A actual produção da fabricante de componentes foi transferida para os parceiros locais em Portugal e na República Checa.
in Diário Económico, por Sara Piteira Mota, 20-03-2015
A fábrica da Dura Automotive Portuguesa, encerrada desde 3 de Março devido ao incêndio que destruiu parte das instalações, no Carregado, estima que dentro de seis meses possa voltar a produzir novamente. “A empresa irá trabalhar com os clientes e a base de fornecedores para desenvolver planos de produção a longo prazo. Antecipamos que o planeamento e desenvolvimento de novos recursos de produção locais possam levar até ao máximo de seis meses”, disse ao Diário Económico fonte oficial da Dura Automotive Systems.
Entretanto, a fabricante norte-americana, fornecedora da Autoeuropa, transferiu a produção da fábrica do Carregado para outras unidades de forma a que os seus clientes possam voltar a produzir normalmente.
“A Dura usou todos os recursos para enviar a matéria-prima para outros parceiros em Portugal e também na República Checa para dar resposta às encomendas”, refere fonte oficial da empresa. Desta forma, todos os fornecedores de matérias-primas, componentes, embalagem e logística da fábrica da Dura Automotive Portuguesa, no Carregado, foram também reencaminhados para as novas unidades de produção. “Desde o passado dia 16 de Março foi retomada a produção e os embarques de componentes foram programados”, sublinha fonte da fabricante de componentes.
A Dura Automotive é fornecedora da Volkswagen Autoeuropa, sendo responsável pela produção de componentes destinados aos modelos Sharan, Eos e Seat Alhambra. A empresa produz componentes em vidro e plástico para fabricantes de automóveis em todo o mundo.
Após o incêndio da Dura Automotive Portuguesa, a VW Autoeuropa foi forçada a alterar o ‘mix’ de produção e já marcou três dias de paragem (‘down day’), para que os fornecedores se readaptassem ao novo esquema de produção.
Em sequência do incêndio ocorrido na unidade portuguesa, a fabricante de componentes para automóveis norte-americana, anunciou ter registado um prejuízo superior a sete milhões de euros, mas garantiu que os 275 postos de trabalho estão todos salvaguardados.
Esta foi a segunda vez que a fábrica foi atingida por um incêndio. Em Setembro de 2014, a unidade, localizada no concelho de Alenquer, foi alvo de um fogo que começou com uma explosão num quadro eléctrico. Além dos estragos, essa ocorrência fez dois feridos, um deles grave.