CEiiA acelera indústria 4.0 com o Brasil

Através da sua aceleradora 4Scale, o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) vai assinar com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) um acordo para promover a aproximação entre start-ups e indústria de ambos os países.

in Negócios, por Rui Neves, 07-11-2018


 

O Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) tem vindo a estabelecer um conjunto de parcerias internacionais com vista ao lançamento de programas que promovam a rápida internacionalização e escalabilidade das start-ups que passam pela sua incubadora e aceleradora 4Scale, cuja criação é uma das iniciativas previstas no pacote de medidas da Indústria 4.0 em Janeiro de 2017.

 

Ora, “um dos parceiros incontornáveis neste trabalho é a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que gere o maior programa de conexão entre start-ups e indústria do governo brasileiro”, afirmou Maria Miguel Ferreira, “head of open innovation” do CEiiA.

 

E é precisamente para “promover a aproximação entre start-ups e indústria” de ambos os países, que o CEiiA, através da 4Scale, e a ABDI vão assinar num memorando de entendimento, numa cerimónia que irá decorrer em Lisboa, na próxima quinta-feira, 8 de Novembro, e que contará com a presença do secretário de Estado da Economia, João Correia Neves.

 

Este acordo será assinado num evento promovido pela ABDI, em parceria com a Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Atlantic Hub e No Gap Ventures, que se encontram em Portugal a propósito do Web Summit.

 

Um dos objectivos da visita da ABDI a Portugal é anunciar o arranque do programa Conexão Startup Indústria 4.0, que “foi lançado em 2016 no Brasil e tem conseguido eficazmente aproximar start-ups e grandes indústrias”, garantiu Rodrigo Rodrigues, coordenador de inovação da ABDI.

 

“As 10 indústrias brasileiras que participaram nas edições anteriores representam, em conjunto, aproximadamente 8% do PIB industrial do Brasil e, das 27 start-ups que participaram, 21 continuam a desenvolver projectos com essas indústrias até hoje”, detalhou Rodrigues.

 

Para este responsável, a ABDI pretende agora internacionalizar este programa e encontrou em Portugal, e na 4Scale e no CEiiA, o parceiro adequado.

 

“O objectivo será aproximar start-ups brasileiras da indústria portuguesa e start-ups brasileiras das grandes empresas da indústria brasileira”, enfatizou.

 

As inscrições para empresas da indústria portuguesa que queiram participar no programa, lançando desafios de digitalização a star-tups brasileiras, abrem no final de Novembro, seguindo-se, no início de 2019, as inscrições para start-ups, avança o CEiiA, em comunicado.

 

Novo programa para responder às principais necessidades do sector automóvel

 

Entretanto, o CEiiA, em parceria com a Porto Business School, a Critical Manufacturing e a Beta-i, está a desenvolver um programa internacional de aceleração para start-ups focadas em desenvolver soluções tecnológicas 4.0 para a indústria automóvel.

 

“Este programa visa, por um lado, ajudar a indústria automóvel em Portugal a entrar na 4ª revolução industrial e, por outro, criar uma nova geração de empresas altamente inovadoras e ágeis, capazes de, a partir de Portugal, fornecer tecnologia para a indústria no mercado global”, descreve o CEiiA.

 

Para lançar um programa que dê resposta às principais necessidades do sector automóvel, o CEiiA desafiou as associações do sector, a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) e a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), e o cluster Mobinov, a convocar os seus associados para um encontro que vai realizar-se na sede da ACAP, em Lisboa, no dia 13 de Novembro, que terá como tema “Open Innovation – Indústria 4.0 no Sector Automóvel”.

 

O objectivo deste evento, explicou o CEiiA, “é apresentar o programa de aceleração ‘Connected Industry – Auto 4.0’ às empresas do sector e conduzir um ‘workshop’ de identificação dos principais desafios tecnológicos que as empresas interessadas em participar no programa gostariam de ver resolvidos, através de projectos de ‘open innovation’, com as start-ups que venham a ser seleccionadas para este programa de aceleração”.

