BorgWarner investe 90 milhões de euros em nova unidade em Lanheses que vai criar 350 postos de trabalho

A norte-americana BorgWarner inaugurou ontem, no Parque Empresarial de Lanheses, uma nova unidade industrial para produção de motores elétricos e componentes para veículos elétricos e pesados, híbridos e 100% elétricos, num investimento superior a 90 milhões de euros que aposta na transição energética e vai permitir criar 350 novos postos de trabalho.

in Câmara Municipal de Viana do Castelo, 29-06-2023


Este novo investimento decorre ainda durante um ano, até junho de 2024. Na cerimónia de inauguração, o Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, reconheceu que Viana do Castelo celebrou “mais um dia no caminho do crescimento e da sustentabilidade”. “É um dia feliz para o universo BorgWarner, mas também para mim e para o Município porque a BorgWarner representa o maior investimento no concelho nos últimos 8 anos. É um dos 5 maiores empregadores do concelho, um dos principais contribuintes líquidos das exportações do concelho e do distrito”, destacou o autarca.

“Continuamos juntos na conquista dos desafios do desenvolvimento sustentável, da diversidade empresarial, industrial, da competência, dos serviços, da inovação da transição ambiental, energética e digital, na consolidação do Cluster Automóvel, num percurso económica e ambientalmente sustentável, que consolida modernidade e diferenciação, apelativo, atrativo e fixador de recursos humanos altamente qualificados, mobilizados e comprometidos com os seus projetos profissionais”, declarou ainda, considerando que todos ganham, entre território, empresas e colaboradores, fixando talento e garantindo investimentos sustentáveis e de futuro “num parque empresarial qualificado e de excelência, com um investimento exclusivamente municipal superior a 5 milhões de euros nos últimos seis anos”.

Já Hugues Simion, Plant Manager responsável pela fábrica vianense, agradeceu o apoio do Município de Viana do Castelo na agilização dos processos em tempo recorde.

O CEO da Borgwarner, Frederic Lissalde, disse estar “impressionado com o crescimento da fábrica” que visa a eficiência, referindo que Viana do Castelo é muito importante para a empresa, agradecendo o contributo e apoio dado pela autarquia vianense. “Queremos crescer convosco”, reiterou.

Este foi o terceiro investimento da multinacional americana no concelho, depois de o grupo ter selecionado Portugal como futuro Centro Europeu para a expansão da eletrificação. Em 2021, em Viana do Castelo a Borgwarner tinha um volume de negócios de 170 milhões de euros, prevendo-se a duplicação deste valor com esta nova unidade.

Recorde-se que, no mês de julho de 2021, a Câmara Municipal de Viana do Castelo isentou a Borgwarner do pagamento do Imposto Municipal Sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT) pela aquisição, à empresa Enerconpor – Energias Renováveis de Portugal, de uma parcela de terreno, com 78 mil metros quadrados, no Parque Empresarial de Lanheses, para a instalação desta unidade agora inaugurada.

Com este investimento da Borgwarner, Portugal vai começar a produzir motores elétricos e componentes para veículos ligeiros e pesados, híbridos e 100% elétricos em Viana do Castelo. No país, a BorgWarner tem fábricas no Seixal e em Viana do Castelo. Toda a produção desta nova unidade vianense terá como destino a exportação.

Portugal apontado como candidato à mega fábrica da Tesla que estava prevista para Espanha

A imprensa espanhola garante que a localização da fábrica em Valência foi descartada por completo e que Portugal está muito bem colocado como alternativa. Trata-se de um investimento que ronda os 5000 milhões de euros e pode gerar entre 12 mil e 15 mil empregos

in Expresso, por Vitor Andrade, 29-06-2023


Espanha quebrou o pacto de confidencialidade exigido pela construtora norte-americana de carros elétricos Tesla, numa fase muito avançada das negociações e o patrão daquela empresa – o conhecido empresário Elon Musk – não gostou do sucedido e já terá descartado a hipótese de realização do mega-investimento de 5000 milhões de euros que estava a ser preparado para a região de Valência.

O jornal espanhol El Debate, noticiava ontem (com informação atualizada já ao final da manhã desta quinta-feira) que Portugal pode ser a alternativa à fábrica que estava a ser estudada por Musk para Valência.

O Expresso tentou saber mais pormenores junto do Ministério da Economia, que não confirma nem desmente. E diz apenas que “o Governo português está a trabalhar em vários projetos decisivos para o desenvolvimento do país”.

MUSK TERÁ IGNORADO ESPANHA NA SUA RECENTE VISITA À EUROPA

Note-se que, segundo a imprensa espanhola, Elon Musk, na sua mais recente visita à Europa, terá ignorado Espanha, devido ao desentendimento quanto à regra da confidencialidade, e seguiu apenas para França e para Itália para contactos de alto nível. Não se sabe, porém, que tipo de contactos poderão estar em curso com as autoridades portuguesas.

O jornal El Debate justifica a possível opção da Tesla por Portugal, por se tratar de um país que dispõe, tal como Espanha, de boas ligações marítimas no arco mediterrânico e, ainda, por já dispor de um bom acesso à produção em grande escala de energias renováveis e baratas, fator que a Tesla favorece nas suas escolhas.

NOVA FÁBRICA PODE GERAR ENTRE 12 MIL A 15 EMPREGOS

O clima de instabilidade política em Espanha também pode ter jogado a desfavor daquele país, segundo o mesmo periódico. Por outro lado, Portugal é visto como uma país ‘amigo’ da mobilidade elétrica, onde já existe uma rede de carregamento, por exemplo, que é duas vezes maior que a de Espanha.

