Depois do piloto em Aveiro, os Correios vão introduzir o carro elétrico na frota em várias cidades pelo país
in Dinheiro Vivo, por Ana Marcela, 19-09-2018
Os CTT vão começar a fazer entregas de correio nos veículos elétricos VEdur, os ‘Ovo’ em Lisboa, Porto, Aveiro e Évora até ao final do mês de outubro.
“Depois do protótipo desenvolvido na cidade de Aveiro (durante 2 meses) está previsto que, até ao final do mês de outubro, os 12 novos Vedur comecem a circular em Lisboa, Porto, Aveiro e Évora”, adiantou fonte oficial dos CTT ao Dinheiro Vivo.
As 12 viaturas, produzido pela UOU Mobility, uma startup de São João da Madeira, fazem parte da frota de veículos elétricos do operador postal. “Os CTT têm a maior frota elétrica do país, com 353 veículos, e pretendem continuar a expandir esta frota”, frisa fonte oficial da empresa. “Além dos VEdur temos outros modelos de veículos elétricos e estamos a efetuar uma renovação continuada da nossa frota convencional”, refere. Cerca de 10% da frota dos CTT é movida a combustível não fóssil.
A companhia liderada por Francisco Lacerda não revela, no entanto, valores de investimento neste projeto. “Temos em curso um plano de racionalização dos consumos energéticos da frota, para o período 2018-2020, cuja implementação permitirá a redução dos consumos energéticos e a redução das emissões carbónicas associadas. Uma vez que este é um projeto-piloto alargado ainda é prematuro revelar valores de investimento”, refere fonte oficial.
Reduzir peugada de carbono
Só com a introdução do VEdur os Correios prevêm reduzir cerca de 10.500 kg CO2 por ano (877kg CO2 por veículo, por ano). Mas esta não é a única iniciativa levada a cabo para posicionar o operador postal como empresa ecológica. Os Correios usam eletricidade 100% renovável em todos os consumos da empresa, diz.
“Promovemos também a escolha pública participativa (uma abordagem única, a nível nacional) de projetos de compensação carbónica, como a proteção da floresta portuguesa, a recuperação de espécies fluviais em Portugal e a preservação do bioma Caatinga no Brasil. Estas ações contribuem para o atingimento das metas de redução de emissões carbónicas CTT, aprovadas pela SBTi – Science Based Target Initiative”, refere fonte oficial.
E, pelo quinto ano consecutivo, lançaram com a Quercus, a iniciativa Uma Árvore pela Floresta, para florestar com espécies autóctones Áreas Protegidas e Matas Nacionais, em particular as zonas mais afetadas pelos incêndios. Este ano estão à venda em 400 lojas da rede dois kits, um sobreiro e uma azinheira, por 3,50 euros cada. “Os kits vendidos são convertidos em árvores de espécies autóctones, que serão plantadas em áreas ardidas e/ou zonas classificadas do território nacional na primavera de 2019. Desde o início do projeto já foram plantadas 80 mil árvores”. A iniciativa decorre até 31 de dezembro.
Iniciativas que, globalmente, permitiram aos CTT reduzir “a sua pegada carbónica em 64% entre 2008 e 2017. Entre 2010 e 2017 as poupanças acumuladas na fatura energética dos CTT atingiram os 15 milhões de euros.”