58% das empresas registaram quebra nas encomendas

Vendas de maio caíram para três quartos das empresas, em média, para cerca de metade.

in CIP, 30-06-2020


Três em cada cinco empresas (58%) registaram uma quebra significativa das encomendas em junho, já em período de retoma das atividades económicas, depois dos condicionalismos impostos pelos processos de combate à pandemia de covid-19, conclui o inquérito promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE, hoje divulgado. Resultados disponíveis aqui.

A quebra média das encomendas registada pelas empresas é da ordem dos 45%.

O inquérito, dedicado a recolher e analisar informação sobre compras e vendas das empresas após o estado de emergência, conclui, também, que três quartos das empresas registaram uma quebra nas vendas, no mês de maio, e que essa quebra foi, em média, de 49.

“Estes dados deixam claro que a pandemia teve um impacto profundo nas cadeias de abastecimento e no funcionamento das empresas e indiciam que a recuperação da atividade económica será lenta. Mostram, também, o esforço que vai ser necessário para a concretizar”, afirmou o vice-presidente da CIP João Almeida Lopes, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.

Os dados do inquérito desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, mostram que a generalidade das empresas que já retomou a atividade, total ou parcialmente, em junho.

Revelam, ainda, que o lay off simplificado continua a ser um mecanismo determinante, quando 25% das empresas que respondeu ao inquérito diz que o utiliza e outros 10% dizem que pensam vir a pedir para o fazer, o que reforça a posição a CIP de defender o prolongamento desta solução até ao final do ano, “porque é fundamental para apoiar o emprego e ajudar as empresas a ultrapassarem esta fase de exceção”, referiu Almeida Lopes.

Este é o sétimo inquérito do Projeto Sinais Vitais, uma iniciativa inédita desenvolvida em conjunto pela CIP e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que tem como objetivo recolher e divulgar, de forma regular, informação credível e atualizada sobre o que pensam os empresários e gestores de topo das empresas portuguesas, no quadro da atual situação de exceção.

CONSULTE AQUI O RELATÓRIO

 

 

Serilusa adere à AFIA

A AFIA dá as boas-vindas ao novo Associado: Serilusa – Decorações Plásticas, Lda.

in AFIA, 30-06-2020


A Serilusa – Decorações Plásticas, Lda. é especializada na injeção, pintura, soldadura por ultrasons de peças em plástico e montagem de peças decorativas em plástico e alumínio para automóveis.

A Serilusa integra o grupo espanhol ALUDEC e está presente em Portugal desde 1998.

A Serilusa tem o seu sistema de gestão da qualidade certificado pela norma ISO 9001:2015.

Para mais informações visite a página da Serilusa em:

https://aludec.com/

 

 

Autoeuropa atinge três milhões de automóveis produzidos

A fábrica de Palmela da Volkswagen atingiu a marca histórica esta quinta-feira, pouco mais de 25 anos após ter iniciado a produção.

in Negócios, por Pedro Curvelo, 26-06-2020


Três milhões. Este é o número de veículos que a Autoeuropa produziu desde o arranque da produção, em 1995. O marco histórico foi atingido esta quinta-feira, 25 de junho, revela a empresa através da rede social LinkedIn.

A fábrica do grupo Volkswagen em Palmela previa alcançar o “número mágico” em abril, ainda antes de celebrar os 25 anos, mas a paragem forçada em meados de março devido à pandemia da covid-19 acabou por adiar por dois meses a meta.

Inaugurada em 1995, a maior fábrica de produção automóvel de Portugal demorou oito anos a alcançar a fasquia de um milhão de unidades, o que aconteceu a 16 de junho de 2003.

Foram necessários mais dez anos para ver sair a unidade dois milhões da fábrica de Palmela. Foi a 2 de julho de 2013 que a fasquia foi superada, numa altura em que a Autoeuropa produzia os modelos Sharan, Eos e Scirocco, da Volkswagen, e ainda o Seat Alhambra.