A fábrica em causa deverá ficar preparada para fabricar anualmente 500 mil unidades do Tesla Model Y, o modelo que mais se vendeu na Europa em 2022. Estima-se que possa criar entre 12 mil e 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Para se ter um termo de comparação basta dizer que a maior fábrica de automóveis em Portugal – a Autoeuropa – produz, por ano, menos de metade daquela quantidade e emprega cerca de 5000 pessoas.

PORTUGAL JÁ PRODUZ VEÍCULOS ELÉTRICOS

O cluster da indústria automóvel em Portugal já conta com duas fábricas posicionadas para a mobilidade elétrica: a Mitsubishi Fuso, no Tramagal, que arrancou há pouco mais de um mês com a eletrificação total do modelo eCanter; e a unidade do grupo Stellantis, em Mangualde, que já prepara o processo de renovação da fábrica e deverá começar a colocar no mercado dentro de pouco mais de um ano furgões compactos totalmente elétricos, das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot.

Sobre a Autoeuropa, em Palmela, o sucesso comercial que hoje é, sobretudo no mercado europeu, o modelo T-Roc – ali produzido -, e tendo em conta a estratégia do grupo Volkswagen, onde se integra, para a eletrificação de uma grande parte dos seus modelos já nos próximos anos, já se admite, numa primeira fase, a preparação da fábrica para começar a produzir a versão híbrida daquele carro. A eletrificação total deverá vir logo a seguir, segundo fontes da unidade de Palmela, embora a direção da fábrica ainda não o admita oficialmente.

Note-se ainda que, em entrevista ao Jornal Económico publicada esta quinta-feira, o novo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Filipe Santos Costa, disse que uma das apostas mais fortes do seu mandato será a possibilidade de Portugal passar a produzir um veículo elétrico. “E não necessariamente com o recurso às marcas que já se encontram em território nacional”.

Ou seja, um quadro de investimento em que se poderá enquadrar a opção da Tesla por Portugal.

 

 

BorgWarner comemora abertura de fábrica de produção de produtos de eletrificação para veículos em Portugal

  • Nova Fábrica localizada em Lanheses, Viana do Castelo, Portugal
  • Dá suporte às aspirações de eMobility de OEM globais na Europa
  • Até ao final de 2023, prevê-se que as instalações com 28.500 metros quadrados empreguem mais de 300 pessoas

in BorgWarner, 29-06-2023


A BorgWarner inaugurou ontem oficialmente a sua nova fábrica em Lanheses, Viana do Castelo, Portugal, com uma cerimónia de inauguração onde estiveram presentes representantes do governo nomeadamente o Exmo. Sr. Presidente da AICEP, Filipe Santos Costa; o Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre e de representantes da BorgWarner, incluindo o CEO, Fréderic Lissalde; o CTO, Harry Husted; o Presidente da Unidade de Negócio, Stefan Demmerle e o Diretor da Fábrica, Hugues Simion. As instalações com 28.500 metros quadrados irão fabricar produtos de eletrificação de veículos, como motores elétricos e módulos de acionamento integrados. As novas instalações expandem a unidade de 62,000 metros quadrados pré-existente em Viana, transformando a localização num campus amplo que apoia os clientes Europeus da BorgWarner.

“Uma vez que a procura de tecnologia de eletrificação continua a crescer, a nova fábrica irá fornecer uma maior capacidade de produção para apoiar os nossos clientes OEM nas suas transformações de eMobility,” afirmou Hugues Simion, Diretor da fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo. “A expansão da nossa presença em Portugal reforça o nosso compromisso de investimento na Europa como uma região importante para a produção e está em linha com a estratégia de crescimento global da BorgWarner.”

“Na BorgWarner, nós vemos as pessoas como parte integrante da forma como gerimos o nosso negócio. A alavancagem do talento existente da BorgWarner no campus aqui em Viana tem sido um fator importante na inauguração bem-sucedida desta nova fábrica,” acrescentou Tania Wingfield, Presidente Executiva de Recursos Humanos da BorgWarner.

A juntar à atividade fabril, as instalações de Viana do Castelo irão empregar profissionais nos departamentos de engenharia, finanças, gestão da cadeia de abastecimento, RH, IT e qualidade. Prevê-se que o número atual de aproximadamente 230 colaboradores passe para mais de 300 até ao final do ano.

A BorgWarner é um dos principais fornecedores de tecnologias de eletrificação avançadas para aplicações de 400V e 800V, com uma linha de produtos de eMobility que inclui sistemas de bateria, carregadores, controladores, conversores, motores elétricos eficientes e compactos, eletrónica de potência, sistemas de gestão térmica, inversores e módulos de acionamento integrados. O extenso portfólio da empresa é complementado por experiência em integração de sistemas para fornecer aos clientes soluções totalmente funcionais e eficientes.

 

Da esquerda para a direita, Hugues Simion, Diretor de Fábrica da nova unidade da BorgWarner em Viana do Castelo; Filipe Santos Costa, Presidente da AICEP; Frédéric Lissalde, Presidente e CEO da BorgWarner; Dr. Stefan Demmerle, Presidente e Diretor Geral da BorgWarner PowerDrive Systems; Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

 


 

Sobre a BorgWarner

Há mais de 130 anos que a BorgWarner é um dos líderes em produtos globais transformadores que traz para o mercado inovações bem-sucedidas na área de mobilidade. Atualmente, estamos a acelerar a transição mundial para a eMobility, para ajudar a construir um futuro mais ecológico, mais saudável e mais seguro para todos.

https://www.borgwarner.com/

 

 

CLEPA | EU co-legislators reach agreement on the Data Act – a sector-specific legislation must now quickly follow

  • The Data Act agreement in trilogue is expected to allow third-parties to provide innovative services to the end user, but will need a complementary regulation that addresses the complexities of the deployment of data-based services in the auto sector
  • A prompt publication of the sector-specific proposal is necessary to improve competition, boost innovation capabilities, and protect consumer rights and choice

in CLEPA, 28-06-2023


Negotiators from the European Parliament and the Council of the EU reached an agreement last night on the Data Act legislation, which will regulate how data generated by connected objects can be accessed and shared.

