no desenvolvimento desta tecnologia e, em breve, uma das primeiras a comercializá-la. A sua solução de travagem por cabo, composta por um atuador por cabo e ESP®, será incorporada num veículo de produção de um grande fabricante automóvel asiático. A particularidade do sistema de travagem hidráulico por cabo da Bosch está relacionada com o facto de não requerer qualquer ligação mecânica entre o pedal do travão e o sistema de travagem.

Solução de sistemas de software para dinâmica do veículo: O Bosch Vehicle Motion Management assume a tarefa de controlar inteligentemente os atuadores. Esta solução de sistemas sincroniza perfeitamente os travões, a direção, o chassis e o grupo motopropulsor. O Vehicle Motion Management é adequado para todos os veículos e marcas do segmento de automóveis de passageiros, elevando a experiência de condução a um novo nível. Graças a uma função especial de software, o veículo pode ser transformado num veículo urbano super manobrável, num potente desportivo ou numa limousine com conforto de condutor – dependendo da vontade do condutor. Pode ser ativado tanto através de um simples botão como pela Inteligência Artificial, que atua em segundo plano para personalizar o veículo.

Função de software contra o enjoo em viagem: A função “Comfort Stop” do Vehicle Motion Management aumenta o conforto e combate o enjoo em viagem. A interação entre os travões e o motor elétrico pode reduzir o solavanco resultante da travagem entre 70 a 90% e levar o veículo a parar suavemente.

A transição de arquiteturas veiculares descentralizadas para centralizadas

As funções definidas por software exigem uma configuração completamente diferente para os componentes e sistemas eletrónicos. A inteligência do veículo será centralizada em alguns computadores de alto desempenho, em vez de estar distribuída por mais de 100 unidades de controlo individuais. Isto reduz a necessidade de cabos e torna possível o processamento centralizado e as atualizações over-the-air. A Bosch pode fornecer a estrutura básica para qualquer veículo.

Computadores potentes para veículos definidos por software: O portfólio da Bosch não inclui apenas computadores centralizados e potentes e software de última geração, mas também infraestrutura veicular escalável e adaptável. Os computadores centralizados de alto desempenho da Bosch e todos os seus outros componentes apresentam interfaces de comunicação de última geração. Dependendo dos requisitos, a infraestrutura de comunicação resultante pode ser rápida e de banda larga ou reduzida e especialmente económica. Aqui, um papel fundamental é desempenhado pelas unidades de controlo a nível de zona, que agregam e traduzem os vários canais e meios de comunicação. Redes robustas a bordo com arquitetura baseada em zonas e tecnologia de 48 volts criam a base para uma fonte de alimentação estável que satisfaz os requisitos crescentes dos veículos modernos. No nível da infraestrutura de alimentação de energia, os componentes-chave fornecidos pela Bosch incluem o Powernet Master de 48 volts, que garante que as funções relevantes para a segurança do veículo são alimentadas com energia em todos os momentos. O portfólio também inclui soluções combinadas de comunicação e fornecimento de energia, bem como unidades de controlo ao nível de zona. A gama é completada por soluções inteligentes para distribuição de energia. Estas não só abrem novas opções de diagnóstico e manutenção, como também satisfazem os mais rigorosos requisitos de segurança funcional.

Transmissão de dados mais rápida em veículos modernos: As ECUs automotivas levam apenas milésimos de segundos para trocar dados. A espinha dorsal invisível dessa comunicação é a rede de área do controlador, ou CAN. Nas arquiteturas dos veículos, essas redes garantem um alto nível de estabilidade, simplicidade, flexibilidade e eficiência de custos. E com o novo transcetor CAN SIC XL da Bosch, funcionam de forma especialmente rápida – até 20 Mbit/s no caso das redes CAN XL. Além dos comandos CAN habituais, o novo padrão CAN XL pode transmitir o protocolo de internet (IP), cumprindo assim os requisitos das arquiteturas E/E modernas.