 

O CEiiA, com sede em Matosinhos, que tem cerca de 300 engenheiros e exporta 70% de uma facturação da ordem dos 20 milhões de euros (o Brasil é o seu principal mercado externo), concebe, desenvolve e opera produtos e serviços nas indústrias de mobilidade, nomeadamente automóvel e mobilidade urbana, aeronáutica, mar e espaço.

O CEiiA apresenta-se como um dos 10 maiores investidores de I&D em Portugal.

 

 

(AUDIO) Exportações do setor automóvel estão a crescer e são destaque no Portugal Exportador

Exportações do setor automóvel em Portugal representam um valor em torno de 10 mil milhões de euros.

in TSF, 07-11-2018


 

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O Portugal Exportador traz a debate vários setores e o automóvel é um deles. Carlos Andrade, economista-chefe do Novo Banco, explica a importância do “conjunto do setor, incluindo veículos e componentes”, tendo em conta que “as exportações crescem 14% em 2017, mais de 23% nos primeiros oito meses de 2018 e representam um valor em torno de 10 mil milhões de euros ou 16% das exportações totais de bens”.

A ZF é uma das empresas a marcar presença no evento e Jorge Castro, responsável pela multinacional no país, refere que “as empresas têm de criar valor. “Competir a nível internacional, já não se trata de conseguir desenvolver e fabricar a custo controlado, significa que temos de ter competências para poder desenvolver o produto”, esclareceu.

Também a Movinov vai estar no Portugal Exportador. José Couto, presidente da Associação do Cluster Automóvel, assegura que é preciso ser “muito competitivo” para estar neste mercado, mas que “vale a pena”.

Além do setor automóvel, também o comércio eletrónico, a construção e o setor agroalimentar vão merecer destaque no Portugal Exportador.

 


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Potencial exportador do sector automóvel português em grande destaque no Portugal Exportador 2018

Realiza-se no dia 14 de novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, a 13ª edição do Portugal Exportador, o único evento em Portugal exclusivamente dedicado à exportação.

in Portugal Exportador, 31-10-2018


 

Em parceria com o Novo Banco e a aicep Portugal Global, esta edição prima pela introdução de quatro clusters que serão abordados ao pormenor: o tecnológico, agroalimentar, construção e automóvel.

Com o apoio da Mobinov e a participação da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel e da ACAP – Associação Automóvel de Portugal, neste cluster será abordado a temática da produção de peças e veículos em Portugal e também o potencial de expansão e visão de futuro de um sector que já exporta mais de 90% do que produz.

Este cluster terá um workshop dividido em dois momentos, um de manhã, que abordará temas como o potencial produtivo e a relevância do sector dos componentes da indústria automóvel – com oradores da ZF Group, ERT Têxtil e Schmidt Light Metal – e a visão do sector e as oportunidades em dois mercados internacionais: África do Sul e México; e outro painel a começar às 15h00 cuja temática se debruça sobre o Potencial do Mercado Mundial, as suas tendências e evolução e também o futuro do automóvel na visão de quem tem poder de decisão e ainda um apontamento sobre parceiros e players incontornáveis em áreas estratégicas para o sucesso do negócio, com intervenções do Instituto Superior Técnico, CEiiA, entre outros.

Serão igualmente dinamizados cafés temáticos, reuniões exclusivas e intimistas de 45 minutos, sob o tema “A indústria da tradução e o sector automóvel – lado a lado no alargamento de fronteiras”, entre outros.

No âmbito da internacionalização, a Automechanika Frankfurt, a maior feira da indústria automóvel, estará disponível no Portugal Exportador para reuniões B2B com empresas do aftermarket automóvel presentes.

As inscrições para o Portugal Exportador podem ser feitas aqui: https://www.portugalexportador.pt/inscricoes2018/.

