BAIC SA opens vehicle assembly plant at Coega IDZ

Chinese vehicle manufacturer Beijing Automotive Group’s South African subsidiary, BAIC SA, on Tuesday opened its 88 969 m2 vehicle assembly plant, in the Coega Industrial Development Zone, near Port Elizabeth.

by Engineering News, 24-07-2018


The company has completed the critical construction and equipment installation milestones for Phase 1 of the historic R11-billion investment in the assembly plant.

Phase 1 involved the completion of the semi-knocked-down line and satisfactory progress on construction work streams of its vehicle assembly plant.

BAIC SA announced on Tuesday that the full-scale production of its compact sport utility vehicle, the BAIC X25, will start in the fourth quarter.

President Cyril Ramaphosa and People’s Republic of China President Xi Jinping unveiled the first-ever BAIC vehicle assembled on African soil through a video link from Centurion, Gauteng.

The BAIC SA investment – one of 26 bilateral agreements, with a total value of R94-billion, signed in 2015 between SA and China – is the single largest investment in South Africa in 40 years.

The project is the result of a memorandum of understanding between the South African government’s industrial policy implementation arm, the Industrial Development Corporation (IDC), which has a 35% shareholding in the plant, and Chinese State-owned BAIC Group (with a 65% shareholding), which manufactures BAIC models, as well as Hyundai and Mercedes branded cars for the Chinese market through its Beijing Hyundai and Beijing Benz joint venture agreements.

The R2-billion Phase 1 of the BAIC SA plant, comprises a 4 200 m² office block and an assembly and body shop of 42 000 m² fitted with robotic equipment.

Construction will start shortly on the 21 000 m² paint shop, which is scheduled to be completed by the end of 2019.

BAIC describes its new facility in Coega as “high standard, environment-friendly and intelligent.”

The manufacturing process and the entire plant design is fully considerate of energy conservation and environmentalprotection by adopting mature, advanced, low-pollution and energy saving manufacturing technologies.

The factory also makes use of artificial intelligence.

CHINA–SA RELATIONS AND BRICS VISION
With 2018 marking the 20-year anniversary since the start of bilateral trade, investment and economic relations between South Africa and China, the BAIC SA project is not only set to dramatically advance the economy of Nelson Mandela Baythrough investment in the East, but also offers BAIC a strategic geographic manufacturing and export base to realise its global strategy.

Sixty per cent of vehicles manufactured at the BAIC SA plant are destined for export markets in Africa, the Middle East and Latin America, with the remaining 40% to be sold in the South African market.

BAIC currently has 17 dealerships in South Africa and plans to announce further expansions.

BAIC Group chairperson Xu Heyi has described the relationship between South Africa and China as one of “golden cooperation”, which ensures the realisation of prosperity through Brazil, Russia, India, China and South Africa (Brics) cooperation.

“The BAIC SA project advances both countries and is testimony to this week’s Brics Summit theme which centres on inclusive growth and shared prosperity in the Fourth Industrial Revolution,” said Heyi.

IDC CEO Geoffrey Qhena, meanwhile, commented that the plant will further redefine economic ties between South Africa and China.

“Over and above this particular investment, we expect positive spin-offs in additional investments and job creation from the numerous local and foreign componentsmanufactured in the supply chain,” remarked Qhena.

He said the planned development of the industrial supplier park satisfies the needs identified in Ramaphosa’s New Deal to promote meaningful economic participation by small enterprises.

To date, 1 540 direct construction jobs have been created.

The company has also released forecasts on permanent employment in South Africa.

BAIC SA said 120 employees will be employed at the plant by the end of this year.

SMALL BUSINESSES BENEFIT
BAIC SA said 73 small, medium-sized and microenterprises (SMME) have participated in various construction and other related work streams during Phase 1.

The total value of contracts awarded to SMMEs in Phase 1 was R200-million.

Forthcoming projects such as the paint shop, landscaping and other external work streams, due to be completed by the end of this year, will ensure BAIC reaches its SMME participation goal of 35% in Phase 1.