Software ETAS: A subsidiária da Bosch, ETAS, oferece um conjunto de plataformas de software para veículos, que fornece uma base estável e segura para o desenvolvimento e gestão eficientes de arquiteturas de veículos escaláveis. Suporta todas as arquiteturas de veículos modernas – desde unidades de controlo clássicas até computadores e plataformas potentes para condução assistida e automatizada. Os clientes podem utilizá-lo para criar de forma eficiente plataformas de veículos de última geração e comercializá-las mais rapidamente. Como membro fundador da Eclipse S-Core, a ETAS utiliza uma abordagem code-first como parte integrante das plataformas que oferece e, dessa forma, desempenha um papel importante na definição da iniciativa de código aberto. Utilizando a Solução de Medição Abrangente da ETAS, as funções do veículo podem ser validadas de forma rápida e económica, e o comportamento do sistema otimizado de forma eficiente. O software da plataforma grava dados em tempo real e sincroniza perfeitamente os dados internos das unidades de controlo baseadas em microprocessadores. Esta solução escalável e flexível pode ser adaptada a várias arquiteturas E/E e a domínios de veículos, tais como condução assistida e automatizada (ADAS/AD), infotainment e movimento.

Soluções de transmissão da Bosch: potentes e eficientes

Também no domínio da transmissão, a Bosch está a responder às crescentes exigências da mobilidade orientada por software e a desenvolver soluções sofisticadas. Seguindo uma abordagem tecnologicamente neutra, a Bosch oferece conceitos para transmissões que vão desde motores de combustão a motores elétricos.

Semicondutores de carboneto de silício para eletromobilidade: Fabricantes de automóveis, fornecedores automotivos e distribuidores podem contar com uma ampla gama de semicondutores de potência de carboneto de silício (SiC) da Bosch para diversas aplicações automotivas. O carboneto de silício é considerado uma tecnologia fundamental para a eletromobilidade. A Bosch oferece os seus MOSFETs de canal duplo em versões de 750 e 1200 volts – sem embalagem para módulos inversores ou embalados para carregadores de bordo, conversores CC/CC e inversores.

A Bosch prevê que, até 2030, um em cada três automóveis e camiões ligeiros recém-registados será elétrico a bateria. No domínio da eletromobilidade, o mercado chinês está a ditar o ritmo. A Bosch desempenha um papel ativo no seu desenvolvimento. Neste caso, plataformas escaláveis e padronizadas são cruciais para tornar as inovações universalmente disponíveis e acessíveis. Estas plataformas são também a base do amplo portfólio da Bosch para veículos elétricos e híbridos de todos os tipos (híbridos suaves, híbridos fortes, híbridos plug-in, veículos elétricos com autonomia prolongada).

Uma plataforma global para uma grande diversidade de variantes: Os eixos elétricos refrigerados a óleo da Bosch podem ser usados como transmissões primárias ou secundárias. Estão disponíveis globalmente e são adaptáveis localmente. O eixo elétrico 3 em 1 combina um motor elétrico, eletrónica de potência e transmissão. A Bosch está a adicionar mais componentes de gestão de energia ao seu eixo elétrico, como um carregador integrado, um conversor CC/CC e uma unidade de distribuição de energia. Esta combinação de várias funções numa única unidade oferece uma série de vantagens, incluindo um design mais compacto, peso mais leve e custos otimizados, ao mesmo tempo que aumenta a eficiência.

De veículo elétrico a unidade móvel de armazenamento de energia: Embora ocupem 30% menos espaço, a última geração de conversores de carregadores bidirecionais, que combinam um carregador integrado com um conversor CC/CC, são ainda mais eficientes. Esta solução de sistemas é muito mais fácil de integrar, quer junto do grupo motopropulsor no eixo elétrico, quer junto da bateria. Com fluxos de energia bidirecionais, um veículo elétrico pode também funcionar como uma unidade de armazenamento de energia móvel.

Inversores com maior densidade de potência: Uma nova geração de inversores com módulos de potência e semicondutores, bem como topologias inovadoras de inversores, está a abrir caminho para um progresso significativo em termos de densidade de potência e eficiência. E também no que diz respeito aos motores elétricos, a Bosch está a avançar. Os fabricantes de automóveis podem beneficiar de uma plataforma tecnológica globalmente padronizada que inclui vários motores elétricos e componentes ativos, como rotores e estatores. Cabeças de enrolamento mais curtas, designs de refrigeração inovadores, incluindo um condutor de cobre direto e uma solução magnética, e materiais inovadores estão a ter um efeito positivo no tamanho, na eficiência e na utilização de materiais dos motores elétricos.

