António da Silva Rodrigues, Presidente do Grupo Simoldes: “Economia vai piorar”

António da Silva Rodrigues, o presidente do Grupo Simoldes, que detém 34 empresas, 20 fábricas e três centros de engenharia em 15 países, não tem dúvidas quanto à exigência de 2023 em termos nacionais e internacionais: “O poder de compra vai cair. Por conseguinte, a economia não vai melhorar, vai piorar. Estagnar já não seria mau, mas acho que vai piorar.”

in Expresso, texto: Joana Nunes Mateus, foto Rui Duarte Silva, 30-12-2022


O grupo industrial, que se afirmou a nível mundial pela produção de moldes e também pela injeção de peças de plástico para grandes fabricantes automóveis, como Stellantis, Renault ou Volkswagen, está a investir em força na investigação e desenvolvimento de novas soluções para armazenamento de energia e mobilidade, integrando diversos consórcios no âmbito dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) português e espanhol.

A Simoldes deverá fechar 2022 com um volume de negócios consolidado a nível mun­dial na ordem dos €626 milhões e com perto de 5200 trabalhadores. E quanto a 2023? “O cenário é bom na parte dos moldes. Na parte dos plásticos não tanto, atendendo à falta de componentes. Mas penso que, em princípio, não teremos grandes problemas, devido à carteira de encomendas que já temos para o ano que vem. Possivelmente, não será de crise. Até poderemos crescer”, diz António da Silva Rodrigues.

A fileira automóvel ainda não recuperou da disrupção da cadeia de fornecimentos global precipitada pela pandemia. “Nos últimos meses não tem havido tantas paragens como em meses anteriores. Mas não está normalizado. Hoje falta uma peça, amanhã falta outra”, alerta o industrial em relação à dependência da Ásia e à rein­dustrialização do Ocidente. “Se fosse fácil montar uma fábrica em meia dúzia de meses, o problema estava resolvido assim que a Europa trouxesse as peças do Oriente. Mas há indústrias que não se montam num mês ou num ano. Demoram o seu tempo. E a retoma da montagem de automóveis está relacionada com isso. Se fosse assim tão fácil, os americanos, que têm o mesmo problema, já o tinham resolvido.”

O conselho que dou aos novos? Que têm de trabalhar muito para conseguirem alguma coisa. E que sem responsabilidade não vão a lado nenhum

Espera alguma normalização? Só depois de a guerra acabar: “A guerra veio complicar tudo. Havia grande parte de componentes que se fabricavam na Ucrânia e noutros países afetados. Tudo se reflete na situação que está a acontecer. Eu gostaria que a guerra acabasse, mas não sei. Depende dos amigos do sr. Putin.”

DOUTOR HONORIS CAUSA

O industrial de 80 anos recebeu o Expresso na sede do grupo, em Oliveira de Azeméis, no dia 21 de dezembro de 2022, horas antes de receber o título de Doutor honoris causa pela Universidade de Aveiro. “Um empresário notável que criou do zero um grande grupo multinacional. Um grupo que, em percentagem do seu volume de negócios, investe mais em conhecimento e inovação do que muitos países”, justificou o reitor, Paulo Jorge Ferreira.

Ao professor José Martinho de Oliveira coube o elogio deste doutorando que criou a Simoldes Aços em 1959 e a Simoldes Plásticos em 1981: “Conciliou a escola com atividades agrícolas e com o descasque do arroz, o qual era realizado ilegalmente nos moinhos da aldeia, mas, como refere, ‘tolerado pelas autoridades’! Considerado pelo seu professor primário um ‘aluno brilhante’, o seu percurso escolar concluiu-se ao fim de quatro anos, o que, aliás, era prática corrente no seio das famílias mais modestas.”

O resto da história foi relatado ao auditório da Universidade de Aveiro pelo próprio empresário: “Quis o destino levar-me para uma indústria que estava ainda a nascer: os moldes. Fui o primeiro funcionário da Moldoplástico. Tinha 14 anos e, tal como na oficina do sapateiro, aprendi cada detalhe com o sr. Lúcio Rodrigues e o sr. Joaquim Landeau, artistas de topo da indústria do vidro que aplicavam agora o seu conhecimento nos moldes para plástico. Ainda antes de atingir os 18 anos, fundámos a Simoldes, numa pequena oficina com 80 metros quadrados. Éramos quatro colaboradores.”