LOCAL CONTENT 
BAIC has, over the last two years, extensively engaged South African automotive component manufacturers and suppliers through a procurement and supply division.

BAIC SA has successfully engaged and formed memorandums of understanding with the first group of local suppliers to develop its South African supply chains. This year’s localised parts procurement plan will include 39 parts; mainly based on the production of accessories for interior parts, such as roof lining, carpets and seats.

 

 

Veneporte cresce a dois digitos e reforça distribuição em Itália

A Veneporte registou, no primeiro semestre de 2018, um crescimento superior a 10% nas suas vendas face ao mesmo período de 2017.

in Jornal das Oficinas, 23-07-2018


O destaque vai para os componentes da parte quente do sistema de escape – filtros de partículas e catalisadores -, cujas vendas cresceram na generalidade dos países onde a Veneporte está presente. Segundo a Veneporte, este incremento, já previsto em 2017, deve-se, principalmente, a dois fatores: um externo e outro interno.

O fator externo diz respeito à natural tendência do mercado para uma maior procura de catalisadores e filtros de partículas de qualidade, alicerçada nas cada vez mais restritas normas de emissão de gases, bem como na também consciencialização crescente dos condutores e proprietários de veículos para as questões ambientais.

Internamente, a empresa aponta o constante reforço da gama, de forma a aumentar a cobertura do parque automóvel de cada mercado onde atua.

No seguimento da estratégia delineada, a Veneporte conta com um novo importante distribuidor para Itália: FTS. Trata-se de uma empresa com mais de 50 anos de existência. Originalmente posicionada como especialistas em turbos e transmissões, a empresa tem vindo a alargar o seu portefólio com outras famílias de produtos com mais tecnologia, tal como é caso dos catalisadores e filtros de partículas da Veneporte.

A empresa italiana escolheu o fabricante nacional como fornecedor exclusivo devido ao bom feedback do mercado, à cobertura de gama, à qualidade geral e por serem dos produtos com a melhor performance ambiental do mercado.

 

 

Renault investe 100 milhões em Cacia

A Renault formalizou o acordo com o Estado português para um investimento de 100 milhões de euros na fábrica de Cacia, onde serão produzidas as caixas de velocidades para os modelos mais representativos do Grupo Renault, bem como da aliança “Renault-Nissan-Mitsubishi”.

in Supply Chain Magazine, 23-07-2018


Esta aposta passa não só pela modernização da fábrica, mas também pela criação de uma nova linha de montagem específica para a nova caixa de velocidades, para além da contratação de 150 trabalhadores. A fábrica de Cacia exporta a totalidade da sua produção para 12 países (África do Sul, Argélia, Brasil, Espanha, França, Grã-Bretanha, Irão, Malásia, Marrocos, México, Roménia e Rússia).

A fábrica de Cacia foi inaugurada em 1981 com o objectivo de produzir os mais diversos componentes mecânicos. Chegou a produzir 3,5 milhões de motores. Em 2017 a fábrica totalizou 10.000.000 de caixas de velocidades produzidas e já este ano celebrou a produção de 40.000.000 de bombas de óleo fabricadas.

Se a produção de caixas de velocidades é a grande mais-valia da fábrica de Cacia, há muitos outros componentes que são ali produzidos, desde as bombas de óleo (de que é o maior fornecedor de todo o Grupo Renault), árvores de equilibragem e outras referências para caixas e motores.

Em comunicado, a Renault sublinha que se trata de “uma aposta que garante o futuro da fábrica para os próximos anos, mas que também faz jus a um passado de investimentos da Renault, já com mais de meio século de história. Na realidade, a Renault é talvez o fabricante automóvel que mais tem apostado em Portugal e na qualidade da produção nacional.”
Nos últimos três anos, a unidade de produção portuguesa da empresa foi considerada “a melhor na produção de caixas de velocidades”, refere a companhia, com 70% do volume de negócios da Renault Cacia a corresponder à produção de caixas de velocidades (725.000 em 2017).

