AICEP | Ficha de Entrada no Mercado – Indústria Automóvel e de Componentes em Espanha

Indústria Automóvel e de Componentes em Espanha: Inovação e Eletrificação ditam novas oportunidades para as empresas portuguesas

in AICEP, 18-01-2023


O mercado espanhol desempenha um papel significativo na indústria automotiva, sendo Espanha uma das principais potências na produção e exportação de veículos na Europa.

Em 2022, Espanha foi o 7º importador mundial de Componentes automóveis com um total de importações de 30 mil milhões de USD, sendo o produto Componentes para carroçaria o mais representativo (13 mil milhões de USD), de acordo com o Comtrade.

As perspetivas para o setor apontam para a possibilidade de alterações estruturais a médio prazo, a par da emergência de novas tendências. O crescimento acelerado da tecnologia, as políticas de sustentabilidade e as mudanças nas preferências do consumidor vieram revolucionar a forma como a indústria automóvel desenvolve os veículos. Também a digitalização e o crescimento da automação, entre outros, têm contribuído para a materialização de várias tendências disruptivas na indústria, designadamente, mobilidade diversificada, direção autónoma, eletrificação e conectividade.

O estudo setorial da AICEP, agora divulgado, pretende dotar as empresas portuguesas de um conhecimento mais aprofundado sobre este mercado, caracterizando o panorama atual do setor automóvel e de componentes, ao mesmo tempo que releva os projetos estratégicos em curso, na medida em que estes irão ditar as prioridades e tendências de investimento no setor para os próximos anos.

 

Indústria Automóvel e de Componentes em Espanha

 

 

 

 

Inscrições abertas – Conferência Estratégia ESG para PME Exportadoras

Sensibilizar e apoiar as PME Exportadoras na adoção de práticas ambientais, sociais e de governação (ESG) é o mote e o objetivo da Conferência Internacional que irá realizar-se no dia 25 de setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Organizada pela AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal numa iniciativa da Secretaria de Estado da Internacionalização, a Conferência visa promover uma estratégia para adaptação das PME Exportadoras às mudanças resultantes da transposição da Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) aprovada pela Comissão Europeia em dezembro de 2022, e de um conjunto de novos standards e regras sobre o relato de sustentabilidade das empresas, que serão anunciados em 2024.

in AICEP, 04-08-2023


Um vasto painel de oradores nacionais e internacionais abordará temas como o quadro geral ESG e recentes desenvolvimentos na Europa e no mundo ao nível das implicações que trará às empresas, a correlação positiva com o seu bom desempenho global, a obrigatoriedade na lei e também no acesso a financiamento para se cumprirem métricas ESG e, finalmente, as ferramentas já disponíveis para assessorar as empresas no processo de transição para modelos de negócios que incluam políticas orientadas para o impacto ambiental e social.

A estratégia de ESG decorre no âmbito do Regulamento Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR) e das Diretivas Corporate Sustainability Due Diligence (CSDD) e Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da União Europeia, cujo calendário de implementação se inicia em janeiro de 2024 para o setor financeiro e as grandes empresas. Para as PME cotadas em bolsa, o reporte será feito a partir de 2027 com base em informação de 2026 (as PME que constam na cadeia de valor de grandes empresas deverão preparar-se igualmente a partir de 2026).

Nos últimos anos, o crescimento do mercado de investimento alinhado com a integração de práticas de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governação cresceu 33 por cento e a tendência é para que continue a aumentar, com as novas Diretivas europeias e o reforço no cumprimento da Agenda 2030 das Nações Unidas. A obrigatoriedade de demonstração de alinhamento com as exigências de ESG é já uma realidade em vários países, e também em Portugal a adoção destes critérios será uma condição de acesso ao mercado internacional e cadeias de valor mundiais. Progressivamente, esta orientação implicará uma nova abordagem à gestão das empresas, sendo uma oportunidade para estas se tornarem mais resilientes (pela identificação de riscos e estratégias para os mitigar), mais competitivas e, ao mesmo tempo, mais impactantes e responsáveis enquanto criam valor, não apenas para os seus acionistas, mas também para os seus colaboradores e fornecedores, para a comunidade, e para o planeta.

Esta é a primeira de um conjunto de iniciativas que a AICEP, em colaboração e parceria com outras entidades, centrais e regionais, associações empresariais e câmaras de comércio, irá desenvolver com o objetivo de capacitar as PME Exportadoras na sua transição para a sustentabilidade.

 

 

Link para inscrição aqui

 

 

 

 

SAVE THE DATE – 25 setembro 2023 | Conferência Internacional – Estratégia ESG PME Exportadoras | Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

“O modelo de negócio que integra a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governação (Environment, Social e Governance ou ESG na sigla inglesa) tornou-se um ativo que, garantida a sua adaptação à realidade das Pequenas e Médias Empresas exportadoras, lhes permite promover a sua competitividade e atrair investimento no mercado internacional, enquanto beneficiam a sociedade e o planeta. Essas preocupações devem passar a objetivos em si mesmos, sob pena das empresas comprometerem as suas operações.’’