Automotive technology is rapidly advancing, with vehicles generating and collecting ever greater quantities of data to operate and monitor systems. This data offers a huge potential to improve and develop new services for the benefit of consumers. However, automotive suppliers and other third-party service providers currently rely on the willingness and conditions of a limited group of market players to provide access to this data. Such a level of control on the market carries the risk of creating “gatekeepers,” with a detrimental effect on fair competition, innovation, and consumer choice. Both personal cars and commercials trucks are affected by this issue.

CLEPA, the European Association of Automotive Suppliers, welcomes the conclusion of the negotiations on the Data Act. The final agreement has yet to be reviewed in detail to assess the latest changes. Overall, CLEPA expects this horizontal legislation will be an important first step towards improving the situation by ensuring that third-parties can provide innovative services to the end user. Moreover, the association welcomes that this legislative text puts the consumer at the centre and imposes obligations on data holders.

Nevertheless, the Data Act alone will be insufficient to fully address the complexities of the deployment of data-based services in the automotive sector. Therefore, we strongly advocate for the swift publication of the proposal for a complementing sector-specific regulation, which is currently being drafted by the European Commission and has been publicly confirmed. The Parliament and Council made the Data Act a priority and managed to conclude complex discussions in a very short time period. We now call on the Commission to dedicate the same effort towards the sector-specific legislation and publish its proposal by the end of the summer.

“A prompt publication of the sector-specific proposal on access to in-vehicle data, functions, and resources by the Commission will contribute to improving competition, boosting innovation capabilities of thousands of automotive supply companies, and will protect consumer rights and choice,” says CLEPA’s Secretary General Benjamin Krieger. “The technical work and discussions behind this legislation have been going on for years. It is now time for the proposal to be finalised and published.”

Earlier this year, CLEPA published a position paper looking at the complexities of vehicle data services in the European mobility ecosystem. You can read it here.

 

 

Presidente da AICEP: “Vamos continuar a ter investimentos em toda a cadeia da mobilidade elétrica”

Estados Unidos lideram o investimento direto estrangeiro em Portugal: 19% da captação agregada em 2022 veio do lado de lá do Atlântico, um segmento que a AICEP quer explorar. Também quer explorar o segmento automóvel, querendo trazer para Portugal a construção de um veículo.

in O Jornal Económico, por António Freitas de Sousa, 28-06-2023


O sector dos componentes automóveis e o cluster que se formou em seu torno é há muito um dos mais importantes segmentos da economia – nomeadamente em termos de captação de investimento direto estrangeiro, de exportações, mas também de produção de postos de trabalho diferenciados. O novo presidente da agência que lidera (também) o investimento estrangeiro, Filipe Santos Costa, que tomou posse há uma semana, disse, em entrevista ao JE, que uma das apostas mais fortes do organismo é a possibilidade de Portugal passar a produzir um veículo elétrico. E não necessariamente com o recurso às marcas que já se encontram em território nacional.

Até porque, recorda o novo líder da agência, as empresas oriundas dos Estados Unidos da América estão à frente do investimento direto estrangeiro captado por Portugal. Só em 2022, foi daquele lado do oceano Atlântico que vieram 19% de todo o investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal.

Como avalia a captação de investimento direto estrangeiro?

Estamos com uma grande dinâmica de atração de IDE, com particular destaque para os Estados Unidos.

Um novo mercado com grande potencial.

Sim, é verdade. Em 2022, os Estados Unidos foram o principal emissor de IDE para Portugal em termos de número de projetos: 19% do total, por país de origem dos investidores. A seguir surge um conjunto de países com 15% – o Reino Unido, a Suíça com 15%, o conjunto dos quatro países nórdicos com 15% e depois a Alemanha com 13%.

Em sete países de que me fala, quatro são exteriores à União Europeia. Como explica isso?

Portugal é um bom sítio para países terceiros investirem na União Europeia. É um país seguro, com boas infraestruturas de comunicações e de utilidades, é um país que desde cedo apostou na transição energética e na transformação digital, é um país com uma população cada vez mais capacitada com destaque para o talento e a proficiência de inglês e é um país que consegue já ter – fruto do investimento interno das empresas portuguesas – uma série de clusters que fazem com que a seguir surjam IDE nos sectores em que nós próprios apostámos e que o país promoveu.

Dos investimentos que a AICEP contratou, em termos de incentivos (financeiros e fiscais) com os Estados Unidos da América, 49% desse investimento (de 2015 a 2021) foram referentes à indústria automóvel e dos componentes para veículos.

O que é que se segue?

Desde logo há uma aposta que tem sido várias vezes expressa pelo ministro da Economia de termos em Portugal a cadeia dos veículos elétricos, da mobilidade elétrica. O investimento da BorgWarner vem muito ao encontro desse objetivo nacional, uma vez que, ao investir 90 milhões de euros, vem triplicar o investimento que já tinha consolidado em Viana do Castelo.