 

Mais informação em www.portugalexportador.pt | www.facebook.com/clubepexportador | www.linkedin.com/in/clube-portugal-exportador-187b2b105.

 

 

Indústria portuguesa de componentes automóveis mostra as suas mais recentes novidades na IZB

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Industria Automóvel e a AEP – Associação Empresarial de Portugal, no âmbito do acordo de colaboração para a promoção internacional da indústria portuguesa de componentes para automóveis promoveram a participação nacional na IZB – International Suppliers Fair 2018, que teve lugar em Wolfsburg (Alemanha), entre os dias 16 e 18 de Outubro.

in AFIA, 19-10-2018


 

A IZB é um certame bienal e é a principal feira de negócios da Europa para a indústria fornecedora de componentes para automóveis, onde está representada toda a cadeia de valor da indústria automóvel. É uma iniciativa e organização da Wolfsburg AG e da Volkswagen AG e o tema desta edição de 2018 foi “Think Digital”.

Desde 2001, ano da sua inauguração, a IZB tem vindo a crescer tanto em número e qualidade de visitantes como de expositores. De 13.500 visitantes em 2001, chegou aos 50.000 em 2018 e de 128 expositores no início passou em 2018 para 860 expositores oriundos de 34 países.

No dia 16 de Outubro, Luís Castro Henriques, Presidente da AICEP, e Miguel Crespo, Delegado da AICEP na Alemanha, acompanhados por Tomás Moreira (Presidente da AFIA) visitaram as empresas portuguesas presentes no certame.

No stand colectivo da AEP / AFIA participaram 11 empresas: A.Henriques, Caetano Coatings, Couro Azul, CR Moulds, Edaetech, Epedal, Ferrão e Guerra, Fundínio, Grupo PR, Inapal Metal, TrimNW.

Adicionalmente participaram 3 empresas com stands individuais: Copefi, Pecol Automotive e a Idepa.

A AICEP Portugal Global também participou com um stand informativo.

A próxima edição realizar-se-á entre os dias 6 e 8 de Outubro de 2020, sendo que a AEP, a AFIA e a AICEP estão já a coordenar o pavilhão de Portugal. Estas entidades estão, em função da procura de participações para esta feira, a tentar alargar a área de exposição da representação Portuguesa para que mais empresas do sector possam participar.

 

Mais informações brevemente.

 

Legenda da esquerda para a direita: Tomás Moreira (Presidente AFIA), Luís Castro Henriques (Presidente AICEP), Adão Ferreira (Secretário-Geral AFIA), Miguel Crespo (Delegado AICEP na ALEMANHA)

 

 

 

SafeBag e Schmidt Light Metal recebem prémios Exportação & Internacionalização

Os Prémios Exportação e Internacionalização, uma parceria entre o Negócios e o Novo Banco, distinguem as empresas com melhor performance exportadora e premeiam os casos de sucesso na internacionalização.

in AFIA, 23-10-2018


 

A Safebag – Indústria Componentes Segurança Automóvel (grupo ZF) recebeu o prémio Melhor Exportadora Com Capitais Estrangeiros (Multinacional).

 

A Schmidt Light Metal recebeu um Menção Honrosa na categoria Melhor Grande Empresa Exportadora Bens Transacionáveis

 

Estas distinções de Associados da AFIA confirmam uma vez mais a qualidade e inovação das empresas nacionais da indústria automóvel, reconhecendo a sua aposta no desenvolvimento sustentado quer das próprias organizações, quer dos seus colaboradores.

A AFIA assistiu a esta cerimónia que decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto.

 

 

Reunião MSLOGIS e AFIA

No decorrer da Empack & Transport & Logistics Porto 2018, Nuno Mota da MSLOGIS reuniu-se com Adão Ferreira, secretário-geral da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, por forma a apresentar  esta empresa com produtos e serviços dedicados a armazéns logísticos e industriais.

in MSLOGIS, 01-10-2018


 

A MSLOGIS surgiu da oportunidade introduzir no mercado português um serviço de manutenção inovador para estruturas de armazenamento pesadas, unido à experiência vivenciada em operações logísticas.

