A indústria de plásticos é das actividades mais representativas da economia da região Norte e a Celoplás, empresa fundada pelos dois sócios famalicenses João Cortez e José Artur Campos Costa, é uma das maiores referências do sector.
in Correio do Minho, por Marta Caldeira, 01-03-2016
Do grupo destaca-se a CCL-Plásticos, sedeada em Calendário, Vila Nova de Famalicão, cujo volume de negócios ascende neste momento a 2,5 milhões de euros e que neste momento se prepara para duplicar a facturação e aumentar o número de funcionários, através dos novos investimentos que estão a ser preconizados na sua expansão. O presidente da Câmara Municipal de Famalicão diz que empresa “é um exemplo”.
Paulo Cunha visitou ontem as três empresas do grupo, a Celoplás, em Grimancelos, a Celoprint, em Vila Nova de Famalicão, e a CCL-Plásticos, em Calendário, onde foi acompanhado pela comunicação social, no âmbito do projecto ‘Made In’. A inovação e desenvolvimento de produtos é uma das grandes apostas da empresa, que contabiliza 16 máquinas de injecção de plástico, laborando 24 horas por dia e cinco dias por semana e empregando 22 pessoas.
Os 42 milhões de polímeros fabricados por ano, com mais de 330 peças diferentes, fazem com que seja uma das empresas do sector mais procuradas pelo mercado, trabalhando sobretudo para as áreas do automóvel e também do desporto, mas perspectivando já trabalhar com novas áreas como a médica (na vertente da substituição óssea) e da alimentação.
“É com esse mesmo objectivo que está neste momento a expandir as suas instalações, precisamente para responder às necessidades do mercado além do nacional, já que tem também como principais clientes lá fora a Alemanha e até o Japão, indicou um dos sócios, João Cortez, que destacou as parcerias criadas com as Universidades do Minho, Porto e Coimbra, no desenvolvimento do produto.
A qualificação dos jovens, sobretudo através do ensino profissional, foi mais uma vez abordada como “uma vantagem” para a sua inserção no mercado de trabalho. “Há aqui uma margem de progressão. Este é um sector onde nós podemos crescer e onde, ao contrário da maioria das empresas em Portugal, não há um problema de mercado. Aqui o problema é o de conseguir satisfa- zer as expectativas que o mercado tem, havendo por isso um grande potencial de crescimento para a empresa, mas também para os trabalhadores”, sublinhou o autarca famalicense. “Estão reunidas as condições para que Famalicão continue a ser um concelho pujante ao nível da sua capacitação empresarial, num sector cada vez mais diversificado e para que simultaneamente os jovens consigam ter as colocações profissionais que ambicionam”, frisou o autarca.