Enquanto industrial “que se confronta permanentemente com a incerteza”, António da Silva Rodrigues listou os principais desafios enfrentados pela Simoldes nas últimas seis décadas: “As alterações cambiais antes da adesão ao euro; as crises do petróleo provocadas pela guerra Irão-Iraque; as guerras do Golfo Pérsico; a crise financeira de 2007-2008; a aplicação pela troika do programa de assistência financeira a Portugal; e o enquadramento económico e social muito desfavorável, decorrente da recente pandemia de covid e da atual guerra na Europa.”

Tenham esperança e arrisquem, mas não demais. Têm de dar passos curtos e seguros. Se derem um passo largo, pensem muito. O investimento pode ser de tal maneira que não dê para levantar novamente

Agora, “com características absolutamente excecionais e em nada por nós controláveis, os empresários têm de saber lidar, nomeadamente, com a subida dos custos das matérias-primas, energia e transportes, o aumento dos preços e dos juros, o cancelamento dos projetos e a paragem das fábricas”, alertou o empresário quanto à relevância das políticas públicas. “É muito importante prestar atenção à realidade atual das empresas portuguesas, providenciando o melhor apoio possível à sustentação da sua viabilidade e tesouraria, até porque é daqui que vem o crescimento, o emprego e a erradicação da pobreza.”

PÔR A ECONOMIA A CRESCER

“Nunca pensei que a Roménia nos ultrapassasse”, acrescentou António da Silva Rodrigues quanto à estagnação do processo de convergência da economia portuguesa com a da União Europeia. Para crescer mais, “Portugal precisa de produtos próprios para vender e criar riqueza. Ou então de arranjar parceiros que se instalem cá e desenvolvam a indústria”.

O industrial alerta que as empresas devem ganhar escala suficiente para abastecerem os mercados externos: “O Governo devia fazer um estudo. Ver as empresas que estão a ter sucesso e ajudá-las a expandir-se para alargar os produtos que temos para exportação. Ajudar as empresas que têm marca, que têm futuro, que têm possibilidade de se expandir e exportar. Isso é muito, muito importante.” Ou seja: “Devemos selecionar, ver as empresas que estão a progredir, que têm uma boa clientela e um bom produto e apostar nelas.”

 

https://www.simoldes.com/

 

 

Marruecos entra en la guerra del coche eléctrico

El ministro de Industria anuncia el modelo Neo, que se empezará a vender en las próximas semanas, inicialmente para el mercado local, por unos 16.200 dólares

in Coche Global, por Ana Montenegro, 29-12-2022 


Marruecos también entra en la batalla del coche eléctrico. En las próximas semanas, el país norteafricano lanzará al mercado el primer modelo propulsado con baterías y de producción nacional, según anunció el ministro de Comercio e Industria marroquí, Riad Mezzour, que presentó el proyecto en la Cámara de Representantes.

El vehículo, del que se sabe poco por ahora, se llama Neo, un nombre marroquí. Fue diseñado y fabricado íntegramente en Marruecos, tiene una velocidad máxima de 75 km/h y un precio de unos 10.000 o 17.000 dirhams (unos 16.200 dólares), según informa la prensa local.

Un pequeño eléctrico urbano

“Por el momento estará destinado al mercado local, pero tenemos confianza y apoyaremos y haremos lo mejor que podamos para que este operador tenga una dimensión internacional”, indicó el ministro marroquí.

Marruecos, que es un país con grandes reservas de cobalto (uno de los minerales que se utilizan para fabricar baterías), busca convertirse en una plataforma para la electromovilidad en el sector de automoción más competitiva.  Actualmente fabrican en el país Renault y Stellantis y desde 2020 se montan vehículos eléctricos (Citroën Ami y Opel Rocks-e ). “Modelos que son diseñados por ingenieros marroquíes”, destacó el ministro. Actualmente en Marruecos se fabrican unos 40.000 coches eléctricos al año.

Mezzour destacó que Marruecos cuenta con 10.000 ingenieros de diseño de automóviles que trabajarán para marcas de alta gama de Alemania, Reino Unido, Francia y Estados Unidos. “La floreciente industria automotriz de Marruecos refleja una sólida base de mano de obra cualificada”, añadió.