Em 2014, em 2016 e em 2018, em três investimentos distintos – um de 23 milhões de euros, outro de 12, outro de nove milhões, investiu um total de 45 milhões de euros e agora de uma vez investe mais 90 milhões. É um investimento inequivocamente inscrito na área da mobilidade elétrica: trata-se de componentes para motores elétricos.

Inscreve-se nas áreas prioritárias.

É uma das prioridades, vamos continuar a ter investimentos e toda a cadeia de produção da mobilidade elétrica. Com destaque, naturalmente, para as unidades de componentes e, esperemos nós, também de veículos acabados.

Há essa possibilidade real?

Temos essa possibilidade. Nas unidades já existentes em Portugal e que façam essa transição, seja em novas unidades que se venham a instalar em Portugal. Estamos a trabalhar em alguns leads de investimento de veículos acabados. Outra área que tem ganho muita proeminência no investimento norte-americano é a área dos centros de competência. Com uma crescente qualificação desses centros de competência e uma evolução do seu grau de complexidade para novas áreas que interessam muito à economia nacional.

Como sejam a área financeira ou a da investigação e desenvolvimento. Uma terceira área é habilitadora desta segunda, que é a das telecomunicações – também com grandes investimento oriundos dos Estados Unidos – tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente cabos submarinos (comunicações, processamento e armazenamento de dados.

O ano de 2022 fechou com uma média mensal de 12 mil milhões de euros de exportações. É um ritmo que se mantém este ano?

Acho que vamos conseguir manter esse ritmo. A AICEP trabalha não só no apoio à promoção das exportações – com as diferentes associações setoriais, com associações de âmbito nacional ou regional, empresas. Apoiamos a internacionalização das empresas, promovemos as exportações nacionais e trabalhamos também muito afincadamente na atração e fixação de investimento produtivo – seja investimento nacional, seja estrangeiro. Os grandes projetos de investimento passam pela AICEP.

Queremos fixar mais investimento produtivo, gerador de riqueza, de bens transacionáveis, apreciador da qualificação e dos salários dos portugueses. É a melhor maneira de promover as exportações: é aumentar o investimento produtivo.

Portanto, o primeiro foco da agência é a atração de investimento produtivo, nacional e estrangeiro. Sem descurar, naturalmente, o papel da produção nas exportações. O primeiro passo para produzir exportações é aumentar o investimento produtivo.

Nesse quadro, a sua prestação à frente da AICEP será marcada pela continuidade? Preferiria produzir uma rutura?

Nenhuma rutura, absoluta continuidade. O desafio é continuar o legado deixado por Luís Castro Henriques, Pedro Reis, Miguel Frasquilho e Basílio Horta.

 

 

 

EXACT SYSTEMS | MotoBarometer 2023: moods in the Automotive Industry in Europe

The 7th edition of the opinion poll of representatives of the automotive industry in Europe “MotoBarometer 2023

Exact Systems, 28-06-2023


What are the greatest problems related to employment in the automotive industry right now? In which year will the prices of EVs catch up with those of internal combustion engines? Will solutions based on artificial intelligence, the Internet of Things, and the metaverse have a positive impact on the cars produced?

Exact Systems together with automotive representatives will soon try to answer these difficult questions.

The leader in quality control of automotive parts and one of the largest companies in the industry in Europe is conducting the 7th edition of the study “MotoBarometer 2023: moods in the automotive industry in Europe”. Last year, almost 1000 representatives of production plants from as many as 11 countries participated in the study: Poland, Belgium, the Czech Republic, Spain, the Netherlands, Germany, Slovakia, Romania, Hungary, Portugal and Turkey.

The aim of the study is to obtain information about the condition of the automotive industry, in particular about production, employment and prospects for automotive. The survey is anonymous and its results will be presented in aggregate form.

How to take part in the study?

All you need to do is complete a short online survey – it only takes a few minutes to answer. As a thank you for completing the questionnaire, all respondents will receive a full report with the results. The study will last until July 07 this year, and the report will be available this fall!

Link to the survey:

The previous editions of the “MotoBarometr” report can be downloaded from the website:

 

https://motobarometer.com/en/

 

We invite you to participate in the survey!

 

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Exact Systems is an international group that provides flexible solutions in the field of production, quality and logistics. The company’s offer is available in 13 countries where the group has its representative offices: Poland, the Czech Republic, Germany, Slovakia, Turkey, Romania, France, Hungary, Belgium, the Netherlands, Portugal, Spain and China.

The group’s customers include companies from the automotive, electronics and household appliances, medical and cosmetic industries, as well as logistics centres, including those operating in the e-commerce space.

Read more www.exactsystems.com

 

 

ZF produz em Ponte de Lima airbags que salvam vidas em todo o mundo

O Grupo ZF é um dos maiores produtores mundiais de componentes para a indústria automóvel, e também indústria naval, aerospacial e ferroviária. Está presente em 240 localizações de 40 países e emprega 140 000 pessoas. Em Portugal, esta multinacional alemã emprega cerca de 2000 trabalhadores, entre Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Lisboa. Em Ponte de Lima, o Grupo ZF tem unidades fabris nas freguesias da Gemieira, onde abriu, em 2000, a primeira empresa, a SafeLife, e de Fornelos, onde funciona a segunda empresa do grupo com a designação Safebag.

in Alto Minho, 28-06-2023


Na Gemieira, existe também um centro de engenharia de desenvolvimento do produto. Nestas duas unidades são produzidos airbags que protegem condutores de todo o mundo. Na Gemieira são produzidos os sacos que depois seguem até Fornelos para serem montados os módulos finais. A unidade da ZF na Gemieira passou recentemente a produzir os geradores, componente necessário para inflar o airbag, que é fundamental no desempenho do sistema de segurança automotiva. Com este investimento, a fábrica de Ponte de Lima é a única da multinacional que produz todos os componentes do airbag: saco, gerador e módulo.

