Com um crescimento de 20,1% face ao mesmo mês de 2022, as exportações de componentes automóveis estão a subir dois dígitos há catorze meses consecutivos, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal.
in AFIA, 10-08-2023 (atualizado a 14 -08-2023)
As exportações de componentes para automóveis ultrapassaram os 1.000 milhões de euros, pelo segundo mês consecutivo, em junho deste ano, registando uma subida de 20,1% face ao mesmo mês de 2022. De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo quarto mês consecutivo, continuando a mostrar também um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens, que neste mesmo período diminuíram 3,4%, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal.
Comparando os valores das exportações de componentes automóveis no segundo trimestre de 2023 com os do período homólogo de 2022 podemos também observar um aumento de 21,9%, rondando os 3150 milhões de euros. Assim, no que se refere ao acumulado até junho as exportações de componentes automóveis rondaram os 6400 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 21,2% face ao primeiro semestre de 2022.
Importante realçar que, em 2023, 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer a 5 países principais – Espanha, Alemanha, França e Eslováquia e, agora também o Reino Unido, substituindo os Estados Unidos da América neste top 5.
Espanha, lidera a listagem de países, continuando a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 1814 milhões de euros. Segue-se a Alemanha com 1410 milhões de euros, na terceira posição encontramos a França, com 701 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 278 milhões, fechando-se o top 5 com Reino Unido com 250 milhões de euros.
Destaque-se que as exportações de todos estes países aumentaram relativamente ao ano anterior. As exportações para Espanha aumentaram 21,3% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 28,2% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 22,1% e, por último a Eslováquia registou um aumento de 21,3% em relação a 2022.
Por outro lado, as exportações para os Estados Unidos da América registaram novamente uma queda, 18,9%, tendo perdido o seu lugar no top 5 e caindo para 6.º país cliente. O Reino Unido ocupa novamente a 5.º posição.
Vale a pena destacar ainda que as exportações dos componentes automóveis para os nossos principais países clientes estão a crescer mais do que a produção de automóveis nesses países, ganhando assim quota de mercados. Durante o período de janeiro a junho deste ano, a produção em Espanha viu um crescimento de 16,1%, enquanto as exportações cresceram 21,3%, já na Alemanha, os números mostram que a produção atingiu 26,7%, enquanto as exportações superaram isso com 28,2%.
É importante destacar que a indústria de componentes automóveis tem mantido a sua resiliência e encontrado formas de se manter competitiva e enfrentar os desafios que se mantém ativos no panorama nacional e internacional, como o aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que afetam este e outros setores de atividade.
Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de agosto pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.
Para mais informações consultar o ficheiro pdf neste link
Sobre a AFIA
- A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é a associação portuguesa que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de componentes para a indústria automóvel.
- A indústria de componentes para automóveis em Portugal agrega cerca de 350 empresas e emprega diretamente 63.000 pessoas. Fatura 13 mil milhões de Euros (ano 2022), com uma quota de exportação superior a 83%.
- Em termos de importância na economia nacional, representa 5,4% do PIB, 9,1% do emprego da indústria transformadora, 12,0% do valor acrescentado bruto da indústria transformadora, 14,0% das exportações nacionais de bens transacionáveis e 16,6% do investimento total da indústria transformadora.
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