Exportações de componentes automóveis continuam a crescer

As exportações de componentes automóveis registaram nos primeiros nove meses de 2018 um aumento de 7% face a 2017

in AFIA, 12-11-2018


 

De acordo com os dados apurados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, de Janeiro a Setembro as vendas de componentes automóveis ao exterior atingiram os 6,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 7% face ao verificado no período homólogo do ano anterior.

Importa também referir no que respeita aos destinos das exportações dos componentes automóveis o aumento de 7,2% para a União Europeia e 3,2% para o resto do mundo.

Note-se ainda que os componentes automóveis representam 14% das exportações totais portuguesas de bens transaccionáveis.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgados,9 de Novembro, pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

 

 

Indústria portuguesa de componentes automóveis mostra as suas mais recentes novidades na IZB

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Industria Automóvel e a AEP – Associação Empresarial de Portugal, no âmbito do acordo de colaboração para a promoção internacional da indústria portuguesa de componentes para automóveis promoveram a participação nacional na IZB – International Suppliers Fair 2018, que teve lugar em Wolfsburg (Alemanha), entre os dias 16 e 18 de Outubro.

in AFIA, 19-10-2018


 

A IZB é um certame bienal e é a principal feira de negócios da Europa para a indústria fornecedora de componentes para automóveis, onde está representada toda a cadeia de valor da indústria automóvel. É uma iniciativa e organização da Wolfsburg AG e da Volkswagen AG e o tema desta edição de 2018 foi “Think Digital”.

Desde 2001, ano da sua inauguração, a IZB tem vindo a crescer tanto em número e qualidade de visitantes como de expositores. De 13.500 visitantes em 2001, chegou aos 50.000 em 2018 e de 128 expositores no início passou em 2018 para 860 expositores oriundos de 34 países.

No dia 16 de Outubro, Luís Castro Henriques, Presidente da AICEP, e Miguel Crespo, Delegado da AICEP na Alemanha, acompanhados por Tomás Moreira (Presidente da AFIA) visitaram as empresas portuguesas presentes no certame.

No stand colectivo da AEP / AFIA participaram 11 empresas: A.Henriques, Caetano Coatings, Couro Azul, CR Moulds, Edaetech, Epedal, Ferrão e Guerra, Fundínio, Grupo PR, Inapal Metal, TrimNW.

Adicionalmente participaram 3 empresas com stands individuais: Copefi, Pecol Automotive e a Idepa.

A AICEP Portugal Global também participou com um stand informativo.

A próxima edição realizar-se-á entre os dias 6 e 8 de Outubro de 2020, sendo que a AEP, a AFIA e a AICEP estão já a coordenar o pavilhão de Portugal. Estas entidades estão, em função da procura de participações para esta feira, a tentar alargar a área de exposição da representação Portuguesa para que mais empresas do sector possam participar.

 

Mais informações brevemente.

 

Legenda da esquerda para a direita: Tomás Moreira (Presidente AFIA), Luís Castro Henriques (Presidente AICEP), Adão Ferreira (Secretário-Geral AFIA), Miguel Crespo (Delegado AICEP na ALEMANHA)

 

 

 

Exportações automóveis com novo record absoluto

Exportações da indústria automóvel registaram nos primeiros oito meses de 2018 um aumento de 8% face a 2017

in AFIA, 11-10-2018


 

De acordo com os dados apurados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, de Janeiro a Agosto as vendas de componentes automóveis ao exterior atingiram os 5,5 mil milhões de euros, ou seja, um aumento de 8% face ao verificado no mesmo período do ano anterior.

Importa também referir no que respeita aos destinos das exportações dos componentes automóveis o aumento de 8,7% para a União Europeia e 3,2% para o resto do mundo.

Note-se ainda que os componentes automóveis representam 14% das exportações totais portuguesas de bens transacionáveis.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgados, 10 de Outubro, pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

 

Para mais informações clique aqui (ficheiro pdf).