Em Ponte de Lima, a empresa exporta a maior parte da sua produção, pertencendo ao grupo das principais empresas exportadoras portuguesas. É o maior empregador de Ponte de Lima e um dos maiores de Viana do Castelo, com aproximadamente 1800 pessoas nas fábricas de Gemieira e Fornelos. Destas, 200 são altamente qualificadas e trabalham em investigação e desenvolvimento no centro de engenharia. A ZF Ponte de Lima é um dos principais fornecedores de airbags para a indústria automóvel. A maior parte das marcas do mercado é sua cliente, nomeadamente, Peugeot, Citroen, DS, Fiat, Toyota, Opel, Ford, Volvo, VW, Seat, Audi, Cupra, Renault, Nissan, Mercedes, Hyundai, entre outras. “Ajudar a salvar vidas” é a missão que a empresa tem cumprido ao longo dos anos e que se vê em muitos dos automóveis que circulam nas estradas. Essas viaturas tem airbags da ZF Ponte de Lima, destacando-se, por exemplo, o Peugeot 3008, Citroen Berlingo, Ford Focus, Volvo XC60, VW Polo, Renault Kadjar ou Nissan Qasqhai.

Para a ZF de Ponte de Lima é importante continuar a assumir a responsabilidade pela sustentabilidade, assegurando o sucesso a longo prazo da empresa, protegendo os recursos naturais e demonstrando responsabilidade social com as suas pessoas. O compliance também é uma componente essencial dos valores da empresa, tendo regras de conduta aplicadas mundialmente, com o objetivo proteger os colaboradores e os clientes.

Trabalhar na ZF de Ponte de Lima reflecte uma “forte vontade de vencer”

Na entrada na fábrica da ZF em Fornelos, salta à vista um quadro com uma mensagem motivacional que incita ao trabalho em equipa como fonte de inspiração conjunta para alcançar os melhores resultados, sempre com uma “forte vontade de vencer”. A empresa realça ainda que, em Ponte de Lima, “a principal prioridade é assegurar um ambiente de trabalho sustentável a todos os trabalhadores e a todos os parceiros”.

Certificada a nível ambiental pela ISO 14.001, a ZF Ponte de Lima tem desempenhando um papel importante na consciencialização dos trabalhadores, através da implementação de um conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento das boas práticas, das normas e da legislação. A nível social, têm sido desenvolvidas ao longo dos anos diversas atividades, de forma a fomentar uma consciência de envolvimento nas temáticas sociais, com o objetivo de manter as pessoas seguras e cumprir os altos padrões de saúde e segurança na ZF.

Ciente da importância que os trabalhadores têm para o sucesso da empresa, a ZF tem apostado também na sua melhoria contínua, aplicando as ferramentas Lean & Six Sigma, na redução dos desperdícios e variações inerentes aos processos, tornando-os mais estáveis e rentáveis. Estas ferramentas fazem parte do plano de desenvolvimento de todos os colaboradores desde a formação inicial, sendo reforçada ao longo do percurso com várias ações de formação/workshops. O trabalho de melhoria contínua é abordado por uma equipa multidisciplinar, para que todos se sintam envolvidos, começando no chão de fábrica, onde estão os colaboradores diretos que possuem todo o conhecimento do processo.

A empresa tem também implementados dois programas que afectam diretamente os colaboradores: o “Muro de Ideias” e a “Gamificação”. O Muro de Ideias é um local onde os colaboradores podem colocar as suas propostas de melhoria que posteriormente podem ser reconhecidas e premiadas. A Gamificação é um programa para melhorar a qualidade da empresa, promover uma maior integração dos colaboradores diretos no processo de controlo de qualidade, incentivar a uma mudança de comportamentos, fazer com que os colaboradores se sintam motivados, confiantes e orgulhosos do seu trabalho e promover uma competição saudável.

Todos os meses há um trabalhador salva-vidas

Através da gamificação, programa que começou oficialmente em setembro de 2022, a ZF promove todos os meses uma passagem de testemunho da bóia e braçadeira “Salva Vidas”, um reconhecimento interno ao trabalhador que detectou algum defeito na produção, ajudando a melhorar a qualidade da produção. As várias indicações que os trabalhadores dão para a melhoria da qualidade são avaliadas por uma comissão interna que depois divulga o “salva vidas” do mês e dois outros trabalhadores que ficaram no top3 de cada mês. Através deste programa, a ZF cumpre dois objectivos: melhora os seus processos de produção e promove o engajamento do trabalhador.  A entrega da bóia salva-vidas e da braçadeira é sempre uma surpresa para o trabalhador no seu local de trabalho. Foi o que aconteceu com Fernanda Silva, a trabalhadora “salva-vidas” de abril, que detectou um defeito. “Não estava à espera deste prémio, já nem me recordava que tinha reportado esse problema. Foi uma surpresa completa”, admitiu a trabalhadora de 49 anos que há 9 trabalha na linha de produção de módulos da ZF. Com a braçadeira salva-vidas no braço, Fernanda reconhece a importância deste “prémio” para incentivar os trabalhadores a estarem mais atentos a eventuais problemas que possam aparecer. “Gosto de trabalhar nesta fábrica, sinto que o meu trabalho é reconhecido e, além disso, estou perto de casa. Os colegas de trabalho são espectaculares e é muito bom trabalhar aqui”, assegurou a trabalhadora natural de Ponte de Lima, realçando que “felizmente” nunca precisou de um airbag. “É verdade que ajudo a fazer um produto que espero que nunca venha a ser usado”, assentiu Fernanda, convicta de que está a trabalhar “para salvar vidas”. “O produto que fazemos tem de ser bem-feito e temos de pensar que é para salvar as pessoas”, reforçou.