Planta de baterías

El gobierno marroquí también está siguiendo muy de cerca el vehículo NamX, propulsado por hidrógeno verde y diseñado por el franco-marroquí Faouzi Annajah. “Este vehículo es una de las marcas marroquíes que queremos apoyar para desarrollar la producción, el diseño, la tecnología”, destacó Mezzour. El Ministerio de Industria y Comercio anunció el pasado mes de julio que estaba negociando la instalación de una fábrica de baterías en los próximos meses.

La capacidad de producción anual de automóviles en Marruecos es de unas 700.000 unidades, con el objetivo de llegar a un millón en breve, y sus principales mercados son los de la Unión Europea. Además de Reanault y Stellanis, están implantados en el país más de 250 proveedores como Leoni, Denso, Valeo, Magna, Lear o Faurecia.

 

Nuevo Opel Rocks-e, un eléctrico fabricado en Marruecos / OPEL

 

Morocco to Invest €50 Million in Plant to Produce Moroccan-Made Cars

Initially, the car plant hopes to produce 3,000 vehicles per year.

in Morocco World News, by Safaa Kasraoui, 29-12-2022


Morocco is set to invest €50 million to establish a plant to produce local car brands.

The factory will be made with a 100% Moroccan investment, Morocco’s Minister of Trade and Industry Ryad Mezzour said in a recent interview.

Through the plant, Morocco is set to produce approximately 3,000 cars per year. The number is set to reach 20,000 units within four years.

The project is part of Morocco’s approach to boost the automotive sector. The industry has been one of the pillars that contribute to the country’s economy.

Recently, Mezzour said that the local brand has passed “all the tests successfully.” However, the Moroccan minister rejected to disclose information on the brand’s name.

He stressed that the price of the new car will be offered at competitive prices estimated at $16,200.

In an interview with Moroccan news outlet Le360, Mezzour said that the brand is in the process of being approved by the competent authorities, emphasizing that the country should be proud of its achievements in car manufacturing.

Mezzour said that the milestone project will have a Moroccan name, noting that the ministry of industry is working alongside Moroccan investors to increase the “integration rate so that the parts are also mainly Moroccan.”

Morocco aims to commercialize the cars in the local market.

“But we are confident and we will support and do the best we can so that this operator has an international dimension,” he said.

Mezzour also acknowledged that the automotive sector is facing challenges, including the difficulty to attract a third manufacturer in Morocco amid times of global economic crises.

“The European market is the main market to which we sell our vehicles. This, as well as the global automotive market, is in decline,” he said.

 

 

China’s XEV To Produce Electric Cars for the Italian Market in Morocco

The company aims to build a plant near Morocco’s Tangier to produce vehicles for the Italian market.

in Morocco World News, by Safaa Kasraoui, 28-12-2022


China’s XEV brand has announced plans to produce in Morocco its electric cars destined for the Italian market.

Italian news outlet Nordeste Economia reported on Monday that the Chinese company is planning to construct a plant for the production of its electric cars for the Italian market.

The plant will be established near Tangier, a city that hosts several manufacturing factories.

In addition to its increasing strategic investments in its burgeoning automotive industry, Morocco attracted the Chinese company thanks to its proximity to Europe.

XEV aims to install its factory in the country to tackle the continued increase in transport costs, as well as the “uncertainties” brought about by the current international context, the Italian news outlet reported.

Negotiations for the project have reached “an advanced phase,” the news outlet added.

Quoting Giovanna Zandarin, who is now supervising the operation, Nordeste Economia stressed that the car to be produced in Morocco was “conceived and developed in Turin.”

“But there was no possibility of industrializing production in Italy. We have identified Morocco which is implementing effective policies to attract foreign companies,” added the report.

The company is planning to begin exporting its electric cars from Morocco to Italy within the first half of 2024.

“In fact, it takes time to build the plant and train personnel suitable for the production of a completely revolutionary vehicle, the result of a new technology: it is the combination of research and development and Italian style,” Zandarin added.

The news comes as Morocco continues to attract several automotive manufacturers.

Earlier this month, Morocco’s Minister of Industry Ryad Mezzour stressed the country’s assets in the sector, emphasizing that the European market is the main market for cars manufactured in the North African kingdom.

Mezzour, however, acknowledged the challenges facing the sector, including the difficulty to attract a third manufacturer due to the prevailing global situation.