Agora, sete anos volvidos, sai das linhas de montagem da fábrica o veículo número três milhões, tendo a aceleração no volume de produção da Autoeuropa sido impulsionada pelo modelo T-Roc, que começou a ser produzido em 2017.

O início da produção do SUV compacto da Volkswagen foi o “motor” da aceleração da Autoeuropa nos últimos anos. Sendo que a produção acumulada nos dois últimos anos totaliza 477.800 unidades, quase tanto como os 490.995 veículos que saíram da fábrica entre 2013 e 2017.

A Autoeuropa fechou 2019 com um recorde absoluto de produção: 256.878 unidades, isto depois de em 2018 ter produzido 223.200 veículos, pulverizando o anterior recorde, de 1998, que se cifrava em 138.890 automóveis.

 

Considerações de Consistência: A Importância da Confiabilidade e Transparência nos Revestimentos

Os revestimentos dos elementos de fixação (parafusos) desempenham um papel fundamental em muitos setores, do setor aeroespacial e automotivo à construção e energia. Os tratamentos de superfície podem ajudar a aumentar a vida útil dos elementos de fixação, melhorar a perceção de qualidade e, finalmente, aprimorar a experiência do utilizador final. No entanto, dado o grau de variabilidade dos revestimentos nessas indústrias e o impacto potencial de falhas dos elementos de fixação na aplicação concreta, a escolha do revestimento certo para cada aplicação é crucial

by  Lammert de Boer, global director – ZinKlad & DecoKlad, MacDermid Enthone Industrial Solutions, 26-06-2020 


É assim importante que os revestimentos mantenham um desempenho consistente e confiável, bem como mantenham a transparência e a confiança ao longo da cadeia de suprimentos – tanto para garantir tranquilidade para os especificadores quanto para ajudar a manter a qualidade como uma prioridade. Isso é particularmente aparente na indústria automóvel, onde esses valores são críticos para o sucesso.

Clicar aqui para ler o artigo completo

 

Para mais informações

https://macdermidenthone.com/industrial

 

La planta de Vigo de Grupo PSA fabricará prototipos de furgonetas eléctricas

El Centro de Grupo PSA en Vigo fabricará, a partir de noviembre, prototipos de furgonetas eléctricas (que actualmente se realizan en China), como parte del proyecto K9, en la fábrica de Vigo. Lo hará con el apoyo de la Xunta de Galicia, que aportará cinco millones de euros, la máxima subvención permitida por la normativa europea, tras la firma de un convenio entre Grupo PSA y la Axencia Galega de Innovación (GAIN).

in AutoRevista, 25-06-2020


Durante los ejercicios 2020 y 2021, ser harán inversiones I+D+i por valor de 20 millones de euros ligados al proyecto K9, dirigido a lanzar la versión eléctrica de las furgonetas que se montan actualmente en la fábrica de Balaídos, con el fin de que estas puedan salir al mercado en el año 2021.

Estos prototipos se producirán en el Taller Piloto de la planta de Vigo y servirán para “validar las definiciones del producto y del proceso de fabricación”, como paso previo a la producción de pre-series en línea, prevista para el primer trimestre de 2021.

Los objetivos del proyecto se enfocan hacia los trabajos de ingeniería y desarrollo para poner en marcha nuevos procesos y equipos, así como para rediseñar y adaptar los procesos ya instalados en las diferentes áreas productivas de la planta de Vigo, con el fin de acondicionar la fábrica para producir distintas versiones -eléctricas, térmicas o híbridas- de los modelos producidos. El anuncio permitirá aumentar el tejido industrial de la automoción gallega y atraer inversiones en innovación relacionadas con la movilidad eléctrica, así como para fomentar el empleo y la capacitación de los trabajadores.

 

Línea de producción del Centro del Grupo PSA en Vigo.
Foto: Grupo PSA

EU car sales forecast 2020: Record drop of 25% expected this year, says ACEA

In the light of the major economic crisis facing the auto industry due to COVID-19, the European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA) has radically revised its 2020 forecast for passenger car registrations down to about -25%.

in ACEA, 23-06-2020


This effectively means that the industry association expects car sales in the European Union to tumble by more than 3 million from 12.8 million units in 2019 to some 9.6 million units this year.