Estando permanentemente centrados em colmatar as necessidades dos nossos parceiros, fomos adicionando soluções complementares ao nosso portfolio de produtos e serviços.

Procurando oferecer as soluções mais inovadoras e adequadas a cada situação a MSLOGIS propõe:

  • Reparações das Estantes danificadas de acordo com as normas em vigor;
  • Montagem de estruturas de armazenamento novas bem como reformulação de estruturas já existentes, tapetes de rolos e mezanines;
  • Inspeção segundo a norma vigente;
  • Portas rápidas da Dynaco (detentores de mais de 50 patentes);
  • Protetores de Polímero com memória da Boplan;
  • Cais de Carga, Abrigos e Protetores de Cais da Loading Systems;
  • Marcações de lay-out 1A TAPE;
  • Veiculos Eléctricos Zallys.

 

Para mais informações clique aqui .

 

 

 

Ana Teresa Lehmann, Secretária de Estado da Indústria visitou Alcanena

A Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, efectuou, no passado dia 14 de Setembro, uma visita a Alcanena, com deslocação a algumas empresas de curtumes do concelho, entre outras entidades.

in Correio do Ribatejo, 18-09-2018


 

O programa da visita teve início na Câmara Municipal, onde decorreu a sessão de recepção, que contou com as intervenções da Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, do Presidente da APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes, e da Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann.

Seguiu-se uma visita ao CTIC – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, onde foi efectuada a Apresentação do Sector de Curtumes do Concelho de Alcanena, pela APIC, após o que teve lugar uma visita à empresa Couro Azul.

Seguiu-se a Visita ao Artspace João Carvalho.

À tarde, foi efectuada uma visita à empresa Curtumes Ibéria, SA e, por último, a comitiva efectuou uma breve visita à ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena.

Na visita que efectuou a Alcanena, a Secretária de Estado da Indústria foi acompanhada pela Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Silvestre Pereira, pelos Vereadores Maria João Gomes, Luís Pires, Hugo Santarém e Óscar Pires, representantes da APIC, representantes da AUSTRA, representantes da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, representantes do Agrupamento de Escolas de Alcanena, nomeadamente Ana Cláudia Cohen (directora) e Mónica Rodrigues, Deputada Idália Serrão, representantes da AED Portugal Aeronautics, Space and Defender Cluster, representantes da AICEP – Portugal Global, Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Miguel Pombeiro, representantes do CTIC, representantes da DGAE – Direção Geral das Actividades Económicas, representantes do IAPMEI, representantes do Instituto Politécnico de Leiria, Presidentes de Junta e membros do executivo das Juntas de Freguesia do concelho, representantes do Sindicato de Curtumes do Distrito de Santarém, representantes AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, representantes do Centro Tecnológico do Calçado, representantes da APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, representantes da PFP – Plataforma Ferroviária Portuguesa, representantes da NERSANT, Comandante dos Bombeiros Municipais de Alcanena, Jorge Frazão, Comandante do Posto Territorial da GNR de Alcanena, 1º Sargento Patrícia Fernandes, entre outras entidades.

 

 

Reunião AFIA e IPLANUS – Industry Solutions

Foi no passado dia 06/09/2018 que Bruno Azevedo, consultor industrial da iPlanus – Industry Solutions, esteve reunido com Adão Ferreira, secretário geral da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, por forma a apresentar a iPlanus assim como os serviços por esta prestados. Da mesma forma, a AFIA pode apresentar todo o trabalho que tem vindo a desenvolver juntos dos seus associados. Do encontro ficou também a possibilidade de vir a ser possível a presença da iPlanus nos eventos realizados pela AFIA.

in iPlanus, 10-09-2018


A iPlanus, empresa do grupo GO Engenharias, surgiu a partir da larga experiência dos seus promotores, adquirida ao longo de largos anos ao serviço de multinacionais de teor industrial e do conhecimento das necessidades deste setor em Portugal.

