CIP Congresso | «Pacto Social. Mais economia para todos» | INSCRIÇÕES ABERTAS

A CIP — Confederação Empresarial de Portugal promove nos próximos dias 20 e 21 de fevereiro, no Edifício da Alfândega, no Porto, uma grande iniciativa empresarial de reflexão sobre o estado da economia portuguesa – «Pacto Social. Mais economia para todos».

O congresso, que reunirá centenas de empresários, académicos, pensadores, gestores e administradores da «coisa pública», ambiciona alcançar um conjunto de conclusões verdadeiramente transformadoras do perfil da economia do nosso País.

Sempre debaixo do umbrella do Pacto Social, documento apresentado pela CIP em setembro passado, e igualmente estruturado nos eixos Crescimento, Rendimento e Simplificação, o congresso «Pacto Social. Mais economia para todos» pretende também à porta das eleições trazer a debate as questões que verdadeiramente importam aos portugueses. Qual o modelo de desenvolvimento que queremos para Portugal? Qual o País que queremos deixar às gerações vindouras? Qual a sociedade que queremos construir?.

O evento é gratuito mas requer inscrição prévia.

 

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Promoção da auto-estima da fundição: “Ficámo-nos ou vamos a isto?”

Fazer da fundição o paradigma da economia circular em Portugal e promover a auto-estima de quem investe e labora nesta indústria são duas das linhas orientadoras do plano estratégico do sector, que tem apenas 40 empresas e exporta 90% das vendas de mais de 600 milhões de euros.

in Jornal de Negócios, por Rui Neves, 17-05-2018


“Uma indústria com uma expressão económica não muito significativa, se se quiser afirmar, precisa de uma estratégia que é tão mais necessária quanto o número de empresas for diminuto e a diversidade entre elas, de especialização ou dimensão, grande. É o caso da fundição”, começou por afirmar o economista Alberto Castro, no Congresso Nacional de Fundição, que decorre esta quinta-feira, 17 de Maio, no edifício da Alfândega do Porto.

 

“Se quiser ser protagonista, a fundição tem de construir um desígnio comum”, defendeu Alberto Castro, director do Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica e responsável pela equipa que elaborou o plano estratégico desta indústria.

 

Numa pequena análise SWOT, identificou, como fraquezas do sector, a sua “pequena dimensão” – com cerca de 40 empresas, na sua maioria PME -, “reduzida visibilidade e influência, fragilidade da imagem, multiplicidade de especializações e dificuldade em reter e captar trabalhadores”. Entre as ameaças, destaca-se a “intensificação da concorrência internacional.

 

No capítulo das forças, estamos perante um sector “angular”, com “algumas unidades de referência” e uma “estrutura financeira razoavelmente sólida”, reconhecido pela sua “tradição e resiliência, bem como com “capacidade de competir e exportar”.

 

Já a economia circular encabeça a lista de oportunidades do sector. “Fazer da fundição portuguesa o paradigma da economia circular em Portugal” é, aliás, a grande “ambição” do plano estratégico desta indústria.

 

“Promover a auto-estima de quem investe e labora no sector, dar visibilidade ao que de bem e bom já se faz e comunicar melhor e melhorar a imagem” desta actividade são três dos vectores a precisar de ser trabalhados.

 

“Bandeira única: Uma indústria exemplar”

 

Tendo como “bandeira única: Uma indústria exemplar”, a Associação Portuguesa de Fundição (APF), que encomendou o documento, deverá agora dar sequência a um plano de acção para concretizar a ambição traçada.

 

De acordo com as orientações apresentadas por Alberto Castro, o plano de acção deverá conter, entre outras, “iniciativas no plano da ‘inteligência económica e análise de conjuntura, comunicação e imagem, formação e recrutamento, condições de produção e trabalho”.

 

Ambição excessiva? “Há quem se tenha tornado na indústria mais sexy da Europa”, atirou Alberto Castro, numa alusão ao sector português do calçado.

 

“Houve várias estratégias ambiciosas que falharam. Mas nunca houve uma estratégia ‘modestinha’ que tenha produzido grandes resultados”, alertou.

 

E terminou a sua apresentação com um toque a reunir dos industriais portugueses da fundição: “Como se diz cá por cima: ficámo-nos ou vamos a isto?”

 

De acordo com a APF, a indústria portuguesa de fundição fechou 2017 com “uma facturação de 602 milhões de euros”, mais 21 milhões do que no ano anterior, com as exportações a valer perto de 90% do total, e “emprega mais de 6.200 mil trabalhadores”.

 

A indústria automóvel, com destaque para o mercado europeu, é o principal cliente do sector, representando quase 80% da facturação.