Following the first shockwaves of the crisis between mid-March and May, the EU market has contracted by 41.5% so far this year. This situation is expected to ease to a certain extent in the coming months as lockdown and containment measures are lifted throughout the region.

Nonetheless, in terms of volumes, ACEA’s forecast for 2020 represents the lowest number of new cars sold since 2013, when the industry had come through six consecutive years of decline in the aftermath of the 2008-2009 financial crisis. In terms of percentage change, the bleak outlook represents the sharpest drop ever witnessed by Europe’s automobile sector.

“ACEA maintains hope that this dramatic scenario can be mitigated through fast and strong measures by the EU and national governments,” stated ACEA Director General, Eric-Mark Huitema.

“Given the unprecedented collapse in sales to date, purchase incentives and scrappage schemes are urgently required right across the EU to create much-needed demand for new cars. In the interest of our industry and the wider EU economy, we are calling for the necessary political and economic support – both on the EU as well as the member state levels – in order to limit the damage to production and employment over the months to come.”

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Notes for editors

About the EU automobile industry

  • 13.8 million Europeans work in the auto industry (directly and indirectly), accounting for 6.1% of all EU jobs.
  • 11.4% of EU manufacturing jobs – some 3.5 million – are in the automotive sector.
  • Motor vehicles account for €440.4 billion in taxes in key European markets.
  • The automobile industry generates a trade surplus of €84.4 billion for the EU.
  • The turnover generated by the auto industry represents over 7% of EU GDP.
  • Investing €57.4 billion in R&D annually, the automotive sector is Europe’s largest private contributor to innovation, accounting for 28% of total EU spending.

About ACEA

  • ACEA represents the 16 major Europe-based car, van, truck and bus manufacturers: BMW Group, CNH Industrial, DAF Trucks, Daimler, Ferrari, Fiat Chrysler Automobiles, Ford of Europe, Honda Motor Europe, Hyundai Motor Europe, Jaguar Land Rover, PSA Group, Renault Group, Toyota Motor Europe, Volkswagen Group, Volvo Cars, and Volvo Group.
  • More information about ACEA can be found on www.acea.be or www.twitter.com/ACEA_eu.
  • Contact: Cara McLaughlin, Communications Director, cm@acea.be, +32 485 88 66 47.

 

Automotive sector appeals to EU heads of state and government on coronavirus recovery plans

ACEA, CECRA and CLEPA – together representing the full automotive value chain in Europe – wrote a letter to the heads of state and government of the 27 EU member states, calling for urgent support for the automotive sector in the wake of the COVID-19 crisis.

in ACEA, CECRA, CLEPA, 16-06-2020


The letter can be found here.

  • Since the outbreak of coronavirus, most vehicle manufacturers had to completely shut down their development and production sites for several weeks or even months. This has resulted in production losses of more than 2.4 million motor vehicles so far and has impacted the jobs of 1.1 million employees. Many factories are now re-opening gradually, but at levels well below pre-crisis capacity.
  • Almost all companies in the suppliers’ industry expect a loss of revenue of 20% or more this year, while more than half anticipate negative results. This will also have a knock-on effect on revenues from taxes and VAT in all member states. With most companies not expecting to leave the crisis behind before 2022, recovery will clearly take time.
  • Most EU dealerships were also closed for many weeks, leading to sales collapsing to historic lows across all vehicle segments. Workshops in countries most affected by lockdown measures have also seen their activity decrease by up to 85%.

 

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Presidente da AFIA responde a questionário do Expresso sobre o impacto da Covid-19 nos projetos de investimento do Portugal 2020

José Couto, presidente da AFIA, alerta que as empresas da fileira automóvel estão “a recuperar de uma tempestade que não foi anunciada”. E que “investimentos planeados e em curso terão de ser repensados”, como é o caso de novas soluções tecnológicas e de incremento dos processos de implementação de um quadro de modernização no âmbito da indústria 4.0.