Bernardo Ivo Cruz, Secretário de Estado da Internacionalização

 

Guarde na agenda o dia 25 de setembro, a partir das 09h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, para a conferência sobre as novas diretivas europeias e exigências que decorrem da Agenda 2030 das Nações Unidas, no sentido da transição para um modelo de negócios de impacto e com preocupações de sustentabilidade ambiental, social e económica das PME exportadoras portuguesas.

 

Inscrições

a partir de 28 de julho

 

 

AFIA participou em Missão Empresarial à Índia

A Missão Empresarial organizada pela AICEP ocorreu por ocasião da visita do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa à Índia, 13 a 15 de Fevereiro.

in AFIA, 21-02-2020


A agenda da Missão, que foi dividida por Nova Deli e Mumbai, incluiu uma Sessão de Negócios Índia – Portugal, um Sessão de Network Índia – Portugal, um Pequeno-almoço de trabalho com Empresários Indianos e um Fórum Económico Multissectorial.

A comitiva portuguesa integrou empresas e associações, representando vários sectores de actividade Construção e Infra-estruturas; Ambiente e Automóvel.

A indústria automóvel portuguesa foi representada por Adão Ferreira e Fernando Machado, secretários-gerais da AFIA e MOBINOV, respectivamente.

A participação da AFIA e da MOBINOV inseriu-se numa dupla vertente por um lado promover a atractividade e as vantagens de Portugal como destino para desenvolvimento de projectos de investimento na indústria automóvel; e por outro lado divulgar as vantagens competitivas e as competências instaladas em Portugal neste domínio, em termos de oferta de produtos/serviços/soluções.

A AFIA e a sua congénere indiana ACMA estão a estudar formas de cooperação e que passam pela prospecção de oportunidades de negócio e estabelecimento de parcerias.

A participação da AFIA nesta missão está enquadrada no SIAC Internacionalização “PT2WM – Portugal to World Mobility”, uma iniciativa em copromoção da MOBINOV, ACAP e AFIA no âmbito do Portugal 2020, com cofinanciamento da União Europeia através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

O projecto PT2WM visa reforçar a cooperação entre as PME e outras entidades com vista a reforçar a presença internacional do sector automóvel pela captação de investimento para Portugal e pelo incremento da presença integrada ao nível internacional.

Ficha do projeto: PT2WM

 

 

 

Safebag: Airbags made in Ponte de Lima equipam automóveis

NOVO BANCO / NEGÓCIOS | Prémios Exportação & Internacionalização

Safebag – Melhor exportadora de capital multinacional

in Negócios, por Filipe S. Fernandes, 18-12-2018


A empresa que pertence ao grupo alemão ZF, que é líder mundial em tecnologia de transmissão e chassis e na tecnologia de segurança activa e passiva e uma dos maiores empregadores no Alto Minho.

A Safebag faz montagem de módulo de airbags e instalou-se em Ponte de Lima em 2008, com base num contrato de investimento que incluiu outras empresas como a DMP-Dalphimetal Portugal e a Safe-Life, que pertenciam ao grupo TRW Automotive, que, em 2015, foi adquirido pelo grupo ZF Friedrischafen.

A Dalphimetal tem uma unidade industrial em Vila Nova de Cerveira, onde produz volantes, e a Safe-Life tem uma unidade fabril em Ponte de Lima, que produz sacos para módulos de air bags.

Centros de engenharia

O grupo tem dois centros de engenharia. O primeiro entrou em funcionamento, em 2001, em Vila Nova de Cerveira, que faz investigação dos materiais para volantes. O segundo foi inaugurado em 2017, e está vocacionado para o desenvolvimento, prototipagem e teste de módulos de ‘airbag’ e componentes têxteis.

A ZF é líder mundial em tecnologia de transmissão e chassis, segurança activa e passiva.

Foi comparticipado em cerca de quatro milhões de euros pelo Portugal 2020 e o investimento na construção do edifício foi na ordem de um milhão de euros. “Neste centro fazemos a investigação dos materiais para ‘airbag’ e produzimos o próprio ‘airbag’ na fábrica que temos aqui na zona industrial da Gemieira. Em Vila Nova de Cerveira fazemos o mesmo trabalho, mas relacionado com volantes”, afirmou Alexandre Mendes ao Diário de Notícias.

Têm cerca de 100 engenheiros e pessoal especializado, grande parte proveniente da Universidade do Minho. Há uma gestão única dos dois centros porque há recursos de departamentos transversais que trabalham em conjunto.