Morocco is home to 10,000 car design engineers working for several brands from different countries, including France, Britain, Germany, the US, and Canada.

 

 

XEV electric cars

 

 

La producción de Tesla en Berlín crece con retraso

La factoría alcanza una producción de 3.000 Model Y a la semana tres meses después de lo previsto inicialmente por la compañía

in Coche Global, por Toni Fuentes, 28-12-2022 


La fábrica de Tesla de Berlín sigue acelerando su ritmo de producción, aunque con más lentitud de lo previsto. La planta, que se puso en marcha a principios de 2022, acaba de alcanzar un nuevo hito de 3.000 vehículos en una semana.

La consecución de la cifra de 3.000 coches del Model Y ensamblados en Tesla Berlín fue motivo de celebración por parte de la plantilla, que posó junto a las últimas unidades fabricadas. Algunos empleados destacaroin en redes sociales que han conseguido aumentar un 50% el ritmo de producción, de 2.000 a 3.000 a la semana, desde octubre a diciembre.

Retraso en la producción de Tesla

La marca que dirige Elon Musk (en el tiempo que le deja libre Twitter) felicitó a los trabajadores de la gigafactorñía de Berlín. Sin embargo, el ritmo de incremento de la producción va con retraso en relación con las previsiones de la compañía, que estima allegar a los 3.000 coches semanales en octubre, según publicó la agencia Reuters.

Elon Musk tuvo que rebajar sus expectativas de aumento de las entregas de vehículos en 2022 desde un 60% a un 50% en julio pasado a la vista de cómo evolucionaban las cadenas de montaje en Berlín y también en Austin (Texas).

Aumento a tres turnos

Los 3.000 coches a la semana, es decir, unos 600 al día, se encuentran todavía muy lejos del ritmo habitual de producción de otras factorías, que pueden superar de forma amplia los 2.000 turismos diarios o los 10.000 a la semana, como en los casos de Stellantis de Vigo o de Seat de Martorell.

La planta de Tesla de Berlín tiene una capacidad de producción de 500.000 vehículos al año, a la que se suman las correspondientes baterías. Joerg Steinbach, ministro de Economía de Brandeburgo, anunció que Tesla pasaría de dos a tres turnos en la planta a finales de 2022 para seguir aumentando la producción.

 

La plantilla de Tesla Berlín celebra el aumento de producción

 

Ford, Stellantis y Seat inician un 2023 de ajustes de empleo por el coche eléctrico

  • Almussafes dejará de producir el S-Max y el Galaxy a partir de abril
  • Los nuevos modelos requieren un 30% menos de horas de trabajo

in Cinco Días,  28-12-2022


La industria española del automóvil se está electrificando a un ritmo mucho más rápido del que lo están haciendo las ventas en nuestro país. Muestra de ello es que de las plantas españolas salieron más de 110.000 coches eléctricos entre enero y noviembre de este año, lo que supone un incremento del 60% respecto al mismo periodo del ejercicio precedente. Si bien esto es una buena noticia, ya que la producción de eléctricos asegurará el futuro de las plantas, la implantación del coche eléctrico supondrá un progresivo reajuste de plantilla en el motor, un ajuste que ya comenzará a verse en 2023 en algunas fábricas nacionales.

En el caso de Seat, perteneciente al grupo Volkswagen, la compañía acordó este año con los sindicatos un nuevo convenio colectivo para sus plantas de Martorell (ensamblaje de coches), Barcelona (chapa) y El Prat de Llobregat (Componentes). En él, tanto sindicatos como empresa acordaron un plan de salidas voluntarias para reducir en 1.330 personas la plantilla hasta 2026. El motivo es preparar a la compañía para la llegada de la plataforma de producción de eléctricos Small BEV, que la automovilística implantará en Martorell para producir dos compactos eléctricos a partir de 2026. A cierre de 2021 (no hay dato disponible de 2022), Seat tenía en España un total de 14.590 trabajadores entre producción y oficinas.

La otra planta del grupo alemán en España, la de Volkswagen en Landaben (Navarra), aún tiene vigente su convenio colectivo, el cual termina al final de 2023. Fuentes del sector explicaron a CincoDías que probablemente tras semana santa VW empezará a negociar el nuevo convenio, el cual deberá de abordar el tema de la electrificación de la factoría, lo que puede acarrear un reajuste de empleo similar al pactado en Seat.