Mas porque as empresas de componentes não podem deixar de investir para responderem aos desafios da indústria automóvel, a AFIA pede instrumentos que garantam o reforço dos capitais permanentes, sem aumentar o endividamento ou prejudicar o rating das empresas junto das instituições de crédito. E também a reformulação de critérios de acesso ao Portugal 2020, para garantir investimentos de modernização e digitalização das empresas, com maiores taxas de comparticipação e de maior prazo de reembolso.

 

Leia a seguir o artigo completo


 

Associações alertam para o risco de projetos ficarem pelo caminho ou nem saírem do papel. Associação Empresarial de Portugal defende mesmo subida da taxa de cofinanciamento europeu para mais de 90%

in Expresso, textos Joana Nunes Mateus, foto Nuno Botelho, 20-06-2020


Aumentar a taxa de comparticipação dos fundos comunitários é das medidas mais urgentes que todas as associações empresariais contactadas pelo Expresso defendem para ajudar os empresários a conseguirem levar adiante a carteira de €11 mil milhões de projetos de investimento aprovados pelo Portugal 2020 antes da súbita crise provocada pela covid-19.

A verdade é que a pandemia apanhou a meio, ou ainda no arranque, milhares de projetos de investigação, inovação, qualificação ou internacionalização aprovados pelos empréstimos e subsídios dos chamados sistemas de incentivos ao investimento empresarial.

Esta carteira de investimentos do Portugal 2020 já está a encolher. E um recente inquérito aos associados da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostra que poderá encolher ainda mais. De facto, 42% dos empresários inquiridos planeiam “suspender ou cancelar totalmente” o investimento previsto para 2020, 40% vão mantê-lo “parcialmente” e apenas 18% tencionam manter a sua totalidade. Cada vez mais pessimista, o Banco de Portugal alerta mesmo que o investimento empresarial pode cair 17% em 2020.

Neste contexto, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) foi uma das primeiras a propor ao Governo aumentar as taxas de cofinanciamento europeu para minorar o impacto da covid-19 nos projetos já em curso. “Creio que, nesta fase que exige uma forte estabilização da atividade económica, as taxas de comparticipação devem ser elevadas, embora em cumprimento das regras europeias. Desejavelmente devem ultrapassar os 90%”, diz o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro.

O presidente da AEP considera esta medida fundamental para que as empresas não desistam de investir. “Não podemos esquecer que estamos perante instrumentos muito importantes com vista ao estímulo do investimento produtivo, com a mais-valia da respetiva natureza inovadora.”

TAXA BASE É DE 35%

Aliás, o Governo até já está a mobilizar os fundos europeus para pagar, a fundo perdido, 100% de vários investimentos públicos e 80% a 95% da reconversão industrial para a produção de máscaras, álcool gel e outros bens essenciais ao combate da covid-19.

Mais baixas são as taxas de cofinanciamento europeu aos investimentos empresariais: “A taxa base para uma média empresa é de 35%. E só metade deste incentivo é a fundo perdido já que a outra metade é um empréstimo a reembolsar. Mesmo uma PME do interior só consegue 60%, da qual metade é reembolsável”, explica Victor Cardial, presidente da Associação dos Consultores de Investimento e Inovação de Portugal.

Daí que o aumento desta taxa de comparticipação seja reivindicado por várias das fileiras que mais investem com os fundos europeus. É o caso da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) ou da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC). Quatro associações que responderam ao inquérito do Expresso.

TEMPESTADE NÃO ANUNCIADA

“Admito que venha a haver algumas empresas que não consigam ultrapassar esta fase extremamente difícil. Mas a grande maioria das que estão envolvidas em projetos financiados pelo Portugal 2020 irá executar os referidos projetos. Não se trata de whisful thinking. É uma convicção alicerçada numa análise próxima das empresas, acompanhada, em muitos casos, de conversas sobre o assunto com as empresas em causa”, diz Rafael Campos Pereira, o vice-presidente executivo da AIMMAP que defende o aumento da taxa de comparticipação em projetos conjuntos e individuais ou a maior flexibilidade na sua execução.

