AFIA Mostra Desagrado com Medidas Introduzidas pela Assembleia da República à Legislação do Trabalho
A AFIA enviou ontem uma Carta ao Primeiro-Ministro António Costa e ao Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, mostrando o seu desagrado para com a aprovação da Agenda do Trabalho Digno no Parlamento
in AFIA, 01-03-2023
Na sequência dos contactos recebidos dos nossos Associados, onde manifestavam o forte desagrado pelas medidas introduzidas pela Assembleia da República à legislação de trabalho, a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel enviou ao Governo uma carta onde traduzia o protesto das empresas produtoras de componentes para a Indústria Automóvel. Com esta decisão de não fazer passar estas alterações pela Concertação Social, por não discutir estes assuntos com as Associações Empresariais, como era suposto, torna difícil explicar ao tecido empresarial, nacional e externo, a razoabilidade, a oportunidade e o enquadramento num plano europeu.
As empresas ligadas a esta Indústria têm como preocupação principal a competitividade e consideram que algumas das medidas apresentadas e aprovadas na Agenda do Trabalho Digno no Parlamento, não ajudam a manter este desígnio. É neste contexto que a AFIA decidiu escrever para alertar para o intenso acentuar do ónus que as alterações à legislação laboral fazem recair sobre as empresas, nomeadamente nas novas exigências na dispensa de trabalhadores em período experimental, nas restrições ao trabalho temporário e à sucessão de contratos a termo, na proibição de recurso ao “outsourcing” para satisfazer as mesmas necessidades de um trabalhador despedido até doze meses antes, etc.
Diz ainda a AFIA que está preocupada com as relações laborais num futuro próximo, por isso não pode deixar de o expressar, por ser esse o “sentimento dos seus Associados que preconizam todos os dias a vontade de serem melhores e ombrearem com os seus competidores europeus.
Sobre a AFIA
A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.
A indústria de componentes para automóveis em Portugal agrega cerca de 350 empresas e emprega diretamente 62.000 pessoas. Fatura 12 mil milhões de Euros (ano 2022), com uma quota de exportação superior a 80%.
Em termos de importância na economia nacional, representa 5,3% do PIB, 9,1% do emprego da indústria transformadora, 11,1% do valor acrescentado bruto da indústria transformadora, 14,9% das exportações nacionais de bens transacionáveis e 16,6% do investimento total da indústria transformadora.