 

 

Viana do Castelo em busca do “Top Ten” dos exportadores de Portugal

Na passada sexta-feira José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo, anunciou que pretende que o seu concelho seja um dos 10 maiores concelhos exportadores do país, procurando ultrapassar o Porto e Matosinhos, e atingir os mil milhões de euros nessa área.

in Supply Chain Magazine, 23-07-2018


O investimento feito na área da indústria tem vindo a crescer substancialmente, tendo atraído recentemente empresas que criam um grande crescimento para o concelho, como a Steep Plastique e, mais precisamente a Eurostyle Systems, tendo o seu discurso sido feito na inauguração da nova fábrica, no parque empresarial de Lanheses.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2017, o concelho esteve na 16ª posição dos maiores exportadores do país, com 831 milhões de euros em exportação. Embora ainda se encontre um pouco longe dos objectivos, o autarca encontra-se confiante de que chegará lá graças às novas apostas, indicando que a meta será atingida através da produção dos sectores eólico e papel, com uma fatia de 30% cada e, na sua maioria, automóvel, representando um investimento de 60%.

José Maria Costa conta que nos últimos anos têm sido feito investimentos de modo a aumentar essa vantagem para Viana do Castelo, “o município investiu em 2017 e 2018 cerca de 9,1 milhões de euros em aquisição de terrenos e obras de infraestruturação de áreas empresariais para acolher novas empresas ao concelho”, estando neste momento a decorrer um de 230 milhões em nove indústrias, sendo mais de metade da indústria automóvel.

 

 

ZF y Faurecia impulsan la visualización para la conducción autónoma

Las multinacionales alemana ZF y francesa Faurecia han desarrollado en cooperación, un concepto de visualización y control progresivo para vehículos totalmente automáticos (Nivel 4), que funciona sin volante y pedales.

in AutoRevista, 23-07-2018


Se trata de un diseño de cockpit (salpicadero) que se basa en tres pantallas concebidas para ofrecer mayor libertad de movimientos a conductores de vehículos de transporte y reparto o de los futuros taxis robóticos. No obstante, el conductor podrá optar, siempre que lo desee, por la conducción manual, a través de una palanca de control en la consola central, situada entre los asientos delanteros izquierdo y derecho.

Ambas firmas destacan el objetivo de mejorar al máximo la interacción entre conductor y vehículo. “Damos, por ejemplo, a los conductores de taxis grandes o vehículos de reparto, muchas de las libertades que ellos van a querer en el curso de la automatización de la conducción”, señala Uwe Clase, director de Seguridad de Vehículos Integrada en el Grupo ZF. “Entre otras cosas, estamos dejando espacio para actividades no relacionadas con la conducción”, agrega Eric Vanel, responsable de Integración de Sistemas en Faurecia Cockpit of the Future Team.

Desde Faurecia subrayan que la eliminación de los pedales favorece las constantes entradas y salidas del vehículo por parte del conductor para realizar tareas de reparto. Las funciones de dirección, aceleración y frenado se gestionan a través del ordenador central ZF ProAIintegrado en el vehículo. Esto permite acelerar, desacelerar y cambiar de dirección con casi un dedo.

También se integran otras funciones como el claxon o el limpiaparabrisas. También es factible la visualización de los datos de conducción más importantes, así como la planificación de las tareas de la persona que pilota el vehículo cuando la conducción es totalmente automatizada. Ambas firmas subrayan que la eliminación del volante supone que no haya ningún elemento que perturbe la vista o el acceso a la pantalla.

 

 

Mautomotive. Paixão pela engenharia

A paixão que levou Ana Carvalho a saber desde muito cedo que queria ser engenheira mecânica vê-se na forma como fala das peças (suportes para escapes) que saem das prensas da fábrica que dirige, a Mautomotive.

in Dinheiro Vivo TV, por Lucília Tiago e Luís Stoffel, 22-07-2018


Foi essa paixão que a levou a trocar o conforto da docência no Instituto Superior de Engenharia do Porto por uma nova carreira na Faurecia, onde “comecei do zero”. Estava na Caetano Bus quando o convite para liderar a Mautomotive (do grupo italiano Modulo) chegou. Pensou rejeitar “porque uma mudança do Porto para Bragança não se aceita à primeira”. Mas foi.