Maior autonomia, menor tempo de carregamento: Hardware padronizado significa que o software inteligente está a ganhar importância. Pode ser usado para aumentar a autonomia e reduzir o tempo de carregamento. O controlo síncrono (modulação de voltagem) permite aumentar a eficiência em 1,5% e a potência máxima e a potência contínua de um veículo elétrico em 10%. Apenas com o uso de software, o comportamento de comutação pode ser sincronizado com a rotação do motor elétrico, sem modificar o hardware. Isso aumenta o alcance do veículo e, simultaneamente, otimiza a experiência de condução. Através do recurso de software eAxle Heating, a bateria do veículo elétrico é pré-condicionada de forma ideal antes do carregamento. Isso facilita capacidades de carregamento mais altas e, consequentemente, reduz o tempo de inatividade do veículo.

Prova digital de combustíveis renováveis: Para além dos veículos elétricos, os veículos híbridos também podem reduzir as emissões de carbono do tráfego rodoviário. É por isso que a Bosch continua a desenvolver tecnologia de injeção e tratamento de gases de escape para motores de combustão. À parte dos híbridos potentes e plug-in, os veículos elétricos com extensores de autonomia estão a tornar-se cada vez mais comuns, especialmente na China. A utilização de combustíveis renováveis em veículos híbridos torna-os muito mais ecológicos. A prova de que esses combustíveis estão no depósito pode ser fornecida por uma solução na cloudda Bosch, o Digital Fuel Twin, que também permite mostrar a a redução do CO2 emitido.

Temperatura ideal da bateria: Os sistemas de gestão térmica podem aumentar ainda mais a eficiência dos veículos híbridos e elétricos. Ao controlar deliberadamente os fluxos de frio e calor, estes sistemas garantem que a bateria de alta tensão permaneça dentro da margem de temperatura ideal em todos os momentos, que o motor elétrico não sobreaqueça sob cargas mais pesadas e que seja utilizada a menor quantidade possível de eletricidade para refrigeração e aquecimento. Para isso, a Bosch está a desenvolver módulos pré-integrados que combinam elementos essenciais, como compressores de refrigeração elétricos e bombas de refrigeração. Isto reduz consideravelmente a complexidade e o esforço de instalação. Nos novos sistemas, o refrigerante utilizado é o propano (R290), que já é utilizado em bombas de calor e secadoras.

Coordenação inteligente da gestão de energia: As soluções de software modulares utilizadas na Gestão de Energia Veicular da Bosch distribuem a energia no veículo de forma especialmente inteligente. Uma abordagem integrada coordena e otimiza a gestão de energia e os seus subsistemas constituintes, tais como gestão térmica, transmissão, rede de bordo e sistema de carregamento. Este sistema conectado também leva em consideração os parâmetros atuais e previstos do veículo, bem como as condições da estrada e o comportamento do condutor. Desta forma, a eficiência, a conveniência e a vida útil dos veículos elétricos podem ser ainda mais aprimoradas. O Bosch Vehicle Energy Management também é oferecido como uma solução independente de hardware.

Segurança em estados operacionais críticos: Juntamente com a sua unidade de desconexão eletrónica, o sistema de gestão de baterias da Bosch monitoriza e controla as células da bateria de alta tensão, tanto em carros elétricos como em híbridos plug-in. Em estados operacionais críticos, fornece os mecanismos de segurança necessários. Também otimiza a potência e a vida útil da bateria. É composto por uma unidade de controlo, bem como por elementos que estão ligados aos módulos individuais da bateria e que monitorizam cada célula individualmente. Funções de software, como o passaporte da bateria que será exigido na UE a partir de 2027, também podem ser integradas. Em caso de acidente, a unidade de desconexão eletrónica desconecta a bateria da eletrónica do veículo. O sistema de gestão da bateria, as unidades de monitorização das células e o carregador-conversor podem ser reunidos nesta unidade de desconexão, reduzindo assim a complexidade.