“É espectacular sentir que faço parte de uma multinacional”

Do universo de 1800 trabalhadores nas unidades de Fornelos e Gemieira, já há uma percentagem assinalável de imigrantes. Só na fábrica de Fornelos, há trabalhadores de mais de 10 nacionalidades, nomeadamente, brasileiros, argentinos, mexicanos, espanhóis e venezuelanos. Flávia Rodrigues veio do Brasil em busca de melhores condições de vida, para poder criar a sua filha de 14 anos em segurança, e encontrou em Ponte de Lima e na ZF a resposta para os seus anseios. Esta trabalhadora de 30 anos, regressou, há cerca de um ano, à fábrica de Fornelos, onde já tinha trabalhado antes da pandemia. Operadora de produção, Flávia trabalha com vários módulos como condutor, cortina (airbag lateral) ou tórax. “Nos primeiros dias foi um pouco assustador começar a trabalhar aqui, mas os meus colegas foram super receptivos e adaptei-me bem. Hoje gosto mesmo de trabalhar aqui, pela dinâmica e envolvimento de todos. Além disso, gosto de ver o meu trabalho a ir para outros países. Às vezes, vejo um carro e digo que fui eu que fiz aquele módulo porque provavelmente passou por aqui”, destacou a trabalhadora, que faz o turno das 06 às 14 horas. “Trabalhar na ZF tem um grande significado, principalmente para mim que cheguei cá vindo de outro país e estou a trabalhar numa multinacional. É gratificante e espectacular sentir que faço parte de uma multinacional”, afirmou a trabalhadora carioca.

Seguro de saúde e ginástica laboral entre os benefícios

Com laboração contínua por turnos, a ZF de Ponte de Lima disponibiliza uma série de benefícios para os seus trabalhadores. Dispõe de um serviço de transporte através de autocarro em oito linhas por turno de trabalho, paga 100% de um seguro de saúde aos trabalhadores, tem um cartão refeição com benefícios associados, tem parcerias com diversos estabelecimentos e serviços com descontos para o trabalhador, promove sessões de ginástica laboral antes de iniciar cada turno com resultados positivos na força, flexibilidade e postura dos trabalhadores, concretiza melhorias ergonómicas dos processos com elevado impacto no bem-estar dos trabalhadores, realiza workshops de melhorias nos locais de trabalho, com envolvimentos das várias áreas da empresa e formações / sensibilizações no âmbito da saúde, segurança, ergonomia, mindfulness, saúde mental e alimentação saudável, disponibiliza um serviço de apoio psicológico, cujo principal objetivo é ajudar os colaboradores a lidar com situações que estejam a causar desconforto e desenvolve diversas ações de consciencialização ambiental.

Robots inovadores

Nas duas fábricas de Ponte de Lima, a ZF tem concretizado também algumas inovações de forma interna e com a participação de outros parceiros, visando a melhoria dos processos e das condições de trabalho dos trabalhadores, designadamente, com a aposta em robots. Com o robot de costura, por exemplo, os colaboradores não têm de realizar a costura manual dos sacos, melhorando as condições ergonómicas da operação e a qualidade do processo. Mas na ZF existem ainda o robot para manusear os módulos dentro da estação de montagem e no final enfitá-los, outro para manusear as caixas de sacos para passarem por um sistema de deteção de metais e ainda um robot que transfere os módulos entre cada estação de montagem.

Como é feito um airbag?

Determinante para a segurança dos condutores, o airbag é um componente automóvel que passa por um complexo processo até ficar pronto, na expectativa paradoxal de que nunca venha a ser utilizado. Na ZF de Ponte de Lima, a produção de um módulo airbag está dividida entre a fábrica de sacos, na Gemieira, e a fábrica de módulos, em Fornelos. A produção de sacos está dividida em três etapas: o recobrimento do tecido com um siliconado que serve para a protecção térmica na abertura do saco airbag; o corte do tecido que é feito em três máquinas, uma delas com uma cabeça de corte e as restantes com uma cabeça de corte laser; e a costura que junta as peças que foram cortadas previamente. De referir que o tecido é cortado segundo um desenho criado informaticamente visando sempre o maior aproveitamento do material, de forma a reduzir a pegada ecológica, redirecionando ainda toda a poliamida para ser reciclada ou reutilizada. E que todos os painéis principais dos sacos são inspecionados por operadores treinados para garantir que não existem defeitos quer do processo de siliconado, quer dos processos de fornecedores de tecido, nomeadamente da tecelagem. Quando o tecido está a ser cosido, o número, a orientação das peças e a sequência de montagem são controlados automaticamente pelas máquinas através de sensores e anti erros de montagem para garantir a conformidade do saco. Por último, o saco passa por um controlo final, onde os pontos essenciais são revistos e contrastados com os requisitos do produto, para ser rastreado e embalado.