La complicada situación en Ford Almussafes

El caso más complicado es el de Ford Almussafes (Valencia), donde trabajan casi 6.000 personas. Si bien el fabricante estadounidense anunció que estudiará ensamblar coches eléctricos allí a partir de la segunda mitad de la década, la planta sufrirá la salida de varios modelos en los próximos meses que le quitarán carga de trabajo. La compañía ya ha confirmado que Almussafes dejará de hacer el S-Max y el Galaxy a partir de abril de 2023, a los que probablemente se sume la Transit Connect (no es oficial aún). Esto dejaría a la fábrica con un único modelo, el Kuga, un coche de éxito para la marca, que supone la mayor carga de trabajo de la factoría valenciana.

A esto hay que sumar el ajuste debido a la futura llegada de modelos eléctricos que, según explicó Martin Sander en un encuentro con periodistas en el que estuvo CincoDías, este tipo de vehículos necesitan entre un 30% y un 50% menos de horas de trabajo. “Ese excedente se puede producir sobre todo en montaje, donde a día de hoy se emplean unas 1.800 personas”, matizó UGT a este periódico, el sindicato mayoritario en esa planta. La compañía tratará este asunto con los sindicatos en 2023.

Otra planta que deberá de negociar un nuevo convenio colectivo el año próximo es la de Stellantis Figueruelas, ya que el actual termina el 31 de diciembre de 2022. La factoría ya ensambla el Corsa eléctrico, al que se sumará este año un segundo modelo eléctrico anunciado en octubre, que probablemente será el Peugeot e-208.

En UGT (también mayoritario en esta fábrica) señalaron que, si bien son conscientes de la menor carga de trabajo que acarrea el vehículo eléctrico, confían en que no se tenga que pactar ninguna reducción de plantilla. “Es cierto que el coche eléctrico supone un 30% menos de horas de trabajo, pero se puede compensar con otros elementos como el taller de baterías que tenemos aquí o la estampación de piezas”, dijo Rubén Alonso, presidente del comité en la planta.

Por su parte, en el grupo Renault, con plantas de ensamblaje, motores y cajas de cambio en Valladolid, Palencia y Sevilla, no se espera ningún ajuste de empleo el próximo año, según indicó el sindicato CC OO. Estas plantas son el centro de la estrategia de producción de coches híbridos del grupo francés y todas tienen convenio vigente.

SITUACIÓN CALMA EN MERCEDES VITORIA

Futuro eléctrico. Al contrario que otras plantas, en Mercedes Vitoria no se teme por ningún ajuste de empleo este año y se espera con tranquilidad la llegada de los 1.200 millones de euros que el grupo alemán invertirá en la factoría para que esta haga una furgoneta eléctrica a partir de 2025.

ERTE en las fábricas españolas. Mercedes y Renault no tienen previsto aplicar ERTE en sus plantas. Seat y Ford ya anunciaron que los prorrogarán hasta mitad de 2023. Stellantis también negociará ERTE para sus plantas, al igual que VW en Navarra.

 

German auto industry will invest more than €220bn in research and development by 2026

Manufacturers and suppliers are driving transformation – global competition requires better framework conditions for companies – building up infrastructure must strongly be accelerated

in VDA, 27-12-2022


The manufacturers and suppliers of the German automotive industry will invest more than €220bn in electromobility including battery technology, digitization and other research fields between 2022 and 2026. In this period, the German automotive industry invests more than €44 billion annually. This is more than the federal budgets for economy & energy (€10.6 billion), for education & research including astronautics (€20.2 billion) and for international cooperation (€10.8 billion) will encompass together in 2022.

“The innovative strength of companies in the German automotive industry is unique in the world. With this spending on research and development the industry is demonstrating its determination to make the transformation an international success story. The large investments are expressing our will to enable climate-neutral mobility as quickly as possible,” explains VDA president Hildegard Müller.

Müller continues: “With these investments and innovations the German automotive industry wants to continue to manufacture the world’s safest, most efficient, high-quality and climate-neutral vehicles for all segments.

In addition to digitization, the mission of climate neutrality is a task of the century and an enormous opportunity. We want to be a global example of a transformation that is geared towards climate goals and at the same time creates prosperity, economic growth and jobs.”