A fábrica abriu portas em 2015 com uma equipa de nove pessoas (cinco na produção). “Hoje somos 82”, diz com orgulho. Neste período de tempo o investimento já soma seis milhões de euros. Da fábrica saem 60 produtos diferentes e para cada um produzem entre 80 mil a um milhão de peças por ano, que são exportadas para sete países.

 

https://www.dinheirovivo.pt/economia/mautomotive-paixao-pela-engenharia/

 

 

 

Vigoroso aumento das exportações de Componentes para a Indústria Automóvel

As exportações de componentes automóveis atingiram um valor de 3600 milhões de euros para o período de Janeiro a Maio. Comparativamente com período homólogo do ano transacto, este valor representa um crescimento de 9%.

in AFIA, 20-07-2018


Este vigoroso crescimento do valor das exportações está muito acima do crescimento global do mercado, e em particular do mercado europeu para o qual é esperado um crescimento um pouco acima de 2% para o ano de 2018. Isto quer dizer que a indústria portuguesa de componentes para a indústria automóvel continua a conquistar quota de mercado, crescendo a taxa bem acima da taxa de crescimento do mercado automóvel.

As exportações de componente são dirigidas maioritariamente para o mercado europeu, Espanha e Alemanha são os destinos prioritários, logo seguidos de França e Inglaterra. Estes quatros países absorvem 71% do total das exportações de componentes, os restantes 29% vão para destinos diversos, como: restante países europeus, Estados Unidos da América, Marrocos, Coreia do sul e China. Estes valores traduzem a exportação directa, já que acrescem as exportações indirectas por incorporação de componentes de fabrico nacional nas viaturas montadas em Portugal e posteriormente exportadas, valor acima de 500 milhões de euros.

Neste mesmo período as exportações portuguesas de bens transaccionáveis aumentaram 6%. Isto significa que a indústria de componentes tem um desempenho exportador acima de restante indústria transformadora.

As exportações de componentes automóveis são responsáveis por 15% das exportações portuguesas.

Este excelente desempenho da indústria de componentes automóveis não deixa de ter algumas preocupações no horizonte temporal se o País Político não souber encontrar as respostas adequadas para que a competitividade do sector seja, como mínimo, preservada, e, desejavelmente melhorada.

Temas como a flexibilidade laboral, a adequada qualificação profissional, a disponibilidade de pessoas que permitam o crescimento, os custos de contexto que tem que ser reduzidos, o premente problema dos fluxos logísticos de e para Portugal, são algumas das questões que se não forem atempadamente encontradas soluções eficientes e eficazes, irão colocar o desempenho do sector em causa, afectando-o negativamente.

 

 

 

 

EU, Canada, automakers blast Trump auto tariff plan

The Trump administration came under withering criticism from the European Union, Canada and foreign automakers as officials consider imposing tariffs of up to 25 percent on imported cars and parts, a levy that could hike vehicle costs, hurting auto sales and industry jobs.

in Automotive News Europe, by David Shepardson | Reuters, 20-07-2018


Hundreds of workers employed by foreign automakers rallied on Capitol Hill on Thursday, urging the administration to drop the plans they said could threaten their jobs. A bipartisan group of 150 lawmakers signed a letter urging the administration to drop the plans amid the opposition of groups representing nearly all major automakers, dealers, parts companies and retailers.

Administration officials and congressional aides say the tariff probe is in part designed to win concessions during ongoing NAFTA renegotiation talks, but note that Trump has told aides he wants to impose tariffs before the congressional elections in November.

The department opened an investigation in May into whether imported autos and parts pose a national security risk and held a hearing on the probe on Thursday, taking testimony from auto trade groups, foreign governments and others.