Quatro laboratórios

A ZF Ponte de Lima integra na sua estrutura quatro laboratórios com diferentes âmbitos, tendo como principais funções suporte e validação das áreas produtivas e de engenharia. Laboratório Têxtil: Realização de ensaios ao tecido produzido no processo interno de recobrimento de silicone, para verificar que estes cumprem com os requisitos das especificações (Tecido base PA6.6 ou PET recoberto com silicone). Laboratório de Metrologia: Realização de controlo dimensional, dos componentes, produto final, para verificar se estão de acordo as especificações (desenho técnico). Laboratório COP (Conformidade de produção airbags): realização de ensaios estáticos para verificação de funcionalidade e integridade do produto final. Laboratório de Geradores: realização de ensaios balísticos de verificação de pressão gerada, ensaios força estrutural (metalográficos, tração, “static burst”) e ensaios de controlo de humidade do propelente.

“Produção de geradores na ZF Gemieira é extraordinária”

Na unidade da ZF da Gemieira, começaram também a ser produzidos os geradores, equipamento do gás para enchimento do saco do airbag. Existem três tipos de geradores: pirotécnico, gás comprimido e híbrido. Na Gemieira, são produzidos geradores pirotécnicos, ou seja, o seu funcionamento baseia-se na conversão de um sinal elétrico numa reação química (combustão), que irá gerar uma quantidade de gás a libertar de forma precisa e rápida para atingir o total enchimento do saco airbag. Esta foi a primeira fábrica com essa competência dentro do grupo a nível mundial. O investimento na produção de geradores contempla também uma segunda linha de montagem e o uso desta tecnologia implicou a contratação de mais trabalhadores qualificados. A aposta na inovação, investigação e desenvolvimento da ZF de Ponte de Lima levou o secretário de Estado da Internacionalização a considerar “extraordinário” o projecto de produção de geradores na Gemieira com um “quadro laboral muito competente”. “Temos aqui concentradas a indústria e a inteligência. Quem conhece o sector automóvel admira Ponte de Lima e era bom que o resto do país também conhecesse o que se faz neste concelho”, destacou Bernardo Ivo da Cruz. Os geradores produzidos na unidade da Gemieira são depois enviados para a unidade de Fornelos, onde são introduzidos na linha de produção de módulos. Na montagem dos módulos, os passos mais importantes são, por norma, a junção do gerador ao saco e a dobragem do mesmo. Depois destes dois passos, segue-se uma sequência de operações que varia consoante o tipo de módulo airbag para completar o conjunto, tais como adição de chapas de suporte, fitas, plásticos de proteções, parafusos, etc. Por fim, os módulos são embalados em contentores especiais que garantem a integridade das peças até às linhas de montagem dos veículos.

 

 

Tecnologia “steer-by-wire” pronta para produção em larga escala: Bosch e Arnold NextG firmam aliança

Sistemas esperados no mercado na próxima década

  • A Bosch e a startup Arnold NextG chegaram a acordo para colaborar em sistemas de tecnologia “steer-by-wire”
  • A aliança visa trazer soluções de grande escala para o mercado até meados da década.
  • Dr. Gerta Marliani: “Estamos entusiasmados para ver o impulso que esta aliança dará ao nosso trabalho na otimização do sistema.”

in Bosch, 27-06-2023


A Bosch quer trazer sistemas de direção eletrónica (tecnologia ‘steer-by-wire’) para o mercado em escala comercial até meados da década. Em conjunto com a startup Arnold NextG, a fornecedora de tecnologia e serviços está a dar o próximo passo. Os dois parceiros firmaram recentemente uma parceria para reunir os seus conhecimentos de desenvolvimento e acelerar o processo de preparação das soluções para o mercado. Os sistemas ‘steer-by-wire’ são considerados os sistemas de condução do futuro. Como um dos principais fornecedores mundiais de sistemas de direção elétrica, a Bosch reconheceu o potencial destes sistemas desde o início e está a impulsionar sistematicamente o seu desenvolvimento. “Estamos a assistir a uma procura crescente por sistemas com tecnologia ‘steer-by-wire’. A longo prazo, este deverá ser um mercado em exponencialmente crescimento – especialmente, mas não apenas, para a era da condução autónoma. Estamos entusiasmados por ver o impulso que esta parceria dará ao nosso trabalho na otimização do sistema”, afirma Dra. Gerta Marliani, presidente da Robert Bosch Automotive Steering GmbH. O objetivo da parceria é acelerar a produção em larga escala de soluções de condução eletrónica.

A Arnold NextG é especializada no desenvolvimento de sistemas ‘drive-by-wire’ multi redundantes com todas as interfaces para a condução autónoma em lotes pequenos e muito pequenos. Fundada em 2021, a startup possui colaboradores com mais de 20 anos de experiência combinada em tecnologia ‘drive-by-wire’ apta para uso na via pública, dando à empresa a experiência única no desenvolvimento de soluções de retrofit para todas as aplicações por fio. A experiência mostra que, graças à redundância da tecnologia da Arnold NextG, as autoridades podem emitir aprovações de sistema para condução em vias públicas de forma mais rápida e eficiente. Juntas, a Bosch e a Arnold NextG visam acelerar o desenvolvimento de sistemas que podem ser fabricados em escala comercial.

As aplicações steer-by-wire eliminam a conexão física entre o volante de um veículo e as suas rodas. Isso abre novas possibilidades para, por exemplo, redesenhar o interior do veículo: o volante pode ser abaixado ou guardado, dando origem a conceitos de cockpit totalmente novos, especialmente numa era de condução autónoma. Esta tecnologia também permite novos recursos de segurança no controlo da dinâmica do veículo. Por exemplo, mesmo pequenas intervenções de condução autónoma podem estabilizar o veículo sem que o condutor perceba. Além disso, a sensação de condução do veículo pode ser adaptada aos requisitos individuais dos fabricantes de veículos.