Particularly important: “Those who have the world’s highest climate targets also need the best site conditions worldwide. We now need faster approval and planning procedures, massive investments in infrastructure and competitive taxes and energy prices,” emphasizes Müller. It is also important to have an active foreign policy that advocates trade agreements. The same goes for energy partnerships in order to secure the supply of raw materials and renewable energies in the long term and to adapt them to needs.

 

 

Verband der Automobilindustrie e.V. (VDA)

 

 

Autoeuropa tem de anunciar novo modelo em 2023

Fábrica de Palmela do grupo Volkswagen tem um ano para anunciar produção de novo modelo, que deverá ser híbrido. Um em cada sete operários da empresa tem doença profissional.

in ECO, por Diogo Ferreira Nunes, 27-12-2022 


Virada a página das negociações dos salários, a Autoeuropa encara 2023 como um ano determinante para o seu futuro. Há o compromisso de anunciar um novo modelo durante o próximo ano e que será determinante para o futuro da fábrica de Palmela do grupo Volkswagen. Entretanto, os trabalhadores estão cada vez mais preocupados com as condições de trabalho: um em cada sete funcionários tem doença profissional e não pode desempenhar todas as tarefas da linha de montagem.

“As partes comprometem-se também a criar condições para a atribuição de um novo produto para a Volkswagen Autoeuropa de forma a fazer face ao fim da produção do MPV em 2022 [Volkswagen Sharan] e a eventuais flutuações de mercado do VW T-Roc”, assim refere um dos parágrafos do acordo laboral assinado entre a Comissão de Trabalhadores (CT) e a administração da fábrica no dia 4 de abril de 2022. O acordo é válido até ao final de 2023.

“Tem de ser anunciado um novo modelo”, nota ao ECO o coordenador da CT, Rogério Nogueira. Tudo indica que o novo veículo será a próxima geração do T-Roc, SUV que tem conquistado o interesse dos condutores europeus. A Autoeuropa começou a produzir o primeiro veículo de larga escala em julho de 2017. A ainda primeira geração do T-Roc foi renovada no final de 2021 e deverá continuar a ser fabricada em 2023 e 2024, pelo menos.

O sucessor não deverá ser totalmente alimentado por um motor a gasolina ou a gasóleo. Espera-se um modelo híbrido plug-in, com tomada exterior de carregamento, para permitir uma autonomia em modo elétrico de até 100 quilómetros, conforme referiu em março de 2021 o então presidente executivo da marca Volkswagen, Ralf Brandstätter, na apresentação do plano estratégico.

Trabalhadores com limitações

Atualmente com mais de 5.000 funcionários, a Autoeuropa entrará em 2023 depois de conseguir o segundo melhor ano de produção, com o fabrico de 230 mil unidades. Em paralelo, há o registo de 500 a 600 trabalhadores com doenças profissionais, o equivalente a mais de 10% força de trabalho, “embora uma grande parte com tarefas mais leves na linha de montagem ou noutras áreas da fábrica”, nota o porta-voz da Comissão de Trabalhadores.

Os sindicatos vão mais longe. “As pessoas não aguentam os ritmos de trabalho, muito exigentes. Há pouca rotatividade no posto. A Autoeuropa tem de tomar medidas em relação aos ritmos de trabalho e ao aparecimento de doenças profissionais“, lamenta Eduardo Florindo, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul). O sindicato afeto à CGTP promoveu um abaixo-assinado em junho pela melhoria das condições de trabalho e que contou com mais de 2 mil assinaturas.

O conteúdo do abaixo-assinado também foi subscrito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automóvel (STASA). “Tem-se registado um grande número de otimizações, mas que não tem sido traduzido na melhoria das condições de trabalho. A empresa tem de ir além das reformas antecipadas e das rescisões por mútuo acordo. O avanço da técnica deve contribuir para melhoria das condições de trabalho“, defende João Reis, membro da direção deste sindicato.

Admitindo como um problema que “não se consegue resolver de um dia para o outro”, Rogério Nogueira entende que são necessárias “intervenções no departamento médico, ao nível de engenharia industrial e também um aumento dos tempos de pausa”, que passou a ser de 10 minutos com o novo acordo laboral mas que não serve as necessidades. “Chegamos a ter momentos em que a máquina anda muito mais depressa do que a pessoa”, nota João Reis.