José Couto, presidente da AFIA, alerta que as empresas da fileira automóvel estão “a recuperar de uma tempestade que não foi anunciada”. E que “investimentos planeados e em curso terão de ser repensados”, como é o caso de novas soluções tecnológicas e de incremento dos processos de implementação de um quadro de modernização no âmbito da indústria 4.0.

Mas porque as empresas de componentes não podem deixar de investir para responderem aos desafios da indústria automóvel, a AFIA pede instrumentos que garantam o reforço dos capitais permanentes, sem aumentar o endividamento ou prejudicar o rating das empresas junto das instituições de crédito. E também a reformulação de critérios de acesso ao Portugal 2020, para garantir investimentos de modernização e digitalização das empresas, com maiores taxas de comparticipação e de maior prazo de reembolso.

REVOLUÇÃO NO TÊXTIL

“Algumas empresas terão dificuldade em prosseguir com a execução dos investimentos contratualizados com o Portugal 2020, podendo haver projetos que irão ficar pelo caminho ou mesmo não chegarem a sair do papel”, admite o presidente da ATP, Mário Jorge Machado. Este explica que “a capacidade de endividamento das empresas foi fortemente impactada no contexto da pandemia, limitando a sua capacidade de investimento”. Nos últimos meses, as condições de mercado alteraram-se tão “significativamente que ninguém consegue prever para quando a recuperação da economia para níveis pré-covid-19”. E os projetos apresentados antes da pandemia poderão nem “responder aos objetivos que tinham sido delineados à época”.

Os empresários vão assim precisar de prazos de execução dos investimentos e de reembolso dos empréstimos mais alargados, melhores condições nos adiantamentos de fundos europeus. E também de margem para alterar os projetos que já não fazem sentido nesta nova realidade e de taxas de financiamento maiores.

“O ânimo, em geral, é de enorme preocupação com o impacto imediato originado pela pandemia e de extrema apreensão e incerteza em relação ao impacto futuro”, acrescenta o presidente da ANIVEC, César Araújo. “Todavia, nas últimas semanas temos vindo a assistir a um interessante processo de reorganização interno, no sentido de defenderem os seus negócios e os postos de trabalho dos seus colaboradores.”

Para que a grande maioria dos projetos contratualizados com o Portugal 2020 possa ser concretizado pelos industriais de vestuário e confeção, César Araújo pede várias medidas: “O aumento da taxa de comparticipação seria, nesta fase, uma medida muito interessante para as empresas, principalmente para as exportadoras. Mas podemos acrescentar outras. Por exemplo, o cumprimento dos prazos para análise dos pedidos de pagamento, a desburocratização de alguns procedimentos e a aceleração no pagamento dos 5% finais do incentivo nos projetos já realizados.”


 

NÃO SE PODE PERDER A CABEÇA

A Associação dos Consultores de Investimento e Inovação de Portugal (ACONSULTIIP) denuncia o crescente descontrolo na atribuição dos fundos do Portugal 2020. “A descoordenação estratégica, a multiplicação de programas e sistemas, a profusão de avisos, concursos, decisões, autoridades de gestão, sistemas de informação e notícias, têm vindo a criar uma desorientação crescente dos empresários, investidores, gestores, consultores e de todos os envolvidos no processo de revitalização da economia portuguesa que é de muito mau augúrio”, diz o presidente da ACONSULTIIP, Victor Cardial.