U.S. Commerce Secretary Wilbur Ross said at the hearing it was “too early” to say if the administration of President Donald Trump would impose the tariffs, even as many automakers and members of Congress think it is a foregone conclusion.

He said the hearing was aimed at “whether government action is required to assure the viability of U.S. domestic production.”

European Union Ambassador David O’Sullivan said at the hearing that the suggestion that imports of vehicles and parts from the “closest allies” of the U.S. could pose a security risk was “absurd” and “lacks legitimacy.”

Canada’s deputy ambassador to the U.S., Kirsten Hillman, told the hearing that imposing tariffs on Canadian imports would be “devastating” to the U.S. auto sector and that Canada would respond in a “proportional manner” if auto tariffs were imposed. “Canada could not conceivably represent any risk to U.S. national security,” she said.

A group representing major automakers told Commerce on Thursday that imposing tariffs of 25 percent on imported cars and parts would raise the price of U.S. vehicles by $83 billion annually and cost hundreds of thousands of jobs.

‘No evidence’

Automakers say there is “no evidence” that auto imports pose a national security risk, and that the tariffs could actually harm U.S. economic security.

They are also facing higher prices after tariffs were imposed on aluminum and steel imports.

The Alliance of Automobile Manufacturers, whose members include General Motors, Volkswagen Group and Toyota, warned on the impact of the tariffs.

“Higher auto tariffs will harm American families and workers, along with the economy” and “would raise the price of an imported car nearly $6,000 and the price of a U.S.-built car $2,000,” said Jennifer Thomas, a vice president for the group.

She noted that the U.S. exports more than $100 billion of autos and parts annually to other countries, while “there is a long list of products that are largely no longer made in the U.S., including TVs, laptops, cellphones, baseballs, and commercial ships.”

No automaker or parts company has endorsed the tariffs, and they have pointed to near-record sales in recent years.

Jennifer Kelly, the United Auto Workers union research director, noted that U.S. auto production has fallen from 12.8 million vehicles in 2000 to 11.2 million in 2017 as the sector has shed about 400,000 jobs over that period, with many jobs moving to Mexico or other low-wage countries.

“We caution that any rash actions could have unforeseen consequences, including mass layoffs for American workers, but that does not mean we should do nothing,” she said, suggesting “targeted measures.”

Impact to industry

A study released by a U.S. auto dealer group warned that the tariffs could cut U.S. auto sales by 2 million vehicles annually and cost more than 117,000 auto dealer jobs, or about 10 percent of the workforce.

Trump has repeatedly suggested he would move quickly to impose tariffs, even before the government launched its probe.

“We said if we don’t negotiate something fair, then we have tremendous retribution, which we don’t want to use, but we have tremendous powers,” Trump said on Wednesday. “We have to – including cars. Cars is the big one. And you know what we’re talking about with respect to cars and tariffs on cars.”

Nazak Nikakhtar, an assistant Commerce secretary, pledged the agency in the coming weeks will “conduct a thorough, fair and transparent investigation,” and will consider the economic arguments made by automakers and others at the hearing before making a final decision.

CIP alerta Governo para a necessidade de não repetir erros do passado

O Programa Nacional de Investimentos 2030, lançado pelo Governo em junho, constitui provavelmente a última oportunidade do país para suprir as enormes fragilidades competitivas da ferrovia nacional. Recorde-se que, em relação a Portugal, Espanha “só” tem 30 anos de avanço na construção de rede ferroviária de bitola europeia, com o primeiro troço a ser construído em 1988. Portugal ainda não começou.

in CIP, 19-07-2018


A possibilidade do país se tornar numa “ilha ferroviária”, com os enormes custos associados ao nível da competitividade das empresas portuguesas e do emprego, não podem continuar a ser descurados pelos sucessivos Governos. É urgente seriedade por parte dos decisores políticos no tratamento de uma questão estrutural para o país. “A decisão que for tomada no âmbito do Programa Nacional de Investimentos 2030 irá condicionar a competitividade da economia portuguesa, o emprego e a criação de riqueza, possivelmente em três décadas, ou mais. Trata-se de um investimento estruturante para o país e para as gerações futuras”, alerta Luís Mira Amaral, Presidente do Conselho da Indústria da CIP.