 

 

AFIA | COMUNICADO DE IMPRENSA | A Indústria Automóvel e o Consumo de Combustível

A AFIA foi chamada a pronunciar-se sobre o estudo levado a cabo pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente afirmando que a indústria automóvel manipulou os dados do consumo de combustíveis dos automóveis.

in AFIA, 29-08-2018


Em primeiro lugar é de referir que este estudo não reflecte a realidade actual, pois a nova legislação WLTP (Procedimento de Teste Global harmonizado para Veículos Ligeiros – Worldwide Harmonized Light Vehicle Test Procedure), que entrará em vigor a 1 de Setembro de 2018 “corrigirá” estas diferenças nos níveis dos consumos.

Enquanto os dados do ciclo anterior NEDC (New European Driving Cycle) eram baseados num perfil de condução teórico, o novo ciclo WLTP foi desenvolvido usando dados de condições reais de condução recolhidos em todo o mundo. Assim, é concebido para produzir resultados mais próximos de uma experiência de condução real. Tudo para evitar a desconfiança que entretanto se gerou na indústria automóvel nesta matéria.

É de realçar que os valores anunciados pelos construtores se referem sempre a medições em laboratório. Devido às condições optimizadas em que os carros são testados, os valores de consumos e emissões assim apurados serão sempre mais favoráveis do que os resultantes da condução em estrada, sujeitos a uma grande variabilidade de parâmetros. Este desvio afecta todos os veículos automóveis, independentemente da sua motorização.

Há que ter presente que este efeito é legítimo, fisicamente inevitável e aceite pelos técnicos, mas também é conhecido pelo condutor comum e por isso mesmo sempre foi tomado em linha de conta na fixação dos limites legais, a avaliar em laboratório.

Não faria sentido agora uma atitude purista e hipócrita de penalizar os construtores pelo facto de as viaturas na condução em estrada registarem maiores consumos do que no laboratório.

Nunca será demais relembrar que as diferenças detectadas se referem a casos passados e que os construtores garantem que os carros actualmente à venda no mercado cumprem as normas e limites legais.

Estes limites têm vindo a baixar, levando a que os automóveis hoje no mercado consumam incomparavelmente menos combustível do que há poucos anos, com a consequente redução das emissões.

 

 

Exportações de componentes automóveis com record absoluto

No primeiro semestre deste ano as exportações de componentes automóveis registaram resultados muito positivos atingindo os 4.300 milhões de euros

in AFIA, 14-08-20018


De acordo com a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel as exportações de componentes automóveis registaram um crescimento de 8,1% na primeira metade do ano, atingindo o resultado record de 4.300 milhões de euros, quando comparadas com os resultados do mesmo período do ano passado. Esta informação surge com base nos dados de comércio internacional de bens divulgados recentemente pelo INE.

Em relação aos destinos das exportações a AFIA refere que estes mantêm também a mesma tendência apresentando Espanha e Alemanha como os principais destinos, seguidos de perto pela França e Inglaterra. O conjunto destes quatro países representam assim, 71% do total das exportações, estando os restantes 29% distribuídos por outros países europeus e outros de fora da Europa, como os Estados Unidos da América, Marrocos, Turquia, Coreia do Sul e China.

É ainda de notar que neste mesmo período as exportações de bens transacionáveis aumentaram 6,6%, sendo os componentes automóveis responsáveis por 15% do total das exportações portuguesas. Dos resultados aqui registados é ainda de destacar o facto da indústria de componentes ter crescido mais do que a média da restante indústria transformadora, de acordo com os mesmos dados fornecidos pelo INE.

 

 

 

Vigoroso aumento das exportações de Componentes para a Indústria Automóvel

As exportações de componentes automóveis atingiram um valor de 3600 milhões de euros para o período de Janeiro a Maio. Comparativamente com período homólogo do ano transacto, este valor representa um crescimento de 9%.

in AFIA, 20-07-2018


Este vigoroso crescimento do valor das exportações está muito acima do crescimento global do mercado, e em particular do mercado europeu para o qual é esperado um crescimento um pouco acima de 2% para o ano de 2018. Isto quer dizer que a indústria portuguesa de componentes para a indústria automóvel continua a conquistar quota de mercado, crescendo a taxa bem acima da taxa de crescimento do mercado automóvel.