Nova bateria para a rede de bordo: Para responder a uma procura cada vez maior por potência, cada vez mais veículos elétricos vão contar no futuro com uma rede de bordo de 48 volts. Para satisfazer essa necessidade, a Bosch está a desenvolver uma bateria de íones de lítio de 48 volts – adicionalmente à bateria de 48 volts para híbridos moderados que já fabricou milhões de vezes. A nova variante fornecerá consistentemente a energia necessária para recursos críticos de segurança e para condução altamente automatizada, mas também quando o veículo estiver imóvel por um período prolongado. A bateria pode ser integrada de forma flexível ao veículo. Ao contrário das baterias convencionais de 12 volts, não contém chumbo.

Bosch ESI[tronic] adiciona a Tesla ao seu programa de diagnóstico: A gama de veículos abrangidos pelo software de diagnóstico ESI[tronic] da Bosch, já testado e comprovado, inclui agora também os modelos Tesla. Assim, pela primeira vez, as oficinas independentes podem utilizar a sua solução multimarcas habitual para realizar trabalhos de diagnóstico abrangentes nos modelos Tesla. O acesso aos dados de diagnóstico foi um desafio especial na integração da Tesla. Ao contrário de muitos outros fabricantes de automóveis, cujos dados a Bosch recebe antecipadamente e traduz para as línguas [ESI]tronic, o diagnóstico original da Tesla interage apenas em inglês. E embora outra documentação esteja disponível em vários idiomas, não está disponível em todos os 23 idiomas suportados pelo [ESI]tronic. Para lidar com essa barreira linguística, a Bosch desenvolveu uma solução técnica que funciona com Inteligência Artificial e integrou essa funcionalidade de tradução automática diretamente no processo de diagnóstico. Assim que um engenheiro mecatrónico conecta um Tesla, as informações de diagnóstico em inglês são traduzidas em tempo real para o idioma do sistema [ESI]tronic selecionado pelo utilizador. Esta abordagem inovadora garante que oficinas independentes possam trabalhar em veículos Tesla de forma eficiente e precisa, sem dificuldades linguísticas. Esta adição é um passo importante para fornecer às oficinas independentes uma solução de diagnóstico abrangente e preparada para o futuro para o crescente segmento de veículos elétricos.

Bosch eBike Systems e Volkswagen com demonstração ao vivo

Das 11h30 às 17h00 (CEST) na segunda-feira, 8 de setembro, a Bosch eBike Systems e a Volkswagen realizarão conjuntamente uma demonstração ao vivo no recinto da feira. O objetivo é mostrar como carros e bicicletas podem usar as estradas com mais segurança.

Integração de bicicletas no ecossistema Vehicle2X: A Bosch eBike Systems e a Volkswagen querem que a comunicação com carros e infraestruturas inclua também as bicicletas no futuro. A ideia é que os ciclistas sejam visíveis digitalmente desde o início e que os acidentes sejam evitados, na medida do possível. A base para isso é o WLANp (ITS-G5), uma tecnologia comprovada e amplamente disponível na Europa. Funciona em todas as marcas e cria uma ligação V2X (vehicle-to-everything) rápida entre os utilizadores da estrada e a infraestrutura. A Bosch eBike Systems está a acompanhar de perto outros desenvolvimentos tecnológicos, com o objetivo de adicionar soluções tecnológicas sempre que necessário para adaptar a sua estratégia V2X aos requisitos regionais e às condições do mercado.

Conferência de imprensa da Bosch: Segunda-feira, 8 de setembro de 2025, das 11h00 às 11h20 (CEST): com o Dr. Stefan Hartung, Presidente do Conselho de Administração da Robert Bosch GmbH, e o Dr. Markus Heyn, membro do Conselho de Administração da Bosch e presidente da Bosch Mobility, no expositor D01 da Bosch no pavilhão B3 e via Livestream no Bosch Media Service.

Bosch na IAA Mobility | Open Space: O IAA Open Space, no centro de Munique, estará aberto das 11h00 às 21h00 (CEST) de 9 a 13 de setembro de 2025. No domingo, 14 de setembro de 2025, o IAA Open Space estará aberto para visitantes das 10h00 às 17h00 (CEST). Durante a IAA, os visitantes podem experimentar a Cargo Line e outras inovações, bem como muitos recursos digitais oferecidos pela Bosch eBike Systems, para um passeio de teste na pista de ciclismo no parque Englischer Garten, em Munique. Além disso, especialistas em produtos ebike da Bosch estarão à disposição para responder a perguntas no Open Space na Odeonsplatz.