Skip to main content

Governo cria Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas

Esta Unidade de Missão será também responsável pelo reforço do papel do mercado de capitais no financiamento das PME’s, através da emissão de acções.

in Diário Económico, por Márcia Galrão

O Governo aprova amanhã, em Conselho de Ministros, uma Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, que integrará “personalidades de reconhecida competência” e que terá a participação dos parceiros sociais.

No seu primeiro debate quinzenal, António Costa explicou que esta unidade de missão deverá “propor ao Governo o desenvolvimento de um conjunto de medidas do programa”, nomeadamente a criação de um fundo de capitalização de apoio ao investimento empresarial, financiado por fundos europeus, pela captação de fundos provenientes de investidores internacionais, podendo o Estado e as instituições financeiras alocar outros fundos a título de capital, concessão de empréstimos ou de garantias, ou de instrumentos de quase-capital.

Esta Unidade de Missão será também responsável pelo reforço do papel do mercado de capitais no financiamento das PME’s, através da emissão de acções, emissão de obrigações de PME’s e instrumentos híbridos equiparados a capital; o desenvolvimento de mecanismos de conversão da dívida em capital ou de redução da dívida em empresas consideradas “viáveis”. E ainda, no domínio fiscal, “reforçar e garantir maior articulação dos apoios ao investimento e ao financiamento das empresas, alterando o tratamento fiscal e incentivando o reinvestimento dos lucros e uma maior neutralidade no tratamento do financiamento através de capitais próprios”.

O primeiro-ministro reiterou o objectivo de nos primeiros 100 dias de Governo , ultrapassar os 100 milhões de euros de pagamentos efectivos às empresas. E Costa explicou que já foram flexibilizadas regras de adiantamentos (automático os primeiros 10% de incentivo) e aprovado o despacho da linha de garantias do sistema mútuo. Também o empréstimo do Banco Europeu de Investimento no valor de 750 milhões de euros foi aprovado “ontem”.

Quanto à relação com os parceiros sociais, o novo primeiro-ministro voltou a dizer que haverá uma “valorização do diálogo social”, e anunciou a discussão na concertação social de uma “agenda de desenvolvimento estratégico de médio prazo” que inclui reuniões quinzenais dos parceiros com o Governo.


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.