As exportações de componente são dirigidas maioritariamente para o mercado europeu, Espanha e Alemanha são os destinos prioritários, logo seguidos de França e Inglaterra. Estes quatros países absorvem 71% do total das exportações de componentes, os restantes 29% vão para destinos diversos, como: restante países europeus, Estados Unidos da América, Marrocos, Coreia do sul e China. Estes valores traduzem a exportação directa, já que acrescem as exportações indirectas por incorporação de componentes de fabrico nacional nas viaturas montadas em Portugal e posteriormente exportadas, valor acima de 500 milhões de euros.

Neste mesmo período as exportações portuguesas de bens transaccionáveis aumentaram 6%. Isto significa que a indústria de componentes tem um desempenho exportador acima de restante indústria transformadora.

As exportações de componentes automóveis são responsáveis por 15% das exportações portuguesas.

Este excelente desempenho da indústria de componentes automóveis não deixa de ter algumas preocupações no horizonte temporal se o País Político não souber encontrar as respostas adequadas para que a competitividade do sector seja, como mínimo, preservada, e, desejavelmente melhorada.

Temas como a flexibilidade laboral, a adequada qualificação profissional, a disponibilidade de pessoas que permitam o crescimento, os custos de contexto que tem que ser reduzidos, o premente problema dos fluxos logísticos de e para Portugal, são algumas das questões que se não forem atempadamente encontradas soluções eficientes e eficazes, irão colocar o desempenho do sector em causa, afectando-o negativamente.

 

 

 

 

Presidente da AFIA eleito para o Conselho Director da CLEPA

A cidade holandesa Haia foi o palco da mais recente Assembleia-Geral da CLEPA onde Tomás Moreira, Presidente da AFIA, foi eleito para o Conselho Director da CLEPA para o período 2018-2020.

in AFIA, 20-06-2018


A eleição foi efectuada no passado dia 14 de Junho tendo recolhido a unanimidade dos votos dos presentes.

A CLEPA – European Association of Automotive Suppliers, associação europeia dos fornecedores da indústria automóvel, fundada em 1959 e com sede em Bruxelas é a entidade que defende os interesses do sector a nível europeu sendo reconhecida como parceira natural de discussão por outras instituições europeias, pelas Nações Unidas e por outras associações parceiras.

A CLEPA reúne mais de 120 dos mais importantes fornecedores de componentes para automóveis, sistemas e módulos, bem como mais de 20 associações nacionais, entre as quais a AFIA, assim como outras associações sectoriais europeias.

A indústria europeia de componentes automóveis é líder mundial no fornecimento de componentes de ponta e tecnologia inovadora para a mobilidade segura, inteligente e sustentável, investindo mais de 20 mil milhões de euros por ano em investigação e desenvolvimento.

Os fornecedores da indústria automóvel empregam, na Europa, quase cinco milhões de pessoas.

A eleição de Tomás Moreira para o Conselho Director da CLEPA vem dar uma força e visibilidade acrescida à AFIA e consequentemente à indústria portuguesa de componentes automóveis, sendo esta nomeação o reconhecimento do prestígio individual do nomeado, mas também o reconhecimento da crescente importância internacional da indústria de componentes automóveis portuguesa.

A linha ferroviária Aveiro – Salamanca é vital para a sobrevivência do sector automóvel

A indústria automóvel representa 20% das exportações de bens transaccionáveis de Portugal, tendo-se tornado um sector industrial absolutamente vital e insubstituível para a nossa economia. Neste sentido, a AFIA considera ser de primordial importância a linha Aveiro – Salamanca – Burgos que tarda a ser lançada.

in AFIA, 13-06-2018


Considerando que os custos logísticos são reconhecidamente um factor de competitividade crítico para a concorrência internacional, a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel acaba de realizar um inquérito para levantamento da realidade logística dos seus associados, do qual extraiu importantes conclusões sobre a situação presente e as perspectivas futuras.