Detém conhecimento nas diversas áreas e disciplinas da envolvente industrial, providenciando uma resposta rápida, profissional e diferenciadora aos seus clientes.

Funciona como um parceiro complementar às atividades nucleares (core) dos seus clientes, procurando assegurar todas as outras vertentes do negócio.

O conhecimento do contexto industrial em Portugal, assim como a experiência e competências nas áreas industriais e de produção, permite oferecer um pacote de serviços em áreas de gestão de projetos, gestão e implementação industrial, desenho de infraestruturas e otimização de processos, em conjunto com todas as áreas de suporte à atividade industrial.

Entender e interpretar os requisitos do negócio dos seus clientes de forma a assegurar as soluções técnicas e economicamente mais competitivas, através da definição e otimização de todas as envolventes do processo de produção.

Para mais informações, poderá solicitar através dos seguintes meios:

 

 

 

A AFIA visita a sua Associada COPEFI

A AFIA, representada pelo secretário-geral, visitou a empresa Associada COPEFI tendo sido recebida por João Fleming Torrinha, Director-Geral.

in AFIA, 10-08-2018


A COPEFI, com sede em Braga e fundada no ano de 2001, é uma empresa especializada em engenharia de desenvolvimento de produtos, fabrico de produtos e componentes plásticos para a indústria automóvel.

A COPEFI fornece peças de aspecto interior (visual components), componentes técnicos e mecanismos. As competências da empresa incluem o design, gestão de projectos, desenvolvimento de produtos e engenharia, testes e validação, prototipagem, moldes e produção.

A COPEFI tem a sua actividade internacionalizada, além da fábrica em Braga tem 1 fábrica na Roménia, 1 no México e mais recentemente adquiriu uma fábrica em França. Conta ainda com um escritório na Alemanha.

Como consequência do crescimento e de modo a adaptar-se ao mercado, a COPEFI evoluiu para um modelo de duas divisões altamente especializadas:

  • Automotive Components
  • Engineering & Services

A COPEFI é Associada da AFIA desde 2014 e está certificada pelas normas IATF 16949 e ISO 14001.

A COPEFI marcará presença na IZB – International Suppliers Fair de 16 a 18 de Outubro em Wolfsburg, Alemanha.

 

Para mais informações, consulte o site da COPEFI em:

 

www.copefi.com

 

ou veja o vídeo institucional

 

 

CIP alerta Governo para a necessidade de não repetir erros do passado

O Programa Nacional de Investimentos 2030, lançado pelo Governo em junho, constitui provavelmente a última oportunidade do país para suprir as enormes fragilidades competitivas da ferrovia nacional. Recorde-se que, em relação a Portugal, Espanha “só” tem 30 anos de avanço na construção de rede ferroviária de bitola europeia, com o primeiro troço a ser construído em 1988. Portugal ainda não começou.

in CIP, 19-07-2018


A possibilidade do país se tornar numa “ilha ferroviária”, com os enormes custos associados ao nível da competitividade das empresas portuguesas e do emprego, não podem continuar a ser descurados pelos sucessivos Governos. É urgente seriedade por parte dos decisores políticos no tratamento de uma questão estrutural para o país. “A decisão que for tomada no âmbito do Programa Nacional de Investimentos 2030 irá condicionar a competitividade da economia portuguesa, o emprego e a criação de riqueza, possivelmente em três décadas, ou mais. Trata-se de um investimento estruturante para o país e para as gerações futuras”, alerta Luís Mira Amaral, Presidente do Conselho da Indústria da CIP.