Os planos inscritos no Ferrovia 2020, bem como o recente anúncio do lançamento de concurso para a modernização da Linha da Beira Alta, entre Cerdeira e Guarda, com um valor de 11 milhões de euros, constituem um sinal alarmante do autismo do Governo em relação às necessidades futuras do país. Refira-se que os atuais estudos de tráfego subestimam em larga escala a procura total de transporte ferroviário de mercadorias nas próximas décadas, nomeadamente no Corredor Ferroviário Norte – responsável por mais de 60% das nossas exportações. Não só porque não têm em devida linha de conta a perda de competitividade estimada para a rodovia, por motivos ambientais e energéticos, mas também porque simplesmente ignoram os objetivos fixados, em 2011, pela União Europeia, de ter mais de 50% do tráfego de mercadorias em distâncias superiores a 300 Km transferido da rodovia para os modos marítimo e ferroviário até 2050.

A Espanha investe milhares de milhões de euros do Orçamento de Estado todos os anos na rede ferroviária de bitola europeia, bem como avultados Fundos da UE e planeia manter o ritmo de investimento. As intenções manifestadas publicamente pelo governo espanhol, mas principalmente as verbas investidas e as obras executadas, permitem antecipar que até 2030 ou antes, linhas férreas de bitola europeia aptas para tráfego de mercadorias cheguem aos principais portos e plataformas logísticas de Espanha. Isto permitirá o transporte direto e competitivo de mercadorias entre Espanha e os restantes países da UE além Pirinéus.

Em contrapartida as soluções para as linhas ferroviárias internacionais, que supostamente irão servir o transporte de mercadorias de Portugal para a Europa no século XXI baseiam-se em remendos de linhas do século XIX com traçados em grande parte obsoletos, e em via única, ou seja, com capacidade limitada.

É entendimento do Conselho da Indústria da CIP que o investimento previsto para a modernização da Linha da Beira Alta, não a vai tornar operacional do ponto de vista da competitividade exigida para o transporte de mercadorias, nomeadamente porque o troço é desadequado. Uma orografia com pendentes (inclinações) elevadas e curvas apertadas que limitam a velocidade máxima de comboios com 750 metros (exigidos pela Comunidade Europeia para que a linha seja integrada na Rede Principal), e que são incompatíveis com as condições de interoperabilidade impostas pela União Europeia.

Recorde-se aliás, os resultados obtidos por Portugal na captação dos fundos comunitários CEF (‘Connecting Europe Facility’), com o país a captar apenas 150 milhões de euros, quando estimava angariar 1.250 milhões. Uma das razões para este fiasco foi o facto de, entre 2011 e 2015 o país não ter desenvolvido projetos ferroviários de acordo com os critérios de elegibilidade da União Europeia, sendo um dos quais a introdução de condições de interoperabilidade. Assim, o Conselho da Indústria da CIP recomenda fortemente que se desenvolvam desde já os projetos das linhas férreas internacionais em bi-bitola, sem esquecer a adaptação dos respetivos traçados, desenvolvendo-os o mais possível para maximizar as probabilidades de sucesso a novas candidaturas a Fundos da União Europeia.

É indispensável para o futuro da competitividade da economia nacional que os decisores políticos não repitam os erros de planeamento do passado, nomeadamente ao nível das infraestruturas de transporte, como foi o caso do aeroporto da Ota, que seria construído devido à saturação do aeroporto Humberto Delgado mas que se aturaria ele próprio após 23 anos de funcionamento (de acordo com o próprio Governo que se propunha lançar a obra).