Deste inquérito, conclui-se que hoje os fabricantes de componentes instalados em Portugal exportam 85 % da sua produção e importam mais de 80 % dos materiais ou componentes que transformam.

Os custos de logística (combustíveis, portagens, fretes portuários) em Portugal são maioritariamente mais elevados do que noutros países nossos concorrentes, acentuando o efeito de Portugal como país limítrofe e por isso afetando a competitividade e atratividade das nossas empresas e produtos.

A esmagadora maioria das nossas importações e exportações têm como origem/destino países europeus, com a Espanha em primeiro lugar destacado.

Para o movimento destas suas cargas dentro da Europa, as empresas utilizam hoje em mais de 90% a via rodoviária e em reduzida escala as vias marítima e aérea.

O volume transportado por via ferroviária é insignificante ou mesmo nulo, não sendo hoje uma opção real, devido à total imprevisibilidade de prazos (particularmente crítica nos fornecimentos à indústria automóvel), mas também devido às velocidades ridiculamente baixas, reduzidíssima frequência de circulação, preços pouco competitivos, transbordos com elevados custos e demoras, a que devemos acrescentar a tradicional falta de sensibilidade e agressividade comercial dos principais operadores.

Olhando para o futuro, percebemos que:

O transporte rodoviário, do qual hoje dependemos quase em exclusivo, verá os seus custos agravarem-se fortemente a curto prazo, quer por aumentos de preço dos combustíveis fósseis quer pela introdução de taxas ou impostos verdes tendentes a contrariar a sua utilização. O inevitável crescimento dos custos de transporte terrestre de e para a Europa afectará as empresas sediadas em Portugal duplamente: na importação e na exportação, pondo em risco a sua competitividade.

Em contrapartida, perspectiva-se que a vantagem de custo dos transportes ferroviários venha a crescer continuamente, sobretudo se optimizados através de soluções de intermodalidade (transporte de camiões e atrelados sobre vagões, centros de consolidação logística, etc.). O transporte por ferrovia apresenta no médio/longo prazo um potencial de economia de custos que para as empresas do sector automóvel representaria um ganho de competitividade dificilmente quantificável mas seguramente de extrema relevância.

Assim, concluímos que:

A longo prazo será fundamental para a sobrevivência da nossa indústria a existência de boas ligações ferroviárias a Espanha e ultra-Pirinéus, de preferência com bitolas que não obriguem a transbordos.

Considerando que 75 % desta indústria se situa a norte do distrito de Leiria, a já planeada linha Sines – Badajoz – Madrid – Burgos não é alternativa possível. Pelo contrário, é de primordial importância a linha Aveiro – Salamanca – Burgos que tarda a ser lançada.

O Governo não poderá perder a oportunidade de inscrever no próximo quadro comunitário 2021-2027 os fundos necessários para a construção da nova linha Aveiro-Salamanca.

De acordo com Tomás Moreira, presidente da AFIA, «se isso não acontecesse, estaria a cometer-se um atentado contra a nossa economia, pois a médio prazo condenaríamos as nossas empresas a um isolamento ferroviário com consequências fatais para o seu desenvolvimento e para a sobrevivência da indústria automóvel em Portugal».

Eng. Tomás Moreira, presidente da AFIA

Comunicado de Imprensa | AFIA Promove Encontro Setorial Metalurgia/Metalomecânica

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – reuniu hoje, 29 de maio, no auditório da AEP, em Leça da Palmeira, cerca de 60 representantes de empresas num encontro realizado com o objetivo de discutir o subsetor da metalurgia e metalomecânica e alguns dos seus maiores desafios.

 

O programa, que decorreu durante a tarde, iniciou-se com uma caracterização geral do subsetor da Metalurgia/Metalomecânica e seus principais fatores de competitividade apresentados pela AFIA. Seguiu-se depois, a intervenção de Carlos Abellás, do CTAG – Centro Tecnológico de Automoción de Galicia.