Os planos inscritos no Ferrovia 2020, bem como o recente anúncio do lançamento de concurso para a modernização da Linha da Beira Alta, entre Cerdeira e Guarda, com um valor de 11 milhões de euros, constituem um sinal alarmante do autismo do Governo em relação às necessidades futuras do país. Refira-se que os atuais estudos de tráfego subestimam em larga escala a procura total de transporte ferroviário de mercadorias nas próximas décadas, nomeadamente no Corredor Ferroviário Norte – responsável por mais de 60% das nossas exportações. Não só porque não têm em devida linha de conta a perda de competitividade estimada para a rodovia, por motivos ambientais e energéticos, mas também porque simplesmente ignoram os objetivos fixados, em 2011, pela União Europeia, de ter mais de 50% do tráfego de mercadorias em distâncias superiores a 300 Km transferido da rodovia para os modos marítimo e ferroviário até 2050.

A Espanha investe milhares de milhões de euros do Orçamento de Estado todos os anos na rede ferroviária de bitola europeia, bem como avultados Fundos da UE e planeia manter o ritmo de investimento. As intenções manifestadas publicamente pelo governo espanhol, mas principalmente as verbas investidas e as obras executadas, permitem antecipar que até 2030 ou antes, linhas férreas de bitola europeia aptas para tráfego de mercadorias cheguem aos principais portos e plataformas logísticas de Espanha. Isto permitirá o transporte direto e competitivo de mercadorias entre Espanha e os restantes países da UE além Pirinéus.

Em contrapartida as soluções para as linhas ferroviárias internacionais, que supostamente irão servir o transporte de mercadorias de Portugal para a Europa no século XXI baseiam-se em remendos de linhas do século XIX com traçados em grande parte obsoletos, e em via única, ou seja, com capacidade limitada.

É entendimento do Conselho da Indústria da CIP que o investimento previsto para a modernização da Linha da Beira Alta, não a vai tornar operacional do ponto de vista da competitividade exigida para o transporte de mercadorias, nomeadamente porque o troço é desadequado. Uma orografia com pendentes (inclinações) elevadas e curvas apertadas que limitam a velocidade máxima de comboios com 750 metros (exigidos pela Comunidade Europeia para que a linha seja integrada na Rede Principal), e que são incompatíveis com as condições de interoperabilidade impostas pela União Europeia.

Recorde-se aliás, os resultados obtidos por Portugal na captação dos fundos comunitários CEF (‘Connecting Europe Facility’), com o país a captar apenas 150 milhões de euros, quando estimava angariar 1.250 milhões. Uma das razões para este fiasco foi o facto de, entre 2011 e 2015 o país não ter desenvolvido projetos ferroviários de acordo com os critérios de elegibilidade da União Europeia, sendo um dos quais a introdução de condições de interoperabilidade. Assim, o Conselho da Indústria da CIP recomenda fortemente que se desenvolvam desde já os projetos das linhas férreas internacionais em bi-bitola, sem esquecer a adaptação dos respetivos traçados, desenvolvendo-os o mais possível para maximizar as probabilidades de sucesso a novas candidaturas a Fundos da União Europeia.

É indispensável para o futuro da competitividade da economia nacional que os decisores políticos não repitam os erros de planeamento do passado, nomeadamente ao nível das infraestruturas de transporte, como foi o caso do aeroporto da Ota, que seria construído devido à saturação do aeroporto Humberto Delgado mas que se aturaria ele próprio após 23 anos de funcionamento (de acordo com o próprio Governo que se propunha lançar a obra).

É ainda essencial que o Governo não ignore a opinião de grande parte dos agentes económicos exportadores nacionais. Recorde-se as afirmações da Renova, no último inquérito realizado pela CIP, em relação à ausência de soluções de futuro de transporte terrestre competitivo: “As empresas portuguesas que quisessem continuar a exportar inevitavelmente teriam que deslocalizar a sua produção para outros países europeus que dispusessem de alternativas competitivas de transporte terrestre de mercadorias na ligação aos principais mercados europeus”.