É ainda essencial que o Governo não ignore a opinião de grande parte dos agentes económicos exportadores nacionais. Recorde-se as afirmações da Renova, no último inquérito realizado pela CIP, em relação à ausência de soluções de futuro de transporte terrestre competitivo: “As empresas portuguesas que quisessem continuar a exportar inevitavelmente teriam que deslocalizar a sua produção para outros países europeus que dispusessem de alternativas competitivas de transporte terrestre de mercadorias na ligação aos principais mercados europeus”.

 

PSA-Vigo antepone las antiguas furgonetas al K9 para producir 3.500 más hasta agosto

La factoría quiere compensar la pérdida de actividad motivada por la falta de suministro en los últimos días -El sistema 1, que ensamblará el todocamino, será remodelado en agosto

in Faro de Vigo, por Lara Graña, 19-07-2018


Los antiguos modelos Berlingo y Partner, el proyecto B9 de PSA-Vigo, dejarán de fabricarse en Balaídos cuando termine este mes. El sistema que los ensambla será parcialmente desmantelado -se quedará únicamente con los sedanes- como paso previo a su remodelación, ya que de él saldrán los todocamino (V20) asignados por París en mayo de 2016. Pero la fase final del B9 tropezó con las tensiones y la ruptura de flujos de suministro con proveedores, que obligaron a paralizar la planta entre el jueves por la tarde y el pasado domingo. Para compensar esa pérdida de producción la dirección del centro ha decidido priorizar los antiguos modelos de comerciales ligeros sobre las nuevas furgonetas Citroën, Peugeot y Opel/Vauxhall (proyecto K9). Este es el motivo, indican fuentes del comité, por el que el turno de noche no retomará la actividad en el K9 -del sistema 2- hasta la vuelta de vacaciones; sus trabajadores se centrarán en los modelos viejos.

Según las mismas fuentes, y en caso de que se recuperen los flujos de suministro, PSA-Vigo podría rematar el fin de ciclo de las furgonetas del B9 con entre 3.500 y 6.500 unidades más, adicionales a las que ya estaban previstas en los turnos de mañana y tarde. La horquilla es amplia porque hasta ahora el de noche ha estado trabajando en torno a cinco horas, no ocho, y podría continuar igual. “Hay encargos que cumplir, es un modo de recuperar”, exponen otras fuentes. “El problema -agregan- puede ser la distribución de los nuevos modelos en los concesionarios”. La venta del último lanzamiento de la planta de Vigo comenzará a partir de septiembre, aunque las nuevas unidades del Peugeot Rifter se empezarán a distribuir en agosto. Solo de este vehículo el grupo que comanda Carlos Tavares prevé comercializar 20.000 unidades en España en el primer año natural, en línea con las ventas de su predecesor.

Adaptación

Los empleados del turno de noche han asistido a procesos de formación para aprender las mecánicas de trabajo y a ensamblar las K9 y C4 Picasso, porque la previsión es que comenzaran a hacerlo en la semana 30 (el pasado lunes 23). “Volverán al trabajo original” en el sistema 1. A la vuelta de vacaciones sí se tendrán que incorporar a la fabricación de los nuevos modelos en el sistema 2. Ya sin las antiguas furgonetas la línea 1 se quedará solo con los sedanes Peugeot 301 y C-Élysée, y la incorporación de su personal será más escalonada. Primero lo harán los trabajadores de embutición y ferraje, y a continuación los de pintura y montaje. “Experimentará una variación completa para el V20”.

La elevada cadencia de producción de las antiguas Berlingo y Partner, sumado a la culminación de la fase de lanzamiento del proyecto K9, generó muchas tensiones con proveedores y obligó a la dirección de la planta -además de la suspensión de actividad de tres días y medio- a paradas técnicas durante las últimas semanas. Fue la falta de cajas de cambio, suministrada por la factoría de PSA en Valenciennes, lo que causó los mayores contratiempos. Tras la visita la semana pasada del expatrón de PSA-Vigo y director Industrial y Supply Chain para Europa, Juan Antonio Muñoz Codina, la planta francesa ha recurrido a horas extra para evitar que el suministro se rompa de nuevo.