Com os desenvolvimentos para a área automóvel fora da oferta, com o objetivo de serem apresentados numa feira específica para o sector, a ERT expôs na feira de têxteis técnicos e não-tecidos de Frankfurt termomoldados para a área de praia, desporto e lazer, laminados para a área de desporto, moda, calçado e têxteis-lar e produtos para a construção.
in Porugal Têxtil, 05-08-2019
O destaque, no entanto, esteve, em grande parte, na área dedicada à economia circular, com a apresentação dos revestimentos de têxteis com reciclados EVA (acetato-vinilo de etileno) e de couro. «Consumimos EVA na empresa para a produção de pantufas e chinelos. O que estamos a fazer com os resíduos é misturá-los e compactá-los. Depois, em alguns casos, transformamos em diferentes formatos, não necessariamente num produto. No fundo, passa a ser uma matéria-prima», revela o diretor de inovação Fernando Merino. Numa outra aplicação, a empresa está a usar os resíduos de EVA em pó para o revestimento sobre tecidos. «Como agora há uma procura muito grande para se construir um conceito de sustentabilidade à volta de um produto, a proposta que estamos a fazer é esta», explicou ao Jornal Têxtil.
Ainda na área da sustentabilidade, a ERT, juntamente com parceiros, mostrou um vestido produzido com resíduos de EVA e de couro. «No caso do couro, temos um pedido de patente. A forma como se obteve o material necessário para fazer o revestimento é inovador», garantiu.
Um outro projeto em exposição mostrou um colete e uma joelheira para os quais produziu termomoldados têxteis. «Quer para o colete, quer para a joelheira, as partes são produzidas de forma separada. No projeto que está exposto no Texboost que é uma cooperação entre a ERT, a Polisport e o Citeve, o plástico é injetado sobre o têxtil», afiançou o diretor de inovação da ERT. «Nós fazemos a termomoldagem dos materiais, dos trilaminados, a Polisport faz a injeção do plástico e depois aquilo é clipado», sublinhando que «são projetos de investigação, ainda não estão no mercado».