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Componentes automóveis – exportações em crescimento acelerado

Exportações em crescimento acelerado. Nos 10 maiores exportadores portugueses, cinco pertencem à fileira automóvel.

in Revista Exame 500 M&M Empresas, 26-11-2015

A produção de componentes continua em alta, prometendo em 2015 bater o recorde registado em 2011 (7,53 mil milhões de euros). Num universo de 200 empresas, que empregam 41 mil portugueses, multinacionais europeias convivem com dezenas de PME. No 1º semestre, a receita das exportações foi de 3,4 mil milhões, uma subida de 285 milhões face a 2014 (+9,2%).

Como a produção portuguesa deixou de ganhar quota de mercado a partir de 2012, o desempenho favorável depende apenas do crescimento da indústria automóvel. A associação sectorial (AFIA) regista que Portugal está a perder competitividade, que se poderá acentuar nos próximos anos com a preferência demonstrada por construtores e multinacionais de componentes por países como Marrocos ou do Leste Europeu.

Componentes em alta rotação

O crescimento das exportações da indústria de componentes de automóveis está em 2015 em 9,2%, depois de em 2014 ter terminado o ano com uma produção de 7,5 mil milhões de euros. Se o ritmo se mantiver, baterá em 2015 um novo recorde nas exportações. Entre 2008 e 2012, a incorporação de peças portuguesas por cada automóvel fabricado em Espanha subiu de 450 para 600 euros, em França ganhou 20% e a penetração no Reino Unido duplicou, para 350 euros. Mas a partir de 2012 Portugal deixou de ganhar quota de mercado e a subida das exportações acompanha a recuperação da indústria automóvel.

Esta realidade preocupa a indústria de componentes, e o presidente da Associação dos Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Tomás Moreira, adverte para o facto de Portugal ter deixado de ser atractivo pelos custos elevados e, se nada for feito para minimizar isso, os efeitos serão desastrosos no tecido económico. “Os concorrentes evoluíram e Portugal está a perder competitividade”, resume Tomás Moreira. Marrocos “é uma ameaça muito séria, pois já não concorre apenas nos produtos de mão-de-obra intensiva”, avisa o gestor. A decisão da PSA Peugeot Citroën de instalar em Marrocos uma base, que começará a produzir em 2019, é a prova mais recente da capacidade de sedução do Norte de África.

Produção automóvel recupera

  1. Depois de três anos em queda, em 2014 a produção portuguesa de automóveis recuperou 4,9%, fabricando 161.509 unidades. À exceção da produção de veículos pesados, todos os restantes segmentos estiveram em alta. O desempenho depende sempre do mercado externo: 96,3% da produção são exportados. A União Europeia absorve 74%.
  2. Representando dois terços do mercado, a fábrica da Autoeuropa é o principal motor da indústria automóvel. Em 2014, a produção subiu 12%, atingindo 102.250 unidades. Já a PSA de Mangualde teve de suprimir um dos turnos e registou uma redução de 5,7% (53.510 automóveis)
  3. Nos primeiros nove meses de 2015, a produção acumulada de 122 mil unidades está em queda (-2,6%), arrastada pela quebra acentuada dos comerciais ligeiros (-14%). A produção de autocarros está em forte alta (24%). Até ao final de setembro, a Autoeuropa fabricou 81.340 unidades, mais 3580 do que em período homólogo de 2014.

 


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