O uso de uma tecnologia de condução por fio independente do veículo e com capacidade adicional nas plataformas de veículos em série que mudam radicalmente do futuro é de importância crucial, especialmente para pessoas com as mais graves deficiências de mobilidade física. Só assim será possível a este grupo-alvo continuar a beneficiar diretamente de todos os desenvolvimentos no domínio da condução autónoma e automatizada, da assistência e dos sistemas de segurança.

O uso de uma tecnologia drive-by-wire independente do veículo e capaz de ser adicionada nas futuras plataformas de veículos em série, que estão a passar por mudanças radicais, é de extrema importância, especialmente para pessoas com as mais severas limitações de mobilidade física. Apenas desta forma será possível que esse grupo-alvo continue a beneficiar diretamente de todos os avanços no campo da condução autónoma e automatizada, sistemas de assistência e segurança.

Combinando a experiência sem fios

“A aliança com Arnold NextG fornece o suporte ideal e acelera o desenvolvimento dos nossos produtos. Podemos aplicar a nossa experiência na produção em larga escala e, com a tecnologia Arnold NextG instalada, podemos agora realizar testes em vias públicas mais rapidamente”, explica o Dr. Stefan Waschul, membro do conselho de administração da Robert Bosch Automotive Steering GmbH responsável para desenvolvimento.

“Vimos que o sistema de direção por fio da Bosch oferece a melhor e mais natural sensação de condução do mercado. A Bosch é um dos principais fornecedores mundiais de sistemas de direção elétrica e já oferece um forte pacote de tecnologia de controlo e desempenho para aplicações de larga escala a jusante. É por isso que estou orgulhoso, não apenas de poder desenvolver um dos melhores sistemas, mas também de ter a Bosch – um dos maiores fornecedores automotivos do mundo – ao nosso lado”, refere Kevin Arnold, fundador e CEO da Arnold NextG, ao comentar a nova aliança. “Com a tecnologia Arnold NextG, a Bosch tem uma plataforma de desenvolvimento de veículo independente para soluções ‘drive-by-wire’ modernas que tornam possível validar dados e requisitos para projetos de produção em larga escala num estágio inicial de desenvolvimento. Juntos, podemos desenvolver ainda mais essa tecnologia para fabricação em larga escala. O acesso à tecnologia da Bosch e a experiência de uma empresa global na implementação de projetos de produção em grande escala são cruciais para o desenvolvimento dos nossos sistemas.”

Soluções de mobilidade inovadoras graças à tecnologia sem fio

Os sistemas sem fio usam componentes eletrónicos para transmitir sinais e pulsos mecânicos. Eles também serão um requisito básico para condução assistida e automatizada, a fim de explorar totalmente os recursos de funções individuais. Por exemplo, o sistema de manutenção de faixa deverá ser capaz de corrigir a direção da viagem sem que o condutor o sentisse no volante.

O veículo pode também evitar um obstáculo inesperado sem sacudir o volante e ferir o condutor. Com esta tecnologia, pode até ser possível no futuro virar as rodas individualmente. Isso garante um menor raio de giratória e abre portas para novos conceitos de veículos para tráfego local e transporte de mercadorias nas cidades.

 

 

Acordo tripartido visa fortalecer o posicionamento da Indústria Automóvel marroquina

Foi celebrado um acordo entre o banco Crédit Agricole, a Associação Marroquina da Indústria e Construção Automóvel (AMICA) e o Ministério da Indústria e Comércio, para financiar projetos que visem aumentar a empregabilidade e melhorar as taxas de integração local no setor automóvel.

in AICEP, 27-06-2023


A assinatura deste Acordo foi realizada pelo Ministro Ryad Mezzour, pelo Presidente do Conselho Executivo do Crédit Agricole, Mohamed Fikrat, e pelo Presidente da AMICA, Hakim Abdelmoumen, na semana passada.

A indústria automóvel marroquina alcançou um crescimento das exportações superior a 40 por cento no final de abril de 2023 e perspetiva-se um volume de negócios de exportação superior a 130 mil milhões Dhs no final de 2023. Portanto, este acordo visa o apoio da instituição financeira em benefício dos profissionais do setor automóvel sob a égide da AMICA, de forma a consolidar o desenvolvimento do setor e o alcance do objetivo de instalação de capacidade de produção de dois milhões de veículos em 2030.

 

EUROPNEUMAQ | Cubic-S é uma solução de hardware e software com classificação de segurança da Kawasaki Robotics

Cubic-S é uma solução de hardware e software com classificação de segurança da Kawasaki. Permite ao utilizador criar um sistema de segurança avançado e flexível monitorizando, e limitando, o movimento do robot, incluindo eixos externos.

in Revista Robótica n.º 131


O Cubic-S oferece funções de segurança, com software configurável, que podem ser usadas para estabelecer zonas seguras de interação homem-máquina ou ambientes multi-robot.

Minimize a área ocupada: Ao monitorizar, e limitar, a área de movimento do robot, o utilizador pode minimizar a área da vedação de segurança, o que reduz a área total da célula.

Eficiência adicional: o Cubic-S permite a monitorização contínua de segurança da célula, o que significa que os trabalhadores podem aceder a áreas inativas enquanto o robot está em movimento.

Software poderoso: CS-Configurator é o software que acompanha o Cubic-S. Ele dá aos utilizadores acesso a configurações e recursos mais avançados dentro do sistema de segurança.

Cubic-S é compatível com ISO 10218-1, 13849-1 (PLd/Categoria 3) e IEC61508 (SIL2).

 

https://www.europneumaq.com/pt/