Líder mundial

A Safebag é fornecedora TIER 1, o que significa que equipa com os seus airbags directamente um significativo número de fabricantes de automóveis, com maior relevo para o grupo PSA (Peugeot e Citröen), Renault-Nissan, General Motors, Ford, Fiat, Volvo e o grupo VW. Os componentes produzidos em Ponte de Lima destinam-se, entre outros, aos fabricantes de automóvel instalados em Portugal, e ainda na China, Polónia, México e Estados Unidos. Em 2017 facturou 192 milhões de euros.

A DMP-Dalphimetal Portugal ,que tem unidade industrial em Vila Nova de Cerveira, fabrica de volantes e também é fornecedora dos principais fabricantes de automóveis europeus, tais como o grupo PSA (Peugeot e Citröen), Renault-Nissan, General Motors, Ford, Fiat, Volvo e o grupo VW.

A ZF é líder mundial em tecnologia de transmissão e chassis e na tecnologia de segurança activa e passiva e é um dos maiores fornecedores mundiais da indústria automóvel. A empresa possui cerca de 146 mil colaboradores, 230 unidades fabris em 40 países. Em 2017, a ZF teve vendas de 36,4 mil milhões de euros.

 

 

SLM: Peças de automóvel com vocação alemã

NOVO BANCO / NEGÓCIOS | Prémios Exportação & Internacionalização

SLM – Menção Honrosa – Melhor Grande Empresa Exportadora Bens Transaccionáveis

in Negócios, por Filipe S. Fernandes, 18-12-2018


 

Hoje no mundo circulam mais de 90 milhões de veículos com peças feitas pelas empresas do Schmidt Light Metal Group.

O Schmidt Light Metal Group produz peças em alumínio, por fundição injectada, exclusivamente para a indústria automóvel. Como diz Filipe Villas Boas, administrador do Schmidt Light Metal Group, “99% da nossa produção é exportada, sendo residual o comercializado em território nacional. Este ano iremos produzir cerca de 6,3 milhões de peças, sendo que circulam hoje no mundo mais de 90 milhões de veículos com peças feitas na nossa organização”.

A empresa nasceu, em 1989, pela mão de dois alemães, Hans Kupper e Ralf Schmidt, que conheciam a qualidade da produção de moldes e de peças para automóveis, e tendo por localização Oliveira de Azeméis, dada a sua tradição na área de injecção e moldes.

Em 2006, Hans Kupper vendeu a sua quota, e o capital passou a ser partilhado entre Ralf Schmidt, Marc Schmidt e Filipe Villas-Boas, pai do treinador de futebol André Villas-Boas. Foi esta saída que deu origem à renomeação de uma das empresas, a SLM, Fundição Injectada e a consequente criação do Schmidt Light Metal Group.

Mercado alemão

Esta origem viria a marcar as relações comerciais da empresa, que tem como principal destino das peças o mercado automóvel alemão e os seus construtores, que também têm fábricas na Áustria, Hungria, Eslováquia, Polónia e Bulgária. As peças são fornecidas para serem utilizadas no produto final que é o automóvel, por isso vendem tanto directamente a OEM (Original Equipment Manufacturer), por exemplo o grupo VW, que inclui a Audi, Seat, Skoda, Bentley, Porsche e Lamborghini, como indirectamente a Tier 1 (fornecedores directos das OEM).

Esta forte presença faz com que existam peças da empresa em quase todas as marcas de carros alemães. Um dos objectivos traçados na estratégia de crescimento para o futuro está a entrada no mercado automóvel britânico.

54 
Milhões de euros
É a previsão para o volume de negócios em 2018.

A empresa já fez grandes investimentos em robotização e automatização. Por isso o grande foco, é o desenvolvimento e a reconversão das pessoas. “A evolução tecnológica tem uma velocidade exponencial, para a qual as pessoas não estão preparadas. A importância do factor humano num mundo de máquinas é um foco que não devemos perder de vista e saber que competências humanas são essenciais para o sucesso num mundo dominado por tecnologia”, refere Filipe Villas Boas.

Cria soluções

O Schmidt Light Metal Group vai fechar o ano de 2018 com um volume de negócios de 54 milhões de euros, o que representa um aumento de 13,5% face ao ano anterior.

O grupo é composto por três empresas que se articulam para criar soluções integradas para os clientes. É uma fundição de ligas leves, como o alumínio, moldadas em moldes, que também fabricam, e são acabadas com maquinagem. Existe uma unidade central que é a Schmidt Light Metal, e depois duas especializadas, uma na fabricação de moldes, que a Autoconceptus, e outra na maquinagem.

Uma das particularidades na na indústria automóvel, é que o fornecedor de determinado componente, é o único fornecedor desse mesmo componente. o que gera uma relação de co-dependência entre o fornecedor e o cliente.

Esta tipo de relação levou a Schmidt Light Metal Group a investir nacapacidade de desenvolver uma solução para o cliente e não se ficar apenas pela produção da peça em fundição injectada. “A solução, de A a Z, de montante a jusante, até à entrega da peça, é pensada, desenhada e produzida por nós”, refere Filipe Villas-Boas.