Resta saber quais serão as metas de produção da fábrica de Palmela para 2023, num ano em que o T-Roc vai monopolizar a linha de montagem. Contactada pelo ECO, fonte oficial da Autoeuropa recusou-se a responder às perguntas.

 

 

Sónia Calado (DRT): Os temas que estão no topo da minha agenda para 2023

Sónia Calado cofundou a DRT Moldes, em 1994, com o marido quando tinha apenas 23 anos e ainda estava no último ano de Gestão. Na entrevista que nos deu para o livro O Sucesso Não Cai do Céu confessou que nunca pensou que a empresa ganhasse a dimensão que tem hoje, mas os dois jovens começaram com a fasquia bem alta, a trabalhar para marcas como a Porsche, a Rolls Royce e a Volkswagen. Hoje, a DRT de Sónia Calado e do marido é um grupo de empresas que é já uma referência na produção de moldes de injeção de plásticos até 25 toneladas e uma peça fundamental no tecido empresarial e social da zona de Leiria”

in Executiva, 26-12-2022


“2023 afigura-se como um dos anos mais desafiantes que teremos de enfrentar. Há uma enorme carga de incertezas que não nos permite fazer planos em relação ao futuro. A única certeza é que vai ser um ano de incertezas.

Para as empresas do setor dos moldes para plásticos será mais um ano de prova da nossa capacidade de resistência e resiliência. O setor, no qual a esmagadora maioria das empresas tem como principal mercado a indústria automóvel, sente enormes constrangimentos, desde 2018, momento em que começou a indefinição sobre a mobilidade do futuro. A isso, somamos os efeitos da pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, toda a instabilidade resultante da guerra na Ucrânia. No seu conjunto, este cenário agudizou a situação financeira de muitas empresas.

Sabendo que 2023 será o ano em que termina o período de carência dos financiamentos criados no âmbito da pandemia, e que, para muitos, será também o momento de reembolsar grande parte dos apoios do PT2020, as empresas preparam-se para o que será, possivelmente, um dos momentos mais angustiantes da sua história. Para fazer face aos custos de fabrico, continuar a fornecer as melhores soluções aos seus clientes e apostar na necessária mão-de-obra intensiva e especializada, as empresas necessitam de robustez financeira. Contudo, a nossa indústria sobrevive numa bolha de isolamento, sendo imperativo que governantes e entidades se assumam como parceiros das empresas, para encontrar a desejável solução para um setor que tem dado a conhecer ao mundo Portugal como um país tecnológico de topo.

O grupo que administro – Grupo DRT – investiu em plena pandemia cerca de 15 milhões de euros numa nova unidade industrial, de forma a preparar-se, como sempre fez, para um futuro de crescimento, que garanta mais emprego e, consequentemente, mais riqueza para o País. É esta a nossa forma de responder aos desafios: investir continuamente na antecipação do futuro.”

 

https://drt-group.com/

 

Sónia Calado é co-fundadora e administradora da DRT Moldes.

 

 

 

Toyota atinge melhor novembro de sempre em volume de produção

O gigante nipónico produziu mais de 830 mil veículos no mês passado, com o volume a ser impulsionado pela produção no exterior, uma vez que o número de viaturas saídas das fábricas no Japão recuou face a igual mês de 2021.

in Jornal de Negócios, por Pedro Curvelo, 26-12-2022


O grupo Toyota registou o melhor novembro de sempre em termos de veículos produzidos, com 833.104 unidades, mais 1,5% do que em igual mês de 2021, anunciou esta segunda-feira o gigante automóvel nipónico.

A produção doméstica, contudo, recuou 3,3%, para 266.174 unidades, mas essa quebra foi mais do que compensada com o aumento de 3,8% nas fábricas no estrangeiro, que registaram o melhor novembro de sempre ao produzirem 566.930 viaturas.

Também as vendas em novembro aumentaram face há um ano. A nível mundial foram vendidos 884.112 veículos, mais 3,7%, sendo que no mercado japonês as 172.462 unidades vendidas representam um incremento de 1%, enquanto as vendas no resto do mundo avançaram 4,3%, para 711.650 viaturas.

O gigante automóvel espera encerrar o ano fiscal, que finda em março, com 9,2 milhões de veículos produzidos, mais cerca de 600 mil do que no exercício anterior.

 

 

imagem_Pierre Albouy/Reuters