Dá exemplos do que considera ser a crescente subjetividade com que são avaliados os projetos de investimento ou o facto de nem todas as decisões das autoridades regionais serem publicadas no sistema de informação centralizado do Balcão 2020. “Isto mostra como a estrutura já nem consegue dar uma resposta adequada à enorme entropia que criaram”, diz ao Expresso. “Num momento de crise como este, é indispensável manter a cabeça fria, senão estamos todos perdidos. Sem liderança forte, não iremos distribuir dinheiro de helicóptero… Iremos é pô-lo na ventoinha!”, teme o presidente da ACONSULTIIP. Em nome de consultores que preparam e acompanham muitas das candidaturas das empresas aos fundos comunitários, esta associação considera indispensável repensar todo o edifício regulamentar do Portugal 2020, reajustando os métodos e os modelos, simplificando e centralizando a sua gestão, melhorando o controlo e a operacionalidade, garantindo um nível de exigência adequado aos projetos e assegurando avaliações competentes e em tempo útil. Na reta final deste quadro comunitário, “com apoios que não são adequados ao momento que vivemos, tanto ao nível dos montantes disponíveis como à forma e extensão dos apoios, torna-se necessário o desenho de um sistema simples, integrado, adequado à realidade e capaz de manter ou elevar o nível de exigência dos projetos para permitir uma retoma competitiva do tecido empresarial”, pede Victor Cardial. A proposta que a ACONSULTIIP deixa ao governo é a criação de três programas integrados de apoio às empresas: o MAIN — Modernização, Adaptação e Inovação nos Negócios dirigido às micro e pequenas empresas (em particular, do comércio e serviços), o RACE – Revitalização Estratégica da Competitividade Empresarial vocacionado para PME e empresas de média capitalização e o RISC, com capital de risco para desenvolver novas ideias, negócios e processos de reestruturação empresarial. “Na nossa perspetiva, um quadro simples, fácil de implementar e de ser acolhido pela comunidade empresarial, permite o foco no essencial e a rapidez na ação que são fundamentais na situação atual.”

 

European car plants reopen, with output well below capacity

Most European auto assembly plants have reopened after weeks or even months of inactivity under coronavirus lockdowns, but few are operating at anything close to full capacity, automakers and analysts say.

in Automotive News Europe, by Peter Sigal, 20-06-2020


Among the reasons are safety measures to prevent the further spread of the virus, little visibility on demand and the need to draw down existing inventories that swelled when dealerships closed.

Volkswagen Group says that all of its factories in Europe are open and are running at 60 percent to 90 percent capacity. All of Renault Group’s factories are running again, including in Morocco and Romania, but some have gone down to two or even one shift from three to reflect demand. At the same time, however, Volvo says output at its factory in Ghent, Belgium, is back to its pre-pandemic level.

Pete Kelly, managing director at forecaster LMC Automotive, said it was reasonable to assume that about 90 percent of assembly plants in Europe were operating, at an average of 50 percent capacity.

“It will be changing all the time,” he said told Automotive News Europe. Automakers “are concerned about infections, so they can’t move back to the same build rates. But they can change shift patterns, and they have some levers to pull to get back to normal,” he said. LMC estimates that global automotive utilization rates will be well below 50 percent this year.

When Renault Group negotiated a back-to-work agreement with unions, for example, it built in flexibility to add shifts and work through the usual holiday break. PSA’s factory in Sochaux, eastern France, where it builds the popular Peugeot 308, 3008 and 5008 models, will be working on certain Saturdays this summer.

Varied production rhythms

As of mid-June, automakers reported their production rhythms in varying degree of detail. Among them are:

  • Jaguar Land Rover: All factories open, starting with one shift, with the exception of Castle Bromwich in England, which builds the Jaguar F-Type, XE and XF and could possibly re-open in August.
  • Nissan: Its plant in Sunderland, England, is up and running but with only one line operating on a single shift, to build the Juke and Qashqai SUVs. A second line is expected to open next week, and a second shift could be added at the end of the month.
  • Renault Group: All factories are open, including in Morocco and Romania, but with anywhere from one to three shifts depending on demand.
  • Volvo: The Ghent plant is back to full output of about 1,000 vehicles a day, on three shifts. Its factory in Torslanda, Sweden, is still ramping up to full output of 1,250 vehicles a day.
  • Volkswagen Group: All European plants are operational at 60 percent to 90 percent capacity. Seat’s factory in Martorell, Spain, is building the Ibiza and Arona on two shifts rather than three; the factory also builds the Audi A1, which will be back to the usual two shifts by the end of June.
  • Bentley: CEO Adrian Hallmark said the luxury automaker’s factory in Crewe, England, is running at 50 percent capacity to respect 2-meter social distancing rules.
  • Fiat Chrysler Automobiles: The factory in Pomigliano, Italy, that builds the Fiat Panda is working at pre-coronavirus rhythm of two shifts, as is the factory in Tychy, Poland, that builds the Fiat 500 and Lancia Ypsilon. But FCA’s factory in Serbia is closed until June 29, and Jeep production at the Melfi, Italy, factory has halted until June 30. Alfa Romeo’s factory in Cassino, Italy, was briefly open but has closed until June 30.
  • Hyundai-Kia: Hyundai’s plant in Nosovice, Czech Republic, is running on two shifts instead of three. Kia’s factory in Zilina, Slovakia, is operating on two shifts instead of three until the end of July.
  • Daimler: Mercedes-Benz said that all of its assembly and powertrain plants “gradually resumed” production starting early this month, with a “flexible” ramp up “to react to current developments and country specific regulations.”

The direct impact on employment varies by company, but overall some 44 percent of Europe’s 2.6 million-person automotive work force has been affected, industry group ACEA said, with more than 550,000 in Germany alone.

ACEA estimated earlier in June that at least 2.5 million fewer motor vehicles will be built in Europe this year, including passenger cars, buses and trucks. Germany, Europe’s largest producer, will lose at least 615,000 units, and Spain more than 450,000.

The average plant showdown lasted 30 days, with 41 days in Italy and the UK, where the pandemic has been most severe — but just 15 in Sweden, which was not subject to the same lockdown restrictions as other countries.

Douglas A. Bolduc, Nick Gibbs, Christiaan Hetzner and Andrea Malan contributed to this report

 

picture: Reuters
Workers at Toyota’s factory in Valenciennes, northern France, one of the first assembly plants to reopen in Western Europe.

 

 

Governo dá incentivos fiscais a quatro empresas que vão investir €249 milhões

Benefícios no IRC estão associados à criação de 426 novos postos de trabalho

in Expresso, por Ana Sofia Santos, 18-06-2020


O Governo vai atribuir incentivos fiscais a quatro empresas que, juntas, vão investir 249 milhões de euros e cujos projetos preveem a criação de 426 novos postos de trabalho.

Trata-se da Kirchhoff Automotive Portugal, Hilodi – Historic Lodges & Discoveries, MAAP – MA Automotive Portugal, a DS Smith Paper Viana, segundo o comunicado desta quinta-feira do Conselho de Ministros que anuncia que foram assinadas as minutas referentes aos “contratos fiscais de investimento a celebrar entre o Estado” e estas sociedades.

O maior investimento será feito pela empresa de origem britânica DS Smith Paper Viana, que detém a fábrica de papel de Viana do Castelo, num total de 107,5 milhões de euros e a previsão de dez postos de trabalho gerados até 31 de dezembro de 2023.

Do lado da Hilodi, uma empresa de organização de atividades de animação turística, o projeto tem um investimento associado de 102,8 milhões de euros, prevendo-se a criação de 313 postos de trabalho até ao final de 2021.

A Kirchhoff, empresa de componentes automóveis, vai aplicar 27,3 milhões de euros e prevê mais 30 empregos até 31 de dezembro de 2021, na mesma data a MAAP – MA Automotive quer ter mais 73 novos trabalhadores graças a um projeto no valor 12,2 milhões de euros.

“Tratando-se de projetos com particular interesse para a economia nacional – representam um investimento global superior a 249 milhões de euros, a criação de 426 novos postos de trabalho até 2023 e a manutenção dos atuais 736 empregos –, são atribuídos às empresas promotoras um crédito a título de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas”, adianta o comunicado.