Carlo Abellás_CTAG - Centro Tecnológico de Automoción de Galicia_2
Carlo Abellás_CTAG – Centro Tecnológico de Automoción de Galicia

 

Ao longo da tarde foram ainda discutidos os grandes desafios deste subsetor, com José Coutinho Sampaio do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e Marco Leite do IST – Instituto Superior Técnico.

 

José Sampaio_INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial
José Sampaio_INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial
Marco Leite_IST - Instituto Superior Técnico
Marco Leite_IST – Instituto Superior Técnico

 

O subsector de Metalurgia/Metalomecânica dentro da indústria de componentes para automóveis representa 40% do número de empresas, com um volume de negócios agregado de 3,1 mil milhões de euros, dando emprego directo a 16.000 pessoas.

 

Os grandes desafios para estas empresas e todas as outras, de acordo com as intervenções desta tarde, assentam sobretudo no acompanhamento da evolução da indústria automóvel, nomeadamente: Diminuição do peso que as vai afectar na concepção de produtos; Novos materiais; Tecnologias associadas à engenharia de desenvolvimento de novos produtos e processos; Impressão 3D e manufactura aditiva; Automação e digitalização e Indústria 4.0.

 

É um facto que a indústria de fabrico de componentes para automóveis tem vindo a crescer e a assegurar a sua sustentabilidade de uma forma positiva devido à boa qualificação e capacidade de adaptação da mão-de-obra, às competências técnicas, de gestão e de inovação; e à cooperação entre empresas/universidades/centros de investigação.

 

Outro ponto relevante é o facto de as empresas investirem continuamente em produtos e tecnologias inovadoras para obter automóveis mais seguros, tendencialmente autónomos, e soluções mais amigas do ambiente.

 

A par destes pontos fortes foram também identificados obstáculos que têm limitado o desenvolvimento do setor e prejudicado a competitividade das empresas. Dos obstáculos, destacamos que:

 

A indústria portuguesa, periférica em relação aos seus principais mercados, está demasiado dependente dos transportes rodoviários e dos seus custos crescentes, que a penalizam duplamente – na importação e na exportação;

 

O excessivo preço da energia afecta a estrutura de custos das empresas e, em muitos casos, a qualidade do fornecimento da energia eléctrica provoca perdas e desperdícios;

 

Os níveis da fiscalidade, a imprevisibilidade das políticas públicas, complexidade e instabilidade dos quadros regulamentares, assim como uma justiça que não funciona têm sido em Portugal factores muito críticos, que afectam negativamente a vida das empresas, a confiança e o investimento;

 

O acesso aos fundos comunitários foi também apontado como uma área de potencial melhoria para o desenvolvimento e aumento de competitividade do setor. Em muitos casos os critérios de elegibilidade penalizam as candidaturas da indústria transformadora;

 

Nas zonas mais industrializadas do País regista-se – a somar à escassez crónica e generalizada de quadros técnicos intermédios – uma preocupante falta de mão-de-obra a todos os níveis e uma inflação salarial superior aos ganhos de produtividade. A precariedade laboral não é uma escolha dos empresários mas sim uma consequência dum mundo precário em rápida mutação, duma economia globalizada extremamente concorrencial e de mercados voláteis nos quais as empresas exercem a sua actividade;

 

A flexibilidade laboral continua a ser um fator preocupante para o setor automóvel, sendo necessário na legislação laboral optimizar instrumentos que permitam, em tempo útil e sem custos extra, responder às flutuações de atividades imprevistas. Receiam-se medidas no sentido oposto.

 

No final, e somando todos estes factores, o resultado poderá travar os investimentos ou desviá-los para outros países.

 

Num trabalho constante de defesa e divulgação do setor a nível nacional e internacional, a AFIA acredita que estes encontros entre as empresas são fundamentais para que de uma forma organizada e sintonizada se consiga tornar o setor dos componentes automóveis mais competitivo e apelativo, chamando a atenção para as mais-valias das nossas empresas mas, também, para as preocupações que diariamente as afetam.

 

Neste sentido estão já programadas novas iniciativas e encontros de trabalho, garantindo uma grande proximidade às empresas e uma atuação mais eficaz na defesa dos seus interesses e necessidades.